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Odontologia no atendimento à pessoa com deficiência tem várias Vertentes como por exemplo: ● Oncologia Hematologia: especialidade que demanda o atendimento no ambiente hospitalar, pois necessita de um suporte adicional para realização dos procedimentos, precisa de uma equipe multidisciplinar para haver interação do conhecimento e no suporte da estrutura hospitalar (exames,procedimentos, transfusões sanguíneas, medicações, etc). ● gestante: a mulher gestante necessita de cuidados adicionais na realização dos seus atendimentos/tratamentos, assim, é necessário uma realização e planejamento adicionais e multidisciplinar. ● Neurologia: pacientes com distúrbios cognitivos/distúrbios comportamentais, que vão impactar no seu atendimento odontológico também serão serão considerados um público com necessidades adicionais de cuidado, são pacientes que necessitam de manejo para abordagem ambulatorial ou abordagem em ambiente hospitalar. ● odontologia hospitalar: atuação do cirurgião dentista no âmbito hospitalar (UTI -unidade de terapia intensiva), a atuação da odontologia trazendo vários benefícios ao paciente, principalmente qualidade de vida; pessoas em uti necessitam realmente dessa atenção na condição de saúde bucal, principalmente no processo de diagnóstico de complicações de focos de infecção que devemos ser eliminados, buscando a melhora do quadro geral do paciente . ● centro cirúrgico e domiciliar: tratamento voltado para procedimentos odontológicos realizados em pacientes com necessidades acumuladas ou com limitações para a aceitação do procedimento em nível ambulatorial ( muito voltado a geriatria, ao atendimento de pacientes acamados; esse tipo de tratamento é cada vez mais incentivado, para aqueles que conseguem realizar esse autocuidado domiciliar é ainda melhor, já que haverá uma menor exposição de outras situações como por exemplo infecções oportunistas que acabam acontecendo no ambiente hospitalar. Muitas vezes devido a condição do paciente os tratamento que seriam ambulatoriais são realizados em centro cirúrgico devido há alguns fatores como por exemplo paciente com distúrbios neurológicos agressivos. O tratamento em pne é feito baseado na resolubilidade, manejo e humanização buscando assim o sucesso do tratamento. exames complementares hemograma: -Estuda o sangue e os elementos do sangue: hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas. A produção desses elementos e os órgãos em que eles são produzidos (órgãos hematopoiéticos): medula óssea, baço e linfonodos. -Esse exame vai interferir no cuidado odontológico, determinando o protocolo e procedimento odontológico. -Hemograma Completo: -hemograma ou hemograma completo são a mesma coisa ● composição do sangue : plasma: 60% do sangue ( parte liquida do sangue) - o plasma é formado pelo sistema linfático - o plasma sendo a parte líquida, tem papel de veículo das células. células: 40% do sangue - são produzidas basicamente na medula óssea. - essas células se classificam como leucócitos (serie branca de defesa) , hemácias (serie vermelha) e plaquetas. ➢ Eritrograma: Estuda alterações nos eritrócitos, hemoglobina, hematócrito, índices globulares e morfologia eritrocitária. ➢ Leucograma: Estuda a série branca - os leucócitos, fazendo contagem total dos leucócitos (leucometria), contagem diferencial contando-se 100 células; fórmulas percentual e absoluta; e a morfologia. ➢ Plaquetograma: Estima a quantidade de plaquetas e estuda sua morfologia. desenvolvimento das células sanguíneas: obs: - sangue periférico= células maduras que aparecem no exame de sangue quando o organismo está em homeostase. - desvio à esquerda = aparecimento de células imaturas no sangue periférico Eritrócitos – Glóbulos vermelhos – Hemácias Transporte de nutrientes, oxigênio e resíduos (escória). ● Deixa a medula óssea no estágio de reticulório, que se degenera em 1 ou 2 dias e se transforma em célula madura (eritrócito); ● O eritrócito circula na corrente sanguínea por cerca de 120 dias antes de ser destruído. diagnóstico através da hemoglobina: ➢ Anemias: Anemias carenciais: surgem por deficiência de determinados nutrientes na dieta, como ferro, vitamina B12 e ácido fólico. • Anemias perniciosas: anemia grave, normalmente devido à diminuição da vitamina B ou ácido fólico no organismo. • Anemias aplásticas: são originadas de doenças que comprometem a medula óssea vermelha, acarretando diminuição na produção de glóbulos vermelhos e demais células do sangue. Ex: leucemia. • Anemias hemolíticas- podem ser hereditárias ou adquiridas • Anemias ferropriva: a mais comum entre as anemias, deficiência de ferro, sendo que é um fator importante na formação da hemoglobina. • Anemias falciforme: é um dos maiores distúrbios genéticos denominados HEMOGLOBINOPATIAS. denominada pela forma do eritrócito em formato de foice. quando se aglutinam reduzem o fluxo de sangue para órgãos e células, o que pode ocasionar isquemia,infarto e morte dos tecidos. características bucais em pacientes com anemia falciforme: palidez na mucosa,atraso da erupção dos dentes, transtornos na mineralização do esmalte e dentina- opacidade, calcificação pulpar, alterações das células da superfície da língua, ulcerações bucais na região de gengiva,maloclusão- protusão na maxila e retrusão dos dentes anteriores. ➢ Manejo odontológico: Alguns sinais de anemia ferropriva na boca são: -Glossite atrófica; -Mucosas atróficas; -Sensação de ardência bucal; -Xerostomia e hipossalivação; e alteração do paladar. ● Para o tratamento odontológico, desde que o paciente não apresente sinais clínicos importantes, como fadiga,fraqueza e alterações cardíacas, pode ser submetido ao tratamento odontológico de rotina. ● Procedimentos cirúrgicos devem considerar as condições gerais do paciente e, se necessário, postergar o procedimento invasivo até o início do tratamento da anemia e melhoria de seus sinais. interpretação de hemograma: ▪ Hemoglobina: considerado anemia quando: adulto apresentar Hb < 12,5g/dl; criança de 6 meses a 6 anos Hb < 11g/dl; crianças de 6 anos a 14 anos, uma Hb < 12g/dl. ▪ Hematócrito: Determina a massa das hemácias, os resultados são expressos em % de hemácias contidas num volume de sangue total. Representa a quantidade de hemácias existentes em 100ml de sangue total. ▪ RDW (Red Cell Distribution Width) ou seja, distribuição da largura das células vermelhas. ▪ VCM (Volume Corpuscular Médio): é o índice importante na observação do tamanho das hemácias e no diagnóstico da anemia. Índice que ajuda na observação do tamanho das hemácias e no diagnóstico da anemia: - Pequenas - microcíticas (< 80fl, para adultos) - Grandes – macrocíticas (> 96fl, para adultos) - Normais - normocíticas (80 – 96 fl) As anemias microcíticas mais comuns são a ferropriva e as síndromes talassêmicas. As anemias macrocíticas mais comuns são as anemias megaloblástica e perniciosa. O resultado do VCM é dado em fentolitro. ➢ Morfologia Eritrocitária: ▪ Macrocitose: VCM > 110, é causada por hiper regeneração da medula (déficit de ácido fólico ou vitamina B12) ▪ Microcitose e hipocromia: deficiência na síntese da hemoglobina (deficiência de ferro, talassemias) ▪ Anisocitose – denominação que se dá quando há alteração no tamanho das hemácias. → HCM (Hemoglobina Corpuscular Média): é o peso da hemoglobina na hemácia. Seu resultado é dado em picogramas. → CHCM (Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média): é a concentração da hemoglobina dentro de uma hemácia. Glóbulos brancos - Leucócitos: Combater as infecções ▪ Granulócitos: Basófilos; Eosinófilos; Neutrófilos ▪ Agranulócitos: Linfócitos e Monócitos ➢ Neutrófilos: seu aumento pode indicar infecção bacteriana, mas pode estar aumentada em infecção viral, estresse ou uso de corticoides. • Neutrofilia: inflamação, trauma ou necrose; • Neutropenia: doenças oncológicas e aplasias. ➢Linfócitos: seu aumento (linfocitose) indica infecção por vírus (mononucleose, sarampo, vírus respiratório). ➢ Monócitos: Fagocitamcélulas mortas e atua na defesa imunológica contra muitos organismos em infecções graves (fase tardia- crônica). ➢Eosinófilos: seu aumento (eosinofilia) indica processo alérgico ou parasitoses. Trombócitos - Plaquetas: Atua na Coagulação - cascata de coagulação – formação de coágulos • São os menores elementos formadores do sangue; • Volume médio plaquetário indica a uniformidade de tamanho da população de plaquetas. • Redução do número de plaquetas= menor coagulação e maior sangramento dificuldade de aglutinação causando hemorragia • Aumento do número de plaquetas= formação