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CORPO, MOVIMENTO E ARTE NA EDUCAÇÃO D CRIANÇAS CAPÍTULO 3 - A DANÇA E AS ARTES VISUAIS PODEM SER UTILIZADAS COMO INSTRUMENTOS DE COMUNICAÇÃO EXPRESSÃO ARTÍSTICA POR MEIO DO MOVIMENTO? Mara Pereira da Silva INICIAR Introdução O professor que deseja trabalhar na escola com a dança e as artes visuais precisa conhecer o objeto de conhecimento dessas lin A dança está relacionada ao movimento corporal e as artes visuais podem ser apreendidas pela visão. Dessa forma, a danç linguagem do movimento e as artes visuais é a do olhar. Você já participou de um espetáculo de dança? Notou como o dan comunica e se expressa ao ritmo de uma canção? E em uma exposição, você já foi? Conhece alguém que tenha quadros na sa casa? Mas, afinal, como posso me expressar e me comunicar por meio do movimento por meio dessas linguagens? A dança e visuais são manifestações artísticas existentes em todas as civilizações, constituídas por aparições que representam a identidad de cada artista ou de determinado povo Nesse sentido, este capítulo abordará temáticas relacionadas às artes visuais e procurando evidenciar a prática de atividades lúdico-pedagógicas que exploram essas formas de linguagens. No tópico 1, procu conceituar o nosso objeto de estudo, a dança, descrevendo seus processos de expressão e comunicação por meio de seus elem no tópico 2, iremos abordar a dança como produto cultural e digna de apreciação estética. No tópico 3, vamos estudar as arte como manifestação artística por meio da expressão e comunicação. E, por fim, no tópico 4, enfatizaremos, nas artes visuais, o como prática cultural. Desejo que todos os conceitos, teorias e práticas relacionados à dança e às artes visuais possam ser d aproveitamento e que, ao final da disciplina, você consiga visualizar essas aplicações de maneira diferente, agregando real imp ao seu dia a dia em sala de aula. 3.1 Dança: expressão e comunicação A dança é uma forma de expressão e comunicação por meio do movimento e que está muito presente em nosso dia a dia. Voc se, quando criança, nas festinhas da escola, você chegou a se integrar em algum grupo de dança? Chegou a balançar o corpo m ritmo de uma música ou cantiga de roda? Na escola, ela é vista como dança educativa. Segundo Strazzacappa (2006), o term educativa originou-se de Rudolf Laban por meio de sua obra "Dança educativa moderna", editado pela Ícone. Essa publica auxiliado muitos professores no desenvolvimento de atividades de música na sala de aula. Para os PCNs - Arte (1997, p. 49), “os povos sempre privilegiaram a dança, sendo esta um bem cultural e uma atividade in natureza do homem”. Se a dança faz parte da natureza do homem, por si só ele tem a necessidade de dançar, de se movim mover o próprio corpo. A expressão e a comunicação por meio do movimento da dança fazem parte das necessidades humanas. O professor e coreografo húngaro Rudolf Laban, responsável pelo estudo do movimento humano, foi considerado o inventor da dança expressionista alemã. Se foram direcionados para a arte e a arquitetura. As danças em grupos, as quais ele denominava de “experiências compartilhadas de movimento e senso de comun seu alvo de interesse. Além disso, foi o criador da labanotation, sistema de registro de movimentos, denominado também como a escrita da dança. De acordo com Marques (2003), a dança foi incluída nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e, a partir disso, reconhecimento nacional. Sendo assim, podemos dizer que a dança é ainda bem recente no âmbito escolar, ganhando notor partir da sua inclusão nesse documento que propõe um referencial para o seu ensino nas instituições. Referindo-se à atividade de dança na escola, o PCN - Arte, referente ao ensino fundamental, propõe que a dança “pode desen criança a compreensão de sua capacidade de movimento, mediante um maior entendimento de como seu corpo funciona. Assim usá-lo expressivamente com maior inteligência, autonomia, responsabilidade e sensibilidade” (BRASIL, 1997, p. 49). A atividade na escola auxilia a criança no entendimento da locomoção, melhorando sua capacidade de expressividade. No docu recomendado também que: O aluno deve observar e apreciar as atividades de dança realizadas por outros (colegas e adultos), para desenvolver seu olhar, fruição, sens capacidade analítica, estabelecendo opiniões próprias. Essa é também uma maneira de o aluno compreender e incorporar a diversidade de e de reconhecer individualidades e qualidades estéticas. Tal fruição enriquecerá sua própria criação em dança. (BRASIL, 