Buscar

Continue navegando


Prévia do material em texto

Ministrante:
Secretariado – Módulo 3: Redação Oficial
Ministrante: PROFA. DRA. DENISE DANTAS MUNIZ
JOÃO PESSOA - PB
20 DE SETEMBRO DE 2021
Sumário
Momento do Diálogo: Estudo Dirigido
Introdução
Prévia sobre Linguagem
Redação Oficial 3: Linguagem Padrão
Redação Oficial 4: Normas Gramaticais
Momento do Diálogo
Prezados alunos, este é o momento que são compartilhadas as experiências referentes ao estudo dirigido proposto na aula anterior;
É o ponto em que há o compartilhamento das informações com o objetivo de desenvolvermos nosso próprio Kai-Zen, isto é, realizarmos a melhoria contínua em nossas atividades;
Cada um de nós possui um conhecimento ímpar que pode contribuir com o crescimento do colega e, consequente-mente, fortalece nosso know-how.
“A esperança tem duas lindas filhas, a indignação e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las” – Santo Agostinho
Introduzindo o assunto
Como já foi dito, a escrita é elemento chave para podermos conceituar a humanidade enquanto modelo de civilização;
Assim como entendemos que é por ela que conseguimos regis-trar as informações para que sejam consultadas e metodologias melhoradas possam ser desenvolvidas em todas as áreas do co-nhecimento humano;
Mas devemos também alicerçar a escrita como meio de identificação de uma comunidade, sociedade e/ou nação;
Cada país, com sua língua, tem sua escrita e seus padrões;
“Investir em conhecimento rende sempre os melhores juros” – Benjamin Franklin.
Ministrante:
Introduzindo o assunto
No Brasil, fazemos uso da Língua Portuguesa como língua oficial para a redação oficial;
Para a construção de documentos que seguirão os preceitos de qualidade exigidos para uma redação oficial*, deve-se ter ciência da linguagem padrão e de seus aspectos gramaticais;
Mas vamos detalhar agora os temas que serão a pauta de nossa aula, OK?
* Reveja a nossa aula 05 deste curso.
Luís Vaz de Camões, considerado o maior escritor português da humanidade, foi o criador de inúmeras obras-primas da Língua Portuguesa, com destaque para Os Lusíadas, que fez o uso da língua para apresentar uma narrativa da expansão marítima portuguesa.
Prévia sobre Linguagem
A língua varia, conforme percebemos, tanto no tempo, como no espaço geográfico, social e de comunicação entre duas pessoas;
Dentro do português, existem vários “dialetos”, contendo sua variedade e regionalidade;
Um desafio que está neste contexto é a dificuldade que se tem, em várias situações, de decidir sobre dois dialetos qual é a língua oficial ou se os dois dialetos são variedades de uma mesma língua;
Mesmo que se use diferentes palavras para a mesma coisa, o português padrão é um só quando vai para o escrito;
Mesmo que haja diferentes formas de se expressar verbalmente, de maneira informal, as variedades linguísticas permitem identificar o pertencimento a uma mesma língua, como podemos ver na forma de se falar a palavra “amigo” em três formas distintas.
BOY
BICHO
MANO
Linguagem Padrão
Na sociolinguística anglófona (inglesa), é a variedade culta formal do idioma;
Contudo, atenção: linguagem padrão é uma coisa, linguagem culta é outra diferente;
A língua culta pode ser formal ou informal para aqueles com domínio da língua oralizada;
A língua padrão é culta, mas limitada ao aspecto formal;
A língua culta pode ser informal ao trazer elementos regionais na escrita, desde que não perca a estrutura gramatical;
Já a língua padrão é supra-regional, além do local;
Não é porque seja feito o uso de termos rebuscados para a construção de argumentos embasados ao tema dialogado que a língua padrão é uma sinonímia da língua culta.
Contudo, observe que a língua culta permite uma versão informal, enquanto a língua padrão sempre é formal. Achou que era só isso? Tem mais...
