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See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/348817748
Apostila da disciplina de Nutrição de Ruminantes
Presentation · January 2021
DOI: 10.13140/RG.2.2.17733.06883
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1 author:
Pedro Malafaia
Federal Rural University of Rio de Janeiro
103 PUBLICATIONS   624 CITATIONS   
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All content following this page was uploaded by Pedro Malafaia on 27 January 2021.
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https://www.researchgate.net/profile/Pedro-Malafaia?enrichId=rgreq-55be3db3fcc0825a5f9899d005277fe7-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0ODgxNzc0ODtBUzo5ODQ2NTUxNDI1ODg0MTdAMTYxMTc3MTQ4ODM5MQ%3D%3D&el=1_x_5&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/institution/Federal-Rural-University-of-Rio-de-Janeiro?enrichId=rgreq-55be3db3fcc0825a5f9899d005277fe7-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0ODgxNzc0ODtBUzo5ODQ2NTUxNDI1ODg0MTdAMTYxMTc3MTQ4ODM5MQ%3D%3D&el=1_x_6&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/profile/Pedro-Malafaia?enrichId=rgreq-55be3db3fcc0825a5f9899d005277fe7-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0ODgxNzc0ODtBUzo5ODQ2NTUxNDI1ODg0MTdAMTYxMTc3MTQ4ODM5MQ%3D%3D&el=1_x_7&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/profile/Pedro-Malafaia?enrichId=rgreq-55be3db3fcc0825a5f9899d005277fe7-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0ODgxNzc0ODtBUzo5ODQ2NTUxNDI1ODg0MTdAMTYxMTc3MTQ4ODM5MQ%3D%3D&el=1_x_10&_esc=publicationCoverPdf
Apostila da disciplina de 
Nutrição de Ruminantes
Pedro Malafaia
UFRRJ - IZ
Considerações iniciais
• A presente apostila enfoca, de forma simples e objetiva, noções
básicas de nutrição dos ruminantes.
• Esta publicação é apenas um guia das aulas e não exime os alunos e
também os demais profissionais da leitura em livros ou artigos
científicos mais densos. É sempre recomendável, para aqueles que
desejam evoluir nessa área, a constante aquisição de novos
conhecimentos que são gerados incessantemente nos centros de
pesquisa e nas universidades, ou ainda através da busca on line de
artigos científicos que abordam temas específicos ou mais
aprofundados sobre um assunto particular.
Evolução dos ruminantes e noções 
sobre o funcionamento do tubo 
digestivo 
Condições necessárias para o crescimento 
microbiano no tubo digestivo
Tempo de retenção 
pH
Anaerobiose
Ingestão continua de nutrientes
Temperatura
Remoção dos produtos finais do metabolismo microbiano
Cabeça de caprino Cabeça de búfalo
Malafaia, P. 2004
Cabeça de Veado Catingueiro
Dentes e idade de bovinos
Funções da saliva nos ruminantes
Umectante
Lubrificante
Tamponante
Nutritiva 
Anti-espumante
Saliva: Produção e Composição
Produção: Ovino = 10 – 15 L/dia
Bovino = 100 – 200 L/dia
Composição: 
N = 0,16 g/L Na = 3 g/L
K = 0,52 g/L Ca = 0,026 g/L 
P = 0,31 g/L HCO3
- 2,3 g/L
pH = 8,4 
Rúmen de caprino
Malafaia, P. 2004
Rúmen de Veado Catingueiro
Retículo
Malafaia, P. 2004
Malafaia, P. 2004
Rúmen, retículo, Omaso, Abomaso e Intestino delgado de caprino
Retículo e omaso de caprino
Malafaia, P. 2004
Canal omasal e suas lâminas
Malafaia, P. 2004
Digesta ruminal e abomasal
Malafaia, P. 2004
Abomaso de caprino
Malafaia, P. 2004
Intestino grosso do n/ seletivo
Intestino grosso de caprino
Malafaia, P. 2004
Ceco e cólon de caprino
Malafaia, P.2004
Intestino grosso do seletivo
Estômago de bezerro com 10 dias
Cortesia do Prof. Dr. Diomedes Barbosa, UFPA, 2004
Volume e capacidade relativa do rúmen-retículo (RR) de bezeros
Idade Dieta Peso RR (mL) RR (mL/kg)
Nasc. Leite 35,4 1560 44 
3m Leite 93,1 7394 70
3m L+Ração 105,0 30037 286
3m L+Feno 53,6 37071 692 
3m L+ F + R 94,0 28159 300 
Rúmen de ovino recém-nascido
Malafaia, P. 2007
Área coberta pelas papilas
Malafaia, P. 2004
Malafaia, P. 2004
Altura das papilas ruminais de caprino
Malafaia, P. 2004
Papilas ruminais em 1 cm
Malafaia, P. 2004
“Falsa” via…
Via correta…
Malafaia, P. 2004
Crescimento fetal
“Bezerro ocupando espaço”
A compartimentalização ruminal
No rúmen, temos três fases distintas:
Líquida (ventral)
Sólida (flutuante) estratificações por densidade...
Gasosa (dorsal)
Dinâmica Ruminal: Objetivos
Homogeneizar a digesta
Inocular microrganismos na digesta
Impede que o material fibroso (leve) flutue
Colabora na absorção de AGV, na taxa de passagem, na
ruminação e na eructação
Estratificação da fase sólida
Contrações primárias
Contrações secundárias
Ruminação - Importância
Reduzir o tamanho das partículas
Aumentar a superfície específica das partículas
Inocular microrganismos na digesta
Estimular a produção de saliva
Homogeneizar o conteúdo ruminal
Fases da Ruminação
O material sólido e líquido vai à boca
Os líquidos são re-deglutidos
Ocorre uma re-mastigação com insalivação abundante 
dos sólidos
Ocorre uma re-deglutição dos sólidos 
Conceitos importantes
FLUXO = Quantidade de material por unidade de tempo que é
transferida de um compartimento para outro.
TAXA DE PASSAGEM = é a proporção do fluxo que é transferida de
um compartimento para outro.
TAXA = mudança por unidade de tempo.
TAXA FRACIONAL = é a proporção da massa de um compartimento
que sofre alteração por unidade de tempo.
Microbiologia do rúmen – Aspectos gerais 
Comparação entre protozoários e bactérias
Protoz. Bact.
Tamanho 20 – 200 μm 0,5 – 5 μm
Tempo de duplicação > 18 hs < 20 min.
Tipo de célula eucarionte procarionte
Condições necessárias para o crescimento microbiano no tubo digestivo
Tempo de retenção 
Nutrientes 
pH
Anaerobiose
Ingestão continua de nutrientes
Temperatura
Remoção dos produtos finais do metabolismo microbiano 
(SILO x RÚMEN)
Anaerobiose...
Anaerobiose...
Crescimento de Megasphera elsdenii e o pH ruminal
Bactérias Ruminais
Sem adesão não há formação de CONSÓRCIOS que:
Permitem a sobrevivência em meio desidratado
Permitem evitar a predação
Permitem minimizar o contato com drogas
PERMITEM MAXIMIZAR A UTILIZAÇÃO DOS SUBSTRATOS
Esquema simplificado...
Exopolissacarídeos (EPS)
Esquema da “simplificação” da celulose
CELULOSE
CELULODEXTRINAS CELULODEXTRINAS
ENDOGLUCANASE
CELOBIOHIDROLASE
OLIGÔMEROS OLIGÔMEROS OLIGÔMEROS OLIGÔMEROS
BETA GLICOSIDASE
GLICOSE GLICOSE GLICOSE ... n
Principais grupos de bactérias ruminais
Quanto a utilização do substrato:
Fibrolíticas (Ruminococcus albus, R. Flavefasciens, Fibrobacter
succinogenes, Eubacterium cellulosolvens)
Amilolíticas (B. amilophylus, Selenomonas ruminantium,
Streptococcus bovis)
Pectinolíticas (Lachnospira multiparus, Butyrivibrio fibrisolvens)
Utilizadoras deác. lático (Megasphera elsdenii)
Lipolíticas (Anaerovibrio lipolyica)
Proteolíticas (Ruminobacter amilophylus, Selenomonas
ruminantium, Streptococcus bovis)
Metanogênicas (Methanobrevibacter ruminantium,
Methanosarcina barkeri)
Fermentadoras de Aminoácidos (Peptostreptococcus anaereobius,
Clostridium sticklandii)
Classificação quanto à utilização do Nitrogênio
Bactérias que utilizam NH3 (Fibrolíticas)
Bactérias que utilizam PEPTÍDEOS ou AMINOÁCIDOS
(bactérias que utilizam os Carboidratos Não
Estruturais = amido ou sacarose)
Classificação quanto à utilização dos Carboidratos
Bactérias que utilizam os CARBOIDRATOS ESTRUTURAIS
(Celulose, Hemicelulose, Pectina)
Bactérias que utilizam os CARBOIDRATOS NÃO
ESTRUTURAIS (Amido, Sacarose)
Classificação quanto à “VIDA” no rúmen
AUTÓCTONES = verdadeiros residentes... Sempre presentes. No caso dos
microrganismos ruminais:
encontrados em duas ou mais espécies
encontrados > 106 células/mL
anaeróbias
isolados em duas ou mais regiões geográficas
produzem AGVs, CO2 e CH4
ALÓCTONES = transientes, as vezes presentes, não se estabilizam no
ambiente ruminal. São freqüentemente ingeridos.
