Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE BIOINTERAÇÃO II WELLERSON SILVA ESTUDO DE CASOS Santo Antônio de Jesus-Ba 2022 WELLERSON SILVA ESTUDO DE CASOS Trabalho apresentado como requisito parcial para avaliação do componente curricular Biointeração II, na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), sob orientação dos professores Fernando Vicentini, Jorge Nihei e Ricardo Mendes. Santo Antônio de Jesus-Ba 2022 SUMÁRIO ESTUDOS DE CASO 4 1. Caso clínico nº 1: 4 1.1. Perguntas norteadoras: 4 1.2. Discussão 4 2. Caso clínico nº 2: 5 2.2. Perguntas norteadoras: 5 2.3. Discussão 5 REFERÊNCIAS 7 ESTUDOS DE CASO 1. Caso clínico nº 1: (Descrição) M.C.P.C., 24 anos de idade, sexo feminino, heterossexual, relação estável a três anos. História clínica: Menarca aos 14 anos de idade, início da atividade sexual aos 17 anos e dificuldade de levar gestações a termo (Duas vezes). Quadro clínico: Desconforto vulvar, disúria, vaginite e colpite. Na anamnese, em companhia do parceiro, alegaram fidelidade desde o início do relacionamento, e que por isso o parceiro, que não apresenta nenhuma sintomatologia, se recusa a fazer qualquer tipo de tratamento. 1.1. Perguntas norteadoras: • Quais os possíveis diagnósticos diferenciais? • Que característica(s) observada(s) na colpite que poderia(m) ser patognomônica(s) para fechar um diagnóstico de tricomoníase? • Como caracterizar o corrimento da tricomoníase e qual sua diferença para os que ocorrem na candidíase e na gonorreia? • Como você explicaria para o companheiro de M.C.P.C. a possibilidade de ele estar “sustentando” a infecção dela? 1.2. Discussão Os sinais e sintomas apresentados sugerem diagnóstico de infecção por Cândida albicans (candidíase), Neisseria gonorrhoeae (gonorreia), papilomavírus humano (HPV), Gardnerella vaginalis (vaginose bacteriana) ou Trichomonas vaginalis (tricomoníase). Além dos sintomas serem decorrentes do uso de medicamentos e produtos de higiene que possam altera o equilíbrio fisiológico da vagina, absorventes e roupas íntimas inadequadas. Diante da sintomatologia e história e quadro clínico, pela presença de colpite, a princípio deve-se pensar em inflamação por bactéria, fungos ou protozoários. Observando o parceiro como possível hospedeiro assintomático e/ou vetor da transmissão de alguma IST. Como não há muitos detalhes do quadro clínico, como o aspecto corrimento gerado pela colpite, ou demais sintomas vaginais da mulher, não se pode fechar o diagnóstico. Por exemplo, caso o corrimento tivesse coloração branda, indicaria quadro de candidíase. Do contrário, caso o corrimento tivesse cor marrom ou com presença de sangue, haveria indicação para gonorreía. Já no caso de ele ter coloração amarela ou amarela-esverdeada, poderia indicar infecção por Trichomonas vaginalis. Outras características da infecção desse protozoário é a presença de bolhas maiores no corrimento, mas sem aspecto espumoso, e o colo do útero com “aspecto de framboesa” ou “aspecto de morango”. Caso este último estivesse presente, diagnóstico estaria quase fechado, precisando apenas do exame laboratorial para confiar o diagnóstico clinico. Pela recusa em fazer o diagnóstico e tratamento, é bem provável que o parceiro da paciente esteja infectado pelo patógeno e constantemente infectando sua parceira. Por isso, existe a necessidade de que ambos façam exames em laboratório para identificação da infecção, para a partir daí traçar um plano de tratamento, caso se confirme a infecção. 2. Caso clínico nº 2: (Descrição) C.A.G., 32 anos de idade, sexo feminino, pansexual, relações abertas a oito anos. História clínica: Menarca aos 15 anos de idade, início da atividade sexual aos 21 anos. Quadro clínico: Desconforto vulvar e dispareunia. Na anamnese descreve que os sintomas se iniciam após intenso uso de óvulos vaginais e sabonetes íntimos a cerca de um ano. 2.2. Perguntas norteadoras: • Quais os possíveis diagnósticos diferenciais? • Pode existir relação entre o tratamento citado e a tricomoníase? Se sim explique. 2.3. Discussão Assim como no primeiro caso, não há maiores detalhes que possa definir o diagnóstico, sendo assim, repete-se o pensamento da causa dos sintomas serem por consequência de infecção por Cândida albicans (candidíase), Neisseria gonorrhoeae (gonorreia), papilomavírus humano (HPV), Gardnerella vaginalis (vaginose bacteriana) ou Trichomonas vaginalis (tricomoníase). A sintomatologia também sugere que o quadro clínico possa ter origem em decorrência do uso de medicamentos e produtos de higiene que possam altera o equilíbrio fisiológico da vagina, absorventes e roupas íntimas inadequadas. Como a paciente desde caso relatou o uso de medicamentos pela via vaginal, e por higiene feita através de sabonetes íntimos, provavelmente o equilíbrio homeostático da vagina foi comprometido, fazendo com que ela perca eficiência na imunidade inata e a deixe mais suscetível a infecção, como as citadas como possíveis causas do quadro clínico. REFERÊNCIAS GODHA, Keshav et al. Human vaginal pH and microbiota: an update. Gynecological Endocrinology, v. 34, n. 6, p. 451-455, 2018. DOI:10.1080/09513590.2017.1407753 LEITSCH, David. Recent advances in the Trichomonas vaginalis field. F1000Research, v. 5, 2016. DOI:10.12688/f1000research.7594.1 MEITES, Elissa et al. A review of evidence-based care of symptomatic trichomoniasis and asymptomatic Trichomonas vaginalis infections. Clinical infectious diseases, v. 61, n. suppl_8, p. S837-S848, 2015. DOI: 10.1093/cid/civ738. SILVA, Ricardo Mendes da. Trichomonas vaginalis. Online. 6 dez. 2021. PDF. 48 slides. Color.