Buscar

Teoria Contigencial – ISUTC

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Instituto Superior de Transportes e Comunicações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teoria Contigencial 
 
 
Licenciatura em Engenharia Civil e de Transportes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Disciplina: Gestão de Empresas e Projectos 
 Docente: Dr. Pedro Cossa, Engª Italma Pereira 
 Discente(s): Lauro Mota, Laércio Donça, Leonel Amiel, Hilário Pinto, Shelton Botão 
 Turma: C41 
 
 
 
4º Ano 
 
Maputo, Outubro - 2018 
	
Índice 
 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 2	
2. FUNDAMENTOS ................................................................................................................. 3	
2.1 Principais Pesquisas Sobre A Teoria Da Contingência ................................................................. 5	
2.1.1 Burns e Stalker .......................................................................................................... 6	
2.1.2 Chandler .................................................................................................................... 7	
2.1.3 Joan Woodward ........................................................................................................ 7	
2.1.4 Lawrence e Lorsch .................................................................................................... 8	
3. CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 10	
4. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................. 11	
 
 
 
 
 
 
 
Grupo 1 Teoria da Contingência 2 
1. INTRODUÇÃO 
Os estudos na área da administração avançaram muito desde o final do século XXI e quando se 
reflete sobre as mudanças ocorridas neste campo, percebe-se como a sociedade e organizações 
foram se transformando, moldando-se à novos costumes, princípios éticos, modo de produzir, 
e novas formas de gestão. A teoria da contingência se desenvolveu como resposta às outras 
teorias tidas como prescritivas, no qual defende que não existe one best way, ou seja, que não 
há uma forma única de administrar uma empresa. (Donaldson (2001) apud Mantovani (2012)). 
Donaldson (2001), afirma que não existe uma estrutura organizacional que possa ser efectiva 
em todas as organizações, não há um único modelo de gestão, mas algumas variáveis que 
podem sem combinadas para responder ao ambiente no qual a empresa está inserida. Pois, a 
sua optimização depende de alguns fatores contingencias. Não há como uma empresa 
sobreviver e manter-se competitiva sem que mantenha continuamente um monitoramento de 
seu ambiente e faça adaptações para que não perca sua competitividade. (apud Mantovani, 
2012) 
O presente trabalho pretende fazer uma reflexão sobre os conceitos defendidos pela teoria da 
contingência, e, como estes podem contribuir para que as organizações. Este trabalho, começa 
por um apresentar fundamentos sobre a teoria, seguido por um resumo sobre as principais 
pesquisas, e, por fim, as considerações finais. 
Para a elaboração deste recorreu-se à pesquisa de bibliografias que abordam os assuntos 
relacionados com a temática e aplicação dos conhecimentos adquiridos ao longo das pesquisas 
e das aulas. 
Palavras-chave: Contingência, Gestão, Competetividade, Organizações. 
 
 
 
Grupo 1 Teoria da Contingência 3 
2. FUNDAMENTOS 
A Teoria Contingencial tem seus alicerces fundamentados em teorias anteriores, seu surgimento 
deu-se em virtude da reflexão sobre aspectos denominados fatores contingenciais. Desse modo, 
a Teoria Neoclássica da Administração e, principalmente, a Teoria dos Sistemas contribuíram 
para a sua evolução. 
A escola clássica era a base das organizações até a primeira metade do século 20, mas perdeu 
sua força dando lugar à escola das Relações Humanas que via o homem como centro da 
organização e por volta de 1950, surgiu a teoria da Contingência estrutural. (Donaldson, 2014) 
 Ao analisar-se as contribuições da administração científica no início do século vinte e a 
evolução das teorias administrativas, a teoria contingencial tem em seu foco não só a tarefa, 
não só o porte ou fluxo de materiais ou a tecnologia aplicada, por exemplo, mas uma abordagem 
mais ampla, em um conjunto de fatores que devem ter interação e uma combinação harmônica 
para haja eficiência e eficácia no uso dos recursos e desempenho organizacional. 
Taylor, considerado o pai da escola científica, primava pela racionalização e especialização do 
operário e que somente dessa forma, a organização conseguiria atingir seus objetivos (Reed, 
2014 apud Ferreira, 2016). 
A ideia central da escola das Relações humanas era a valorização do ser humano na 
organização, o Homo social, que em seu estudo em uma fábrica em Hawthorne conseguiu 
mostrar o quanto as variáveis ambientais influenciavam na produtividade e também conseguir 
evidenciar que existia uma estrutura informal em meio ao formalismo da organização, que eram 
os chamados grupos formais e informais (Reed, 2014 apud Ferreira, 2016). 
De acordo com Donaldson (2014), a teoria da contingência preconiza que não existe uma única 
estrutura organizacional, mas sim uma gama de estruturas que variam de acordo com 
determinados fatores contingenciais. Os fatores Contingenciais, assim denominados por 
Donaldson, poderiam ser a estratégia utilizada pela empresa, o seu porte, a complexidade e 
incerteza de suas tarefas bem como o ambiente competitivo ou tipo de produto ou serviço 
prestado. Não esquecendo o aumento da competitividade e concorrência. 
 