Relacionamentos ecológicos microbianos no tubo digestivo
NEUTRALISMO
COMENSALISMO
MUTUALISMO
COMPETIÇÃO
PREDAÇÃO
AMENSALISMO
Fatores necessários para o cultivo de microrganismos intestinais
CONDIÇÕES FÍSICO-QUÍMICAS ESTÁVEIS (anaerobiose, pH, Temperatura)
INÓCULO VIÁVEL
FONTE DE ENERGIA E NITROGÊNIO
AUSÊNCIA DE INIBIDORES DO CRESCIMENTO
Variáveis físico-químicas do rúmen sob condições normais
pH = 6,0 – 7,2
Potencial redoxi = - 0,4 a – 0,3 V
Temperatura = 38 – 41 graus
Osmolaridade = < 400 mOSML/kg
Fase gasosa : 65% CO2, 27% CH4, 7% N2 e 0,6% O2
AGV: 66% Acetato, 23 % propionato, 10% butirato e < 1% de outros 
AGVs (lático, valérico, isovalérico)
Compartimentalização microbiana no rúmen
Local Função
Líquido ruminal Ferm. monômeros
Epitélio ruminal Utilização do O2 e da uréia
Fase sólida Ferm. da Fibra e da PTN
70 – 90 % dos microrg.
PROTOZOÁRIOS RUMINAIS
Constituem cerca de 50% da massa microbiana ruminal... Mas apenas 10 – 15 %
atingem o intestino delgado ... Logo há uma intensa migração destes do canal
omasal para o rúmen... Isto representa uma perda considerável de PTN para o
hospedeiro.
Não são necessários à sobrevivência do hospedeiro (DEFAUNAÇÃO).
Abrigam bactérias metanogênicas em seu corpo.
ENGULFAMENTO BACTERIANO... Objetiva:
obter ácidos nucleicos
obter aminoácidos e minerais
obter vitaminas hidrossolúveis
FERMENTAM CHOs, PTNS, LIPÍDIOS
PRODUÇÃO DE NH3
FUNGOS RUMINAIS
Em dietas fibrosas, podem representar até 8 % da massa microbiana
ruminal.
Em dietas ricas em grãos, podem não ser quantificados no rúmen
(acidose)
Enumeração das populações microbianas no rúmen
Bactérias = 1010 – 1011 céls./mL
Protozoários = 105 – 106 céls./mL 
Fungos = 103 – 104 céls./mL
Leveduras 
Metabolismo dos Carboidratos
Classificação nutricional dos CHT
Carboidratos Não FIBROSOS (Não estruturais)
Não fazem parte da parede celular vegetal
São a principal fonte de energia rapidamente
disponível para o metabolismo.
Ex.: AMIDO, SACAROSE, GLICOSE, LACTOSE
Classificação nutricional dos CHT
Carboidratos FIBROSOS (Estruturais)
Fazem parte da parede celular vegetal
Não são a principal fonte de energia rapidamente
disponível para o metabolismo.
Ex.: CELULOSE, HEMICELULOSE, PECTINA
Constituição química dos CHT
CELULOSE: Homopolímero de GLICOSE, β 1-4 ligadas.
AMIDO: Homopolímero de GLICOSE, alfa 1-4 ligadas.
LACTOSE: Dissacarídeo formado pela GLICOSE e pela GALACTOSE
HEMICELULOSE: Heteropolímero formado pela ARABINOSE, XILOSE e
ÁC. FERRÚLICO.
Constituição química dos CHT
PECTINA: Heteropolímero formado pelo ÁC. GALACTOURÔNICO,
pela RHAMNOSE, GALACTOSE e ARABINOSE.
SACAROSE: Dissacarídeo formado pela GLICOSE e pela FRUTOSE.
Fontes de amido nos grãos
Conceito de FIBRA
Para os animais não ruminantes: São os constituintes
vegetais que não podem ser digeridos pelas enzimas
dos animais... Apenas microrganismos podem digerir
os CF...
Para os ruminantes: São os constituintes vegetais que
não podem ser digeridos pelas enzimas dos animais...
E são os constituintes vegetais que promovem o
PERFEITO FUNCIONAMENTO DO RÚMEN. Apenas
microrganismos podem digerir os CF...
FIBRA em dietas para ruminantes
FDN = Entidade analítica que significa o teor de PCV de
um alimento. A PCV contém celulose, hemicelulose,
pectina, lignina e minerais.
FDNefetivo = É a capacidade de um alimento
concentrado substituir a forragem e manter o teor de
gordura do leite.
FDNfisicamente efetivo (FDNfe) = É a característica física
(tamanho das partículas) de um alimento em estimular
a atividade mastigatória e manter a estratificação
normal do rúmen.
Etapas iniciais da simplificação molecular da PCV
Fermentação intracelular da glicose
Rota do Acetato
Rota do Butirato
Rota do Acrilato
Rota dos ácidos dicarboxílicos
Rota da Metanogenese
Sobre a metanogênese...
É importante para remover H+ do rúmen
Representa sempre uma perda de energia, pois os H+
deveriam ir para a síntese de AGVs
Sempre existiu e existirá...
É uma fonte considerável de poluição ambiental
Contribui para o efeito estufa
É controlada por adição de óleos, ionóforos, ingestão
grande de concentrados e aumento da tx. de passagem
ruminal.
A relação forragem : concentrado
Importância: 
Permite inserir mais nutrientes e/ou corrigir possíveis 
nutrientes deficitários na pastagem
Permite explorar o mérito genético dos animais de 
grande produção 
Problema: Quando os limites normais são extrapolados
Relação 70 F : 30 C
Relação 55 F : 45 C
Relação 45F : 55C
Relação 70C : 30F
Fezes com grãos inteiros
Fezes normais
Malafaia, P. Varginha – MG, Maio 2005 Malafaia, P. Rio das Flores – RJ, Junho 2006
Fezes “fibrosas” Fezes normais
Malafaia, P, Rio das Flores – RJ, Junho 2006 Malafaia, P. Rio das Flores – RJ, Junho 2006
Acidose Ruminal
Definição: é uma desordem nutricional caracterizada pela
redução do pH ruminal para menos de 5,2 e pelo
aumento da concentração ruminal de lactato para mais
de 15 mMol/L.
Formas: Aguda (pH 4 – 5; Lactato > 20mM) e a subclínica
ou crônica (pH 5 – 5,5; Lactato < 10 mM).
Origem do problema: Consumo acidental de CNF (amido,
sacarose) ou ERROS na formulação das dietas (mais
comum).
Posição antiálgica – vaca produzindo 62 kg/dia. 
Malafaia, P. Resende - RJ, Maio 2005 
Posição antiálgica
Malafaia, P. Boracéia – SP, Agosto 2006
Posição antiálgica 
Malafaia, P. Além Paraíba - MG, Maio 2007
Crescimento anelar do casco
Cortesia do Prof. Dr. Diomedes Barbosa, UFPA 
Laminite – vaca produzindo 62 kg/dia. 