1997, p. 51). A capacidade de o aluno notar e contemplar a produção em dança dos outros colegas para fazer juízo de valor auxilia na compr incorporação de diversidades de expressões, auxiliando na distinção de individualidades e características estéticas par enriquecendo a criatividade do próprio aluno. Esse processo de fruição por meio do conhecimento contribui na inovação da cri do aluno. Tadra et al. (2009, p. 60), ao narrarem sobre a Dança, enfatizam que: “[...] é o movimento corporal, e a ação é a sua base. Num artístico, essa ação é manifestação expressiva”. Então, para que a dança se materialize, existe a necessidade da ação, e é ela que a expressividade. Você gostaria de refletir sobre a prática de professores sobre o movimento do corpo infantil? Assista ao documentário O movimento do corpo infantil: uma lin criança (UNESP-UNIVESP, 2010). No vídeo, produzido para ajudar na formação de profissionais da Educação Infantil, as autoras fazem uma reflexão sobre educativo com o movimento da criança. Acesse: <http://univesptv.cmais.com.br/o-movimento-do-corpo-infantil-uma-linguagem (http://univesptv.cmais.com.br/o-movimento-do-corpo-infantil-uma-linguagem-da-crianca)>. O movimento da criança por meio da dança desenvolve vários fatores como a oralidade, a atenção e a sociabilidade. A crianç reconhecer e perceber o seu corpo e ter noções de espacialidade e lateralidade. Na ação de correr, pular, rodar e subir nos obj alcançar determinada coisa, ela está experimentando o próprio corpo. Essa atitude faz parte da sua necessidade human descoberta, mas também, por outro lado, essas ações são consideradas por elas como brincadeiras. A dança ajuda a criança em seus aspectos: os sensoriais, ao perceber o corpo; os afetivos, ao manter uma relação de amizade com o grupo; os cognitivos, ao mente aberta para o conhecimento; o imaginário, ao possibilitar o mundo da fantasia; e na sua expressividade, ao poder exte sentimentos e emoções. Tadra et al. (2009, p. 60) apresentam alguns termos que, para eles, definem o que é dança: “ritmo, intuição, comunicação, mo expressão, imaginação, criatividade, emoção”. A dança transmite todos esses elementos. Para se ter dança, é preciso: ter exp comunicação; existir movimento, que deve girar em cima do ritmo; e, para a execução da obra, ter intuição e criatividade. No en elementos básicos da dança são o movimento, o espaço e o tempo, sem eles a dança não acontece. VOCÊ O CONHECE? VOCÊ QUER VER? http://univesptv.cmais.com.br/o-movimento-do-corpo-infantil-uma-linguagem-da-crianca Quer saber sobre a história da dança? Precisa aprender sobre o seu surgimento? Leia "História da Dança", de Maribel Portinari, publicado pela Nova Fronteir Nessa obra, a autora faz uma viagem sobre a arte da dança no Brasil e no mundo, desde as antigas civilizações perpassando pelo Ballet de vários países a moderna. O PCN - Arte - Ensino Fundamental (1997, p. 51)propõe que, ao utilizar a dança na educação como expressão e comunicação hu algumas atividades que podem ser propostas para desenvolver o: “reconhecimento dos diferentes tecidos que constituem o cor músculos e ossos) e suas funções (proteção, movimento e estrutura)”. Para ensinar dança na escola, é preciso proporcionar formas de abordagem que contemplem o conhecimento do corpo. Esse conhecimento envolve a “observação e aná características corporais individuais: a forma, o volume e o peso”. O corpo como o suporte material a ser utilizado deve ser estu dança como expressão e comunicação.De acordo com o documento (BRASIL, 1997, p. 51), a “experimentação e pesquisa das diversas formas de locomoção, desloca orientação no espaço (caminhos, direções e planos) e a Experimentação na movimentação considerando as mudanças de veloc tempo, de ritmo e o desenho do corpo no espaço” precisam ser desenvolvidas com os educandos na sala de aula focando a fom da expressão e comunicação por meio da dança. A pesquisa é possível na dança, pois a mesma é área de conhecimento e estudada. Para ocorrer a expressão e a comunicação em dança, o documento propõe também a “observação e experimentação das relaç peso corporal e equilíbrio, Reconhecimento dos apoios do corpo explorando-os nos planos (os próximos ao piso até a posiçã Improvisação na dança, inventando, registrando e repetindo sequências de movimentos criados” (BRASIL, 1997, p. 51). O pro improvisação na dança pode incentivar o aluno a ver, experimentar e reconhecer o próprio corpo. Figura 1 - Crianças em movimento corporal: dança. Fonte: ESB Professional, Shutterstock, 2018. VOCÊ QUER LER? Marques (2003), ao colocar