de trombos- trombose, obliteração de vasos • contagem de plaquetas: valor de referência= 150.000-450.000/ul → Anormalidades relacionadas com as plaquetas: • Plaquetopenia: Ocorre quando o paciente apresenta uma queda razoável no número normal de plaquetas. Púrpura, hemorragias, viroses, leucemia e aplasia. Sangramentos ocorrem com maior facilidade, assim como o surgimento de manchas roxas pelo corpo. O paciente pode ainda apresentar sangue nas fezes, vômitos com sangue, dores nas articulações e músculos e apresentar fraqueza. • Plaquetose: Ocorre quando um paciente apresenta um número elevado de plaquetas no sangue. Inflamações, anemia ferropriva e anemia pós hemorrágica pode ser ainda classificada em primária e secundária. A primária relaciona-se com doenças relacionadas com a produção anormal de células sanguíneas, e a secundária é desencadeada por alguma doença subjacente, como infecções e anemias. ● BICITOPENIA: redução de dois grupos sanguíneos; ● PANCITOPENIA: diminuição dos 3 grupos (GRANDE IMUNOSSUPRESSÃO) aula do dia 1/9- odontologia em home care ODONTOLOGIA PARA GESTANTES - A gestante é um indivíduo que, ao longo do processo gestacional e durante mais um período que se estende por alguns meses após o parto, tem necessidades especiais. -A gestação de alto risco é quando a vida ou saúde da mãe, e/ou do feto ou recém nascido corre algum tipo de risco ; sendo assim, deve -se entender o processo gestacional e quais são as alterações pelas quais passa a gestante. características individuais e sociodemográficas: - idade maior que 35 anos - idade menor que 15 anos ou menarca há menos de 2 anos - altura menor que 1,45m - peso pré gestacional menor que 45kg e maior que 75kg (análise pelo IMC) - anormalidades estruturais nos órgãos reprodutores - situação conjugal insegura - conflitos familiares - baixa escolaridade - condições ambientais desfavoráveis - dependência de drogas lícitas ou ilícitas - hábitos de vida - fumo e álcool - exposição a riscos ocupacionais,esforço físico, carga horária,rotatividade de horário,exposição a agentes físicos,químicos e biológicos nocivos ,estresse. história reprodutiva anterior - abortamento habitual - morte perinatal explicada e inexplicada - história de recém nascido com crescimento restrito ou malformação - parto pré-termo anterior - esterilidade/infertilidade - intervalo interpartal menor que dois anos ou maior que cinco anos - nuliparidade e grande multiparidade - síndrome hemorrágica ou hipertensiva - diabetes gestacional - cirurgia uterina anterior (incluído duas ou mais cesáreas anteriores) condições clínicas preexistentes: - hipertensão arterial - cardiopatias - pneumopatias - nefropatias - endocrinopatias (principalmente diabetes e tireoidopatias) - hemopatias - epilepsia - doenças infeciosas (considerar a situação epidemiológica local) - doenças autoimunes - ginecopatias - neoplasias alterações durante a gestação - exposição indevida ou acidental a fatores teratogênicos. - doenças obstetrica na gravidez atual: ● desvio quanto ao crescimento uterino ,número de fetos e volume líquido amniótico ● trabalho de parto prematuro e gravidez prolongada ● ganho ponderal inadequado ● pré eclampsia e eclampsia ● diabetes gestacional ● amniorrexe prematura ● hemorragias de gestação ● insuficiencia istmo cervical ● aloimunização ● óbito fetal - intercorrências clínicas: ● doenças infectocontagiosas vividas durante a presente gestação( itu, doenças do trato respiratório, rubéola, toxoplasmose) ● doenças clínicas diagnosticadas pela primeira vez nessa gestação ( cardiopatias, endocrinopatias) -diagnóstico durante a gestação: ● Anemias ● Diabetes ● Tireoidopatias ● Cardiopatias ● Asma ● Síndromes hipertensivas ● Síndromes Hemorrágicas ● Desvios do crescimento fetal ● Alterações da duração da gestação ● Amniorrexe prematura ● Alterações do volume de líquido amniótico ● Infecção urinária ● Pneumonias na gestação ● Toxoplasmose ● Malária ● Hanseníase ● Tuberculose ● Rubéola ● Citomegalovirose ● Doença Sexualmente transmissíveis -dsts ● Lúpus eritematoso sistêmico (LES) ● Trombofilia e gravidez ● Epilepsia ● transtornos psiquiátricos e uso de álcool e drogas ● câncer e gestação ● Paralisia cerebral do recém-nascido e modo de parto ‘A gravidez constitui um período da vida do mulher em que os cuidados com a saúde materna e a educação da paciente têm efeito profundo na sua saúde bucal e na de seu filho, fazendo-se necessário, nesse período, uma coordenação entre profissionais da odontologia e obstetrícia, de modo a assegurar saúde bucal da gestante e de seu bebê, assim como a saúde de ambos como um todo.’ pré natal odontológico: ● cuidados especiais para bem estar materno-fetal ● alteração fisiológicas ● saúde gera x saúde bucal ● parto prematuro ● conscientização e disseminação dos valores e benefícios da odontologia na gestação. ● período mais adequado ● radiografia odontológica ● qualidade de vida cuidados básicos no atendimento: posição supina e à esquerda para evitar a compressão da veia cava No primeiro e no último trimestre, os ttt devem ser evitados. No 1º, por ser o período da organogênese, mais suscetível a malformações; e no 3º, porque pode haver a antecipação do nascimento e pelo desconforto na cadeira odontológica. Para um procedimento odontológico seguro na gestante, é preciso avaliar o binômio risco-benefício, a fim de não submetê-la aos riscos desnecessários. O profissional deve atentar-se para: ✓ Anamnese detalhada e especificamente voltada para o período gestacional em que a pcte se encontra ✓ Diagnóstico ✓ Eleição e realização da terapêutica correta e indicada para o período gestacional. ➢ Mudanças fisiológicas: ● Volume sanguíneo materno aumenta em torno de 30% durante a gestação; ● Aumento do débito cardíaco em cerca de 20 a 40% como resposta à demanda do crescimento fetal; ● Aumento de fatores de coagulação para controlar hemorragias e tromboembolismo; ● Hipotensão em decúbito dorsal: o feto pode exercer pressão na veia cava inferior quando a mãe está deitada, prejudicando o retorno venoso, ocasionando hipotensão e síncope; ● Hiperparatireoidismo fisiológico para fornecer cálcio adequado ao feto; ● Alterações cardiovasculares são mais profundas no 3º trimestre, e as de maior incidência são o sopro de fluxo e a taquicardia; ● Hematopoiese: o feto exige da gestante grande quantidade de ferro, aproximadamente 53% a mais que o normal, desencadeando anemia materna; ● Aumento da frequência respiratória materna. ➢ Fármacos na gestação: A maioria dos fármacos administrados à gestante atravessa a barreira placentária, e os efeitos nocivos estão relacionados com a dose empregada e o estágio de desenvolvimento do feto. Calcula-se que 45% das malformações congênitas – MFC – podem ser atribuídas aos medicamentos, às infecções, aos fatores ambientais ou às irradiações. O período crítico ou sensível para as MFC varia desde as duas primeiras semanas após a fertilização até a 8ª semana (período organogênico). Analgésicos, anti-inflamatórios e antipiréticos, como o ácido acetilsalicílico, fenacetina, salicilamina, paracetamol e fenilbutazona, são os mais usados e não tem seus efeitos teratogênicos evidenciados em testes laboratoriais. ➢ Radiação: A radiação causa danos ao ser humano; porém, de acordo com o National Council of Radiologic Protection, a dose de 50 mGy ofereceao feto um risco de dano desprezível. Para que a gestante absorva essa quantidade de radiação, é necessário que ela se submeta a seis tomografias computadorizadas da pelve, envolvendo o útero, 30 radiografias de estômago ou 15 mil radiografias de tórax. No entanto, a radiografia deve ser realizada somente quando indicada e necessária, sabendo que a dose média de radiação de uma tomada odontológica é de 0,01 milirad. Seguindo-se o padrão de proteção com o uso de avental de chumbo e proteção cervical, o exame não está contraindicado. A tecnologia da radiografia digital contém radiação ainda menor que a convencional. ➢ Aspectos psicológicos: A gestação é composta de três trimestres, com características fisiológicas e psicológicas distintas: ● 1º trimestre: período da instabilidade emocional; ● 2º trimestre: período mais estável emocionalmente; ● 3º trimestres: período marcado por grande ansiedade É importante que o CD conheça as fases psicológicas da gestação, já que isso facilita a abordagem, possibilitando que a gestante estabeleça um vínculo de confiança por ser compreendida. ➢ Puerpério: Compreende as 3 semanas após o parto, quando o corpo da mulher passa por um processo de reorganização hormonal e dos órgãos envolvidos na gestação. Podem ocorrer