Malafaia, Resende – RJ, Maio 2005 
FIBRA em dietas para ruminantes
Recomendações 
Manter um nível de FDNfe > 21% na dieta total
Manter o teor de FDN entre 1 e 1,4 % do PV
Rúmen de caprino vitelo
Malafaia, P. & Araújo, P.H.C. - Resende - RJ, Junho 2005
VITELOS (n = 3) CONTROLES (n = 5)
Idade ao abate (dias) 136 146
Peso ao abate (kg) 10,1 14,9
Peso do rúmen (g) 88,7 298,0
Peso do rúmen (%pv) 0,88 1,98
Araújo, P.H.C. & Malafaia,P., 2005.
Plástico no abomaso de vitelo
Malafaia, P & Araújo, P.H.C.
Resende - RJ, Janeiro, 2006
Timpanismo
É uma perturbação caracterizada pelo acumulo
dos gases ruminais.
Tem natureza complexa que envolve a DIETA,
os MICRORGANISMOS e o ANIMAL.
Forma Crônica : não dependente de
modificações da dieta (obstruções ou
patologias)
TIMPANISMO DE GÁS LIVRE: característico de animais com
obstrução esofágica, lesão do nervo vago, intox. por ác.
cianídrico.
TIMPANISMO ESPUMOSO: Característico de animais recebendo
grandes quantidadesde GRÃOS
O excesso de GRÃOS causa:
a) aumento da densidade específica da digesta
b) menor estímulo à ruminação e salivação, aumento das
bactérias que produzem “slime”
c) aumento da [ác. lático] que reduz a motilidade ruminal
d) aumento das bactérias que destroem a mucina.
Cortesia do Prof. Dr. Diomedes Barbosa - UFPA
Timpanismo espumoso
Pode também ser causado pela ingestão continua de grandes
quantidades de LEGUMINOSAS C3 verdes. A PRESSÃO
INTRARUMINAL QUASE NÃO SE ALTERA...
Teorias...
A) leguminosas verdes possuem uma PTN (18-S) que aumenta a
estabilidade das bolhas (fenos e leg. Tropicais não causam
timpanismo)
B) Leguminosas verdes teriam fatores “toxicos” (saponinas,
HCN, flavonas, H2S) que poderiam inibir a motilidade
ruminal e a eructação
C) A fase sólida ruminal formada por leguminosas verdes é
bastante viscosa, impedindo o livre escape dos gases
Fatores relacionados com o timpanismo
Forragem 
e
Grãos
Redução no 
Tempo de 
ruminação
Salivação
pH ruminalMucina
Estabilização 
das bolhas
Bact. destroem 
Mucina
Bact. Prod. 
Slime 
Viscosidade 
do líq. ruminal
Motilidade ruminal
TIMPANISMO 
Prevenção do Timpanismo
De gás livre: remoção do agente obstrutivo ou, no caso de patologias,
sacrificar o animal.
Espumoso:
Adequar a relação F:C
Fornecer agentes anti-espumantes manter uma
relação Leg : Gram < 60%
Fenar as leguminosas
METABOLISMO 
NITROGENADO
IMPORTÂNCIA DAS “PTNS”
As PTNS são formadas quimicamente por AAs... Logo, estes AAs é
que, UMA VEZ ABSORVIDOS, serão os nutrientes exigidos para a
MANTENÇA, o CRESCIMENTO, a GESTAÇÃO e a LACTAÇÃO... De tal
maneira, é errado falar em necessidade de PTNS !!! Os AAs
absorvidos darão origem à várias PTNS importantes para o
metabolismo dos seres vivos...
Compostos nitrogenados ingeridos pelos ruminantes
Proteinas
N – “verdadeiro” Peptídeos
AAc
Uréia
NNP Ác. úrico
Digestão das proteinas no Abomaso
Etapas:
1- Desnaturação
2- Hidrólise ácida pela pepsina
3- Digestão intestinal pelas proteases
pancreáticas
Desnaturação das PTNS
Resumindo...
Absorção de PTNS sem a prévia digestão
Por que fornecer maior quantidade ?
0
2
4
6
8
10
12
14
16
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40
Horas após o nascim.
Ig
G
 (
m
g
/m
L
)
1litro
2litros
Por que fornecer rapidamente e em maior quantidade ?
0
2
4
6
8
10
12
14
16
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40
Tempo após o nascim.
Ig
G
 (
m
g
/m
L
)
1litro nasc
2litros nasc
1litro 12h
2litros 12h
Composição do colostro e do leite normal da vaca
AAs Gliconeogênicos
Digestão das PTNS no rúmen
Fatores necessários para a síntese da Pmic no rúmen
- Energia fermentescível (CNF x CF)
- S
- [NH3]: < 1%; grande redução na síntese de Pmic.
- AGCR (isovalérico, isobutírico, 2metilbutírico)
- Taxa de passagem (>tp; >pmic devido a redução na predação por
protozoários e redução da idade bacteriana)
Por que existe a PNDR ?
Devido à taxa de passagem 
Devido à solubilidade de algumas PTNS
Devido ao tratamento térmico
Devido ao tratamento químico
Devido a natureza exótica
Por que existe a necessidade da PDR ?
É fonte de AAc e Peptídeos para as
bactérias que fermentam os CNF
É fonte de aminoácidos de cadeia
ramificada (isoleucina, leucina e
valina) que vão gerar os AGCR que são
fatores de crescim. para as bactérias
fibrolíticas
Utilização de NNP pelos ruminantes
O composto nitrogenado mais utilizado na nutr. Dos 
ruminantes é a URÉIA, cuja fórmula é: 
O
|| 
NH2 - C - NH2 
O = 16, N = 14, C = 12 e H = 1 ... Logo o PM da uréia é 60 ... 
Portanto:
60  100 %
28  x = 46,7% de N x 6,25 = 292 %PB
Utilização de NNP pelos ruminantes
O ciclo da uréia
Ureogênese e síntese da lactose
A Proteina Metabolizável (PMet)
A PMet = PMICdig + PNDRdig. no IDelg.
A PNDRdig = (PNDR – C) x 0,9
A PMIC = 130 g x kg NDT ingerido
A PMICdig. = PMIC x 0,85 x 0,75
Exigências de Pmet
Mantença = 2,3 x PV0,75 (AFRC)
Mantença = 3,8 x PV0,75 (NRC)
Lactação = 13,57 x PL (kg/d) x % PTN leite
Crescimento = (168,07 – 0,16869PV + 0,0001633PV2) x 
(1,12 – 0,1223xGPD) x 1,695x GPD
Metabolismo nitrogenado em situações de 
baixa ingestão de N
rúmen
Baixa ingestão de N
- - - - - -
AMINOÁCIDOS
Intestino Delgado
MOs
Fezes
Fígado Tecidos
URÉIA URINA
Metabolismo nitrogenado em situações de 
elevada ingestão de N
rúmen
Elevada ingestão de N
- - - - - -
AMINOÁCIDOS
Intestino Delgado
MOs
Fezes
Fígado Tecidos
URÉIA
URINA
METABOLISMO DOS LIPÍDIOS
Importância dos lipídios na nutrição animal
1- São os nutrientes mais energéticos
1 g de CHO = 4,25 calorias
1 g de PTN = 4,35 calorias
1 g de LIP. = 9,4 calorias
Logo: 9,4 / 4,3 = 2,2 vezes + energéticos
Durante a oxidação dos ácidos graxos, os elétrons
liberados passam pela cadeia respiratória mitocondrial
e geram ATP para as células.
2- São importantes para a absorção das Vit. Lipossolúveis
3- São precursores dos ácidos graxos essênciais
Lipídios ingeridos pelos ruminantes
Nos Grãos: TAG
Nas forragens: Mono e Digalactolipidios
Suplementos lipídicos: oleaginosas (20 – 40%), gord.
animal e gord. vegetal
As forragens geralmente possuem 2 – 4% de lipídios... Ou
seja: os ruminantes evoluiram ingerindo pequenas
quantidades de lipídios em sua dieta
Degradação dos lipídios no rúmen
Efeitos dos Lipídios sobre a fermentação ruminal 
A dieta total dos bovinos não deve conter mais de 6 -
8% de gorduras não protegidas da fermentação
ruminal.
