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Marcela Barbosa Hércules DOENÇAS ORIFÍCIAIS DOENÇA HEMORROIDÁRIA DOENÇA DEGENERATIVA Perda do tecido de sustentação Hiperfluxo arterial – SANGUE PREDOMINANTE ARTERIAL (ramos distais da artéria retal superior e drenam para veia cava inferior, através da veia pudenda). Hipertonia do esfíncter interno? Pode haver diminuído a drenagem venosa. As hemorroidas são coxins altamente especializados no canal anal, composto por sinusoides, vênulas e arteríolas, entremeados por tecido conjuntivo e elástico. Coxins têm importância na continência anal, no mecanismo de vedação anal e no aumento da pressão aos esforços. São ancoradas na musculatura retal por ul tecido de sustentação, denominada musculo de Treitz. Proteção dos esfíncteres. As principais são geralmente três, duas à direita e uma à esquerda. Sempre há sintomas decorrentes de alterações nas hemorroidas, como sangramento, dilatação, prolapso e trombose. É diferente de varizes retais, normalmente presente em paciente com hipertensão portal. FATORES RELACIONADOS Hábitos higienodietéticos Aumento da pressão abdominal Ortostatismo Predisposição individual Esforço evacuatório Outros fatores relacionados são os associados ao hiperfluxo arterial e ao fluxo venoso retrógado - gera dilatação anormal e distorção vascular, reação inflamatória envolvendo a parede vascular e tecido conjuntivo circundante, além de ulceração da mucosa. Ingurgitamento vascular resultante das falhas de relaxamento do Esfincter interno do Ânus durante a defecação. SINAIS E SINTOMAS Dilatação Prolapso Sangramento Trombose CLASSIFICAÇÃO Hemorroidas internas – acima da linha pectínea. São irrigadas pelas artérias hemorroidárias superiores, medias e inferiores. São recobertas de tecido endodérmico, e por isso, não tem sensibilidade à dor. Hemorroidas externas – distalmente a linha pectínea, em posição subcutânea. São irrigadas pelas artérias hemorroidárias inferiores. São recobertas por epitélio estratificado originário do ectoderma. Notará no exame físico que os coxins são revestidos por pele. Hemorroidas mistas CLASSIFICAÇÃO DE GOLIGHER – HEMORROIDAS INTERNAS GRAU I Sangramento anal sem prolapso. GRAU II Prolapso hemorroidário com retorno espontâneo. GRAU III Prolapso hemorroidário que requer redução manual. GRAU IV Prolapso hemorroidário constante irredutível. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Varizes do reto Marcela Barbosa Hércules Procidência – prolapso total do reto DIAGNÓSTICO HEMORRÓIDAS INTERNAS Sangramento – hematoquezia (sangue vivo rutilante) Indolor Geralmente sem anemia aguda Queixa do prolapso O toque retal não se presta ao diagnóstico de hemorroidas, mas é muito útil no diagnostico diferencial de outras afecções, como nos casos de tumor e na avaliação do tônus anal. QUEM DEVE TER TRATAMENTO CLÍNICO? Todos os pacientes! Quando a cirurgia não é desejável. Casos mais leves. Trombose hemorroidária. CORREÇÃO DA CONSTIPAÇÃO Fibras – 20 a 25 g/dia Líquidos – 1,5 a 2 l/dia Laxantes – psyllium, metilcelulose, lactulose. Atividade física Não inibir o desejo de evacuação DIMINUIR O TEMPO NO VASO SANITÁRIO DIMINUIR O ESFORÇO EVACUATÓRIO BANHOS DE ASSENTO Água morna 40°C - 10 a 15 min, 3/4x/dia – promove a melhor do edema, relaxamento muscular. SUPOSITÓRIOS, CREMES E POMADAS Anestésicos Anti-inflamatórios Antitrombóticos Miorrelaxantes TRATAMENTO CIRÚRGICO 10-20% dos sintomáticos INDICAÇÕES Trombose de repetição Hemorroidas internas, graus III e IV Insucesso do tratamento clinico CIRURGIA EM VIGÊNCIA DE TROMBOSE CONSERVADOR Risco maior de complicações pós-operatórias, como: estenose anal, hemorragia, sepse