hipertensão persistente, e pirexia puerperal – aumento da temperatura corpórea acima de 38° nos 14 primeiros dias. ➢ Tratamento odontológico: A anamnese orientada é imprescindível para que o profissional possa traçar um plano de atuação. São fundamentais: ● Interação com o médico ginecologista ● Pesquisar histórico médico e de gestações anteriores ● Pesquisar intercorrências gestacionais anteriores ● Avaliar medicamentos utilizados antes e durante a gestação ● Avaliar o estado psicológico e a aceitação da gravidez. ➢ Manifestações bucais: As manifestações bucais presentes na gestante podem ser: ● Gengivite/granuloma gravídico (termo em desuso): estado gengival provocado pelo aumento da vascularização da gengiva e da resposta exagerada aos fatores locais pelos tecidos moles do periodonto. O controle desse quadro é obtido com medidas adequadas de higiene. ● Hiperplasia gengival ● Lesões gengivais pediculadas ou sésseis ● Candidíase ● cárie ● periodontite A gravidez não é responsável pelo aumento da inflamação gengival , e apesar de haver maior vascularização do periodonto, é a presença de placa que causa a gengivite. Pode ocorrer mobilidade dental, desencadeada, em alguns casos, pelo hormônio envolvido no relaxamento pélvico para preparo do parto – a relaxina. A gravidez não é responsável pelo aparecimento da cárie nem pela perda de minerais dos dentes da mãe para formar as estruturas calcificadas do bebê. A ocorrência de cáries em gestantes está mais relacionada com a negligência na higiene bucal e as alterações na dieta. - Cuidados necessários: ● No 1º trimestre (período da embriogênese) evitar radiografias. Se forem necessárias, o uso do avental de chumbo é indispensável de qualquer modo. ● Associar a ação curativa à preventiva ● Promover e manter a saúde bucal ● Melhorar, recuperar e reabilitar o nível de saúde da gestante ● Cuidar do estado hígido da mãe e do bebê ● Promover educação em saúde e prevenção ● Realizar sessões curtas e confortáveis para a mãe e o bebê ● Posicioná-la corretamente na cadeira odontológica com uma almofada nas costas, de maneira que a barriga fique um pouco de lado, evitando a pressão do bebê sobre a veia cava inferior da mãe, o que poderia desencadear hipotensão supina. Procedimentos de acordo com o período gestacional: A gestante poderá ser atendida em qualquer período gestacional, embora o 2º trimestre seja o mais indicado. No 1º trimestre, deve-se evitar o uso de medicamentos, e no 3º trimestre, a mãe estará em maior instabilidade em razão da proximidade do parto. ● 1º trimestre: procedimentos profilático-preventivos, eliminação de focos infecciosos locais e restauradores básicos. Nesse período o feto é muito suscetível às influências teratogênicas e ao aborto. ● 2º trimestre: profilaxia, procedimentos cirúrgicos, restauradores básicos e reabilitadores. Os procedimentos cirúrgicos eletivos devem ser evitados para não submeter a gestante ao risco de bacteremia, que pode desencadear um aborto. ● 3º trimestre: procedimentos restauradores básicos,Fluorterapia e controle terapêutico devem ser feitos no início do período, pois a partir do meio, o feto pode comprimir a veia cava inferior mais facilmente, e a demanda cardiovascular aumenta o ritmo respiratório, o risco de anemia, hipertensão e eclâmpsia. Orientação dietética, amamentação e preparo das mamas: O CD pode sugerir uma dieta balanceada, bem como dar orientações sobre o preparo das mam as e incentivo para amamentação, ressaltando-se sua importância para a saúde do bebê e seu pleno desenvolvimento craniofacial e respiratório. Trata-se do primeiro movimento que dará início ao crescimento ósseo da mandíbula. Durante a sucção da mama, o vedamento labial força a criança a respirar pelo nariz, e a passagem do ar aquecido expande as cavidades pneumáticas da face, estimulando o crescimento do seu terço médio. O padrão respiratório adquirido no 1º ano de vida é difícil de ser revertido. No caso de crianças com fenda palatina, recomenda-se um posicionamento específico a fim de auxiliar a deglutição e evitar o retorno do leite. ➢ Terapia medicamentosa: Pelo fato de a barreira placentária não ser plenamente efetiva na filtração dos fármacos, quando a mãe é medicada, esses fármacos são transferidos ao feto. Deve-se obedecer a alguns princípios: ✓ Usar a menor dose efetiva, pelo menor tempo possível ✓ Evitar sessões clínicas demoradas e estressantes ✓ Orientar a paciente sobre sua condição, não aumentado medos e preconceitos que acompanham seu atual estado. ➢ Anestésicos locais: O anestésico de eleição em gestantes é a lidocaína com vasoconstritor – 2% epinefrina ou norepinefrina. - Deve-se evitar o uso de prilocaína (Citanest®, Biopressin®) e fenilefrina (Novocol®), que são tóxicos ao feto e ao recém-nascido.(em doses altas) ➢ Analgésicos: Podem ser utilizados: Paracetamol: 500 mg a cada 6h Dipirona, com restrições: 1 comprimido ou 35 gotas a cada 6h Cabe afirmar que o AAS é contraindicado, uma vez que tem efeito sobre os mecanismos de coagulação. ➢ Anti-inflamatórios: Podem ser utilizados: Meio físico: uso de frio, imediatamente após o trauma, por 2h; ou calor 24 h após o trauma; Diclofenaco (exceto no último trimestre) somente quando houver indicação formal e na menor posologia eficaz. ● maior risco para o feto no 3° trimestre por causa do aumento de produção de prostaglandina podendo causar uma vaso oclusão causando risco para o feto. ➢ Antibióticos: Pode-se utilizar penicilinas, na dose de 500 mg a cada 6 ou 8h. Em caso de alergias, pode-se usar eritromicina ou frademicina 250 mg a 500 mg a cada 6h. ➢ Prevenção para a gestante e para o bebê: -Gengivite e higiene bucal: a qualidade da limpeza é muito importante e, havendo pontos de sangramento, a escovação deverá ser mais intensa e cuidadosa na área. Caso o sangramento persista, a paciente deverá procurar ajuda profissional. A gestante precisa estar saudável para gerar um ser na mesma condição. A saúde bucal da mãe tem relação com a saúde bucal da criança. Os pais, e principalmente a mãe, tem grande influência sobre o comportamento que os filhos adotarão. Hábitos de limpeza bucal e alimentação equilibrada são fundamentais. As condições desfavoráveis durante a gestação, isto é, o uso de medicamentos, infecções e carências nutricionais podem trazer problemas aos dentes em fase de formação e mineralização. Avitaminoses podem comprometer o desenvolvimento normal do feto como um todo e seus dentes. A amamentação natural estimula o desenvolvimento do sistema estomatognático, além de favorecer a respiração nasal. O movimento de ordenha da mama é o único momento da vida humana em que os côndilos da mandíbula são estimulados bilateral e simultaneamente, favorecendoa mudança das relações das bases ósseas de distoclusão para normoclusão. A primeira visita da criança ao CD deve ocorrer o mais cedo possível. Na Odontologia, os cuidados não devem ser diferentes, e o pré-natal deve incluir visitas regulares ao CD para orientação e prevenção. COVID-19: Orientações para atendimento de gestantes • Até o momento, a COVID-19 não parece se associar a risco de maior gravidade em gestantes. • As gestantes que apresentem síndrome gripal deverão ter seus procedimentos eletivos (consultas e exames de rotina) adiados em 14 dias e, quando necessário, serem atendidas em local isolado das demais pacientes. • Todas as demais gestantes, assintomáticas ou sem síndrome gripal, deverão ter preservado seu atendimento. • Parece improvável que haja transmissão vertical do vírus. AVALIAÇÃO, ATENDIMENTO E TRATAMENTO ODONTOLÓGICO NO PERÍODO PRÉ NATAL ● AVALIAÇÃO: História médica e odontológica História socio-económica Avaliação dental e periodontal IHO Postura educativa ● ATENDIMENTO: Realizar consultas curtas Posicionamento da gestante na cadeira odontológica Manejo da paciente Manter periodicidade do contato ● TRATAMENTO: Procedimentos minimamente invasivos Atenção ao uso de fármacos Controle de cárie e doença periodontal crianças afetadas pelo COVID-19: • condição das crianças infectadas pelo SARS-CoV-2 é leve ou moderada, embora os recém- nascidos apresentem reconhecida imaturidade do sistema imunológico, o que sugere que possam estar mais susceptíveis à infecção pelo vírus. • Especificamente com relação à COVID-19, as crianças menores de um ano têm taxas mais altas de complicações graves do que as crianças mais velhas. • O contato pele a pele, neste momento de crise, deve ser realizado exclusivamente pela mãe assintomática e que sabidamente não tenha contato domiciliar com pessoas com síndrome gripal ou infecção sintomática pelo SARS-CoV-2 • A criança