Níveis de 6 – 8 % causam:
alguma redução na digestibilidade da FIBRA
morte dos protozoários ruminais
menor produção de CH4
aumento da eficiência da síntese de PTN
microbiana
Efeito do sebo bovino sobre a [NH3] e os protozoários ruminais
Tratam. NH3 (mg/100mL) Protoz. (x1000/mL)
T0 10,8 537
T4 9,4 347
T7 8,3 205
T10 7,8 63
Malafaia et al., 1998 (As rações concentradas continham 0, 4,
7 e 10% de sebo. A quantidade oferecida juntamente com a
silagem de milho era de 8 kg/vaca/dia)
Vantagens do uso de lipídios na alimentação das 
vacas em lactação
São 2,25 vezes mais energéticos do que os outros alimentos
energéticos
Os AG (C16 até C22) são utilizados com maior eficiência para a
lactação, pois são transferidos diretamente para a gordura do leite.
Permitem manter a fibrosidade da dieta à medida que aumentamos o
valor calórico
Diminuem a poeira das rações
Problemas encontrados quando colocamos lipídios nas dietas 
para vacas em lactação
Redução da digestibilidade da fibra
A capacidade de digestão intestinal pode ser excedida
A ingestão de MS pode ser reduzida se a quantidade
de lipídios suplementados exceder à necessidade
para a síntese da gordura do leite
As gorduras “protegidas”
São na verdade sais de
ácidos graxos ligados ao
Cálcio (sabão de Ca)
São insolúveis no líquido
ruminal... Por esta
razão são “protegidas”
Recomendações e respostas esperadas
As recomendações são todas empíricas...
a) 600 – 700 g/vaca/dia
b) 3 – 4 % da IMS
As respostas variam de 3 – 5 % de aumento no
desempenho
Dependem :
Estágio da lactação
Balanço energético
Quantidade suplementada
Existem resultados controversos...
Respostas esperadas na reprodução
Tx. Concepção (5 – 15%)
Núm. de folículos e do tamanho do folículo dominante
Escore corporal
Progesterona
Efeito do sebo bovino sobre a produção e a composição 
do leite
Trat. Prod. (kg/d) %gord. % PTN
T0 24,3 3,78 2,85
T4 26,9 3,67 2,66
T7 26,2 3,73 2,73
T10 27,2 3,64 2,59
Malafaia et al., 1998 (Os concentrados continham 0, 4, 7 e 10%
de sebo. A quantidade oferecida juntamente com a silagem
de milho era de 8 kg/vaca/dia)
Cetose
Os “corpos cetônicos” são formados quando ocorrer um
EXCESSO de ACETIL-COA oriundo da beta-oxidação.
Quando não houver bastante AOA para reagir com a grande
quantidade de acetato oriunda da mobilização das reservas,
este excesso de acetato sairá da mitocôndria e formará os
“corpos cetônicos”
O AOA é produzido pela carboxilação do PVA, oriundo da
GLICÓLISE... Logodietas ricas em LIPÍDIOS e pobres em
CARBOIDRATOS propiciam o aparecimento dos “corpos
cetônicos”
Cetose
Tipos de cetose
Primária = Os animais não estão corretamente alimentados
Secundária = Os animais não conseguem ingerir a quantidade de alimento devido
a alguma doença (metrite, mamite, deslocamento do Abomaso)
Alimentar = Oriunda da ingestão de alimentos fermentados contendo precursores
cetogênicos
Espontânea = Os animais estão em balanço energético negativo pós parto
Conceito de minerais
Do ponto de vista nutricional, minerais são nutrientes inorgânicos contidos 
nos alimentos ingeridos pelos animais.
Vejamos o seguinte esquema: 
PB
X MO CHT
água MS EE
MACROMINERAIS
MM MICROMINERAIS
CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS
A classificação dos minerais é baseada nas necessidades metabólicas 
dos diversos seres vivos.
MINERAIS EXIGIDOS EM MAIORES QUANTIDADES = 
MACROMINERAIS
MINERAIS EXIGIDOS EM MENORES QUANTIDADES = 
MICROMINERAIS
MACROMINERAIS
Ca, P, S, Mg, Na, K, Cl
MICROMINERAIS
Fe, Cu, I, Se, Mn, Zn, Co, Mo
FUNÇÕES 
DOS 
MINERAIS
ESTRUTURAL
FLÚIDOS 
ORGÂNICOS
CATALÍTICA
A + B + C  D
AAc + AAc + ATP = PROTEINAS
Resumindo: 
Substrato1 + Substrato 2 + enzima + M = PRODUTO
Então:
CHT + GORD. + PROT. + enzimas + M = PRODUTO 
(Carne, leite, lã)
CHT + GORD. + PROT. + enzimas + MIN. = PRODUTOS
(Carne, leite, lã)
Ou seja: Não adianta “dar” minerais quando:
1- Não temos comida (pastagens degradadas)
2- Quando a comida tem baixo valor nutritivo
(pastos durante a época da seca)
3- Quando outros níveis de prioridade não estiverem
adequados (aspecto sanitário). P.ex. Verminoses
Níveis “HIERÁRQUICOS” de nutrientes para os 
ruminantes
Na época seca :
Disponibilidade de pasto (MS)
Proteina (N-NH3 e PDR)
Energia (CNE)
Minerais
Na época das chuvas:
Energia (CNE)
Proteina (PDR e PNDR)
Minerais
Valores de PB e P no pasto durante a época seca em 
várias regiões do Brasil (Malafaia, 2003)
Ex. P
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
3 4 5 6 7
Teor de PB no pasto (%MS)
T
e
o
r 
d
e
 P
 n
o
 p
a
s
to
 (
%
M
S
)
S.J. Mip.-RN
Serop.-RJ
Barb.-MG
Ipix.-PA
Quatis -RJ
Serop.-RJ
Itaoc.-RJ
S. Mat.-ESS.Mat.-ES
Serop.-RJ
Parac.-RJ
NECESSIDADE METABÓLICA DE MINERAIS
Toda célula viva tem necessidade dos macro
e microminerais para o funcionamento de
seu metabolismo
NECESSIDADE SUPLEMENTAR DE MINERAIS
Nem todo animal tem necessidade de
ingerir, via suplementos, todos os
macro e microminerais para o perfeito
funcionamento de seu metabolismo...
Ex: Os bovinos possuem necess. metabólica diária
para o K... porém, os alim. ingeridos diariamente
suprem essa demanda para os tecidos. Neste caso, não
há necessidade SUPLEMENTAR para o K...
Logo a suplem. com K = “jogar R$ fora”...
EXIGÊNCIAS
São as quantidades diárias necessárias para atender às 
funções metabólicas 
PRODUÇÃO
MANTENÇA
MANTENÇA
MANTENÇA
PERDAS 
URINÁRIAS 
ENDÓGENAS
PERDAS 
FECAIS 
ENDÓGENAS
Exig. p/ Cresc.
Equivale a [M] em 1 kg de GPD
+
A exigência de Mantença
Exig. p/ Lact.
Equivale a [M] em 1 kg de leite
+
A exigência de Mant.
Exig. p/ Gest.
Equivale a [M] retida no conteúdo uterino após 190 dias
de prenhêz
+
A exigência de Mant.
Exigência x Desempenho dos animais
D
e
s
e
m
p
e
n
h
o
 
d
o
 a
n
im
a
l
Teor do Mineral na dieta 
Defic.
Sub-
deficiente
Ideal ???
Intoxicação
Exig. dos tecidos =
Σ mant. + produção
Entretanto, os elementos consumidos não são
absorvidos em 100 %... Dessa forma, deve-se dividir a
exig. dos tecidos pelo Coeficiente de Absorção do
mineral.
Para MACROMINERAIS
em % da MS ou g/kgMS
Para MICROMINERAIS
em mg/kgMS = ppm
Exig. Dietética
A exig. dietética, que é a quantidade a ser inserida nas
dietas, é calculada como:
Exig. Dietética = Exig. dos Tecidos / (CA/100)
Cálcio
Funções
Formação do esqueleto (98% do Cálcio está nos ossos)
Contração muscular
Componente do leite
Coagulação sangüínea
Absorção = 45 – 65 %
Exig.
- Mant. (não lactantes) = 0,0154 g/kgPV) 
- Mant. (lactantes) = (0,031 g/kgPV)
Crescim. 