Linguagem Padrão
A linguagem padrão é usada como meio de refletir a união de regiões em torno de um Estado Nacional, isto é, manter a unidade de um país a partir de um instrumen-to de coletividade;
Ela se destoa do universo das variedades linguísticas reais do português brasileiro, pois não é um modo de falar em si;
É mais um modelo de língua a ser alcançado;
Uma construção sociocultural não correspondente as variedades existentes no Brasil;
Por ter objetivo normativo, regulamentador, coercitivo, a linguagem padrão tem função de norma, de regra;
Linguagem Padrão
A codificação da linguagem padrão ocorre na metade do século XIX;
Norteado pelo modelo português, de Portugal, de escrita;
Delimitada e controlada por uma pequena elite letrada e conservadora;
Objetivou suprimir as variações linguísticas nos diversos ambientes, consolidando a unidade nacional;
Mas tem consequências o modelo adotado para a linguagem padrão no Brasil;
É contra-intuitivo, isto é, gera certo estranhamento por parte de quem a utiliza no cotidiano, se restringindo a ambientes específicos;
Dom Pedro II foi um dos governantes que, segundo a história, incentivou diversas ações para melhoria e evolução do Brasil enquanto nação. A linguagem padrão adotada fez parte desta política e foi largamente aplicada na Administração Pública.
Linguagem Padrão
Hoje, o reduto da linguagem padrão está na prosa formal não literária;
Cartas comerciais, textos didáticos, artigos científicos, documentos técnicos, relatórios burocráticos e/ou jurídicos, notícias em mídias impressas;
Para os demais casos, a linguagem padrão pode ser considerada um mistério res-trito aos estudiosos da língua;
Características da linguagem padrão: comprometimento com a norma gramati-cal; natureza formal; uso na escrita; caráter supra-regional; relação com o con-ceito de nação; prestígio gozado; acronismo;
Linguagem Padrão
O comprometimento com a norma gramatical, a natureza da forma e seu uso na escrita são características que explicam-se por si mesmas;
Caráter supra-regional: consiste em pessoas de diferentes regiões do Brasil em usarem a mesma variedade de português na comunicação formal escrita.
Na Administração Pública, ao encaminhar um relatório de prestação de contas da entidade em João Pessoa para um Ministério localizado em Brasília, o conteúdo será compreendido sem maiores empecilhos e uma resposta será retornada;
Relação com o conceito de nação: é um conceito em que o Estado define o seu próprio conceito de existência, onde a língua está ligada ao conceito de nação;
Basicamente, é dizer que, para haver uma nação, precisa-se de uma linguagem própria e padronizada para dar unidade;
Linguagem Padrão
Prestígio gozado: é o que determina o padrão “correto” de escrita e o padrão “incorreto”, delegado a linguagem informal;
Para o profissional do secretariado, o domínio da linguagem padrão se torna elemento essencial para o devido exercício das funções que lhes são atribuídas;
Acronismo: resultado do fato que a linguagem padrão tenha uma evolução mais lenta do que as versões informais;
Mas não significa que seja estática e/ou inflexível;
A falta de capacidade de seu emprego provoca a exclusão em diversos aspectos e impede a comunicação formal quando for requerida;
O meio de garantir que a informação correta chegue aos interessados ao tema no momento preciso deve estar em uma linguagem que seja compreendida por quem lê, independente do local onde tenha sido produzida a informação.
Linguagem Padrão
Vejamos agora um vídeo em que o Professor Pasquale Cipro Neto explana a importância de se conhecer a norma padrão de escrita para diversas situações.
Professor Pasquale – Norma Padrão da Língua
Quais as possíveis consequências do não uso da Linguagem Padrão na Administração Pública?
Normas Gramaticais
Conjunto de regras que definem e consolidam as variações lin-guísticas em um determinado padrão que seja aceitável para os diversos níveis de sociedade;
No Brasil, significa conhecer os aspectos da Língua Portugue-sa para uso em textos e documentos em geral;
Para tanto, se faz útil ter ciência e conhecer a Norma Gramatical Brasileira – NGB – para ter recursos em suficiênciaao redigir documentos oficiais;
Calma: não precisa conhecer o Aurélio do A ao Z, mas é preciso saber fazer uso do vocabulário disponível para produzir docu-mentos de qualidade superior;
Não basta ter o mero conhecimento das regras gramaticais para escrever bem. No entanto, o domínio da ortografia, do vocabulário e da maneira de estruturar as frases certamente contribui para uma melhor redação.