Grupo 1 Teoria da Contingência 4 
Islam e Hu (2012) acrescentam que as explicações sobre o desempenho da organização são 
dadas levando em conta os fatores contingentes e que nenhum tipo de estrutura organizacional 
pode ser aplicado universalmente, em vez disso, que há uma relação direta entre a organização, 
a tecnologia, o ambiente, tamanho da organização e as especificidades de sua estrutura 
organizacional. (apud Ferreira, 2016) 
Para Morgan (2008), organizações são como sistemas abertos que ficam em contínua interação 
com o meio ambiente, recebendo, processando e mandando informações, objetivando um 
equilíbrio entre fatores internos e externos à organização. A interação com meio ambiente, a 
troca de informações e os reflexos de tudo o que ocorre no contexto da empresa influencia a 
forma como ocorre a gestão, a tomada de decisão. Uma empresa deve monitorar seu ambiente 
de atuação para que possa agir de maneira proativa e não reativa ás mudanças que lhe afeta, ou 
seja, há uma gama de variáveis, internas ou não, que estão ou não sob seu controle que afetam 
diretamente ou indiretamente a empresa. Essas variáveis são denominadas contingências. A 
organização para ter alto desempenho deve ajustar suas características organizacionais aoss 
fatores contingentes. (apud Ferreira, 2016) 
Portanto, não existe uma única forma de administrar uma empresa, pois depende de fatores 
contingentes, ou seja, a atuação da empresa depende de seu porte, de sua tecnologia, da 
complexidade da tarefa e condições ambientais. Deste modo, a organização para ter alto 
desempenho deve ajustar suas características organizacionais a esses fatores contingentes. 
Neste sentido, na concepção de Guerra (2007) a organização que consegue adequar sua 
estrutura organizacional a tais fatores terá um desempenho superior aos das organizações que 
não possuam tal ajuste. Confirmando esta premissa, Daft (2002, p. 13), descreve que "a 
organização deve encontrar e obter recursos, interpretar e agir nas mudanças do ambiente, dar 
destino aos produtos e controlar e coordenar as atividades internas em face das perturbações 
ambientais e incertezas". (apud Ferreira, 2016) 
Pennings (1975) segue a mesma linha de Morgan (2008) e afirma em seu estudo que a 
interdependência que existe entre a organização e variáveiscom estrutura, ambiente, 
tecnologia, e a forma como a organização percebe e age perante tais variáveis irá definir sua 
efetividade organizacional, suas características próprias e competitividade. 
Grupo 1 Teoria da Contingência 5 
2.1 Principais Pesquisas Sobre A Teoria Da Contingência 
“A Teoria da Contingência surgiu a partir de várias pesquisas feitas para verificar os modelos 
de estruturas organizacionais mais eficazes em determinados tipos de empresas.[...] Os 
resultados das pesquisas conduziram a uma nova concepção de organização: a estrutura da 
organização e seu funcionamento são dependentes da interface com o ambiente externo” 
(Chiavenato, 2004, p.504 apud Mantovani, 2012). 
 
 
 
 
 
19 
 
 
Quadro 2 -Principais pesquisas seminais da teoria da contingência 
 
FONTE: Oliveira (2008, p. 291-292) 
 
 
2.1.3 Construtos da pesquisa em relação à abordagem contingencial 
Em consonância com os fundamentos da teoria da contingência, o desenho dos sistemas de 
controle gerencial segue os mesmos princípios, ou seja, não há um único e universal sistema 
de controle gerencial que pode ser de utilidade para todas as organizações em todas as 
circunstâncias (FERREIRA;OTLEY, 2010). 
 