Ca (g/d) = (9,83 x PA
0,22
) x (PV 
- 0,22
) x GPD(kg/d)
Prenhêz = Se prenhêz > 190 dias;
Lactação
Ca (g/kg de leite produzido) 
Vaca Jérsey = 1,45
Vaca Holandesa = 1,22
Vaca mestiça = 1,37
Cálcio – Teores nos volumosos
Média dos Média Média dos 
Mínimos Máximos
______________________________________
Ca (% da MS) 0,29 0,33 0,36
Ep 0,07 0,07 0,08
CV (%) 25,3 21,3 21,3
______________________________________
Malafaia, 1992-2003. (n = 16 amostras)
(Dados de Andropogon, Angola, B. decumbens, B. Brizanta, Sil. de 
milho, Pastagem natural, Tangola e Tanzânia). 
Cálcio – Teores nos concentrados
Polpa de citrus 1,5 – 1,9 %
Fubá 0,02 – 0,03 %
F. de soja 0,3 – 0,35 %
F. de arroz 0,04 – 0,06 %
F. de algodão 0,2 – 0,25 %
• OBS: Exceto a polpa de citros, os concentrados energéticos são
extremamente pobres em Ca.
Vacas em lact. c/ 550 kgPV e 25 L/d
IMSvol. = 2,0%PV, CaVol. = 0,35%, ABS Ca = 55% … Ca
exigido = 93 g/dia
IMSvol = 11 kg/d e Ca ing.Vol. = 38,5 g/d.
Só que este animal come mais 1% do PV de
concentrados… 1,5 kg Car. Alg. + 2,5 kg de polpa de
citrus + 1,5 kg f. soja + 1 kg de F. Trigo, que fornecem 52
g de Ca/dia.
38 + 52 = 90 gCa/dia
A diferença de –3 g Ca/dia será compensada pela retirada
óssea e pelo aumento do % ABS do Ca !!
Resumindo...
A def. de Ca em bovinos é de RARA OCORRÊNCIA, só
aparecendo em condições muito particulares.
A def. de Ca é importante nos animais que comem
grãos... Os grãos são “ricos” em P e “pobres” em Ca
Na maioria dos casos a suplementação com Ca para
bovinos = JOGAR DINHEIRO FORA ...
A HIPOCALCEMIA DA PARTURIENTE
Não é doença infecciosa
Não tem febre
É uma alteração (desordem) metabólica do sistema regulador da 
calcemia
Ocorre: 
Vacas após parto, de elevada produção, idosas
Vacas da raça Jérsey
Prevenção
Fornecer dietas com baixos ou moderados teores de Ca
FÓSFORO
Importância:
Formação do esqueleto
Metab. energético (ATP) 
Sínt. dos fosfolipídios das membranas
Absorção = 65 – 80 %
Absorção do P
Nos grãos, cerca de 50 – 80% do P está
na forma de FITATO.
Nos RUMINANTES, a FITASE, que é uma
enzima MICROBIANA, hidrolisa o
fitato, liberando o P para ser
absorvido; logo Pútil Ptotal.
Os não rumin. não possuem a fitase...
Pútil 1/3Ptotal
Os grãos também possuem fitase...
EXIG.
Mant. = 95 - 98% do P é excretado via fezes; portanto, o requerimento
de mant. equivale à perda fecal obrigatória diária = 1 gP / kg MSI
EXIG.
Cresc. = (1,2 + (4,635 x PA
0,22
) x 
(PV
- 0,22
) x GPD (kg/d)
Lact. = 0,9 gP x Prod. Leite (kg/dia)
Volumosos analisados ( n= 21 )
Média = 0,16 %
Mínimo = 0,05 %
Máximo = 0,26 %
Teores de P nos Concentrados analisados na UFRRJ
Fubá 0,21 – 0,27 %
F. de soja 0,61 – 0,86 %
F. de trigo 0,90 – 1,20 %
F. de algodão 0,75 – 0,99 %
F. de arroz 0,95 – 1,61 %
OBS: Os alimentos concentrados são “ricos” em P
Animal com 250 kg e GPD = 0,40 kg/d
P exigido = 10,5 g/d; Se IMS = 2,5% PV,
MSI = 5,3 kg/dia e se o P do pasto = 0,18 %, o animal
comerá 9,5 g/d de P ... Logo, é comum encontrarmos
valores de P no pasto inferiores a 0,18 %... Ou seja, a
def. e a sub-def. de P é comum nos bovinos criados a
campo...
Sinais da deficiência
Baixa taxa de fertilidade 
Baixo GPD
Alterações esqueléticas
Osteofagia (roer ossos)
Sódio
Import.
Pressão osmótica
Equilíbrio ácido-base
Saliva
Bomba de sódio e potássio
Absorção = > 90%
Homeostase
É absorvido no intestino delgado
As fontes são de grande (> 90%) disponib. Intest.
As perdas fecais são irrisórias
A maior perda é via urinária
Exig.
Mant. de animais não lact. =0,015 gNa/kg
Mant. de animais lact. = 0,038 gNa/kg
Se Temperatura > 30 graus, adicionar 0,004 gNa/kgPV
Cresc. = 1,4 gNa/kgPV
Lact. = 0,63 gNa/kg de leite
Animal com 300 kg e GPD de 0,5 kg/dia e
Temp. = 36 graus.
300 x 0,015 = 4,5 gNa/dia
0,5 x 1,4 = 0,70 gNa/dia
0,004 x 300 = 1,2 gNa/dia
Total = 4,5 + 0,7 + 1,2 = 6,4 gNa/dia / 0,95 = 7,1 gNa/d / 
0,4 = 17,8 g de NaCl/dia
Teores de Na em alimentos
Fubá = 0,01 %
F. Soja = 0,03 %
F. Algodão = 0,05 %
Cevada = 0,15 %
Polpa de citrus = 0,04 % 
Forragens = 0,01 – 0,05 %
(95% das amostras)
Animal com 300 kg e GPD 0,5 kg/d Exig. = 7 gNa/dia
Se IMS = 2,5% PV = 7,5 kgMS/dia
Se o teor de Na na forragem for de 0,05 (que já é alto), o
animal comerá 3,7 g de Na por dia !!!, ou seja: A def. de
Na é a mais comum a acometer os bovinos se não
receberem o sal comum…
Sinais da def.
Fome exagerada por sal
Alotriofagia (comer coisas estranhas)
Geofagia (comer terra)
Cloro
... SOB CONDIÇOES NORMAIS, A DEF. DE Cl NÃO EXISTE 
NOS RUMINANTES...
Potássio
Import.
Pressão osmótica
Equilíbrio ácido-base
Transmissão do impulso nervoso
Bomba de sódio e potássio
Absorção = > 90%
Exig.
Mant. para n/ lact.= (0,038 x PV) + (2,6 g / kgMSI)
Mant. para lact. = (0,038 x PV) + (6,1 g / kgMSI)
Crescim. = 1,6 g / kg GPD
Lact. = 1,5 g / kg de leite
Bovino com 300 kg e GPD = 0,5 kg/d e IMS = 2,5%PV (IMS= 
7,5 kg/dia)
Mant. = (300 x 0,038)+(2,6 x 7,5) = 30,9 
Crescim. = 1,6 x 0,5 = 0,8 
Total = 30,9 + 0,8 = 31,7 / 0,9 = 35 gK/dia
Os volum. possuem entre 0,6 e 1,5 % K na MS... Logo 7,5 
kgMSI x 0,6% = 45 gK/d
Ou seja: É quase impossível ter def. de K em ruminantes criados em 
condições naturais...
Magnésio
Import.
Co-fator na via glicolítica
Condução do estímulo nervoso
Formação do esqueleto
Absorção: Nos bezerros (ID) e nos adultos (Rúmen)
Exig.
Mant. = 3 mg por kgPV
Crescim. = 0,45 g / kgPV
Lact. = 0,12 g/kg de leite
O coef. de abs. do Mg é baixo (20 – 30%)
Bovino com 300 kg e GPD = 0,5 kg/d e IMS = 2,5%PV (IMS= 7,5 
kg/dia)
Mant. = 3 x 300 = 900 mg/dia (0,9 g/dia)
Crescim. = 0,45 x 0,5 = 0,225 g/dia
Total = 1,12/0,2 = 5,6 gMg/dia
Os volum. possuem entre 0,20 e 0,40 % de Mg na MS... Logo 
7,5 kgMSI x 0,20% = 15 gMg/d 
Ou seja: é pouco provável ter def. de Mg em bovinos criados 
em condições naturais...