deve ser cuidada apenas pelos pais. • Não devem ser permitidas visitas à mãe e ao recém-nascido, nem mesmo com uso de mascara. COVID: Orientações para amamentação • Manutenção da amamentação por falta de elementos que comprovem que o leite materno possa disseminar o coronavírus. • O início e a continuidade da amamentação devem ser determinados pela mãe em coordenação com sua família e profissionais de saúde. Uma vez que a mãe seja esclarecida e esteja de acordo, o aleitamento materno deve ser realizado com as precauções necessárias. Os benefícios da amamentação superam quaisquer riscos potenciais de transmissão do vírus através do leite materno. Mulheres portadoras da COVID-19 que desejam amamentar devem ser estimuladas fazê-lo. • O Ministério da Saúde recomenda que a amamentação seja mantida em caso de infeção ela SARS-CoV-2 desde que a mãe deseje amamentar e esteja em condições clínicas adequadas. Benefícios do leite materno -Tem tudo 0 que bebé precisa até os meses de idade, inclusive água - Protege a criança contra diarreias, infecções respiratórias e alergias -Reduz em 13% a mortalidade em crianças menores de 5 anos -Reduz o risco de hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade na vida adulta -Até o momento, não há evidências sobre a transmissão do coronavírus através da amamentação. -Nesse caso, considera-se prudente manter a recomendação de doação de leite humano somente por lactantes saudáveis e sem contato domiciliar com pessoa com síndrome gripal. -É contraindicada a doação por mulheres com sintomas compatíveis com síndrome gripal, infecção respiratória ou confirmação de caso da COVID-19. A contraindicação é estendida a mulheres contatos domiciliares de casos com síndroma gripal ou caso confirmado de COVID-19. Promoção de saúde bucal • Como a gravidez é um estágio de mudanças na vida da mulher, que fazem com que ela esteja mais disposta a mudar também seus hábitos, essa é a oportunidade ímpar para que os profissionais a orientem na aquisição de hábitos de higiene bucal saudáveis. ABORDAGEM EM ÂMBITO HOSPITALAR • Equipe multidisciplinar; • Cuidado integral; • Acolhimento; • Monitoramento e avaliação. ODONTOLOGIA EM ONCOLOGIA: CUIDADOS COM O PACIENTE Câncer- E um grupo de doenças caracterizada pelo crescimento desordenado e disseminação de células anormais. Não é passível de programas de prevenção infantil ( não há hábitos associados que causam essa desordem, geralmente causado por fatores genéticos) quanto mais rápido o diagnóstico,melhor será a chance de cura. Acontece durante a multiplicação celular, a célula tronco vai se diferenciar e a partir desta diferenciação origina-se as células cancerígenas, a multiplicação anormal da célula tronco em cada uma desses tipos celulares dá opção sanguínea (sangue periférico) a gente vai ter o progenitor linfóide que vai originar células T, B; OU progenitor mielóide que vai produzir neutrófilo,monócitos etc; ou o megacariócito que vai produzir plaquetas... dependendo do local dessa diferenciação celular acontecer, vai determinar o tipo de câncer ( leucemias, tumores sólidos ) O câncer é uma doença, que até pouco tempo, condenava o doente à morte, com uma sobrevida curta. Com o avanço das pesquisas,atualmente já se conta com um leque de opções que melhoram a qualidade e aumentam a sobrevida do pcte oncológico, podendo, em muitos casos, chegar à cura total. -A maior parte dos casos notificados de câncer acomete homens. Leucemias •LLA- leucemia linfoide aguda : mais comum no sexo masc (2: 1), apresentando um pico de incidência entre 3 a 5 anos de idade. ( aguda á multiplicação mais rápida em crianças ) • LMA- leucemia mieloide aguda: apresenta pequeno pico na adolescência. Na leucemia congênita a LMA é a mais frequente. Não há associação com raça ou sexo. fatores sindromicos como sindrome de donh é mais frequente acontecer. • LMC- leucemia mieloide cronica: 80% são diagnosticadas após os quatro anos de idade, não ocorrendo predileção por raça ou sexo. • LLC- leucemia linfoide cronica: adultos, acima de 50 anos, predileçdo sexo masculino. Leucemia na Infância • A Leucemia Linfática Aguda- LLA é a neoplasia mais freqüente na faixa etária pediátrica. • A LLA corresponde à 80% dos casos. • É mais freqüente na raça branca. • Correspondendo a 3 a 4 casos para cada 100.000 crianças por ano. • No Brasil corresponde a 3000 a 4000 casos novos por ano. -Fatores: • OiLeary e cols (1991) — ocupações dos pais ligadas a metalúrgicas, indústrias químicas e exposição à pesticidas • Fatores genéticos: Sindrome de Down, anemia de Fanconi, Sindrome de Schwachman, neurofibromatose • Antecedentes familiares: irmão gêmeo com LLA • Fatores de risco para LLA: tabagismo, uso de álcool durante a gestação, antecedentes maternos de aborto e/ou natimortos, exposição ocupacional. • Taxas de sobrevida: aumentam graças ao uso de terapia combinada com o avanço no uso de quimioterápicos. •prognóstico - chances reais da cura: LLA :de 4%( dec.60) a 73% (dec.80) LMA: - 65%-crianças submetidas a transplante alogênico (20 a 30% possuem doador compatível) O diagnóstico precoce é fundamental e favorece o sucesso das técnicas empregadas. Sinais e Sintomas: inespecíficos •Gânglios linfonodos infartados/edema • Dificuldade para deambular- dificultador de crescimento •Dor óssea •Mal estar • Anorexia • Irritabilidade • Infecções de repetição- alteração no sistema imunológico •Hepatomegalia •Esplenomegalia esses sintomas inespecíficos causam dificuldade de um diagnóstico rápido : • febre:53% •Fadiga: 50% • Dor óssea ou articular: 40% •Sangramento: 38% (em geral petéquias ou equimoses). • Anorexia: 20% • Dor Abdominal: 10% OBS: alterações de dois grupos no hemograma sendo mais alto (quadro agudo) ou baixo (quadro crônico) ou uma pancitopenia, encaminhar para o oncologista. LINFOMAS: • E um grupo de neoplasias malignas originadas na sistema linfo-reticular, isto é, linfócitos, macráfagos, ou monácitos. •Portanto é um grupo extremamente heterogêneo de neoplasias. São divididos em 2 grandes grupos;. linfoma hodgkin 30% linfoma não hodgkin 70% ❖ linfoma não hodgkin • Émuito complexo, existindo dezenas de subtipos. Na criança e adolescente existem basicamente 4 subtipos. - Linfoma de Burkitt 50-60% - Linfoma Linfoblástico 20-30 % - Linfomas de Grandes Células B 10-20% - Linfoma de grandes Células Anaplásica 10% Nesse caso o tratamento é quimioterápico, pois abordagens cirúrgicas podem causar óbito . Tumores de Sistema Nervoso Central • Formam um grupo heterogêneo de neoplasias. • Pode ocorrer em qualquer faixa etária, porém mais frequente na criança acima de 4 anos. •A maioria ocorre na fossa posterior. • 2° tipo de tumores mais comum na infância Tumores Ósseos Osteossarcoma: • Extremamente rara antes dos cinco anos de idade • Pico de incidência: segunda década de vida 16 anos nas meninas e aos 18 anos nos meninos) • Maior incidência em meninos — 1,4: I •Incidência aumentada nos sobreviventes de retinoblastoma hereditário mutações da linhagem germinal do gene p53) -sinais clínicos: massa dolorosa, dor, qualquer osso pode ser acometido , mais frequentes fêmur distal , tíbia e úmero proximal. -tratamento com transplantes de medula, quimio, radio e cirurgia para evitar amputações. avaliação do estágio para programação cirúrgica odontológica : -critérios cirúrgicos: •Localização do tumor •Extensão do tumor • Área da manipulação de tecido cirurgico • Área de irradiação — RXT •Condição bucal do paciente ( pela imunossupressão dos medicamentos) •Padrão de higiene oral •Avaliação laboratorial paciente oncológico - avaliação inicial -tratamento radical ou conservador -Preparo da cavidade bucal e remoção de focos infecciosos: • Profilaxia da placa bacteriana • Remoção de agentes traumáticos • Adequação do meia bucal: • Exodontias •Profilaxia para mucosite oral com LLLT -Avaliação dentária pré-RxT • Lesões cariosas avançadas com questionável condição pulpar ou envolvimento pulpar •Extensas lesões periapicais •Moderada a avançada doença periodontal (bolsa 5mm), especialmente com grande perda óssea e mobilidade ou comprometimento de furca •Raízes residuais não totalmente cobertas por osso alveolar ou com radiolucência •Dentes impactados ou parcialmente irrompidos, 3° molar não totalmente coberto por osso alveolar ou que esteja em contato com a microflora bucal •Dentes próximos ao tumor complicações odontológicas reações agudas: -mucosite oral -xerostomia -infecções oportunistas -disgeusia -radiodermite -disfagia reações tardias: -necrose tecidual -cárie de radiação -osteorradionecrose -trismo -periodontopatias Xerostomia • Comprometimento das