A eficácia de um sistema de controle gerencial é contingente de circunstâncias particulares 
enfrentadas pela empresa, as quais são importantes para a escolha do sistema de controle 
gerencial apropriado (CHENHALL, 2003). Baseados na premissa da não universalidade do 
desenho de sistemas de controle gerencial, pesquisadores têm estudado como diferentes 
variáveis, tais como a natureza do ambiente externo, a estrutura organizacional, tecnologia, 
porte e estratégia, influenciam o desenho de sistemas de controle gerencial (ABDEL-
Idealizador Ano Principais Contribuições
Joan Woodward 1958, 1965
Realizou o primeiro estudo abordando a administração das 
contingências na organização. Analisou as relações entre tecnologia e 
estrutura organizacional (1965) 
Tom Burns e George M. Stalker 1961
Analisaram os efeitos do ambiente externo sobre o estilo 
administrativo e os resultados apresentados pelas organizações. 
Identificaram cinco níveis de ambientes da organização desde o 
estável ao instável . Consideram as organizações como sistema 
mecanicista ou sistema orgânico.
Alfred Chandler Jr 1962 Analisou as relações entre estratégia e estrutura organizacional
James David Thompson 1967
Analisou a interação das questões contingenciais e o comportamento 
das pessoas nas organizações
Paul Roger Lawrence e Jay William 
Lorsch
1967
Observaram a necessidade das organizações se adaptarem as 
demandas do ambiente. A diferenciação entre as organizações 
decorre da diferenciação do mercado em que atuam.
Charles Perrow 1967
Analisou as interações entre tecnologia e estrutura organizacional 
aprimorando os estudos de Joan Woodward. Analisou o nível de 
variabilidade das organizações, que é dependente do nível de 
conhecimento dos problemas e processos administrativos
Larry Greiner 1972 Associou o estágio do CVO com a estrutura organizacional
Pradip Khandwalla 1972
Encontrou associação entre fatores contingenciais e o controle 
gerencial
Tabela 1 - Principais pesquisas sobre a teoria da contingência. Fonte: Matovani (2012) 
Grupo 1 Teoria da Contingência 6 
2.1.1 Burns e Stalker 
Tom Burns e G.M. Stalker, dois sociólogos, pesquisaram indústrias inglesas para verificar a 
relação entre práticas administrativas e ambiente externo dessas indústrias (Chiavenato, 2004, 
p.506). De acordo com Donaldson (2001, p.37), Burns e Stalker proporcionaram a contribuição 
mais fundamental para a teoria orgânica, propondo uma teoria que provou ser de interesse por 
muitos acadêmicos. Esses autores encontraram diferentes procedimentos administrativos nas 
indústrias e os classificaram em dois tipos: “mecanicistas” e “orgânicos”. (apud Mantovani, 
2012) 
A estrutura mecanicista enfatiza a hierarquia, de modo que a organização é dividida em tarefas 
especializadas, cujos ocupantes ficam dependentes dos seus subordinados, já que são estes que 
retêm a maior parte da informação e do conhecimento. A imagem de uma estrutura mecanicista 
é de uma estrutura hierárquica, com forte poder de controle, que determina rigorosamente os 
papéis dos níveis inferiores (Donaldson, 2001 apud Matovani, 2012). 
Para Chiavenato (2004), esses distintos procedimentos administrativos são denominados de 
sistemas “mecanicistas” e “orgânicos”. No sistema mecanicista, as tarefas são divididas por 
especialistas e de maneira claramente definida. As operações são reguladas por instruções, 
regras e decisões emitidas pelos superiores. A administração ocorre por uma hierarquia rígida 
e opera um sistema vertical descendente e ascendente. (apud Matovani, 2012) 
Por outro lado, na estrutura orgânica, a compreensão das tarefas é amplamente dividida entre 
os empregados que utilizam suas prerrogativas para aceitarem a responsabilidade e o trabalho 
de modo flexível. A imagem de uma estrutura orgânica reflete uma rede ligando todas as 
funções na qual os especialistas colaboram de modo frequente e ad hoc (Donaldson, 2001 apud 
Mantovani, 2012). 
Os sistemas orgânicos, na opinião de Chiavenato (2004), são sistemas adaptáveis a condições 
ambientais instáveis, quando os problemas e exigências de ação não podem ser fragmentados e 
distribuídos entre especialistas numa hierarquia definida. Os trabalhos são flexíveis em termos 
de métodos, obrigações e poderes, pois devem ser constantemente redefinidos. A interação é 
lateral e vertical, não se atribuindo onisciência aos superiores. (apud Matovani, 2012) 
 