Vaca de 500 kg e 20 L/dia
Mant. = 3 x 500 = 1500 mgMg = 1,5 g/d
Lact. = 0,15 x 20 = 3 gMg/dia
Total = 1,5 + 3 = 4,5 / 0,2 = 22,5 gMg/dia
Se IMS = 2,5%PV, IMS = 12,5 kg/d x 0,25% Mg = 31,25 
gMg/dia
Ou seja: é pouco provável ter def. de Mg em bovinos
em condições naturais...
Enxofre
Import.
Síntese dos aminoácidos sulfurados, da taurina, da biotina 
e da tiamina
Exig. para todas as categorias = 0,15 - 0,20 % da MSI
Bovino com 300 kg e GPD = 0,5 kg/d e IMS = 2,5%PV 
(IMS= 7,5 kg/dia)
Exig. = 7500 x 0,2% = 15 gS/dia
Os volum. possuem entre 0,20 e 0,40 % de S na MS... 
Logo 7,5 kgMSI x 0,20% = 15 gS/d 
Ou seja: é pouco provável ter def. de S em bovinos em
condições naturais...
Problemas pelo excesso de S
No Brasil, há alguns casos de poliencefalomalácea em bovinos... Há indícios
que este problema seja causado pelo excesso de S adicionado à dietas a
base de sil. de milho e cana-de-açúcar (alimentos pobres em S).
Isto pode estar aparecendo devido a “necessidade” de manter a relação N:S
na dieta. Esta, “necessidade”, que é de 9:1, é conseguida adicionando-se
sulfato de amônia na dieta...
Além disso, a presença de S na água deve sempre ser considerada... Águas
ricas em S + dietas aditivadas com 0,5% de S causaram PEM nos EUA
(1997).
Ferro
Importância
Síntese do grupamento heme (Hb)
Síntese da citocromo oxidase (respiração)
Absorção = 10 – 20 % 
Exigências
Mant. = O eficiente sistema de conservação do Fe nos
tecidos faz com que a exigência de mant. = 0
Cresc. = 34 mgFe/kgGPD
Lact. = 1 mgFe / kg de leite
Bovino com 300 kg e GPD = 0,5 kg/d e IMS = 2,5%PV (IMS= 
7,5 kg/dia)
Exig. = 34 x 0,5 = 17/0,10 = 170 mgFe/dia
Os volum. possuem contém entre 100 e 400 mgFe/KgMS; 
logo 7,5 x 100 = 750 mgFe/dia
Ou seja: é praticamente impossível ter def. de Fe em bovinos
em condições naturais...
Cobalto
Import.
Sínt. da Vit. B12
Exig. para todas as categorias = 0,10 mgCo/kgMS
Bovino com 300 kg e GPD = 0,5 kg/d e IMS = 2,5%PV 
(IMS= 7,5 kg/dia)
Exig. = 7,5 x 0,10 = 0,75 mgCo/dia
Em várias áreas do Brasil, encontramos valores de Co nas
pastagens entre 0,01 – 0,05 mg/kgMS. Logo, a def. de
Co é importante no Brasil, pois a exigência para
todas as categorias = 0,10 mgCo/kgMS
Sinais da def. de Co
Perda do apetite MESMO EM PASTAGENS VIÇOSAS
Perda progressiva de peso, MESMO APÓS VERMIFUGAÇÃO
Histórico que o gado não engorda em uma área da fazenda e 
engorda em outra
Hábito de roer cascas de árvores
Cobre
Import.
Sínt. da tirosinase…
Absorção: é alta nos bezerros (50 – 70%); porém, com o
desenvolvimento do rúmen, a absorção decai para cerca de 5 - 10 %
!!!
Exig.
Mant. = 0,0071 mg / kg PV
Crescim. = 1,15 mg / kg GPD
Lact. = 0,15 mg / kg de leite
Tb pode usar 8 – 10 mgCu/kg MSI
Bovino com 300 kg e GPD = 0,5 kg/d e IMS = 2,5%PV 
(IMS= 7,5 kg/dia)
Mant. = 0,0071 x 300 = 2,13 mg
Cresc. = 1,15 x 0,5 = 0,57 mg
Total = 2,13 + 0,57 = 2,70 / 0,08 = 34 mgCu/dia
Teores de Cu em volumosos 
Angola 4,8 ppm (Saquar. – RJ, 2/1993)
Andropogon 3 ppm (Serop. – RJ, 2/2003)
Brizanta 2 ppm (Pirap. – MG, 3/2003)
Brizanta 3 ppm (Guirat. – MT, 2/2003)
Decumbens 3 – 6 ppm (Ubiraj. – SP, 4/2003)
Colonião 7 ppm (B.J. Galho – MG, 2/2003)
Decumbens 1,83 ppm (Serop. – RJ, 3/2003)
Tangola 5,7 ppm (Serop. – RJ, 4/2003)
Tanzânia 1,6 - 2,7 (Serop. – RJ, 1/2003)
Bovino com 300 kg e GPD = 0,5 kg/d precisa de 34 mgCu/dia 
Se o pasto tiver 5 mgCu/kgMS... O animal comerá 7,5 kg/dia x 5 = 
37,5 mgCu/dia
Em várias áreas do Brasil encontramos valores de Cu
entre 2 – 5 mg/kgMS. Logo, a def. de Cu é importante
no Brasil.
Outros fatores afetando a absorção do Cobre
Elevados teores de Mo e S = Interagem com o Cu para formar o
tiomolibdato, que tem alta afinidade para quelar o cobre. Uma vez
ligado ao tiomolibdato, o Cu torna-se indisponível para o animal.
Sinais da def. de Cu
Anemia
Fragilidade óssea
Baixa resistência
Perda da pigmentação dos pelos; especialmente ao
redor dos olhos
Iodo
Import.
Sínt. dos horm. da gl. tireóide (T3 e T4)
Abs. = 80 – 90 %
Exigências
Mant. = 0,05 – 0,08 mgI/kgMS
Lact. = 0,15 mgI/kgLeite
Teores de I em alimentos (NRC, 2001)
Fubá, F. Arroz, F. Algodão e Car. de algodão = 0
F. de soja e F. de trigo = 0,12 mg/kg
Cevada = 0,07 – 0,1 mg/kg
Farinha de peixe = 1,19 mg/kg
Melaço = 2,1 mg/kg
Volum. cultivados “perto” do mar = 0,12 – 0,25 mg/kg
A def. de Iodo não é comum nos bovinos;
especialmente depois da iodatação
obrigatória do sal.
Manganês
Abs. = 1 – 5 %
Exig.
Não existem dados exatos...
Há inform. que teores < 16 mgMn/kgMS podem causar defic.
O NRC (2001) utiliza 20 – 24 mgMn/kgMS
Teores de Mn em alimentos (NRC, 2001)
Fubá = 10 – 12 mg/kgMS
F. de trigo = > 100 mg/kgMS
F. de algodão = > 100 mg/kgMS
F. de soja = 40 – 45 mg/kgMS
Sil. de milho = 30 – 40 mg/kgMS
Coast – cross = 50 – 70 mg/kgMS
Tifton 85 = 50 – 70 mg/kgMS
Bovino de 300 kg e GPD = 0,5 kg/dia 
7,5kgMSI x 24 mgMn/kgMS = 180 mgMn exigido
7,5kgMSI x 30 mgMn/kgMS = 225 mgMn ingerido
É pouco provável ter def. de Mn em bovinos em
condições naturais...
Molibdênio
Exig. O Mo não é tido como dieteticamente essêncial
para os rumin. !
O Mo é capaz de afetar negativamente a absorção do
COBRE.
Selênio
Import.
Sínt. da PX glutationa, enz. envolvida na destr. dos rad. livres
Metab. do ác. araquidônico (aspecto imune !!)
Abs. = 30 –60 %
Exig.
Exig. p/ todas as categorias = 0,10 a 0,30 mg/kgMS 
Teores de Se em alim. (NRC, 2001)
F. de trigo = 0,75 – 0,90 mgSe/kgMS
F. de arroz = 0,44 mgSe/kgMS
Cevada = 0,35 mgSe/kgMS
Polpa de citrus = 0,00 mgSe/kgMS
Sil. de milho = 0,03 – 0,08 mgSe/kgMS
F. de soja = 0,22 mgSe/kgMS
Forragens = 0,02 – 0,12 mgSe/kgMS
Bovino de 300 kg e GPD = 0,5 kg/dia 
7,5kgMSI x 0,3 mgSe/kgMS = 2,25 mgSe exig.