um pouco das suas vivências em relação às práticas e reflexões da dança na escola, aborda que o pro improvisação em dança pode incentivar o educando a se conhecer de diversas formas, dando, como exemplo, o corporal, o em o intelectual, desse modo respeitando o espaço dos outros. Por fim, Brasil (1997, p. 51) salienta que, para ocorrer a expressão e a comunicação em dança, necessitamos fazer ativida envolvam “seleção dos gestos e movimentos observados em dança, imitando, recriando, mantendo suas características ind Seleção e organização de movimentos para a criação de pequenas coreografias” e “Reconhecimento e desenvolvimento da expre dança”. O próprio professor deve saber selecionar os gestos e os movimentos que serão utilizados com as crianças para exp comunicação. Brasil (1997, p. 50) recomenda que: A atitude do professor em sala de aula é importante para criar climas de atenção e concentração, sem que se perca a alegria. As aulas ta inibir o aluno quanto fazer com que atue de maneira indisciplinada. Estabelecer regras de uso do espaço e de relacionamento entre o importante para garantir o bom andamento da aula. A adequação da roupa para permitir mais mobilidade é indispensável. É preciso dar para o aluno criar confiança para explorar movimentos, para estimular a inventividade e a coordenação de suas ações com a dos outros. O professor precisa criar suas formas para conduzir os alunos em sala de aula tanto em relação às atividades práticas trabalhadas quando nas relações interpessoais entre professor e aluno e entre o grupo como um todo, assim o aluno terá cond desenvolver sua expressão e comunicação por meio da dança. VOCÊ SABIA? Que no estudo do movimento existe a coreologia? Você já ouviu falar sobre esse termo? Ele foi utilizado por Rudolf Laban (coreografo, estudioso do movimento) em 1926. A coreologia é a ciência que lida com o equilíbrio e a ordem na dança, ou seja, é o estudo das regras c movimento que o fazem expressivo e funcional. O movimento, o espaço e o tempo são os três elementos fundamentais no desenvolvimento da dança. Por meio desses s podemos nos expressar e comunicar. Com a dança exploramos o ambiente e externamos nossos sentimentos. O educado transmitir segurança ao aluno, criando laços de confiança, precisando ser rígido em alguns momentos e em outros não, e transm alegria da dança. 3.2 Dança: produto cultural e apreciação estética A dança, além de ser uma forma de expressão e comunicação por meio do movimento, é um produto cultural de determinada so permitindo a interação do sujeito com a obra artística, o que ocasiona a apreciação estética. Você lembra de algum momento da sua vida em que dançou? Você já foi em algum evento cultural e assistiu danças tradiciona nas comunidades indígenas, quilombolas, ou danças portuguesas ou alemãs? A dança proporciona as trocas interculturais entre as culturas, favorecendo a integração e a socialização entre os participa momento em que você se disponibiliza em visitar e conhecer danças de outros povos, seja como participante ou apen observador, você passa a conhecer práticas de dança diferente da sua comunidade. O importante nesse processo de trocas não conhecer, mas também respeitar, sem preconceitos em relação às danças de outras culturas. No referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil- RCNEI, o autor afirma que “Os jogos, as brincadeiras, a dança e as esportivas revelam, por seu lado, a cultura corporal de cada grupo social, constituindo-se em atividades privilegiadas nas qua mento é aprendido e significado (BRASIL, 1998, p. 19). Nesse sentido, ao desenvolver uma prática de dança de determinada com estará expressando a cultura corporal daquele grupo social, o qual tem um significado muito importante para eles. VOCÊ SABIA? Que em 29 de abril comemoramos o dia internacional da dança ou dia mundial da dança? Sabe quem instituiu esse dia? E em que ano instituída pelo Comitê Internacional da Dança (CID), da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), em homenagem ao nascimento de Jean-Georges Noverre, mestre em dança e membro do Balé Francês. Geralmente, nessa data, as instit trabalham com dança costumam organizar eventos voltados para essa temática. Nos PCNs-Arte (1997, p. 50), as manifestações populares, as quais “são parte da riqueza cultural dos povos, constituindo im material para a aprendizagem”, são recomendadas no processo de ensino e aprendizagem, por isso os professores precisam val como em “jogos populares de movimento, cirandas, amarelinhas e muitos outros”, além disso também “são importantes f