Grupo 1 Teoria da Contingência 7 
O argumento contingente de Burns e Stalker é que a forma mecanicista de organização é 
apropriada para condições ambientais estáveis, isto é, baixas taxas de mudanças tecnológicas e 
mercado, enquanto a forma orgânica é apropriada para condições ambientais de altas taxas de 
mudanças e inovação. 
2.1.2 Chandler 
Chandler (1962) realizou uma investigação histórica sobre as mudanças estruturais de quatro 
grandes empresas americanas (DuPont, General Motors, Standard Oil Co, Sears Roebuck) 
relacionando-as à estratégia de negócios para demonstrar como a estrutura dessas empresas foi 
sendo continuadamente adaptada e ajustada à sua estratégia (Chiavenato, 2004, p. 505 apud 
Mantovani, 2012). 
A estrutura organizacional corresponde ao desenho da organização, representada pela forma 
que ela assumiu para integrar seus recursos, enquanto a estratégia corresponde ao plano global 
de alocação de recursos para atender as demandas do ambiente. Para Chandler, as grandes 
organizações passaram por um processo histórico que envolveu quatro fases distintas: i- 
acumulação de recursos; ii- racionalização do uso dos recursos; iii- continuação do crescimento 
e iv- racionalização do uso de recursos em expansão. (Chiavenato 2004, apud Mantovani, 
2012), 
Chandler, argumenta que a estratégia orienta a estrutura, assim como uma estratégia de 
diversificação sugere uma estrutura divisional para combinar com essas operações 
diversificadas. Assim, surge o ajuste entre a estrutura divisional e a estratégia como 
contingência (Donaldson, 2001, p. 77 apud Mantovani, 2012). 
2.1.3 Joan Woodward 
Joan Woodward (1958), socióloga industrial, organizou uma pesquisa para avaliar se a prática 
dos princípios de administração proposta pelas teorias administrativas se correlacionava com o 
êxito do negócio. A pesquisa envolveu 100 firmas inglesas de vários negócios e tamanhos, 
classificadas em três grupos de tecnologia de produção: i- produção unitária ou oficina, ii- 
produção em massa ou mecanizada e iii- produção em processo ou automatizada (Chiavenato, 
2004 apud Mantovani, 2012). 
Grupo 1 Teoria da Contingência 8 
As conclusões de Woodward são as seguintes: 
a) o desenho organizacional é afetado pela tecnologia usada pela organização: as firmas de 
produçãoem massa bem sucedidas tendem a ser organizadas em linhas clássicas; 
b) há uma forte correlação entre estrutura organizacional e previsibilidade das técnicas de 
produção: a previsão de resultados é alta para a produção por processo contínuo e baixa para 
oficina; 
c) as empresas com operações estáveis necessitam de estruturas diferentes das organizações 
com tecnologia mutável: organizações estruturadas e burocráticas com sistema mecanicista são 
mais apropriadas para operações estáveis, enquanto a organização inovadora e com tecnologia 
mutável requer um sistema orgânico e adaptativo; 
 d) sempre há o predomínio de alguma função na empresa: a importância de cada função 
depende da tecnologia utilizada. 
Woodward apresentou um modelo mais complexo que o de Burns e Stalker (1961), mas eles 
compartilhavam uma conceituação similar de estrutura mecânica e orgânica, ambos os modelos 
convergiam a respeito da tecnologia como indutora de incertezas. Ambos sustentaram que o 
futuro pertenceria ao estilo de administrar orgânico de relações humanas e que seria imposto à 
administração pela evolução tecnológica. A diferença dos modelos foi que Woodward (1965) 
utilizou medidas quantitativas para mostrar a associação entre tecnologia operacional e vários 
aspectos de estrutura organizacional (Donaldson, 2001 apud Mantovani, 2012). 
2.1.4 Lawrence e Lorsch 
A ideia principal desta pesquisa era que as organizações funcionando em um ambiente 
complexo adotavam maior grau de diferenciação e integração em comparação às empresas que 
atuavam em ambientes mais simples (Guerreiro; Pereira; Rezende, 2008, apud Mantovani, 
2012). Nessa abordagem, a ênfase está entre organizações e seus ambientes, sendo aquelas 
consideradas sistemas abertos, que são compreendidos como processos contínuos em lugar de 
coleções de partes. 
 