glândulas salivares maiores e menores • Fibrose irreversível do tecido Glandular • inicio primeiras semanas da terapêutica(maio 1999) • Sintomas: desconforto, dificuldade de fala, odinofagia,redução da ação bactericida e auto limpeza da saliva, progressão da cárie de radiação tratamento: saliva artificial ,hidratação e laserterapia. Infecções Oportunistas • A interrupção do equilíbrio no ecossistema bucal em pacientes irradiados na região cérvico-facial leva a uma evidente alteração na microbiota bucal normal do indivíduo • Aumento na população de candida albicans em cavidade oral de pacientes irradiados • Aumento da incidência de infecções virais Tratamento • Profilaxia tópica e sistêmica •Tópico — Nistatina 500.000 UI/4 a 5x dia Cetoconazol — 5x dia Clorexidina 0,12% Miconazol —3a 5 x ao dia • Sistêmico — Fluconazol, ltraconazol, Fungizon • Virais — Antiviral sistêmico Disgeusia • Alteração de paladar • Ocorre pela atrofia gradativa das papilas gustativas por ação da RT e aumento da viscosidade da saliva • Com o término do tratamento, o paladar pode se restabelecer em aproximada -mente 4 meses. Radiodermite • Lesão cutânea resultante de excesso de exposição à radiação ionizante, que é considerada queimadura complexa. • Essas lesões podem apresentar complicações secundárias, como infecção local. • A gravidade da lesão decorrerá da patologia envolvida, tipo de radioterápico, dosagem aplicada, tempo de exposição, frequência de sessões, região anatômica comprometida e estado de nutrição do cliente. Disfagia •A dificuldade de deglutir é explicada pela falta de lubrificação do bolo alimentar, presença de infeção oportunista e dor na mucosa bucal, frequentemente ulcerada. Necrose Tecidual • Obliteração dos pequenos vasos sangüíneos. • O epitélio é invadido e reduzido, apresentando-se pálido e atrófico. • Começa com o rompimento da mucosa lesionada, resultando numa pequena úlcera. • A grande maioria das necroses de tecidos moles ocorrerá até 2 anos depois da radioterapia. A ocorrência neste período é geralmente precedida por trauma na mucosa. -Prevenção e Tratamento • Alívio de superfícies e bordos cortantes de dentes e próteses • bom planejamento protético reabilitador • avaliação bucal periódica • debridamento Cirúrgico • Antimicrobiano tópico e se necessário sistêmico Cárie de radiação • A cárie de radiação não é efeito direto da radiação e sim secundário a xerostomia • característica de Cárie rampante,que destrói a coroa expondo a raiz do dente • Alterações viscosidade e pH salivar -Tratamento: • Prevenção • Confecção de bólus • Fluorterapia • Uso de lubrificantes orais saliva artificial • Acompanhamento regular Osteorradionecrose (ORN) É definida como um tecido mole não cicatrizado sobre uma área de osso exposto maior que 1 cm de diâmetro. na cabeça e pescoço a exposição óssea é geralmente na mandíbula e a ORN acontece após radioterapia da cavidade oral ou orofaringe. - incidência: • Mandíbula> Maxila (2% a 22%) região posterior • Mais frequente > 60 Gy • Maior na associação RxT—QT • Dentado 3; I Edêntulo Osteorradionecrose • Sítio de maior frequência mandíbula, mas pode ser observado em maxila. •Quadro clínico - dor intensa, formação de fístula, seqüestros ósseos, ulceração da pele com exposição da cortical e fraturas patológicas. • Radiograficamente- áreas definidas de radiolucidez e as regiões que se afastam das áreas vitais do osso podem apresentar certa radiopacidade. -Tratamento • Exodontias devem ser evitadas •Prevenção com exodontias prévias á RT • boa higiene oral • Irrigação com solução antimicrobiana diária ,debridamento e limpeza cirúrgica • Antibioticoterapia •câmara hiperbárica Trismo • A exposição ionizante dos músculos masseter, temporal e pterigóideo medial e lateral, além da cápsula da articulação temporomandibular, são a causa mais frequente do trismo pós radioterapia ,por levar o tecido à fibrose. • A limitação de de boca está diretamente relacionada ao impacto na qualidade de vida do paciente, pois a alimentação, deglutição e fonação são atingidos e o relacionamento do paciente com a sociedade inevitavelmente comprometido. Periodontopatias • Aumento da flora periodontogênica • Doença periodontal pré-existente • Diminuição dos cuidados de higiene bucal nos pacientes debilitados pós radioterapia •imunossupressão mucosite -Escala OMS • Grau 0- sem alterações • Grau I- eritema. irritação, dor • Grau 2- eritema. úlceras, pode alimentar-se com sólidos • Grau 3- úlceras, requer somente dieta líquida • Grau 4- impossível a alimentação -fatores: -Idade (crianças e adultos > 50 anos) -Sexo - mulheres com 5FU -saúde bucal pobre e higiene oral deficiente -xerostomia -genética : alta expressão de citocinas inflamatórias -baixa massa muscular -doenças associadas -função renal alterada -fumantes - causa e tratamento do cancer: -Tratamento quimioterápico - 5 FU,MTX, ETP, Cy -altas doses de quimioterapia - TMO -área e dose de radiação ( 2000cGv— 2° a 4° sem) - Tratamento combinado —quimioterapia e radioterapia - prevenção e tratamento -escovar regular e participação do CD em equipes de TCTH -benzidamina tópica -crioterapia(5-FU,melfalano) -fator de crescimento de keratinócito -1 (palifermini)- dose de 60 ug/kg-6dias -laserterapia ● Os recursos disponíveis para o ttt do câncer são: cirurgia, químio e radioterapia. - A cirurgia é específica para o tecido e visa à ressecção da massa tumoral e dos tecidos envolvidos. A excisão cirúrgica é feita com margens largasde segurança para garantir a remoção total do tumor, reduzindo a possibilidade de recidiva da doença. - Já a químio e a radioterapia são ttt pré ou pós cirúrgicos que visam à destruição o u inibição do crescimento das células tumorais. Nenhuma dessas terapias diferencia as células doentes das normais, incluindo mucosa bucal e medula óssea; por essa razão, o ttt do câncer provoca muitos efeitos colaterais na cavidade oral, podendo estar diretamente relacionados com a condição da saúde bucal do paciente e o tipo de terapia utilizada. As complicações podem ser transientes, desaparecendo com o fim do ttt, ou crônicas,necessitando de cuidados constantes pelo CD. -Em adultos submetidos a ttt do câncer de cabeça e pescoço, as condutas adotadas são basicamente radioterapia e cirurgia. -Em crianças, a quimioterapia é o ttt de eleição. ➢ Quimioterapia: Tem seu papel estabelecido em pacientes com doença recidivada ou metastática. Nessas circunstâncias, sua utilização tem finalidade paliativa. A combinação químio e radioterapia tem o intuito de potencializar a atividade antitumoral e a prevenção de metástases. A maioria dos medicamentos quimioterápicos afetam a medula óssea, local onde são produzidos os glóbulos vermelhos, brancos e as plaquetas. Atacam principalmente aos glóbulos brancos, sendo necessário tomar medidas preventivas contra infecções. Os efeitos sobre as plaquetas consistem em sua diminuição; e como as plaquetas controlam as hemorragias, sua diminuição frequentemente se manifesta por sangramento persistente depois de algum ferimento. É comum a observação de petéquias no interior da boca ou nas pernas. Cuidados: ● Evitar feridas; se sofrer algum ferimento, aplicar pressão local por 10 minutos; ● Usar escovas de dente com cerdas macias; ● Não utilizar medicamentos à base de AAS sem o conhecimento e o consentimento do médico. Reações adversas: Os efeitos orais da quimioterapia dependem de fatores relacionados com os fármacos empregados e o paciente: - Fatores relacionados com o fármaco: Fármaco: cada fármaco tem seu grau de estomatotoxicidade. Os que inibem a síntese do DNA tendem a produzir mucosite, os antibióticos podem ter efeito diretamente na boca ou em glândulas salivares menores; Dose e frequência do ttt: podem ser muito maiores quando o medicamento é administrado em dose única do que quando fracionado e administrado por período mais longo; Terapias concomitantes: a radioterapia associada à quimioterapia tende a potencializar os efeitos colaterais orais do ttt químico. - Fatores relacionados com o paciente: Idade: quanto mais jovem o paciente, maior a probabilidade de desenvolver efeitos colaterais orais; Diagnóstico: o tipo de lesão maligna pode ter relação com a manifestação de sintomas orais advindos da terapia medicamentosa; Estado bucal: higiene bucal deficiente ou a preexistência de focos infecciosos e doença periodontal são fatores que aumentam o risco de infecções orais na vigência do ttt. Complicações Bucais: ▪ Estomatotoxidade: pode ser direta pela ação do fármaco, o u indireta, causada por infecções bacterianas, odontogênicas, dos tecidos moles fúngicos e viróticas. ▪ Mucosite: Mucosite oral consiste em uma relação inflamatória tóxica aos agentes quimioterápicos que se manifesta como lesão eritematosa semelhante a uma queimadura ou como ulcerações aleatórias que vão de circunscritas a difusas. -A Mucosite eritematosa ocorre com maior frequência 3-5 ou 7 dias após exposição. A progressão para mucosite ulcerada ocorre 7 dias após o início da terapia. Doses elevadas de quimioterapia, como no ttt da leucemia e de transplante de medula óssea, podem produzir mucosite grave ou ulcerativa; estima-se que o epitélio normal da mucosa oral seja completamente substituído entre 9 e 16 dias. -Mucosite ulcerativa pode surgir a 2 semanas do início da terapia. Cerca de 50% das lesões são graves, requerendo intervenção médica e odontológica e, em alguns casos, até a suspensão da oncoterapia citotóxica. -A mucosite autolimita-se quando não se complica por uma infecção e, em geral, tem um quadro de melhora completa em 2 a 4 semanas. Cuidados necessários com o paciente são: ▪ Limpeza atraumática da mucosa oral e boa higiene; ▪ Manutenção da umidade dos lábios e da cavidade oral; ▪ Alívio da dor e inflamação; ▪ Enxágues suaves com soluções salinas (bicarbonato de sódio); ▪ Uso de anestésicos tópicos e de analgésicos; ▪ Aplicação de triamcinolona pomada, em pequenas quantidades, várias vezes ao dia; ▪ Uso de dexametasona (enxágue de 3 a 4x ao dia); ▪ Uso de hidróxidos de alumínio e magnésio (suspensão); ▪ Aplicação de xilocaína viscosa a 2% sobre áreas doloridas fora do horário das refeições; ▪ Laserterapia. Uma escova dental, gaze ou esponja limpam os dentes de modo eficaz e sem trauma. As opções de agentes de limpeza são: sal e bicarbonato de sódio (dissolvidos em água morna) e água esterilizada. Os enxágues frequentes limpa e lubrifica os tecidos, impedem a formação de crostas, acalmam a mucosa irritada e impedem que as bactérias se acumulem nas superfícies. É permitido o uso de creme dental e enxaguantes bucais sem álcool, se o paciente tolerar. A crioterapia tópica pode aliviar os sintomas da mucosite. ✓ Laserterapia: Tem se mostrado bastante eficaz no ttt da mucosite, com remissão imediata dos sintomas. São realizadas três aplicações em dias alternados, usando 4 J/cm³, e, na maioria dos casos, não há a necessidade de prosseguir com as aplicações. Como protocolo, consideram-se: ● Manutenção da higiene bucal ● Bochechos bicarbonatados ● Aplicação do laser terapêutico nas lesões 4 J/cm³, em dias alternados. A recomendação da dose é de comprimento de onda de 650 nm, de 70 a 100 mW. Há também a possibilidade de utilização do laser, com os mesmos parâmetros, para prevenir a instalação dos quadros de mucosite oral, aplicado antes do início da quimioterapia. O paciente deve ser orientado a procurar o cirurgião-dentista ao primeiro sinal de mucosite. ✓ Avaliação pré-quimioterápica: Os pacientes que serão submetidos à quimioterapia devem passar por cuidadosa avaliação odontológica com a finalidade de identificar possíveis fragilidades que podem servir de porta de entrada para infecções durante os períodos de leucopenia. Para prevenir complicações, deve-se realizar o preparo do meio bucal, eliminando todos os focos de infecção. A mucosite oral será tão intensa quanto for precária a higiene oral; os pacientes devem ser orientados sobre as formas adequadas de higienização, principalmente nas fases de plaquetopenia. ✓ Conduta: Nas fases de acentuada leucopenia, plaquetopenia ou neutropenia, estão contra indicados todos os procedimentos odontológicos. É fundamental que o CD esteja engajado na equipe multiprofissional de ttt para prevenir complicações odontológicas na pré-quimioterapia, ou minimizar estados dolorosos durante o ciclo quimioterápico. Após a quimioterapia, o paciente é tratado normalmente do ponto de vista odontológico, devendo-se apenas ter cuidado com o completo restabelecimento das taxas sanguíneas. ➢ Radioterapia: Os efeitos secundários do ttt radioterápico são xerostomia, osteorradionecrose, disfagia, candidíase, alterações do ligamento periodontal, trismo muscular, sangramento, alteração do paladar e cárie de radiação. ✓ Xerostomia: Pode ser um efeito transiente ou permanente dependendo da presença da glândula salivar no campo irradiado com doses a partir de 2.000 cGy. O diagnóstico baseia-se nas impressões do paciente, sendo, portanto, subjetivo e clínico. Ocorre em razão de modificações das glândulas salivares principais e secundárias, com alterações qualitativas e quantitativas do fluxo salivar. Há aumento de bactérias cariogênicas e diminuição das não cariogênicas. A saliva torna-se mais ácida, aumentando a incidência de problemas periodontais e candidíase oral. A xerostomia pode ser aliviada com o uso de saliva artificial ou com métodos para estimular a secreção salivar quando ainda há potencial de fluxo: ● Saliva artificial com sais mineraise fluoreto de sódio ● Gel umectante ● Pilocarpina, 1g ao dia ● Pilocarpina HCL, comprimidos de 5 mg até 4x/dia. ✓ Osteorradionecrose: Sequela caracterizada pela perda da mucosa de revestimento ou do tecido cutâneo da b oca e a co nsequente exposição do tecido ósseo necrótico. Existe um período mínimo necessário de exposição óssea para se confirmar o diagnóstico, geralmente aceito como de 3 a 6 meses e acompanhado de outros sinais clínicos como fístulas bucais e/ou cutâneas, trismo muscular, drenagem de secreção purulenta, algia, desconforto e dificuldade mastigatória. Trata-se de osteomielite resultante de comprometimento vascular local em decorrência da radiação, definida como um processo de desequilíbrio entre formação e destruição óssea, cuja manifestação não é repentina. Sua incidência é de 2 a 10%, e a variação da taxa está relacionada com a dose total de radiação administrada e com a localização do tumor primário. Em pacientes idosos, o risco é maior pela vascularização reduzida dos ossos em questão. Geralmente afeta o sexo masculino e com idade superior a 40 anos. O sítio mais acometido é a mandíbula, pelo fato de apresentar estrutura óssea mais compacta e densa, e menor aporte de fluxo sanguíneo em relação à maxila. O ttt implica o uso de soluções antibióticas para irrigação local, câmaras hiperbáricas e cirurgia para remoção dos sequestros ósseos. Contudo, cada caso deve ser avaliado individualmente, pois a patogênese é importante para a escolha da melhor opção de ttt. O risco é permanente e aumentado quando a dose total de radiação é maior que 5.000 cGy. ✓ Disfagia: Alteração da fase faríngea da deglutição, redução da elevação faríngea e estase de alimentos. Uma das possíveis reações agudas de pacientes portadores de tumores de cabeça e pescoço, ocorre geralmente de 10 a 17 dias após a irradiação. Pode ser avaliada por meio de observação clínica, do exame cintilográfico, radiológico, videofluoroscópico ou nasofibroscópico. Por meio dessa avaliação, serão determinados a via de alimentação mais adequada ao paciente (oral ou nasogástrica), o tipo de consistência dos alimentos e o tipo de terapia. Pode haver dificuldade de mastigação e deglutição em razão da xerostomia, com diminuição da lubrificação gastrintestinal, prejudicando a digestão e irritando a mucosa gástrica com resultados dolorosos. A irradiação pode também provoca fibrose e atrofia dos m.m. da faringe, o que dificulta ainda mais a deglutição. ✓ Candidíase: A candidíase orofaríngea pode ser tratada com pastilhas de anfotericina, suspensão de nistatina, suspensão de anfotericina e gel bucal de miconazol. Caso nenhum seja efetivo, pode-se recorrer ao cetoconazol ou fluconazol bucal. Esses medicamentos são utilizados em comum acordo com o médico: ● Fluconazol: comprimidos d 100 mg ● Cetoconazol: comprimido de 200 mg ● Aciclovir: comprimido de 200 mg ✓ Alterações no ligamento periodontal: As estruturas periodontais expostas à radiação sofrem modificações morfológicas e histológicas, as quais favorecem as infecções. A membrana periodontal também sofre alterações e diminuição da resistência, o que facilita a evolução para osteorradionecrose quando há traumas e infecções no osso alveolar irradiado. ✓ Trismo muscular: A articulação temporomandibular e os m.m. da mastigação recebem radiação do feixe primário por estarem na sua direção, favorecendo a fibrose muscular que acarreta dificuldade para abertura bucal, piora na mastigação e higienização oral e dificuldade na realização do ttt odontológico. Pode se desenvolver gradualmente após a radioterapia para tumores da nasofaringe e das áreas retromolar. ✓ Sangramento: Sangramento gengival pode ser sinal de trombocitopenia - ou plaquetopenia. Quando o número é inferior a 