pesquisa”. Devido a isso, precisam fazer parte do repertório dos estudantes. Ao dançarem, os povos associam os seus mo corporais aos sentimentos que desejam expressar e a mensagem que pretendem comunicar por meio da dança. A dança na escola é uma manifestação artística que pode ser trabalhada pelo educador sem a necessidade da fala ou da escrita participante precisa estar disposto a se movimentar. Além de ser uma manifestação artística, a dança, ao ser trabalhada com pode ser um momento de diversão e brincadeira contribuindo no desenvolvimento integral do aluno. O ato de dançar proporciona ao sujeito uma experiência motora, a qual “permite observar e analisar as ações humanas prop desenvolvimento expressivo que é o fundamento da criação estética” (BRASIL, 1997, p. 50). A criação estética precisa da express pode ser aflorada por meio do olhar e criticidade em relação aos movimentos humanos observados. Quer se aprofundar mais sobre os estudos do movimento? Conhecer palavras que fizeram parte dos estudos de Laban? Leia a obra de Lenira Rengel: "Dicioná lançada pela Annablume em 2003. Essa obra, em formato de dicionário, apresenta os verbetes em ordem alfabética e as acepções são numeradas com seus si significações. No PCN-Arte - Ensino fundamental, há algumas propostas de ações que o educador pode utilizar na escola, dando visibilidade como produto cultural e apreciação estética. As ações se apresentam como: “reconhecimento e distinção das diversas modali movimento e suas combinações como são apresentadas nos vários estilos de dança” e “identificação e reconhecimento da dan Figura 2 - Crianças realizando uma manifestação popular, a ciranda. Cabe ao professor proporcionar esses momentos de movimentação na escola. Fonte: Sergey Novikov, Shutterstock, 2018. VOCÊ QUER LER? concepções estéticas nas diversas culturas considerando as criações regionais, nacionais e internacionais” (BRASIL, 1997, p. 52 aluno a distinguir os diversos tipos de dança ajuda o mesmo no processo de apreciação estética, tornando-o conhecedor dos produtos culturais de dança disponíveis na humanidade. Outras ações recomendadas pelo documento (BRASIL, 1997, p. 52) são: contextualização da produção em dança e compreensão desta como manifestação autêntica, sintetizadora e representante de determinada cultura; identificaçãodos produtores em dança como agentes sociais em diferentes épocas e culturas. Trabalhar o contexto histórico de determinada manifestação, dentro do seu território, identificando os artistas dos vários t culturas, ajuda no trabalho com dança como produto cultural e apreciação estética. Além disso, ele propõe o estudo dos mat danças presentes na própria comunidade: pesquisa e frequência às fontes de informação e comunicação presentes em sua localidade (livros, revistas, vídeos, filmes e outros tipos de registro e pesquisa e frequência junto dos grupos de dança, manifestações culturais e espetáculos em geral. Essa pesquisa pode ser realizada tanto no âmbito cultural material como no imaterial. E, por fim, os PCNS-Arte (1997, p. 52) traz como proposta a "elaboração de registros pessoais para sistematização das exp observadas e documentação consultada”. Realizar o relatório das experiências vivenciadas durante o processo e fundamental. algumas formas de registros que podem ser utilizadas são o portfólio e o Diário de Campo. A produção desses registros permite aluno quanto ao educador se enxergarem durante todo o processo desenvolvido. 3.3 Artes visuais: expressão e comunicação As artes visuais são formadas por um conjunto de manifestações que incluem o desenho, a pintura, a gravura, a escultura, e modernas, como a fotografia, o cinema, a televisão, e a imagem no computador, a qual surgiu dos avanços tecnológicos. Para Arte (1997, p. 46), cada “uma dessas visualidades é utilizada de modo particular e em várias possibilidades de combinaçõ imagens, por intermédio das quais os alunos podem expressar-se e comunicar-se entre si de diferentes maneiras”. Assi manifestações juntas, separadas ou combinadas, proporcionam a expressão e a comunicação por meio dessas artes. Você já parou para pensar de que forma pode se expressar e se comunicar por meio das artes visuais? Na sua comunidade artistas dessas artes? Como educador, que ações pode propor aos alunos para expressão e comunicação em artes visuais? Elas estão presentes na história da humanidade desde os tempos da caverna, na Pedra Lascada, quando o ser humano se ma por meio de desenhos e pinturas nas paredes das cavernas. Na educação infantil, as artes visuais se manifestam