Grupo 1 Teoria da Contingência 9 
Donaldson (1999, p. 109) afirma que Lawrence e Lorsch (1967) tem o “mérito de terem iniciado 
o uso do termo 'Teoria da Contingência' para identificar a então incipiente abordagem para a 
qual contribuíram de maneira decisiva”. Esses autores determinaram que a taxa de mudança 
ambiental impacta na diferenciação e na integração da organização, pois mudanças ambientais 
exigem que certas partes da organização enfrentem índices de incerteza maiores do que outras 
partes. 
Nas formas de integração, o estudo de Lawrence e Lorsch (1967) gerou importantes 
descobertas. Observaram que em ambientes estáveis, as maneiras convencionais burocráticas 
de integração, tais como hierarquia e definição de regras, funcionavam bem, mas em ambientes 
turbulentos, precisavam ser substituídos por outras formas, tais como, equipes de projetos 
multidisciplinares e indicação de pessoal habilitado na arte de coordenar e resolver conflitos. 
Portanto, deram precisão e refinamento à ideia geral de que certas organizações necessitam ser 
mais orgânicas do que outras (Morgan, 1996). Os autores apresentaram sua teoria num estudo 
comparativo de diferentes organizações de três industrias: containers, alimentação e plásticos. 
Eles constataram que as organizações que adequaram suas estruturas organizacionais ao seu 
ambiente obtiveram melhores desempenhos (Donaldson, 1999 apud Mantovani, 2012). 
Em síntese, os estudiosos da Teoria da Contingência descobriram três tipos de contingências 
que influenciam a estrutura organizacional das empresas: (i) o seu tamanho, (ii) a tecnologia 
utilizada, e (iii) o seu meio ambiente. Suas implicações são: (i) que não existe uma melhor 
forma de uma empresa se organizar; e (ii) diferentes partes da organização são influenciadas de 
diferentes formas pelas contingências (Guerreiro; Pereira; Rezende, 2008 apud Mantovani, 
2012). Essa influência exercida nas organizações se dá por meio dos fatores contingenciais. 
O ambiente externo é repleto de incertezas, no qual existem fatores que influenciam as saídas 
organizacionais, por meio de entradas que as energizam, tais como os recursos humanos, 
financeiros, fluxo de matéria prima e de informação (Morgan, 1996 apud Mantovani, 2012). 
Nesta ótica, o ambiente torna-se uma variável importante e influenciadora das práticas 
organizacionais, logo cabe ao gestor analisar a situação em que ela se encontra e escolher o 
modelo de decisão que melhor se ajuste. 
 
Grupo 1 Teoria da Contingência 10 
3. CONCLUSÃO 
A teoria contingencial prescreve que a organização deve se moldar, adaptar-se à um ambiente 
mais instável sustentado por mudanças tecnológicas, inovadoras e de mercados diferenciados, 
com o intuito de minimizar os efeitos negativos e maximizar a estrutura da empresa afim de 
obter maior grau de eficácia e competitividade. 
Esta teoria demonstra que nas teorias de gestão organizacionais nada é absoluto, portanto, as 
regras e normas organizacionais têm que ser substituídas por critérios sistematicamente 
ajustados à organização, tendo em conta o seu ambiente e as tecnologias. Citam-se alguns 
aspectos essenciais da teoria: 
• Sistema aberto; 
• Interacção entre as características da organização e do ambiente, isto explica a relação 
funcional, assim como, as diferenciações e integrações; 
• As variáveis ambientais funcionam como variáveis independentes das organizações, ao 
passo que, as técnicas de gestão das organizações são dependentes das variáveis 
ambientais. 
 
