Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1-Anamnese: diagnostico sindrômico 2-Exame físico: diagnostico anatômico 3-Exames complementares S/N(se necessário): -diagnóstico etiológico -orienta tratamentoindicação e segmento pós. caso clinico Queixa de tosse seca Início a 30 dias já e ficou c febre por 5 dias com coriza aos primeiros dias Tomou berotec por 5 dias Foi ao médico semana passada utilizou antibiótico sem melhora Mae dona de casa e bebe n vai à creche Tem Kaique de 5 meses - vacinação em dia até 3 meses, dorme bem Filho 5 anos E uma filha de 15 anos com tosse Mae e pai (fuma fora de casa) c rinite Contém cachorro e periquitos do lado de fora de casa Alimentação aleitamento exclusivo até 2 meses e meio, com atraso ao nascimento que foi introduzido leite Papinha Leite ninho em pó de 3 em 3 horas 200ml, suco de laranja e banana amassada Deu mel para tosse Tosse seca que chega a vomitar, vermelhidão e cansado, intestino preso Alta sem intercorrências Evita de sair mesmo antes da tosse começar Mora em zona urbana, centro de Osasco, casa pequena com 2 quartos, bebe dorme com a mãe Não consegue se alimentar normalmente devido a tosse Anamnese coleta de informações Aparecimento ou evolução dos sintomas Anamnese estruturada formula uma hipótese diagnostica. Exame melhor para crianças: ultrassom -evitar raio x e tomografia (solicitar com contraste) sem necessidade. hipótese diagnostica: coqueluche em lactante com 5 meses. importante: imunização materna para proteção do lactante. Coqueluche (Bordetella pertussis e Bordetella parapertussis) Infecção aguda do trato respiratório Pertussis- sign. Tosse intensa, “tosse quintosa”, Tosse comprida. Papel decisivo da vacina para diminuição dos casos (99%) Nem doença natural ou vacinação conferem imunidade completa ou permanente. - com 3 a 5 anos diminui a proteção -indetectável (anticorpos) após 12 anos. 10% em lactentes menores 6m 60% em adolescentes e adultos Infecção subclínica em 80% Óbitos: 90% na faixa etária dos lactentes Muito contagiosa: exposição a gotículas de aerosol Exposição intensa: contato intra domiciliar Caso fonte sintomático pode ser identificado na maioria das vezes Bactéria Bordetella Cocobacilos G(-) Crescimento lento Colonizam apenas epitélio ciliado Toxina pertussis (TP): Proteína de maior virulência Sensibilidade mediada pela histamina Secreção de insulina Disfunção leucocitária Sintomas iniciais atenuam -> Tosse -febre baixa é normalmente viral. Coqueluche - Clínica Doença prolongada 3 fases 1. Fase Catarral: insidiosa Incubação 3 a 12 dias Sintomas inespecíficos Congestão e rinorréia Febre baixa Espirros Lacrimejamento e hiperemia conjuntival 2. Fase Paroxística (2 a 6 sem): Tosse inicial seca, intermitente, irritativa Paroxismos inexoráveis Comum êmese pós-tosse e exaustão total Número e intensidade dos paroxismos aumentam ao longo dos dias a 1 sem Platô por dias a semana 3. Fase de Convalescença: maior 2 semanas Quantidade, intensidade e duração dos episódios diminuem Lactentes com menos de 3m não apresentam estágios clássicos Apnéia pode ser único sintoma (apnéia e cianose) Adolescentes e crianças previamente imunizadas Encurtamento de todos estágios Achados não são esclarecedores Não deve haver sinais de doença do trato respiratório inferior Hemorragias conjuntivais e petéquias em segmentos corporais superiores são comuns. Diagnóstico Clínico Suspeita em qualquer paciente que apresente queixa isolada ou predominante de TOSSE Especialmente se NÃO houver sintomas como febre, fadiga, mialgia, exantema ou enantema, Dor de garganta, rouquidão, taquipnéia, sibilos e estertores Casos esporádicos Tosse com duração maior de 14 dias Pelo menos 1 sintoma associado ■ Paroxismo(crise de tosse) ■ Guincho (miado de gato) ■ Êmese pós-tosse (fome) ● Crianças mais velhas: doença mais intensa com 7-10 dias ○ Episódios de tosse não contínuos ● Lactentes menores de 3m ○ Sufocação ○ Respiração entrecortada (gasp)(falta de ar sufocante) ○ Apneia ○ Cianose ○ Evento que coloque a vida em risco ■ Causa menos frequente da Sd. da morte súbita do lactente ● Não é associada a tosse em staccato (tosse a cada respiração) -frequência cardíaca de 60 significa parada cardíaca. Exame Físico: normal entre os paroxismos (inclui FR) ● Laboratorial: ○ Leucocitose - linfocitose na fase catarral ○ Aumento discreto da insulina e redução da resposta glicêmica à adrenalina ● RX TX: alterações discretas ○ Infiltrado e edema perihilar (às vezes em aparência de borboleta) ○ Atelectasias variáveis ○ Consolidação parenquimatosa sugere infecção bacteriana secundária Confirmação da Infecção ● GS: Cultura da B. pertussis ○ Amostra: coleta com aspiração da nasofaringe posterior ou uso de swab flexível ● Testes com anticorpos fluorescentes diretos (AFD) ● Exame direto das secreções nasofaríngeas com AFD ● Análise por reação em cadeia da polimerase (PCR) ● Testes sorológicos de Acs contra antígenos da B. pertussis em amostras sequenciais (fase aguda e convalescente) - mais sensível para imunizados Objetivos do Tratamento ● Limitar paroxismos ● Observar gravidade da tosse ● Oferecer assistência quando necessário ● Maximizar nutrição, o repouso e a recuperação sem sequelas Tratamento ● Menores de 3m: devem ser hospitalizados ● 3 a 6m: hospitalizar exceto se os paroxismos observados não forem graves ● Metas ○ Avaliar progressão da doença e possibilidade de eventos que envolvam risco de vida ○ Prevenir e tratar complicações ○ Orientar familiares da história natural e cuidados necessários em casa ○ Monitorar FC, FR, Sat O2 contínuo ○ Registro de tosse, alimentação, vômitos e alterações de peso (informações para avaliar gravidade) Paroxismos sem risco a vida ○ Duração menor que 45 segundos ○ Rubor mas não cianose ○ Taquicardia, bradicardia (não inferior que 60BPM em lactente) ou dessaturação que se resolvem espontaneamente no final do paroxismos ○ Rolha de muco expectorada espontaneamente no final do paroxismo ○ Exaustão pós-tosse ● Evitar alimentações com grande volume ● Em 48-72hs a evolução e gravidade da doença são óbvias ○ Análise das informações registradas ● ATB TP antibiótico e terapia ● Afastar agravantes ambientais: ○ Fumaça ○ Estimulação excessiva ○ Fonte de poluição ou calor seco ● ATB (antibiótico) na suspeita e comprovação ○ Limitar a disseminação da infecção ○ Benefício clínico para o paciente ● Macrolídeo: ○ Azitromicina ○ Eritromicina ○ Claritromicina ○ TMP-SMZ(trimetropin sulfatometoxazol) ● (Pode desenvolver EHP {esteatose hipertrófica do piloro} em RNs) ● Isolamento respiratório ○ Na suspeita ○ Até 5 dias da terapêutica com macrolídeo ○ Afastar contactantes até 5 dias da profilaxia com macrolídeo Complicações ● Menores de 6m: alta morbidade e mortalidade ● Apnéia ● Infecções secudárias (otite média - pneumonia) ● Sequelas físicas relacionadas a tosse violenta e persistente ○ Hemorragia conjuntival e esclerótica ○ Petéquais no segmento superior do corpo ○ Pneumotórax (ar entre as pleuras) e enfisema subcutâneo (ar no subcutâneo) ○ Hérnia umbilical e inguinal ○ Laceração do freio lingual Prevenção ● Vacinação: primeiro ano, adolescência e idade adulta ○ DTPa (acelular, menos efeitos adversos) ○ DTP (células totais) ■ Efeitosadversos locais e sistêmicos ■ Graves: febre alta, choro persistente por 3h ou mais, episódios hipotônios- hiporresponsivos e convulsões ● 4 doses em 2 anos (2, 4, 6, 15, 18m) ● 5a dose com 4 a 6 anos
Compartilhar