desde cedo. O RCNEI (1998, p. 85), ao se referir a elas no cotidiano infanti que no “rabiscar e desenhar no chão, na areia e nos muros, ao utilizar materiais encontrados ao acaso (gravetos, pedras, ca pintar os objetos e até mesmo seu próprio corpo, a criança pode utilizar-se das Artes Visuais para expressar experiências sensíve na família a criança vivencia experiências sensíveis com as artes visuais, as quais precisam ser afloradas no ambiente escol presença na educação infantil justifica-se por ser uma linguagem como as demais modalidades artísticas, como a música, e pel de possibilitar a expressão e a comunicação. Além disso, sua prática pedagógica na educação de crianças precisa ser composta de significações. Não podemos fazer apenas o pintar por pintar, precisa ter um fundamento. Em relação às propostas de atividades de artes visuais, Brasil (1998, p.86) af muitas “são entendidas apenas como meros passatempos em que atividades de desenhar, colar, pintar e modelar com massinha são destituídas de significados”. Entretanto, o que se busca são práticas que tenham significado para a criança e contri seu processo de criação, valorizando seu ato criador. A criança, ao entrar em contato com a Arte, é um aprendiz. Martins (1998, p. 136) afirma que “O aprendiz de Arte também se observação de linhas, formas e cores da linguagem visual, através de produções realizadas por artistas que nelas buscaram a lib por vezes, a ousadia”. A apreciação da produção de outros artistas permite a fruição da obra, por isso ela propõe algumas possi para que o professor oportunize ao aluno aprendiz momentos cujo objetivo é ele poetizar, fruir e conhecer o campo da linguage Para ela e necessário “a prática do pensamento visual tornado visível, materializado, através da forma e da matéria”, o pensamento visual deve estar na mente do aprendiz. Outra questão apontada é “a pesquisa e a leitura da estrutura da linguagem da articulação de seus elementos constitutivos: ponto, linha, forma, cor, textura, dimensão, movimento, volume, luz, planos, equilíbrio, ritmo, profundidade, entre outros”. Ele precisa conhecer esses elementos da linguagem visual, para que poss experimentação nos diferentes modos da linguagem visual: pintura, desenho, gravura, escultura, modelagem, caricatura, hist quadrinhos, colagem, fotografia, cinema, instalação, vídeo, TV, informática, entre outros”, os quais são algumas das possibilid podem ser oferecidas ao aluno para que ele passe pela produção das diferentes manifestações artísticas, chegando ao “man seleção de materiais, instrumentos, suportes e técnicas e suas especificidades como recursos expressivos” (MARTINS, 1998, p.13 lidar e escolher as matérias das artes facilita o aprendiz na produção da sua obra. Outra questão apresentada por Martins (1998, p. 136) sobre a linguagem visual é o olhar. Para a autora, a mesma “pode ser re criança através de uma sensível olhar pensante. O olhar já vem carregado de referências pessoais e culturais; contudo, é precis o aprendiz para um olhar cada vez mais curioso e mais sensível às sutilezas”. Nesse sentido, é preciso o educador conduzir o a curiosidade e à descoberta por meio do olhar. Ainda em relação às práticas em artes visuais com crianças, Brasil (1998) chama a atenção das propostas que visam a ornamen festinhas em datas comemorativas e elaboração de convites para os pais, o quais, muitas vezes, acabam sendo elaborados pelo por acharem que a criança não tem capacidade de criar algo bonito. Outra crítica feita é a utilização das artes visuais como antíd a aprendizagem de conteúdo. Sobre isso, o documento traz o seguinte: “são comuns as práticas de colorir imagens feitas pelo em folhas mimeografadas, como exercícios de coordenação motora para fixação e memorização de letras e números” (BRASIL 87). As artes visuais precisam ser utilizadas na escola com seus conteúdos específicos, os quais levem a criança a criar, a ino expressar e a comunicar, por meio de suas experiências artísticas e não como reforço de aprendizagem de conteúdos que n respeito ao tema. Divididos em blocos de conteúdos nos PCNs -Arte - Ensino Fundamental (1997), as artes visuais são apresentadas em três m como: expressão e comunicação na prática dos alunos; objeto de apreciação significativa; produto cultural e histórico. Nosso foco será na expressão e comunicação na prática dos alunos, cujos conteúdos que precisam ser abordados nas artes vis “desenho, pintura, colagem, escultura, gravura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, histórias em quadrinhos, p informatizadas [...] e