 
As organizações que fazem leitura de seu ambiente de maneira mais eficiente tem um 
desempenho superior e historicamente, as mudanças ambientais refletem na forma como as 
empresas são organizadas, administradas, tais mudanças tem relação direta com a evolução do 
processo produtivo ou da forma como as empresas utilizam seus recursos, seja no 
desenvolvimento de novos equipamento, novos conhecimentos que mudam a forma como a 
empresas transforma seus recursos, este fator contingente é a tecnologia. 
 
 
 
Grupo 1 Teoria da Contingência 11 
4. BIBLIOGRAFIA 
[1] GUERREIRO, N. J. P. Inovação Nos Serviços: Tendências Actuais E Processo De 
Medição. Dissertação de mestrado. ISCTE Bussiness School. Lisboa: 2013. 
[2] FERREIRA, A.O. Gestão de micro e pequenas empresas na perspectiva da teoria da 
contingência: um estudo em restaurantes da Região Metropolitana de Campinas – RMC. 
Dissertação de Mestrado. Faculdade Campo Limpo Paulista. São Paulo: 2016. 
[3] AMARO, H. D. Influência De Fatores Contingenciais No Desempenho Acadêmico De 
Discentes Do Curso De CiêNcias Contábeis De IFES. Dissertação de Mestrado. Universidade 
Federal Do Paraná. Curitiba: 2014. 
[4] RIGONI, J. M. Sistemas De Remuneração Por Desempenho: Uma Abordagem Com Base 
Na Teoria Da Contingência. Dissertação de Mestrado. Fundação Instituto Capixaba De 
Pesquisas Em Contabilidade, Economia E Finanças - Fucape. Vitória: 2014. 
[5] MANTOVANI, F. R. Desenho E Uso De Sistemas De Controle Gerencial Focados Nos 
Clientes: Um Estudo Em Empresas Brasileiras Sob A Perspectiva Da Teoria Da 
Contingência. Dissertação de Mestrado. Universidade De São Paulo. São Paulo: 2014. 
[6] Teoria da contingência [consult. 2018-10-08]. Disponível na Internet: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_da_contingência 
[7] Contingency theory [consult. 2018-10-08]. Disponível na Internet: 
https://en.wikipedia.org/wiki/Contingency_theory 
 
Instituto Superior de Transportes e Comunicações
Disciplina: Gestão de Empresas e Projectos
Docentes: Dr. Pedro Cossa, Engª Italma Ariane
Discente(s): Lauro Mota, Laércio Donça, Leonel Amiel, Hilário António, Shelton Botão
Turma: C41
4º Ano
Maputo, Outubro – 2018
Teoria Contigencial
Licenciatura em Engenharia Civil e de Transportes
1
Índice da	apresentação
1 – Introdução
2 – Fundamentos
3 – Teoria Contigencial
4 – Considerações Finais
2Grupo	1	- Teoria	Contigencial
INTRODUÇÃO
A teoria da contingência é marcada pela relatividade, na medida em
que para as organizações e teorias de gestão nada pode ser encarado
como absoluto.
3Grupo	1	- Teoria	ContigencialTeoria da	Contingência
Teoria da	Contingência
Não	existe	uma	única	
forma	de	se	gerir	
melhor.													
Não	existe	uma	forma	
fixa.
As	organizações	
precisam	de	
sucessivos	ajustes	às	
condições	ambientais.
4Grupo	1	- Teoria	Contigencial
Esta teoria defende que nas teorias de gestão organizacionais nada é
absoluto, portanto, as regras e normas organizacionais têm que ser
substituídas por critérios sistematicamente ajustados à organização,
tendo em conta o seu ambiente e as tecnologias.
Grupo	1	- Teoria	Contigencial 5
Teoria da	Contingência
Aspectos essenciais da teoria:
• Sistema aberto;
• Interacção entre as características da organização e do ambiente – isto
explica a relação funcional, assim como, as diferenciações e integrações.
• As variáveis ambientais funcionam como variáveis independentes das
organizações, ao passo que, as técnicas de gestão das organizações são
dependentes das variáveis ambientais.
Grupo	1	- Teoria	Contigencial 6
Teoria da	Contingência
É o contexto que envolve exteriormente a organização
• As organizações têm a necessidade de discutir, explorar o ambiente
em que estão inseridas.
Grupo	1	- Teoria	Contigencial 7
Ambiente
Ambiente Geral - ambiente que é comum a todas as organizações.
Variáveis do ambiente geral:
• Tecnológicas ;
• Legais;
• Políticas;
• Económicas;
Grupo	1	- Teoria	Contigencial 8
Ambiente
• Demográficas ;
• Ecológicas;
• Culturais.
Ambiente de tarefa – caracterizado pela proximidadeà organização.
Variáveis do ambiente de tarefa:
• Fornecedores;
• Clientes ou utilizadores;
• Concorrentes;
• Entidades reguladoras.
Grupo	1	- Teoria	Contigencial 9
Ambiente
FUNDAMENTOS
Origem da	Teoria
• A teoria da contingência surgiu a partir das diversas pesquisas que
foram efectuadas, tendo estas como objectivo principal perceber se
as organizações seguiam ummodelo de teoria clássico;
• Não existia uma única forma de gestão adequada, mas sim múltiplas
formas adequadas de se gerir.
10Grupo	1	- Teoria	Contigencial
FUNDAMENTOS
Origem da	Teoria
• A nova concepção organizacional, na qual a sua estrutura e o seu
funcionamento são dependentes do ambiente que as rodeia
(contingências externas).
• Essas contingências podem ser consideradas, benéficas ou entraves
que influenciam a estrutura e o funcionamento das organizações.
11Grupo	1	- Teoria	Contigencial
FUNDAMENTOS
Pesquisas
• A Teoria da Contingência surgiu a partir de várias pesquisas feitas
para verificar os modelos de estruturas organizacionais mais eficazes
em determinados tipos de empresas.
12Grupo	1	- Teoria	Contigencial
13Grupo	1	- Teoria	Contigencial
Tabela 1	– Principais pesquisas da	teoria da	contingência.	Fonte:	Mantovani (2012)
19 
 