150.000/mm³, há a tendência de o pcte apresentar hemorragias. ✓ Alteração no paladar: Ocorre uma profunda alteração, de maneira que o paciente faça uma dieta restritiva por não tolerar a maioria dos alimentos, aumentando a chance de dieta cariogênica com alimentos pastosos e adocicados. Para minimizar esse sintoma, pode ser usado o sulfato de zinco em comprimidos de 50 mg, 4x/dia. ✓ Cárie de radiação: Pode ocorrer pela ação direta da radiação sobre os dentes o u como consequência da xerostomia. São cáries de evolução rápida, que podem destruir uma dentição hígida em 1 ano . Sua evolução é maior em superfície do que em profundidade. Os pacientes hipersensíveis. ➢ Tratamento odontológico: O ttt médico deve ser planejado em conjunto com o CD, anteriormente à quimio ou radioterapia, para que um melhor estado geral de saúde seja fator coadjuvante na recuperação do pcte. Todos os focos infecciosos devem ser removidos antes do ttt do câncer. A indicação para exodontia se restringe aos dentes comprometidos ou com focos reais de infecção. - Os principais cuidados odontológicos são: ● Submeter os pctes a avaliações prévias e durante todo o ttt do câncer; ● Promover acesso a ttt odontológico preventivo, curativo e emergencial; ● Em caso de aplasia, evitar todo e qualquer procedimento odontológico; ● Priorizar a remoção dos focos infecciosos; ● Observar alterações sistêmicas para adequar o anestésico. Não há restrições quanto ao tipo em razão da neoplasia ● Manter interação CD/médico para discussão da melhor terapia medicamentosa. Os objetivos do tratamento são: ● Preparar a boca para o ttt do câncer ● Diminuir a incidência de complicações sistêmicas pós-tratamento ● Minimizar a sintomatologia álgica ● Melhorar a qualidade de vida A conduta a ser seguida é: ● Contatar o médico responsável para esclarecimento sobre o tempo disponível para o ttt odontológico ● Transformar o pcte em “cárie zero”, sem foco ou possibilidade de foco ● Motivar e reforçar a higiene oral do pcte e responsável ● Solicitar radiografias pano râmicas e periapicais para avaliação mais completa ● Fazer RRC em pctes com baixo índice de cárie, e RA em pctes com alto índice ● Aplicar selante e flúor em dentes pré-erupcionados ● Remover os dentes não vitais com endodontia duvidosa ● Realizar endodontia até 15 dias antes do transplante ● Realizar exodontia para qquer de ttt duvidoso em caso de transplantes, em 15 dias ● Notar se há mobilidade e a possibilidade de perda futura próxima e sugerir a remoção do dente ● Dentes parcialmente erupcionados, remover 15 dias antes do transplante ● Remover aparelhos ortodônticos, próteses parciais e removíveis ● Fazer desgaste de cúspides de molares e pré-molares que possam traumatizar a mucosa. Síndromes com repercussão no cuidado odontológico Atividade em grupos -síndrome de gardner: O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de Síndrome de Gardner em uma paciente pediátrica manifestações orais. A Síndrome de Gardner consiste em uma condição patológica autossômica dominante caracterizada pelo desenvolvimento, durante a infância ou adolescência, de centenas a milhares de pólipos adenomatosos no cólon associada a tumores benignos de partes moles, como fibromas e cistos epidermoides; osteomas, incluindo lesões ocultas de mandíbula, e tumores dermóides. A síndrome de Gardner é frequentemente a primeira identificada em uma clínica dental, porque é associada com os odontomas e os dentes impactados nos múltiplos locais que podem ser permanentes e supranumerários. De facto, aproximadamente 30% dos pacientes com síndrome de Gardner têm uma ou variadas anomalias dentais. Quando as lesões gnáticas são observadas, elas ocorrem frequentemente na regido do ângulo mandibular e são geralmente associadas à deformidade facial. Em algumas ocasiões, os grandes osteomas da mandíbula ou côndilo limitam a abertura da mandíbula. As áreas mais acometidas pelos osteomas são o crânio, os seios paranasais e a mandíbula. Como tratamento ,realizou-se extração do 51 e 61 e a remoção dos odontomas compostos. síndrome de ardência bucal "A síndrome de ardência bucal é um estado disfuncional que afeta o bem-estar físico, mental e social, contribuindo para condições de estresse crônico, está frequentementepresente em indivíduos com dores orofaciais que não apresentam outros sintomas de origem dentária ou sistêmica ou lesões orais. Manifesta-se como uma sensação de ardor na boca e pode afetar a língua, os lábios, ou a boca inteira." Ocorre mais frequentemente nas mulheres, e a sua frequência aumenta com a idade e após a menopausa. O perfil psicológico destes pacientes é frequentemente semelhante, com níveis elevados de estresse, ansiedade e depressão, possivelmente como resultado de dor; síndrome de moebius e impacto na saúde oral • A síndrome de Moebius, é uma alteração neurológica não progressiva que envolve principalmente os nervoscranianos VI e VII, podendo ser uni ou bilateral, resultando em uma paralisia facial que alterará a mímica facial do indivíduo • A etiologia da síndrome de Moebius ainda permanece indefinida, existem duas vertentes que hipotetizama causa da síndrome, a ambiental e a genética. Na questão ambiental está o uso de álcool, drogas como a cocaína, psicofármacos, exposições ainfecções, diabetes gestacional, hipertermia, uso de talidomida e o misoprostol no primeiro trimestre da gravidez.Já na questão genética é mencionado o cromossomo x..A teoria mais aceita é a isquemia transitória fetal. • Para esses pacientes, enfatiza-sea necessidade de controles periódicos frequentes, geralmente de 3 em 3 meses, além do uso de produtos como clorexidina e flúor tópico. É de suma importância também a orientação e motivação quanto a higiene oral correta e bem -feita, de preferência realizada por um adulto responsável. Durante os procedimentos também é aconselhado usar vaselina sólida nas mucosas labiais, em virtude do ressecamento labial nesses pacientes, para não causar desconforto e lesões nos tecidos. displasia cleidocraniana É caracterizada por dentes supranumerários, retardo no fechamento das fontanelas, suturas abertas, crânio braquicefálico, baixa estatura, anomalias nas clavículas e uma variedade de modificações esqueléticas como desordem na calcificação de pélvis, ossos largos e coluna vertebral. O tratamento proposto neste relato de caso, foi uma abordagem cirúrgica que consistiu na exodontia dos dentes decíduos como forma de permitir a erupção dos dentes permanentes impactados em razão do atraso na cronologia de erupção dos dentes permanentes. Entretanto, mesmo após a remoção destes elementos dentais, foi observada uma demora para a erupção dos dentes permanentes, sendo planejada uma nova abordagem com tratamento cirúrgico e ortodôntico para o tracionamento dos dentes. MEDIDAS DE PRECAUÇÃO PADRÃO - PP A Biossegurança é a parte da medicina que envolve as medidas destinadas a preservar a qualidade de vida do profissional com ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades. A Norma Regulamentadora 32 (NR32) estabelece as diretrizes básicas para a implementação de medidas de prestação à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde. Infecção hospitalar é qualquer infecção adquirida após a internação do paciente e que se manifesta durante a internação ou mesmo após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares. Para conter as infecções hospitalares – IHs – fez-se necessário adotar medidas preventivas pré e pós-exposição aos riscos, conhecidas como Precaução Padrão (PP) que se baseiam em todas as estratégias adotadas frente aos casos suspeitos ou confirmados de doenças infectocontagiosas a fim de conter a disseminação de patógenos. Além das PPs, é necessário uma vigilância epidemiológica e a adoção de precauções adequadas baseadas na transmissão das doenças. As Precauções Baseadas na Transmissão (PBT) são classificadas em precauções de contato, gotículas e aerossóis, sendo o uso das mesmas associadas às PPs. Precaução Padrão - PP: Conjunto de medidas utilizadas para diminuir os riscos de transmissão de microrganismos nos hospitais e constituem-se basicamente em: ● Lavagem das mãos; ● Uso de EPIs como: luvas, máscara, protetor de olhos, protetor de face e avental; ● Manejo e descarte corretos de materiais pérfuro cortantes e resíduos; ● Imunização dos profissionais. Precauções Baseadas na Transmissão – PBT: São elaboradas de acordo com o mecanismo de transmissão das patologias e designadas para pacientes suspeitos, sabidamente infectados ou colonizados por patógenos transmissíveis e de importância epidemiológica; e empregadas juntamente