criação e construção de formas plásticas e visuais em espaços diversos (bidimensional e tridimensional)” 1997, p. 46). Conduzir os alunos ao reconhecimento das diversas manifestações artísticas das artes visuais e invenção de obras em todas as dimensões é fundamental para expressão e a comunicação. Os PCNs -Arte - Ensino Fundamental (1997, p. 46) abordam que os conteúdos devem perpassar a “observação e análise das fo produz e do processo pessoal nas suas correlações com as produções dos colegas”, além da consideração de "elementos bá linguagem visual em suas articulações nas imagens produzidas (relações entre ponto, linha, plano, cor, textura, forma, vol Figura 3 - Desenhos nas paredes das cavernas que retratavam o dia a dia do homem, como caça, guerra, plantação e outros. Fonte: EcoPrint, Shutterstock, 2018. ritmo, movimento, equilíbrio)”. Seguindo, ainda traz que o “reconhecimento e utilização dos elementos da linguagem visual representando, expres comunicando por imagens: desenho, pintura, gravura, modelagem, escultura, colagem, construção, fotografia, cinema, vídeo, t informática, eletrografia” (BRASIL, 1997, p. 46) devem fazer parte do conteúdo escolar das artesvisuais para contribuir na expre comunicação do estudante. Esse reconhecimento, segundo Brasil (1997, p. 46), envolve também o “contato e reconhecim propriedades expressivas e construtivas dos materiais, suportes, instrumentos, procedimentos e técnicas na produção d visuais”. Por fim, os PCNs - Arte - Ensino fundamental (1997, p. 46) fazem duas propostas: experimentação, utilização e pesquisa de materiais e técnicas artísticas (pincéis, lápis, giz de cera, papéis, tintas, argila, goivas) e outros meio fotográficas, vídeos, aparelhos de computação e de reprografia); seleção e tomada de decisões com relação a materiais, técnicas, instrumentos na construção das formas visuais. O aluno precisa estar informado sobre materiais, técnicas, suportes, instrumentos e outros objetos que venham lhe auxiliar na c seu trabalho, possibilitando formas de se expressar e comunicar por meio das artes visuais. A autora Mirian Celeste Martins e seus colaboradores (1998) relatam sobre a importância da arte na escola por ser conhe construído pelo ser humano no decorrer dos tempos e por ser um patrimônio cultural. Para os autores, ao desenvolver um ensin fundamentado é preciso levar em consideração as recomendações do PCN-Arte (1997, p. 41), que envolvem a produção, a fr reflexão, denominados de eixos norteadores: A produção refere-se ao fazer artístico e ao conjunto de questões a ele relacionadas, no âmbito do fazer do aluno e dos produtores sociai fruição refere-se à apreciação significativa de arte e do universo a ela relacionado. Tal ação contempla a fruição da produção dos alunos e d histórico-social em sua diversidade. A reflexão refere-se à construção de conhecimento sobre o trabalho artístico pessoal, dos colegas e s como produto da história e da multiplicidade das culturas humanas, com ênfase na formação cultivada do cidadão. Figura 4 - O uso das artes visuais para a expressão e a comunicação infantil. Fonte: Eugenio Marongiu, Shutterstock, 2018. CASO Mônica Moura, professora infantil, ao trabalhar com seus alunos que moram no Pará, cercada por aldeias indígenas, procurou um caminho dessa cultura, focando na forma de as crianças se expressarem e se comunicarem por meio das artes visuais, se valendo dos eixos norteador Arte- Fundamental. Vejamos como ela fez para atender os três eixos: produção, fruição e reflexão. A princípio, Mônica conduziu os estudantes a uma reflexão sob indígenas da região e suas criações artísticas, informando a eles que a arte indígena é uma representação dessas comunidades e não exat indivíduo que produz. Além disso, é uma forma de geração de renda para essas comunidades. Considerando que a construção de desenhos retratando o índio auxilia na constituição da identidade indígena, a professora percebeu a ativi uma ocasião oportuna para debater sobre preconceito. Depois, fez uma demonstração de algumas imagens de criações artísticas indígenas. M que os alunos puderam apreciar as obras de artes, ocorrendo a fruição da produção histórico-social. Por fim, sugeriu aos alunos, como fazer produção de desenhos em um suporte que representasse a cultura indígena. Os desenhos produzidos pela turma participaram de uma exposiç do Índio. Podemos dizer que essa prática pedagógica utilizada pela da professora Mônica e seus alunos é um exemplo prático dos eixos norteadores do Ensino Fundamental. Esses eixos norteadores precisam ter uma simetria