7,5kgMSI x 0,1 mgSe/kgMSpasto = 0,75 mgSe ing.
Pelas estimat. do NRC (2001), a def. de Se em bov. sob condições
naturais deveria ser MUITO freqüente... E NÃO É...
Quando usamos a exig. de 0,1 ppm
7,5kgMSI x 0,1 mgSe/kgMS = 0,75 mgSe exig.
É provável ter def. de Se em bovinos em condições naturais...
Sintomas de def. de Se
Desordens reprodutivas (abortos, retenção de placenta, baixa
fertilidade)
Necrose muscular (doença do músculo branco)
ZINCO
Abs. Bezerros (40 – 50%)
Adultos comendo dietas sem inibidores da abs. (40 –
50%)
Adultos comendo dietas com inibidores da abs. (10 –
20%)
Exig.
Mant. = 0,045 mgZn/kgMS
Cresc. = 24 mgZn/kg GPD
Lact. = 4 mgZn/kg leite
Teores de Zn em alimentos concentrados (Malafaia, 2003)
F. de soja = 45 – 60 mgZn/kgMS
F. de trigo = 102 mgZn/kgMS
Polpa de citrus = 12 mgZn/kgMS
F. de algodão = 37 mgZn/kgMS
Cevada = > 100 mgZn/kgMS
Fubá = 20 – 25 mgZn/kgMS
Teores de Zn em alimentos volum. (Malafaia, 2003)
Angola 36 mg/kgMS (Saquar. – RJ, 2/1993)
Brizanta 21 mg/kgMS (Pirap. – MG, 3/2003)
Brizanta 147 mg/kgMS (Guirat. – MT, 2/2003)
Decumbens 24 – 28 mg/kgMS (Ubiraj. – SP, 4/2003)
Colonião 33 mg/kgMS (B.J. Galho – MG, 2/2003)
Decumbens 27,7 mg/kgMS (Serop. – RJ, 3/2003)
Tangola 48 mg/kgMS (Serop. – RJ, 4/2003)
Tanzânia 58 - 69mg/kgMS (Serop. – RJ, 1/2003)
Cálculos
Bov. de 300 kg e GPD = 0,5 kg/dia
Mant. = 0,045 x 300 = 13,5 mgZn/dia
Crescim. = 24 x 0,5 = 12 mgZn/dia
Total = 13,5 + 12 = 25,5 / 0,15 = 170 mgZn/dia
7,5kgMSI x 23 mgZn/kgMS = 172,5 mgZn ingerido
Teoricamente, o “nível crítico” seria de 23 mgZn/kgMS do pasto
Algumas amostras de braquiárias tiveram valores entre 21 –
24 mgZn/kgMs (especialmente as do cerrado mineiro)
“RESUMO”
Elem. Min. cuja def. existe e é comum no
Brasil : Na , P, Co e Cu
Elem. Min. cuja def., embora exista,
aparentemente é pouco comum no Brasil :
Se e Zn
Como proceder em uma fazenda onde não se utiliza 
suplem. minerais ?
Aspecto MAIS IMPORTANTE: 
Fazer o exame do rebanho:
Observar se tem animais roendo ossos
Observar se tem animais comendo terra
Observar se tem animais comendo cascas
Observar se tem animais com “óculos”
Fazer levantamento sobre a fertilidade e o 
ganho de peso dos animais (balança)
Como proceder em uma fazenda onde não se utiliza 
suplementos minerais ?
Outras medidas menos importantes:
Coletar 
Amostras de solo ??? 
Amostras das pastagens ???
Material proveniente dos animais 
(sangue, leite, fígado)
Críticas às amostras de pastagens
Não conseguem ser representativas da parte realmente
consumida pelos animais...
Como as deficiências minerais refletem a composição mineral
dos solos, fica claro que dentro de uma mesma fazenda podem
existir diferentes áreas com distintos graus de fertilidade...
As análises minerais normalmente geram valores bastantes
díspares entre dois laboratórios...
As análises minerais são bastante caras, quando comparadas
com as de PB, FDN, etc.
Diferenças entre laboratórios... (Malafaia, 2003)
UFRRJ LAB. “X” Diferença
P (%ms) P (%MS)
Ufrrj/Lab. “X” 
(%)
Grama Batatais 0,048 0,150 - 212
Tanzânia 0,237 0,170 28
Capim Estrela 0,105 0,110 - 5
Braquiarão 0,144 0,150 - 4
Braq. Decumb. 0,096 0,130 - 35
Grama Batatais 0,035 0,100 - 191
Braq. Decumb. 0,013 0,080 - 515
Braq. Decumb. 0,023 0,100 - 378
Pasto natural 0,053 0,100 - 89
Teores dos elementos nos ingredientes utilizados 
para fazer uma mistutra mineral
Mineral ingrediente % do elemento
P Fosf. Bic. 18
P Super Fosf. Simples 9
P Super fosf. Triplo 18
Na sal fino 40
Co Sulf. de cobalto 21
Cu Sulf. de cobre 25
Zn Sulf. de zinco 30 - 36 
Se Selenito de sódio 45
Exemplo ...
Seja um suplemento mineral vendido no comércio local.... Contendo:
135 gNa/kg , 90 gP/kg, 100 mgCo/kg, 1250 mgCu/kg, 2000 mgZn/kg
e 10 mgSe/kg. Calcule as quantidades dos ingredientes:
Na = 135 / 0,4 = 337.5 g NaCl/kg = 33,7%
P = 90 /0,18 = 500 g F. Bic./kg = 50%
Co = 100 / 0,21 = 476 mg S. cobalto/kg = 0,476 g
Cu = 1250 / 0,25 = 5000 mg C. Cobre/kg = 5 g
Zn = 2000 / 0,36 = 5555 mg S. Zinco/kg = 5,5 g
Se = 10 / 0,45 = 22,2 mg Selen. Sódio/kg = 0,0222 g
TOTAL = 337,5 + 500 + 0,476 + 5 + 5,5 + 0,222 = 848.22g
Vantagens da suplementação mineral seletiva
- redução nos custos ( 3 – 5 vezes)
- redução de antagonismos entre minerais
Desvantagens da suplementação mineral seletiva
- Deve ser feita caso a caso, isto é: fazenda a 
fazenda
- Necessidade de uma assistência em nutrição e clínica de ruminantes
- Necessidade de adquirir os ingredientes e mistura-los com muito 
cuidado
Considerações finais
1) A suplementação mineral só resulta em benefícios aos
animais e em retorno econômico para o pecuarista
quando feita na época certa (prim + verão) e de forma
correta.
2) O reconhecimento dos “sinais” típicos das deficiências
minerais pode ser feita por qualquer pessoa com
adequados conhecimentos de clínica e de nutrição de
ruminantes.
3) É perfeitamente possível fazer um experimento para
comparar uma MMC e um SS em uma fazenda.
Consumo de MS (CMS)
IMPORTÂNCIA DO CONSUMO DE MS
- Disponibiliza nutrientes para a mant. e a prod. dos
animais
PREDIÇÃO DO CMS
- Previnir sub ou superaliment.
SUB-ALIMENT.
restringe o desempenho 
afeta negativamente a saúde.
SUPER-ALIMENT.
eleva os custos
aumenta a excreção de nutrientes p/ o 
ambiente
afeta negativamente a saúde (acidose, 
timpanismo, obesidade)
TEORIAS QUE EXPLICAM O CMS
Repleção rumino-reticular
A parede do RR possui receptores para tato
(atrito)... Com o aumento do volume ocupado pela
digesta após ser ingerida, ocorre um estímulo nestes
receptores e se verifica a redução do CMS.
A entidade nutricional que melhor realiza estes
estímulos é a fibra (“FDN”), pois possui menor TD e
TP.
“FEED-BACK” METABÓLICO
Quando a absorção de nutrientes (AAc e EMet) é
maior do que as exigências do animal, ocorre um
estímulo para reduzir o CMS.
CONSUMO de OXIGÊNIO
Os anim. consomem ELiq. em função de sua
capacidade em utilizar o O2 até certo limite.
CMS em Vacas lactantes (pico de lact. 4 – 8 sem. e pico de 
CMS = 10 – 15 sem. pós parto)
NRC 2001
17087 lactações de vacas hol., com ou sem BST, animais
de 1, 2 ou 3 lact., entre 1 – 80 sem. de paridas.