Normas Gramaticais
Quanto a ortografia: requisito elementar de qualquer texto, com importância exponenciada em textos oficiais;
Uma troca de letra pode alterar desde o sentido da palavra até o texto como um todo;
O que poderia ser um mero lapso – esquecimento – ou ação rotineira informal na hora de uma mensagem particular, pode gerar repercussões indesejáveis em um texto oficial ou ato normativo;
Leve sempre em conta uma revisão ortográfica após a redação;
Em uma redação oficial, o uso correto da ortografia permite que a intenção do conteúdo daquele documento possa ser compreendido segundo a intenção do emissor da informação. Caso contrário, as interpretações podem ser distintas e cada receptor poderá traduzi-lo conforme seus interesses particulares.
Normas Gramaticais
Quanto ao uso de sinais: deve ser observado conforme o sinal gráfico que está sendo usado;
Hífen: é utilizado nos seguintes casos;
a) ligar elementos de palavras compostas: vice-governadora;
b) unir pronomes átonos a verbos, como no caso das ênclises e mesóclises: agradeceu-lhe, procurar-te-ei;
c) no final de uma linha, para indicar a separação de sílabas de uma palavra: com-/parar, gover-/no;
Detalhe: o hífen em palavras de mesóclise e ênclise ou composição vocabular, o hífen fica dobrado se for translineada: decreto-/-lei;
O uso de sinais gráficos deve ser aplicado conforme as regras em que sejam cabíveis. O conhecimento aliado da ortografia permitirá ao profissional do secretariado ser uma pessoa de elevada confiança perante a chefia/direção/gerência.
Normas Gramaticais
O uso do hífen é utilizado em compostos, locuções e encadeamentos vocabulares, como:
a) na composição de palavras em que os elementos constitutivos mantenham acentua-ção própria, mas dando novo sentido: abaixo-assinado, decreto-lei, papel-moeda, salário-família,...;
b) adjetivos gentílicos (pátrios) que derivam de locais com nomes compostos: belo-horizontino, porto-riquenho, são-salvadorenho,...;
c) palavras compostas que tenham os adjetivos “geral” e “executivo” para indicar fun-ção, lugar de trabalho ou órgão: diretor-geral, secretário-executivo;
d) compostas começando com “bem” ou “mal” e a outra palavra comece com vogal ou com h: bem-humorado, bem-amado, mal-humorado, mal-estar;
Normas Gramaticais
O uso do hífen é utilizado em compostos, locuções e encadeamentos vocabulares, como:
e) palavras compostas com os termos “além”, “aquém”, “recém” e “sem”: além-mar, recém-casados, aquém-fronteira, sem-vergonha;
O uso do hífen não é permitido em expressões e palavras pseudo-compostas, isto é, que na fala indiquem a ideia de ser composta, mas na língua padrão não o são;
Exemplos: fim de semana, sala de jantar, capitão de mar e guerra;
Meu caro profissional do secretariado, eu venho lhes prover uma simples dica para indicar se a palavra precisa de hífen ou não: verifique se a palavra analisada exige uma conjunção para ser formada. Se não exigir, então use o hífen. Se exigir, não o coloque.
Aproveite e veja que este preceito está fortemente ligado ao SEIRI e ao SEISO, conceitos do 5S que se mostram indissociáveis do Administração Pública.
Normas Gramaticais
Para o caso em que o hífen seja usado em palavras formadas por prefixação, recomposição e sufixação:
Boa parte das palavras da língua portuguesa é formada pelo uso de prefixos associados a uma outra palavra, sendo de rigor o emprego do hífen;
Preservar a acentuação própria do prefixo ou sua evidên-cia semântica, assim como evitar a pronúncia incorreta do vocábulo derivado;
Os prefixos das palavras da língua portuguesa vieram diretamente do latim e do grego, funcionando como advérbios ou preposições, indicando circunstâncias de local, tempo, modo. Então, toda atenção ao que está sendo dito ao lado.
Normas Gramaticais
Atenção, caro cursista! Veja a lista de prefixos que podem ser usados e suas condições de aplicação:
a) formações com prefixos: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, ...;
b) formações por recomposição, isto é, com elementos autôno-mos ou falsos prefixos, de origem grega ou latina: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele-, ...;
A lista é longa e bem ampla para estes dois casos, que são apenas uma ponta de iceberg para a construção de um verdadeiro arcabouço na área da escrita e aplicação na elaboração de documentos oficiais.
E como diria a minha colega de apresentações: Achou que era só isso? Tem mais...