entre si, um não pode ser mais abordado que o outro nas atividades. Os conhecimentos pelos estudantes precisam ser utilizados para a produção de arte. A criação e a inovação precisam estar presentes para o desenvolvimento da ár Esses eixos norteadores remetem à proposta triangular de Ana Mae Barbosa (2005), que está ancorada na contextualização hist apreciação e na prática (ZAGONEL, 2008). Ao associarmos os eixos norteadores do PCN- Arte com os pilares da abordagem de veremos que a produção refere-se à prática, a fruição está relacionada à apreciação e a reflexão à contextualização histórica. Figura 5 - Criança tendo a oportunidade de vivenciar conteúdos de pintura no ambiente escolar. Fonte: Monkey Business Images, Shutterstock, 2018. 3.4 Artes visuais: formas de pensar o desenho O desenho é uma das manifestações das artes visuais, sendo um dos primeiros contatos da criança ao começar a fazer suas g rabiscos, gráficos e riscos no suporte, seja na areia, na parede ou em um pedaço de papel. Mas, por acaso, você já parou par como acontece esse processo para a criança? Como surgem esses desenhos? Derdyk (1989, p. 63) apresenta uma reflexão sobre o desenho infantil, afirmando que: “seus rabiscos provêm de uma intensa ativ imaginário. O corpo inteiro está presente na ação, concentrado na pontinha do lápis. Esta funciona como ponte de comunicaçã corpo e o papel”. A autora aponta que os primeiros desenhos surgem do imaginário, sendo a ferramenta, neste caso o lápis, comunicação entre o corpo e o suporte, que é papel. Para a referida autora, “[...] a criança projeta no desenho o seu esquema corporal, deseja ver a sua própria imagem refletida no do papel”. (DERDYK, 1989, p. 51). Assim, esse é o seu processo natural e, para que isso não aconteça, precisa da orientação do ad Bueno (2008, p. 70), ao se referir ao desenho, afirma que “o ato de desenhar ou rabiscar faz parte de todas as culturas e atravesso história da vida humana”. Assim, podemos dizer que não existe civilização que não tenha vivenciado o desenho, pois desd sentimos a necessidade de rabiscar ou fazer nossos primeiros riscos seja em que suporte for. Para a autora, desenhar está voltad para o presente aquilo que está apenas nas nossas emoções e tentamos transmitir ao suporte por meio da movimentação da mãos. Ela faz uma distinção entre desenho ilustrativo e industrial. Segundo ela, o ilustrativo serve para indicar alguma informação quando estamos conversando com determinada pessoa e compreende a mensagem, então tentamos transformar as palavras em imagens. No caso do desenho industrial, ele está voltado para as empresas, quando querem vender um produto e investem nas embala exemplo. Segundo Bueno (2008), esse tipo de desenho exige muita criatividade e é o utilizado nas indústrias. De acordo com Bueno (2008, p. 74), “desenhar é uma linguagem muito apropriada para o trabalho com artes visuais na justificando que quando as crianças chegam no espaço escolar já tiveram contato com essa arte. Figura 6 - O desenho acontece no contato entre o lápis, que é a ferramenta, e o papel, que é o suporte. Fonte: studiovin, Shutterstock, 2018. Dependendo do tipo de desenho apresentado e do contexto do seu criador, vai transmitir determinada mensagem. Para L (1977, p. 35), “cada desenho reflete os sentimentos, a capacidade intelectual, o desenvolvimento físico, a acuidade perc envolvimento criador, o gosto estético e até a evolução social da criança, como individuo”. Então, o desenho está relacionado a da criança que envolve todo o ambiente cultural. Precisa construir caminhos para aprender e ensinar arte? Sugiro o documentário Viés, de Edith Derdyk, lançado pela Fundação Arte na Escola, em 1990, que material educativo para o professor propositor. A obra é um apontamento poético da exposição da autora no Museu de Arte de São Paulo. Por meio dessa obr levado a meditar sobre assuntos que envolvem forma e conteúdo no ensino das artes visuais abrindo seus olhos para trilhar sobre o caminho da expressividade. Na sua fase inicial no desenho a criança já é capaz de produzir seus primeiros riscos. Ao narrar a respeito do desenvo progressivo da criança na construção do desenho, o RCNEI (1998, p. 92) destaca que: “implica mudanças significativas que, dizem respeito à passagem dos rabiscos iniciais da garatuja para construções cada vez mais ordenadas, fazendo surgir os p símbolos”. A criança vai modificando seus riscos para formas mais elaboradas que lhe trazem significados e que vão se modifi ação de desenhar e ao ter relação com desenhos de outras crianças ou até