CMS (kgMS/dia) = (0,372 x LC4%G + 0,0968 x PV0,75) x ( 1 –
e( - 0,192 x (S+3,67)) )
O segundo termo da equação corrige para a redução no
CMS nas primeiras sem. de lactação.
LC4%G = (0,4xProd. Leite) + (0,15x%GxProd. Leite)
PV = peso vivo
S = semana de lactação
Como o CMS é fortemente influenciado pela 
temperatura ambiente, o modelo assume que se T > 
20 graus Célsius
CMS corrigido para a Temp. = CMS x 1-((T – 20) x 
0,005922)
Nutrientes e manejo alimentar influenciando o CMS
UMIDADE
Ocorre peq. redução no CMS quando o teor de MS é <
que 50% na dieta total.
Em alimentos fermentados, a redução no CMS
verificada quando estes posuem elevado % água, deve-
se a presença de produtos indesejáveis da fermentação
(NH3 e butirato)
FDN
A teoria deMertens postula que o FDN causa uma
no CMS devido a repleção ruminal. Nas dietas com
pouco FDN, o CMS é regulado pelo feed-back
metabólico.
Entretanto, em várias dietas com mesmo teor de FDN, há
distintos CMS... Logo não é somente o %FDN que regula
o CMS...
Existe a TP, a TFrag. e a TD das partículas que fazem um
mesmo % de FDN causar diferenças no CMS.
RELAÇÃO F:C
Até certo nível (50-60%), o aumento da quantidade
de concentr. estimula o CMS.
GORDURA
Assumindo que vacas de alta produção ingerem MS
para atender sua necess. energética, pode ser que ao
subtstituirmos CHT por EE, ocorra uma redução no
CMS...
HÁBITO ALIMENTAR
12 vacas : 6 com 45 kg/d e 6 com 22 kg/d... Não
diferiram no tempo gasto para comer (5 h/d) e no
núm. de refeições por dia (11).
Entretanto, as vacas de elevada produção
consumiram mais MS por refeição (2,3 kg x 1,7 kg).
MULTÍPARAS X PRIMÍPARAS
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
Semanas em lactação
C
M
S
 (
k
g
/d
)
multiparas
primiparas
Multíp. = picos de consumo entre 5 – 12 semanas pós
parto.
Primíp. = picos de consumo POUCO pronunciados entre
12 – 15 semanas pós parto... São mais “uniformes”
quanto ao CMS.
Ou seja: primíparas e multíparas de mesma produção
devem ser agrupadas em lotes separados (devido a
herarquia social e ao padrão diferente de CMS).
Novilhas são + “tímidas”
Vacas multíp. dominantes (maiores e + velhas) tendem
a dispor de mais tempo para consumirem o alimento
do que as novilhas de primeira cria. Vale lembrar que
os dominantes necessariamente não são os mais
produtivos.
ESPAÇO DISPONÍVEL EM COCHOS
Não é constante e depende da competição
hierárquica e do número de tratos/dia. (2 tratos = >
espaço; 4 tratos = < espaço)... Sugere-se 50-60
cm/vaca.
TEMPERATURA
multíp. sofrem mais (-20% de CMS) do que as primíp. (-
9% de CMS) com a elevação da temp. acima da ZCT.
ESQUEMA DE ALIMENTAÇÃO
mistura completa x alimentação em separado
MC = menor risco de acidose e melhor utilização dos
nutrientes
FREQUÊNCIA DE ALIMENTAÇÃO
1 – 2 tratos/dia  4 tratos, aumentou o GPD em
16% e a utilização dos nutrientes em 19%
1 – 2 tratos/dia  4 ou mais tratos, aumentou a
prod. Leite em 3% e a %Gord. em 7%.
SEQUÊNCIA DE ALIMENTAÇÃO
Existe a idéia de que as forrag. devem ser o primeiro
alimento fornecido pela manhã... Isto evita que o
consumo de CNE cause acidose, forma uma malha
flutuante que estimula a ruminação e, se cortadas em
tamanho médio, prolongam o tempo de rumin. e
reduzem a tx. de passag.
Não existem evidências científicas que suportem essa
idéia...
ACESSO AO ALIMENTO
Máximos CMS são atingidos quando os animais tenham
livre acesso aos alimentos... Vacas com 23 – 40 kg/dia
ingerem aproximadamente 5 horas/dia, durante 10-
12 vezes/dia... Logo a acessibilidade ao alimento é
muito imp..
Vacas com acesso de 8 h/d produziram menos 7% do
que as que tinham acesso 24 h/d ao alimento.
ÁGUA 
A água é o nutriente mais exigido pelos anim.
Quanto mais jóvem, maior o teor de água no corpo
A quant. de água no organismo é muito constante...
Embora o consumo seja muito intermitente.
A quant. de água fica entre 65 – 75% do PV
A água disp. para os animais é oriunda da: água de bebida,
água metabólica e da água dos alimentos.
A água é eliminada pela urina, fezes, leite e evap. insensível
(“transp. invisível” = perdas por difusão cutânea e
respiratória) e evap. sensível (suor, saliva e secr. nasal)
Propried. Quím. da água: Elev. calor de vaporiz., fusão,
tensão superficial, calor específico, condutividade elétrica
e baixa viscosidade.
As funções da água são: Transp. de nutrientes,
digestão, solvente, tensão superficial e termoreg. (o
calor específico é muito alto, o que faz com que a
água absorva calor das reações metab. sem elevar de
modo significante sua temp.).
1 g água evaporada absorve 0,58 kcal
No rúmen, a grande tensão superficial da água deve ser
reduzida para que ocorra a expulsão dos gases da
malha fibrosa. A mucina é quem faz a redução da
tensão superficial da água.
O calor elevado produzido pelas reações exergônicas de
uma vaca de alta produção, é “amortecido” pelo
elevado CE da água...
Isto faz com que a temp. corporal não se eleve muito.
Isto é importante pois a produção de calor em uma
vaca de alta produção pode ser 4 vezes maior do que
a produção de calor de mant.
Grandes perdas hídricas (10-20% do PV) são
incompatíveis com a vida.
A água metabólica pode ser orginada da:
Oxidação da glicose (C6H12O6 + O2 6H2O + 6CO2)...
como 6 H2O = 6x18 = 108gH20 e uma glicose = 180g
180 100%
108 x = 60% de água
Oxidação das gorduras (C51H98O6 + 72,5O2 = 49H2O +
51CO2)... Como 49H2O = 49x18 = 882g e uma
triplamitina = 806 g
806 100%
882 x = 109,4% de água
1 mol de glicose = 180g... Libera 676 kcal e 108 g de
água metabólica.
Logo 676/108 = 6,26 kcal/g de água metabólica
1 mol de tripalmitina = 802g... Libera 7657 kcal e 882 g
de água metabólica.
Logo 7657/882 = 8,68 kcal/g de água metabólica
O leite contém cerca de 87% de água... Logo a
freqüência com que as vacas ingerem água e a
acessibilidade dos animais ao bebedouro podem
influenciar significativamente a prod.
Vacas de elevada produção aumentam cerca de 4% a
produção quando a água está diretamente disponível
para o consumo.
Perdas de água no Leite
Em geral variam de 0,64 – 0,73 kg/kgleite produzido
Perdas de água na urina
Vacas de 15 kg leite/dia podem perder 16 kg de água
via urina.
Perdas de água nas fezes
Podem variar de 0,03 – 0,07 kg/kgPV
Dia Prod. Leite (kg/d) CMS (kg/d)
0 21,9 13,8
1 20,3 11,2
2 11,4 2,9
3 6,1 1,2
A perda de peso no terceiro dia foi de 21% (aprox. 100
kg).
No dia 4, a água foi disponibilizada para as vacas
8 20,1 13,0
--------------------------------------------------
Little et al., Res. Vet. Sci. 37:283, 1984.
Estimativas do consumo de água (CA)
Equações descritas no J. Dairy Sci. 75:326, 1992.
CA = 12,3 + 2,15 x CMS + 0,73 x prod. Leite
CA = 22,96 + 2,38 x CMS + 0,64 x prod. Leite
Equações descritas no NRC, 2001.
-9,37 + 2,3 x CMS + 0,053 x %MS da dieta
14,3 + 1,28 x prod. Leite + 0,32 x %MS da dieta
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https://www.researchgate.net/publication/348817748

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