Normas Gramaticais
Para os prefixos “des-” e “in-”, a segunda palavra, se começar com h, perde o hífen e o h: desumano, inábil, desumidificar;
Se, na palavra composta, a letra final do prefixo for IGUAL a letra inicial da segunda palavra, e ambas forem vogais, então o uso do hífen é obrigatório: anti-inflamatório, contra-almirante, micro-ondas;
Agora, se o prefixo for o “co-”, exige-se a aglutinação dos termos: cooperação, coordenador, coobrigação;
Para o caso de “circum-” e “pan-” e a segunda palavra começar com m, n, vogal ou h: pan-africano, circum-navegação, circum-murado;
O uso do hífen sempre vai estar atrelado à necessidade de dar significado a palavras que, separadas, não agregam valor ao egrégio arcabouço vocabular. Tenha expressa atenção quanto a algumas exceções na redação, pois sua precisão implica, por parte do receptor, a relevância que aquele setor exige e o faz para com os seus pares.
Normas Gramaticais
Com os prefixos “ex-” e “vice-”, o hífen é usado sem exce-ções: ex-almirante, ex-mulher, ex-presidente, vice-reitor, vice-primeiro-ministro, vice-campeão;
Quando o prefixo for tônico (“pós-”, “pré-” e “pró-”), se a segunda palavra existe sem a necessidade do prefixo, tem que inserir o hífen: pré-vestibular, pós-graduação, pró-capitalista;
Com estas regras de hifenização devidamente organizadas, o profissional do secretariado poderá fazer uso de um grande bloco de vocábulos que lhe favorecerá diretamente na execução do seu serviço.
E se tiver alguma dúvida sobre qualquer palavra, tenha sempre um bom dicionário ao seu lado. Ele é seu amigo de verdade: ajudando quando mais se precisa.
Normas Gramaticais
Vejamos agora vídeo explicando como realizar a hifenização no Microsoft Word, de forma que o documento não fique desarranjado ou com aqueles espaços diferencia-dos;
Normas Gramaticais – Aplicar hifenização no Word
Quando o documento que sua entidade recebe contém erros, qual o procedimento adotado?
Normas Gramaticais
FORMATAÇÃO TEXTUAL;
Aspas são usadas nas seguintes condições:
a) antes e depois de uma citação direta, isto é, quando se escreve uma fala ou texto da forma que é lida em outra fonte. Ex.: “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente” (CF, 1988);
b) se o texto original transcrito já tinha aspas duplas, trocar pelas simples. Ex.: “O cidadão deverá assinalar ‘concordo’ ou ‘discordo’”;
Em tempo: veja uma dica ao lado sobre o uso das aspas;
Olá. Se a citação ocupar até 3 linhas no seu documento, a escrita deve ser corrida no documento. Agora, se tem 4 ou mais linhas, faça um parágrafo a parte, recue 4 cm da borda inicial do parágrafo padrão e escreva SEM as aspas.
Tão importante em saber quando usar é saber quando NÃO usar.
Normas Gramaticais
Para diferenciar títulos, termos técnicos, expressões fixas, definições, exemplificações e assemelhados, as aspas são utilizadas. Exs.: MDC significa “Máximo Divisor Comum”; Nem sempre pode se aplicar uma “normaideal” no lugar de uma “norma real”;
As aspas também são usadas para indicar a fala de uma determinada pessoa. Para o caso do ponto final, ponto de exclamação ou ponto de interrogação coincidir com o fim da frase, a pontuação fica dentro das aspas. Ex.: O Presidente anunciou: “Está encerrada a sessão.”; O Ministro declarou, indignado: “Isto é um absurdo!”;
Agora, se a pontuação não fizer parte da citação, deverão estar por fora das aspas. Ex.: De quem é a famosa frase “conhece-te a ti mesmo”?
Normas Gramaticais
ITÁLICO;
Usado em títulos de publicações ou títulos de congressos, conferências, slogans, lemas sem o uso de aspas (com inicial maiúscula em todas as palavras, exceto nas de ligação);
Ex.: Foi publicada a nova edição da Moderna Gramática Portuguesa, de Evanildo Bechara;
Usa-se também em palavras e expressões em latim ou outras línguas estrangeiras não incorporadas ao uso comum na Língua Portuguesa ou não aportuguesadas;
Ex.: Détente, erga omnes, caput, status, print;
As palavras que estejam fora do cotidiano da língua padrão, quando possível, devem ser substituídas por sinônimos. Faça o uso do itálico somente se existe a certeza da impossibilidade de substituir o termo ou se sua origem não puder ser traduzida e aportuguesada.