mesmo pessoas adultas. Nesse processode modific garatujas, os símbolos vão criando características de desenho. Essas simbologias podem ser representadas por elementos da “li do desenho do que a objetos naturais”. O autor cita como exemplos “Imagens de sol, figuras humanas, animais, vegetação e carr outros”. Para Brasil (1998), esses signos passam a serem bem presentes nos desenhos das crianças. Após essa fase inicial, RCNEI (1998, p. 92) explica que, na medida em que o tempo passa, “as garatujas, que refletiam sob prolongamento de movimentos rítmicos de ir e vir, transformam-se em formas definidas que apresentam maior ordenação, estar se referindo a objetos naturais, objetos imaginários ou mesmo a outros desenhos”. É a fase em que os desenhos passam feitios marcantes, se tornam formal. Nesse sentido, o documento afirma que: Na medida em que crescem, as crianças experimentam agrupamentos, repetições e combinações de elementos gráficos, inicialmente soltos grande gama de possibilidades e significações, e, mais tarde, circunscritos a organizações mais precisas. Apresentam cada vez mais a possi exprimir impressões e julgamentos sobre seus próprios trabalhos (BRASIL, 1998, p. 93). VOCÊ QUER VER? Figura 7 - Os primeiros símbolos ordenados construídos por crianças após a fase de garatuja podem ser as imagens de figuras humanas. Fonte: Curioso, Shutterstock, 2018. O RCNEI (1998) apresenta os objetivos que as instituições que desenvolvem trabalhos com artes visuais, incluindo o desenho, adotar em suas práticas para garantir oportunidades para crianças de zero a três anos e de quatro a seis anos desenvolve habilidade. Em relação às crianças de zero a três anos, os objetivos propostos pelo RCNEI (1998, p. 95) para as instituições, como escolas e são: [a ampliação do ] conhecimento de mundo que possuem, manipulando diferentes objetos e materiais, explorando suas características, pro possibilidades de manuseio e entrando em contato com formas diversas de expressão artística; utilização de diversos materiais gráficos e plásticos sobre diferentes superfícies para ampliar suas possibilidades de expressão e comunicação. Não é viável a criança ir para a atividade de desenho e sair com a mesma bagagem cultural que tinha antes de adentrar na escolar, seu conhecimento de mundo precisa ser aumentado para o alargamento das suas capacidades de expressão e comuni ato de construir o desenho. No caso de crianças de quatro a seis anos, os objetivos propostos pelo RCNEI (1998, p. 95) englobam a ampliação do conhecim relação a faixa etária da idade anterior, levando as crianças a: [se interessar] pelas próprias produções, pelas de outras crianças e pelas diversas obras artísticas (regionais, nacionais ou internacionais) com as q em contato, ampliando seu conhecimento do mundo e da cultura; produzir trabalhos de arte, utilizando a linguagem do desenho, da pintura, da modelagem, da colagem, da construção, desenvolvendo o gosto, o respeito pelo processo de produção e criação. A partir dessas informações percebemos que o desenho é uma das formas de artes visuais que serve para trabalhar o olhar das levando as mesmas a se expressarem e comunicarem por meio de gestos, movimentos, mãos. Síntese Concluímos este capítulo referente à dança e às artes visuais como meio de comunicação e expressão de crianças por movimento. Você aprendeu que a criança pode se expressar e se comunicar por meio da dança e que, ao se movimentar, ela de diversos aspectos, assim como também pode se manifestar por meio das artes visuais. Neste capítulo, você teve a oportunidade de: conhecer os pilares da dança para que ocorra a expressão e comunicação por meio do movimento de crianças; compreender a dança como um patrimônio cultural imaterial, que reflete a identidade de determinado povo e que por me pode ocorrer trocas de experiências interculturais; saber que existem diversas manifestações das artes visuais que o educador pode estar utilizando em sala de aula para exp comunicação; compreender as artes visuais como formas expressão e comunicação; conhecer os eixos norteadores do PCN-Arte - Ensino Fundamental; aprender como e pensado o desenho a partir da criança. Referências bibliográficas BARBOSA, A. M. Abordagem Triangular no Ensino das Artes e Culturas visuais. São Paulo: Cortez, 2005. BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: arte. Brasília: MEC, 1997. Dispon <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro06.pdf (http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro06.pdf)>. 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