 
Quadro 2 -Principais pesquisas seminais da teoria da contingência 
 
FONTE: Oliveira (2008, p. 291-292) 
 
 
2.1.3 Construtos da pesquisa em relação à abordagem contingencial 
Em consonância com os fundamentos da teoria da contingência, o desenho dos sistemas de 
controle gerencial segue os mesmos princípios, ou seja, não há um único e universal sistema 
de controle gerencial que pode ser de utilidade para todas as organizações em todas as 
circunstâncias (FERREIRA;OTLEY, 2010). 
 
A eficácia de um sistema de controle gerencial é contingente de circunstâncias particulares 
enfrentadas pela empresa, as quais são importantes para a escolha do sistema de controle 
gerencial apropriado (CHENHALL, 2003). Baseados na premissa da não universalidade do 
desenho de sistemas de controle gerencial, pesquisadores têm estudado como diferentes 
variáveis, tais como a natureza do ambiente externo, a estrutura organizacional, tecnologia, 
porte e estratégia, influenciam o desenho de sistemas de controle gerencial (ABDEL-
Idealizador Ano Principais Contribuições
Joan Woodward 1958, 1965
Realizou o primeiro estudo abordando a administração das 
contingências na organização. Analisou as relações entre tecnologia e 
estrutura organizacional (1965) 
Tom Burns e George M. Stalker 1961
Analisaram os efeitos do ambiente externo sobre o estilo 
administrativo e os resultados apresentados pelas organizações. 
Identificaram cinco níveis de ambientes da organização desde o 
estável ao instável . Consideram as organizações como sistema 
mecanicista ou sistema orgânico.
Alfred Chandler Jr 1962 Analisou as relações entre estratégia e estrutura organizacional
James David Thompson 1967
Analisou a interação das questões contingenciais e o comportamento 
das pessoas nas organizações
Paul Roger Lawrence e Jay William 
Lorsch
1967
Observaram a necessidade das organizações se adaptarem as 
demandas do ambiente. A diferenciação entre as organizações 
decorre da diferenciação do mercado em que atuam.
Charles Perrow 1967
Analisou as interações entre tecnologia e estrutura organizacional 
aprimorando os estudos de Joan Woodward. Analisou o nível de 
variabilidade das organizações, que é dependente do nível de 
conhecimento dos problemas e processos administrativos
Larry Greiner 1972 Associou o estágio do CVO com a estrutura organizacional
Pradip Khandwalla 1972
Encontrou associação entre fatores contingenciais e o controle 
gerencial
FUNDAMENTOS
Pesquisas - Chandler
Pesquisa	histórica	sobre	a	evolução	estrutural	de	quatro		empresas	americanas.
• Relacionou	o	aspecto estratégico	dos	negócios.		
• Demonstrou	como	a	estrutura	foi	progressivamente		adaptada	à	sua estratégia.		
Estas	organizações	passaram	por	um	processo	histórico	dividido	por	quatro	fases:
• Acumulação	de	recursos
• Racionalização	do	uso	dos	recursos
• Continuação	do	crescimento
• Racionalização	do	uso	de	recursos	em	expansão	
14Grupo	1	- Teoria	Contigencial
FUNDAMENTOS