Albert Camus, filósofo francês (1913-1960).
Normas Gramaticais
NEGRITO E SUBLINHADO;
Usa-se o negrito para realçar palavras e trechos;
Já o sublinhado deve ser evitado com intuito de realçar palavras e trechos em documentos oficiais;
O uso excessivo do termo polui visualmente o documento e retira o efeito de destaque;
PARÊNTESES;
Empregados para intercalar, em um texto, explicações, indicações, comentários, observações;
Ex.: na última reunião (10 de novembro de 2018), tomou-se a decisão;
TRAVESSÃO;
Representado por um hífen pro-longado, tem por função substi-tuir parênteses, vírgulas e dois-pontos;
Ex.: o controle inflacionário – meta prioritária do Governo – será ainda mais rigoroso;
Lembrando: não use o hífen no lugar do travessão;
Normas Gramaticais
Vejamos agora um vídeo explicativo sobre o uso correto do itálico, negrito e sublinha-do em textos acadêmicos, que versam com mesmo nível de rigor que documentos ge-rados pela Administração Pública;
Normas Gramaticais – Itálico, sublinhado e negrito
Normas Gramaticais
USO DE ACRÔNIMOS E SIGLAS;
Sigla: constitui-se do resultado da soma das iniciais de um título. Ex.: Caixa Econômica Federal – CEF, Fundo de Apoio a Pesquisa no Estado de São Paulo – FAPESP, Organização das Nações Unidas – ONU;
Acrônimo: constitui-se da soma de algumas sílabas ou parte dos vocábulos de um título. Ex.: Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA;
Atenção, cursistas! Evitem o uso de siglas e acrônimos de forma indiscriminada. Se for ato normativo, use apenas as siglas e acrônimos já existentes e consagrados, não considerando a forma popularizada da mesma.
Normas Gramaticais
Regras para siglas e acrônimos;
Siglas formadas por até três letras devem estar todas em maiúscula;
Ex.: Ordem dos Advogados do Brasil – OAB;
Siglas com mais de três letras, pronunciadas separadamente, devem ser escritas em letras maiúsculas;
Ex.: Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI;
Siglas formadas por mais de três letras, formando uma palavra, somente a primeira letra será maiúscula;
Ex.: Agência Nacional de Aviação Civil – Anac;
Ará, pessoá! Veja que o uso de siglas possui suas nuances e que devem ser atendidas, de forma que siglas semelhantes não sejam formadas para evitar confusão na hora de identificação dos órgãos ou entidades contidas no texto.
Normas Gramaticais
Para siglas e acrônimos de órgãos estrangeiros, emprega-se a versão em português. Só se usa a versão original se for reconhecida universalmente. Ex.: Organização dos Países Exportadores de Petróleo – OPEP;
Se a sigla admitir plural, usar a letra “s” em minúsculo para indicar. Ex.: Tribunais Regionais do Trabalho – TRTs;
JAMAIS use o apóstrofo para indicar plural em sigla;
Normas Gramaticais
Atenção quanto aos atos normativos;
O uso de siglas e acrônimos em atos normativos deve respeitar o dis-posto na alínea “e” do inciso II, do art. 14 do Decreto nº 9.191/2017, que indica:
1) Não usar para designar órgãos da Administração Pública Direta;
2) Para entidades da Administração Pública Indireta, somente se pre-visto em Lei;
3) Não utilizar para designar ato normativo;
4) Usar apenas se consagrado pelo uso geral e não apenas no âmbito de setor da administração pública ou de grupo social específico;
5) Na primeira menção, utilizar acompanhando da explicitação de seu significado;
O uso de siglas e acrônimos pelos órgãos públicos deve considerar quem terá acesso a este documento. Logo, procure verificar se a qualidade da informação será mantida ou se haverá perdas antes de emitir. 
Normas Gramaticais
Vejamos agora um vídeo explicativo sobre siglas e acrônimos, como forma de refor-çarmos este ponto de relevância para a construção de comunicados oficiais;
Normas Gramaticais – Siglas e Acrônimos
É comum fazer uso de siglas na elaboração de documentos na entidade em que atua? Já lhe causou dificuldade ler documentos com muitas siglas e acrônimos?
