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1 Dissecção Aórtica I N TRO DU ÇÃ O ► Acomete mais homens ► Em torno da 5ª década de vida ► Pode se queixar de dispneia aguda, taquicardia e sensação de desconforto retroesternal ▪ Paciente entra no protocolo de dor torácica − Anamnese mais dirigida possível − Exame físicos − Exames complementares ECG e marcador de enzima S ÍN DRO MES AÓR TI CAS AG UD AS ► Alta mortalidade ▪ Lembrar da importância da aorta − Grande vaso responsável pela nutrição de todo o corpo, inclusive do próprio coração − Inicia a partir da valva aórtica Seus primeiros ramos são os coronários (esquerdo e direito) Possui porção ascendente (desde a válvula aórtica até o início do arco aórtico (curva da aorta – posiciona mais posterior e à esquerda), dai saem os vasos da base Vasos da base: tronco braquiocefálico (origina subclávia e coronária direitas) + carótida esquerda + subclávia esquerda Ao término do arco: porção descendente Dividida pelo diafragma em uma porção torácica (acima) e em uma porção abdominal (abaixo) − ► Compostas por: ▪ Dissecção Aórtica Aguda − Separação entre a camada média e íntima da aorta − Separação de duas luzes: verdadeira e falsa ▪ Hematoma Intramural − Lesão da camada íntima − O sangue separa uma pequena parte, criando um coágulo em cima dessa lesão, mas não a dissecção/separação das camadas ▪ Úlcera Aórtica Penetrante − Placa aterosclerótica − Centro necrosa e expõe do subendotélio ► São semelhantes na fisiopatologia (lesão da íntima e média da aorta), clínica, diagnóstico e tratamento Classificação anatômica ► DeBakey (mais minuciosa) ▪ Tipo I: acomete toda a aorta − Do início ao fim (da ascendente ao abdominal) ▪ Tipo II: exclusiva da porção ascendente ▪ Tipo III: acometimento a partir da subclávia esquerda 2 − Evita o acometimento do arco aórtico e em vasos da base − Pode ser do tipo: IIIa: comprometimento até a aorta torácica, indo até o diafragma IIIb: comprometimento até a aorta abdominal ▪ Diz aonde ocorre a lesão da camada íntima (células endoteliais) − Sangue pode ir separando e dissecando mais ou menos a depender da pressão de cissalhamento ► Stanford ▪ Tipo A: acometimento de toda aorta ou exclusivamente de aorta ascendente ▪ Tipo B: acometimento da aorta descendente torácica ou então toraco-abdominal ► Importante saber para instituição de tratamento Classificação temporal ► Agudas ▪ ≤ 14 dias ► Subagudas ▪ 15 a 90 dias ► Crônicas ▪ > 90 dias Fatores de risco ► Hipertensão (principal) ► Tabagismo ► Uso de cocaína, crack, anfetaminas ► Feocromocitoma ► Doença renal policística ► Aterosclerose ► Desordens genéticas (Marfan e Ehlers-Danlos) ► Infecciosas (Sífilis, Tuberculose) ► Congênita (Valva Aórtica bicúspide, Coartação da Aorta) ► Trauma (desaceleração ou cirurgia em aorta) D I SSE CÇÃ O AG UD A D E A ORT A ► 90% dos casos de SAA ► Flap intimal que determina uma luz verdadeira e outra falsa ▪ Parede do vaso → lesão do endotélio → pressão hidrostática da coluna de sangue → penetra na lesão endotelial e, justamente por ser muito alta, faz com que as camadas se separem → leva a uma luz falsa e a uma verdadeira ▪ Flap intimal: determina a formação das duas luzes, o retalho ▪ Luz falsa pode ou não estar preenchida por um trombo Comportamento clínico ► Dor ▪ Intensa ▪ Sempre presente ▪ Lancinante ▪ Associada a descarga adrenérgica − Na própria parede da aorta há barorreceptores (recep de pressão) que são estimulados → liberam mais catecolaminas Por isso a pressão bem elevada ► Sopro de regurgitação aórtica (50% em tipo A) ▪ Tem que ter acometimento da aorta ascendente ► Migração da dor para região dorsal (40%) ► Assimetria de pulso (32%) ▪ Tem que ocorrer comprometimento de arco e alteração de fluxo para a subclávia (direita ou esquerda) 3 ► Novo déficit neurológico (15%) ▪ De arco ▪ Sinal de pior prognóstico ► Síncope (15%) Escore de risco ► ADD Risk Score ▪ Probabilidade Pré-Teste: aplica, avalia grau de risco e decide melhor exame para investigação ▪ Predisponente: Para qualquer presença de qualquer fator de risco: dar 1 ponto na categoria ▪ Dor de alto