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Inteligências: Definições e Teorias

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Inteligências
Introdução 
• Latim: intellectus, de intelligere = inteli-
gir, entender, compreender. Composto de 
íntus = dentro e lègere = recolher, escolher, 
ler (intendere); 
• Definições: 
 - Associação Americana de Psicologia, 
em 1995: “Os indivíduos diferem na habili-
dade de entender ideias complexas, de se 
adaptarem com eficácia ao ambiente, de 
aprenderem com a experiência, de se enga-
jarem nas várias formas de raciocínio, de 
superarem obstáculos mediante o pensa-
mento. Embora tais diferenças individuais 
possam ser substanciais, nunca são comple-
tamente consistentes: o desempenho inte-
lectual de uma dada pessoa vai variar em 
ocasiões distintas, em domínios distintos, a 
se julgar por critérios distintos. Os concei-
tos de 'inteligência' são tentativas de aclarar 
e organizar esse conjunto complexo de fe-
nômenos."; 
 - Mainstream Science on Intelligence, 
1994: “Uma capacidade mental bastante ge-
ral que, entre outras coisas, envolve a habi-
lidade de raciocinar, planejar, resolver pro-
blemas, pensar de forma abstrata, compre-
ender ideias complexas, aprender rápido e 
aprender com a experiência. Não é uma 
mera aprendizagem literária, uma habili-
dade estritamente acadêmica ou um talento 
para sair-se bem em provas. Ao contrário 
disso, o conceito refere-se a uma capacidade 
mais ampla e mais profunda de compreen-
são do mundo à sua volta - 'pegar no ar', 'pe-
gar' o sentido das coisas ou 'perceber' uma 
coisa."; 
• Alfredo Binet, início do século XX, deu 
origem ao primeiro teste de inteligência, de-
senvolvido por Terman, na Universidade de 
Standford, na Califórnia: o StandfordBinet 
Intelligence Scale. O teste media a habili-
dade das crianças nas áreas verbal e lógica; 
 
Teorias sobre a 
inteligência 
→ 
• Fator genérico medido por cada teste de 
inteligência; 
• G é uma aptidão superior que governa o 
desenvolvimento e a utilização das demais 
aptidões e habilidades; 
• O quociente de inteligência QI é um índice 
calculado a partir da pontuação obtida em 
testes nos quais especialistas incluem as ha-
bilidades relacionadas a inteligência; 
• Habilidades/aptidões: referem-se ao po-
tencial para a realização de tarefas ou ativi-
dades; 
• Agrupam-se em 3 categorias principais: 
 - Cognitivas ou intelectuais: verbal, nu-
mérica, espacial, raciocínio, memória, me-
cânica, científica, criatividade literária e ar-
tística, velocidade de percepção, percepção 
das formas; 
 - Física: coordenação motora, destreza 
manual e digital, aptidão sensorial (visual, 
auditiva); 
 - Interpessoal: conversação, trabalho em 
equipe, liderança e coordenação de grupos. 
 
→ 
• Inteligências: como capacidades de resol-
ver problemas e a maneira como os resolve-
mos indica quais inteligências são mais 
acentuadas e predominantes. São 
Marianne Barone (15A) Psicologia Médica – Prof. Maria Teresa de Almeida Fernandes 
interrelacionadas, mas relativamente inde-
pendentes entre si; 
• QI elevado não é garantia de desempenho 
escolar elevado; 
• QI pode condicionar o desempenho nas 
profissões exatas, mas pode ser irrelevante 
para artistas, políticos ou filósofos; 
• A teoria das inteligências múltiplas é uma 
alternativa para o conceito de inteligência 
como uma capacidade inata, geral e única, 
que permite aos indivíduos uma perfor-
mance, maior ou menor, em qualquer área 
de atuação; 
• Tipos de inteligências múltiplas: 
 - Inteligência linguística: habilidade para 
usar a linguagem para convencer, agradar, 
estimular ou transmitir ideias; 
 - Inteligência musical: apreciar, compor 
ou reproduzir uma peça musical; 
 - Inteligência lógico-matemática: sensi-
bilidade para padrões, ordem, abstrações 
avaliar objetos e sistematizações; 
 - Inteligência espacial: capacidade para 
perceber o mundo visual e espacial; 
 - Inteligência cinestésica: usar a coorde-
nação grossa ou fina em esportes, artes cê-
nicas ou plásticas no controle dos movimen-
tos do corpo e na manipulação de objetos 
com destreza; 
 - Inteligência interpessoal: entender e 
responder adequadamente a humores, tem-
peramentos, motivações e desejos de outras 
pessoas; 
 - Inteligência intrapessoal: ter acesso aos 
próprios sentimentos, sonhos e ideias, para 
discriminá-los e lançar mão deles na solu-
ção de problemas pessoais; 
 - Inteligência naturalista: compreender e 
organizar os objetos, fenômenos e padrões 
da natureza; 
 - Inteligência existencial/espiritual: ca-
pacidade de refletir e ponderar sobre ques-
tões fundamentais da existência. 
 
→ 
• "...capacidade de identificar os nossos pró-
prios sentimentos e os dos outros, de nos 
motivarmos e de gerir bem as emoções den-
tro de nós e nos nossos relacionamentos” 
Goleman,1998; 
• Refere-se à capacidade do indivíduo de 
identificar e administrar referências e infor-
mações emocionais. Pessoas que conhecem 
suas próprias emoções são capazes de ler as 
emoções dos outros e podem ser mais efica-
zes no trabalho. (Robbins, 2006); 
• Inteligência emocional pode ser categori-
zada em cinco habilidades: 
 - Auto-conhecimento emocional: reco-
nhecer as próprias emoções e sentimentos 
quando ocorrem; 
 - Controle emocional: lidar com os pró-
prios sentimentos, adequando-os a cada si-
tuação vivida; 
 - Auto-motivação: dirigir as emoções a 
serviço de um objetivo ou realização pes-
soal; 
 - Reconhecimento de emoções em outras 
pessoas: reconhecer emoções no outro e 
empatia de sentimentos; 
 - Habilidade em relacionamentos inter-
pessoais: interação com outros indivíduos 
utilizando competências sociais; 
• Reconhecimento de emoções em outras 
pessoas e habilidade em relacionamentos 
interpessoais são importantes em: 
 - Organização de grupos: habilidade es-
sencial da liderança, que envolve iniciativa 
e coordenação de esforços de um grupo, 
bem como a habilidade de obter do grupo o 
reconhecimento da liderança e uma coope-
ração espontânea; 
 - Negociação de soluções: característica 
do mediador, prevenindo e resolvendo con-
flitos; 
 - Empatia: é a capacidade de, ao identifi-
car e compreender os desejos e sentimentos 
dos indivíduos, reagir adequadamente de 
forma a canalizá-los ao interesse comum; 
 - Sensibilidade social: é a capacidade de 
detectar e identificar sentimentos e motivos 
das pessoas.

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