Pesquisas - Chandler
Diferentes ambientes encaminhavam as empresas a adoptar novas
estratégias e essas mesmas exigiam estruturas organizacionais
diferentes.
As diferentes estruturas organizacionais foram importantes para
enfrentar estratégias e ambientes diferentes.
15Grupo	1	- Teoria	Contigencial
FUNDAMENTOS
Pesquisas – Burns	e	Stalker
Pesquisaram vinte industrias britânicas, tendo como objectivo a análise
e verificação da relação existente entre as práticas administrativas e o
ambiente externo dessas industrias.
16Grupo	1	- Teoria	Contigencial
FUNDAMENTOS
Pesquisas – Burns	e	Stalker
• Organizações “mecanicistas” (apropriado para empresas que operam
em ambientes estáveis).
• Organizações “orgânicas” (apropriado para empresas que operam em
ambientes que operam em ambientes de mudança).
17Grupo	1	- Teoria	Contigencial
Características	 Sistema	mecanicista	 Sistema	orgânico	
Estrutura	
organizacional
Burocrática,	permanente,	rígida	e	definitiva Flexível,	mutável,	adaptativa	e	
transitória		
Autoridade Baseada	na	hierarquia	e	no	comando	 Baseada	no	conhecimento	e	na	
consulta.
Desenho	de	cargos	
e	tarefas	
Cargos	estáveis	e	definidos.	Ocupantes	
especialistas	e	univalentes- definitivo
Cargos	mutáveis.	Ocupantes	
polivalentes-provisório		
Processo	decisorial Tomada	de	decisões	centralizadas	na	cúpula	da	
organização.
Tomada	de	decisões	
descentralizadas	“ad	hoc”	aqui	e	
agora	
Comunicações	 Verticais Horizontais
Confiabilidade	
colocada	sobre
As	regras	e	regulamentos	são	formalizados	por	
comunicados	ou	impostos	pela	empresa.
Informalidade	de	comunicações	
entre	as	pessoas.
Princípios	
predominantes	
Teoria	Clássica	 Teoria	das	Relações	Humanas.
Ambiente	 Estável	e	permanente	 Instável	e	dinâmico	
18Grupo	1	- Teoria	Contigencial
Tabela 2 – Sistema	Mecanicista vs.	Sistema	Orgânico.	Fonte:	Chiavenato (2007)
FUNDAMENTOS
Pesquisas – Lawrence	e		Lorsch
Nesta	pesquisa	fez-se	a	análise sobre:
• Organização	e	ambiente;
• Problemas	básicos	das	organizações	são	a	diferenciação	e	a	
integração.
19Grupo	1	- Teoria	Contigencial
FUNDAMENTOS
Pesquisas – Lawrence	e		Lorsch
Nesta abordagem, a ênfase está entre organizações e seus ambientes,
sendo aquelas consideradas sistemas abertos, que são compreendidos
como processos conlnuosem lugar de coleções de partes.
20Grupo	1	- Teoria	Contigencial
CONCLUSÃO
Tudo o que acontece na envolvente externa das organizações, quer a
nível sociológico, tecnológico político ou demográfico poderá
condicionar a sua actividade, a sua estrutura organizacional, a sua
gestão e as decisões dos seus gestores.
Grupo	1	- Teoria	Contigencial 21
CONCLUSÃO
Por isso, segundo a Abordagem Contingencial, não	 é possível
estabelecer uma única forma óptima de gerir as organizações: cada
situação específica requer um tipo de gestão específica.
Grupo	1	- Teoria	Contigencial 22
Obrigado
23
Fonte da	imagem de	fundo:	https://www.universitiesabroad.com/sites/all/files/public/field/image/business%20admin2.jpg

Continue navegando