risco: qualquer uma pontua 1 ▪ Exame físico: 1 ponto ▪ Máximo pontuado: 3 ▪ Mínimo: 0 ▪ Resultado − Alto risco: 2 a 3 − Baixo risco: 0 a 1 Atendimento inicial ► Protocolo de dor torácica ▪ Anamnese e exame físico ▪ ECG em 10 minutos ▪ MOVE ▪ Exames laboratoriais e radiografia de tórax − Alargamento de mediastino − − Solicitação de D-Dímero para exclusão de suspeita diagnóstica Um D-Dímero baixo (<500) praticamente descarta DAA Depende da sintomatologia Quando existe a Dissecção, na luz falsa pode haver um estimulo para a formação de um trombo → estimula sistema de coagulação O D-Dímero é um dos produtos da degradação da fibrina, logo, se há muita fibrina produzida e degradada (pois não é normal formar coágulo intravascular) assim a produção de D↑ Exames de imagem ► Ecocardiograma Transtorácico ▪ Interessante pois faz o diagnóstico das complicações de DAA: − Regurgitação aórtica − Tamponamento cardíaco − Alterações segmentares da contratilidade do VE ▪ Sensibilidade de 78 a 100% DAA tipo A e 60% tipo B) − Variável, depende do examinador, do ponto ► Ecocardiograma TransEsofágico ▪ Sensibilidade adequada (99% tipo A e 89% tipo B) ▪ Utilizada em pacientes instáveis, sem necessidade de contraste ▪ Problema: não consegue ver a extensão nos ramos ► Angiotomografia de Aorta ▪ Exame mais usado – é rápido ▪ Avalia a aorta de maneira completa ▪ Alta resolução espacial ▪ Sensibilidade de 100% ▪ Quando sincronizada com ECG permite avaliação coronariana e da artéria pulmonar − Exclusão de SCA e Embolia pulmonar Triple rule-out (descarte triplo) ▪ Não é o de melhores imagens ► Ressonância de Aorta 4 ▪ Maior sensibilidade (100%) e capacidade de diagnóstico ▪ Visualização de aorta e ramos ▪ Contraste não nefrotóxico ▪ Ausência de irradiação ionizante ▪ Tempo longo para aquisição de exames ▪ A RNM acaba sendo pior para o paciente para realização do exame, demora − Normalmente é evitada em pacientes agudos, pelo desconforto Tratamento ► Divido em dois momentos: agudo e definitivo ► Agudo: paciente mais instável ▪ Tratamento clínico inicial para controle da dor e redução da pressão de cisalhamento na aorta ▪ Meta em 1hora − FC < 60bpm Em torno de − PAS = 100 a 120mmHg ▪ MOVE ▪ Analgesia − Morfina ou Fentanil − Morfina 2 a 4mg, IV, a cada 10 minutos ▪ Controle da FC − Betabloqueador endovenosos (metoprolol ou esmolol) Indicados em todos os pacientes Iniciar antes dos vasodilatadores, evitar taquicardia reflexa ▪ Controle da PA − Vasodilatadores intravenosos Nitroprussiato de sódio 0,25 a 10mcg/kg/min, em bomba de infusão contínua ► Definitivo: cirúrgico ▪ Dissecções do Tipo A − É o de escolha − Mortalidade alta se não tt cirurgicamente 50% nas 48h e 90% em 30 dias nos não operados ▪ Dissecções do Tipo B − Não complicadas: tratamento clínico Sem envolvimento de outro ramo da aorta Cumprindo meta de FC e PAS − Complicadas: tt cirúrgico (convencional ou endovascular) Extensão maior de dissecção, evolução para comprometimento renal Seguimento ► Uma consulta ao mês nos 6 primeiros meses ► Exames de imagem em 1, 3, 6 e 12 meses ► Manter PA < 120/80mmHg e FC < 60bpm ► Cessação do tabagismo H EM A TOM A IN TR AM URA L ► 5 a 25% das SAA ► Hemorragia no interior da parede aórtica na ausência de um flap intimal ou falsa luz ▪ Normalmente com exposição do endotélio − Área do endotélio necrosada ► Comum em idosos ► Apresentação clínica semelhante a DAA ► Diagnósticopor Tomografia ► Comum em aorta descendente (70%), progredindo para dissecção (30 a 40%), ruptura (20 a 45%) e regressão (10%) ▪ Não é autolimitante ► Tratamento semelhante da DAA ▪ Hematomas tipo A e B – tt de iguais indicações Ú LC ER A AÓR T IC A P ENE TR ANTE ► Ulceração de placa aterosclerótica de aorta ▪ Aorta doente ▪ No RX já visualiza aorta com placa clacificada de ateromas ▪ Ulceração – fragmentação dessa placa ► 10% das SAA ► Comum em idosos ► Acomete aorta ascendente ► Evolui com ruptura da aorta e dissecção (40%) ► Tratamentos semelhantes: ▪ Tratamento cirúrgico – Tipo A 5 ▪ Tratamento clínico – Tipo B ► Resumo das indicações
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