Normas Gramaticais
Sintaxe: parte da gramática que estuda a palavra, não em si, mas em relação às outras que se unem a ela para exprimir um pensa-mento;
Capítulo mais importante da gramática, pois disciplina as relações entre as palavras e contribui para a clareza da exposição e orde-namento dos pensamentos;
Lembre-se das regras na aula 05 sobre os atributos que compõem uma boa redação: conhecer as normas gramaticais, concisão, clareza, formalidade, precisão, padronização, ...;
Dominar bem o idioma, tanto na forma falada quanto na escrita, significa conhecer em profundidade as regularidades e exceções da língua. Contudo, por tratarmos de redação oficial, deve-se abordar as exceções, uma vez que se subentenda que as regras sejam do cotidiano dos profissionais do secretariado.
Normas Gramaticais
A sintaxe estará diretamente ligada a construção de frases – orações pessoais;
A ordem mais comum de uma frase, para compor a base de qualquer documento, é:
(Sujeito) + verbo + (complementos) + (adjunto adverbial);
Seis padrões básicos são observados para as orações pessoais;
1) Sujeito + verbo intransitivo + (adjunto adverbial);
Ex.: O presidente / regressou / (ontem).
2) Sujeito + verbo transitivo direto + objeto direto + (adjunto adverbial);
Ex.: O chefe da divisão / assinou / o termo de posse / (na manhã de quinta-feira).
Elementos com (__) indicam que sua presença é opcional, dependendo da necessidade de entendimento da frase. 
Normas Gramaticais
3) Sujeito + verbo transitivo indireto + objeto indireto + (adjunto adverbial);
Ex.: O Brasil / precisa / de gente honesta / (em todos os setores).
4) Sujeito + verbo transitivo direto e indireto + objeto direto + objeto indireto + (adjunto adverbial);
Ex.: Os desempregados / entregaram / suas reivindicações / ao Deputado / (na Assembleia Legislativa).
5) Sujeito + verbo transitivo indireto + complemento adverbial + (adjunto adverbial);
Ex.: O Governador / voltou / da Índia / (no sábado).
6) Sujeito + verbo de ligação + predicativo + (adjunto adverbial);
Ex.: O problema / será / resolvido / (de imediato).
Normas Gramaticais
Vejamos agora um vídeo explanando as estruturas frasais quanto ao seu nível de com-plexidade, apontando características que podem ser adotados no entendimento das informações prestadas;
Redação Oficial – Estruturas Frasais
Ao elaborar documentos e ofícios, já pôde verificar quantidade de informações maior do que a necessária? Este tipo de situação lhe causou problemas?
Estudo Dirigido
“A clareza e a concisão na forma escrita são alcançados, principalmente, pela construção adequada da frase, que é ‘a menor unidade autônoma da comunicação’, segundo a definição de Celso Pedro Luft.
A função essencial da frase é desempenhada pelo predicado, que,para Adriano da Gama Kury, pode ser entendido como ‘a enunciação pura de um fato qualquer’. Sempre que a frase possuir pelo menos um verbo, recebe o nome de período, que terá tantas orações quanto forem os verbos não auxiliares que o constituem” – Manual de Redação da Presidência da República, 3ª edição, 2018.
Estudo Dirigido
Face ao exposto, prepare um documento aplicando os conceitos apresentados neste módulo de redação oficial para a seguinte situação:
1) Um órgão autárquico, ligado ao Poder Executivo Estadual, no qual o conteúdo do tema se trate da devolução de patrimônio utilizado por motivos de fim do período de convênio assinado entre as partes envolvidas e que, por alguma razão escusa, não está em funcio-namento na atual condição.
Realização
“A VERDADEIRA EDUCAÇÃO É AQUELA QUE VAI AO ENCONTRO DA CRIANÇA PARA REALIZAR A SUA LIBERTAÇÃO” – Maria Montessori (1870-1952)
Professor(a): Denise Dantas Muniz
Email: denisedoc2019@gmail.com
Telefone: (83) 98813-4718
Contato Professor(a)
SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO
ESCOLA DE SERVIÇO PÚBLICO DA PARAÍBA - ESPEP
Rua Neuza de Sousa Sales, S/N - Mangabeira VII - João Pessoa - PB CEP: 58.058-420 Tel.: (83) 3214-1991