perianal. CIRÚRGICO 48 horas iniciais Resultados semelhantes à hemorroidectomia eletiva Encurtamento do período de doença TIPOS DE CIRURGIAS TÉCNICAS EXCISIONAIS (HEMORROIDECTOMIA) Abertas – Milligan morgan Fechadas – Ferguson – fechamento das feridas operatórias com sutura continua de fio absorvível, possui cicatrização mais rápida, pouca secreção local, menor incidência de defeitos cicatriciais. Mistas – Obando TÉCNICAS NÃO EXCISIONAIS Técnica de longo ou anopexia mecânica (PPH) – grampeador circular. Muito bom para prolapsos hemorroidários grau II, III e IV. Contraindicado nos casos de trombose hemorroidária, prolapso de apenas um mamilo e alguns casos de prolapso grau IV. Desarterialização hemorroidária transanal (THD) FÍSTULAS ANORRETAIS A oclusão da cripta pode acontecer por resíduos alimentares ou fecais ou edema pós-traumatico (teoria criptoglandular), levando a deficiência de drenagem da glândula relacionada a essa cripta e infecção local. Marcela Barbosa Hércules Pode estar relacionada com DII, hidradenite supurativa, tuberculose, neoplasias e doença actínia. Também podem ocorrer após hemorroidectomia ou esfincterotomia. CLASSIFICAÇÃO DE PARKS A – interesfincteriana – MAIS COMUM B – transesfincteriana C – supraesfincteriana D – extraesfincteriana CLASSIFICAÇÃO MAIS UTILIZADA ATUALMENTE Simples x Complexa DESCREVER – ORIENTAÇÃO ANATÔMICA Linha media anterior como 12 horas REGRA DE GOODSALL – IDENTIFICAÇÃO DE TRAJETO As fistulas posteriores possuem forma arciforme e drenam para cripta linha média posterior. As fistulas anteriores possuem forma retilínea e drenam para cripta mais próxima. TRATAMENTO Fistulotomia com ou sem sedenho é o tratamento ideal para fistulas simples. Fistulotomia em tempo único – padrão ouro – pode ter muita incontinência. Fistulotomia com sedenho – drenos e fios são utilizados para dividir lentamente trajetos fistulosos, permitindo que a cicatrização ocorra na borda, preservando a continuidade do esfíncter e, teoricamente, sua função. Os princípios básicos do tratamento de fistula são a drenagem local, erradicar o trajeto fistuloso, evitar reincidência, preservar a função esfincteriana. Agentes de preenchimento como cola ou plug Retalhos LIFT ABCESSOS PERIANAIS Dor anal, pélvica ou abdominal Sinal de sepse Exsudação ou sangramento Tenesmo ou disquesia Disuria ou retenção Marcela Barbosa Hércules Abaulamento perineal EXAME FÍSICO Geral Proctologico – pode fazer sobre sedação se muito grave EXAMES Usg de períneo TC de pelve RM pelve – melhor opção! TIPOS DE ABCESSOS TRATAMENTO Drenagem imediata – o mais próximo da borda anal. Medicações – se celulite importante, sinais de sepse. FISSURA ANAL Dor anal à defecação!! Abaixo da linha pectínea – no anoderma – alta sensibilidade. Sangramento anal Prurido eventual Predominância dos jovens – musculatura mais tensa Associação a constipação, hipotireoidismo e obesidade. FISIOPATOLOGIA Traumatismo anal Constipação ou diarreia Isquemia da mucosa Hipertonia esfincteriana Outras – diarreia, DII, RT, estenose anal, infecções granulomatosas, IST... Aguda – 6 a 8 semanas Crônica – tríade clássica da fissura – FISSURA ANAL, PLICOMA SENTINELA E PAPILA HIPERTROFICA. DIAGNÓSTICO Clinico – exame físico completo Localização Atípicas e múltiplas, fissura indolor TRATAMENTO CLÍNICO Alteração dos hábitos Banho de assento Correção da constipação Anestésicos tópicos Drogas miorrelaxantes – nitratos, BRA, aplicação de toxina botulínica. CIRURGICO Fissurectomia + secção do esfíncter anal interno – tem risco de incontinência Técnica aberta de Parks RETALHO DE AVANÇO Marcela Barbosa Hércules
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