com as PPs. ➢ Precaução por contato: Utilizadas em pacientes com patologias, suspeitas ou confirmadas, cujos agentes são transmitidos de uma pessoa para a outra através de contato com a pele o u mucosa, por contato direto sem que haja participação de um veículo inanimado ou fômite, ou por contato indireto com superfícies ambientais, artigos e equipamentos de cuidados aos pacientes contaminados. É obrigatório o uso de avental individual e de luvas para qualquer contato com o paciente, sendo que as mesmas devem ser trocadas entre dois procedimentos diferentes no mesmo paciente. O paciente deve ser colocado em quarto individual ou comum para pacientes acometidos com o mesmo m.o.. Em quarto coletivo, é preciso instituir a distância de 2m entre o pcte infectado e outros pacientes. Artigos e equipamentos são de uso exclusivo para cada paciente, incluindo termômetro, estetoscópio e esfigmomanômetro e devem ser desinfectados ou esterilizados após a alta. ➢ Precaução por gotículas: Indicadas para a assistência a pacientes com infecção, suspeita ou confirmada, causada por m.o transmitidos por gotículas de tamanho grande de saliva o de secreção nasofaríngea gerada durante tosse, espirro fala ou realização de procedimentos. Deve-se manter, além das PPs, as precauções baseadas na transmissão como colocar o pcte em quarto individual ou comum para afetados com o mesmo m.o. (coorte de pacientes), utilizar máscara cirúrgica ao entrar no quarto e limitar o transporte do pcte, sendo que quando realizado, o pct deve utilizar máscara. Os artigos e equipamentos deverão ser de uso exclusivo ou comum aos pctes com a mesma infecção. ➢ Precaução por aerossóis: Indicadas para pacientes com infecção, suspeita ou confirmada, causadas por m.o . transmitidos por inalação de partículas menores eliminadas durante a respiração, fala, tosse ou espirro, que quando ressecados permanecem suspensos no ar por horas atingindo outros ambientes, inclusive áreas adjacentes, sendo carreadas pela corrente de ar. Recomenda-se que os pctes sejam mantidos em quarto privativo, de preferência com antecâmara, mantendo as portas fechadas. O quarto deve ser submetido à pressão negativa em relação ao corredor mediante trocas de ar por hora, com exaustão para o exterior. As visitas devem ser restritas. É obrigatório o uso da máscara com filtro especial N95 pelo profissional. O transporte do paciente deve ser limitado, e se necessário, deve utilizar máscara cirúrgica. Os equipamentos próximos ao leito devem sofrer limpeza e desinfecção diária. ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO-DENTISTA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UTI TRANSTORNO DO ESPETRO AUISTA-TEA A literatura atual define o autismo como uma condição de corpo inteiro,com muitas comorbidades envolvendo genética, epigenética, fatores imunológicos, metabólicos, além de anormalidades gastrointestinais. A interação desses fatores é complexa e atualmente está sob investigação. • O autismo é definido como um transtorno complexo do desenvolvimento do ponto de vista comportamental, com diferentes etiologias que afeta o sistema nervoso e se manifesta em graus de gravidade variados A causa específica, na maioria das vezes, dos transtornos do espectro do autismo permanece elusiva. • O reconhecimento precoce, assim como as terapias comportamentais, educacionais e familiares podem reduzir os sintomas, além de oferecer um pilar de apoio ao desenvolvimento e a aprendizagem. As manifestações mais Comuns incluem; -dificuldade de comunicação, -dificuldade com interações sociais, -interesses obsessivos -comportamentosrepetitivos. características estão presentes desde a infância e limitam ou prejudicam o funcionamento diário do indivíduo). Para estabelecer um diagnóstico clínico confiável de tratamento do espectro autista,é importante classificar estes indivíduos de acordo com três níveis de gravidade desta condição: ● nível 1- leve: exigindo apoio ● nível 2 -moderado: exigindo apoio substancial ● nível 3- severo: exigindo apoio muito substancial caracterizado por desenvolvimento anormal ou alterado: - perturbação característica do funcionamento da comunicação e interação - -repertório restrito de interesses e atividades - -padrão de comportamento e estereotipados - -manifestação antes dos 3 anos - -considerado uma síndrome neuropsíquica Quando o cirurgião dentista conhece as manifestações clínicas do autismo, o tratamento odontológico pode ser realizado com maior chances de sucesso. Cada indivíduo com autismo apresenta a comunicação e os padrões de comportamento social de forma individual. Estas alterações representam os desafios mais significativos na realização dos cuidados bucais destes indivíduos. Na extremidade do espectro autista está o autismo GRAVE, ou autismo associado ao retardo mental e a dificuldade de independência, o que geralmente é chamado de autismo CLÁSSICO. A grande dificuldade de interação social e/ou ausência de relacionamentos apropriados; como contato visual e interesses restritos. O diagnóstico de autismo geralmente é feito entre 1 a 3 anos de idade. ● andar nas pontas dos pes ● esconder-se/ isola-se ● linguagem (fala ausente,dificuldades na fala) ● usa pessoas como ferramentas ● auto-injurias, agressividade (escola) ● maneirismo,objetos utilizados como brinquedo. autismo e a odontologia Indivíduos com TEA, muitas vezes, oferecem pouca colaboração durante procedimentos médicos e odontológicos, mesmo aqueles considerados pouco invasivos em odontologia, pois tais procedimentos podem causar ansiedade, aflição e medo dessas pessoas. Estratégias comportamentais têm sido usadas para dessensibilizar estes pacientes aos procedimentos médicos e odontológicos dos quais necessitam. Entretanto, os estudos que abordam este tema ainda são escassos. Programa de dessensibilização podem ser empregados com sucesso , realizando, um reforço individualizado a cada paciente,a fim de incentivar comportamentos desejados. No entanto,é comum que estes sujeitos apresentam restrições às visitas ao dentista e terapias para promoção de saúde bucal. As atitudes comportamentais podem variar entre um comportamento colaborativo para um procedimento cirúrgico e extenso a impossibilidade absoluta em realizar um simples exame bucal. está difícil relação entre pacientes com TEA e profissionais da odontologia resulta em agravamento de problemas bucais, tais como doenças cárie e doença periodontal nesta população. Características clínicas em Odontologia: A situação de saúde bucal de autistas está associada a manifestações na boca e hábitos deletérios como: ● bruxismo ou ranger de dentes ● deglutição e ranger os dentes ● deglutição atípica ● sucção não nutritiva ● auto injúria ● higiene bucal insatisfatória -alteração de mucosa e periodonto. ● alta frequência de alterações extrabucais e problemas ortodônticos. Diretrizes para o tratamento odontológico de pessoas com TEA: ✓ Estabelecendo uma relação baseada na confiança entre profissional, paciente e familiares, em cada das visitas, é possível conquistar um novo passo. ● ETAPA 1: ABORDAGEM FAMILIAR E CAPTAÇÃO DOS INDIVÍDUOS AUTISTAS; ● ETAPA 2: ACOLHIMENTO E CONDICIONAMENTO PARA ATENDIMENTO NA UNIDADE DE SAÚDE E CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO; ● ETAPA 3: EXAME FÍSICO E ODONTOLÓGICO, PROGNÓSTICO E PLANO DE TRATAMENTO; ● ETAPAS 4 e 5: ANESTESIA, RESTRIÇÃO FÍSICA E SEDAÇÃO DO PACIENTE AUTISTA; ● ETAPA 6: ASPECTOS BÁSICOS NO TRATAMENTO ODONTOLÓGICO; ● ETAPA 7: INSTRUÇÕES AOS CUIDADORES/FAMILIARES; ● ETAPA 8: REFERÊNCIA E CONTRA-REFERÊNCIA PARA MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE; ● ETAPA 9: ACOMPANHAMENTO ASSINTOMÁTICO CONTINUADO, VISITAS PERIÓDICAS, ATENÇÃO E VALORIZAÇÃO FAMILIAR. seminários: Alterações neurológicas: distúrbios frequentes e condutas odontológicas: -diagnóstico: fibroma e lipoma -pode continuar o uso de anticoagulante; risco de sangramento (0,8-1,0 valor de referência) -o controle de sangramento pode ser feito com compressão mecânica com gaze, anestésico com maior próximo do local da lesão com vasoconstritor, sutura,cauterização -condições sistêmicas para uso de anticoagulantes: cardiopatas, hipertensos,transplantados,pacientes renais crônicos. causas: período pré natal, gestacional ou pós natal manifestações bucais; cárie , oclusão, doenças periodontais, traumatismo, bruxismo tratamento: atendimento multiprofissional, estabilização protetora, abridor de boca, escovas elétricas, sedação medicamentosa. transfusoes em casos de taxas de referencias baixas e necessidade de cirurgia.
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