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Tutoria UCT3 - SP4

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UCT3 – SP4
1) Qual a influência dos aminoácido na formação de compostos nitrogenados não protéicos?
· Aminoácidos não protéicos:
· São aminoácidos que ocorrem naturalmente na forma livre ou combinada, mas não na constituição de proteínas.
· Funções: Intermediários da biossíntese de aminoácidos protéicos, Intermediários da biossíntese de outros compostos biológicos, Reserva e Defesa.
2)Porfirinas
a)O que é e quais suas funções?
Base nitrogenada: purinas (adenina e guanina) e pirimidinas (timinina, citosina e uracila)
Nucleotídeo: base nitrogenada+pentose+grupo fosfato
Nucleosídeo: base+pentose (ribose ou desoxirribose)
· São compostos orgânicos cíclicos tetrapirrólicos, ou seja, formados por quatro anéis pirrólicos que interagem entre si por meio de ligações metenil. Os anéis pirrólicos podem ser chamados de porfirogênios e são numerados de 1 a 4.
·  Elas diferem entre si em virtude de suas cadeias laterais, que podem ser grupos acetato, propionato e metil.
· O centro da porfirina pode ter um íon metálico (metalporfirina). Nos humanos a metalporfirina mais importante é o HEME presente como grupo prostético da hemoglobina, da mioglobina, do citocromo P450 e da enzima catalase. Outra metaloporfirina bastante presente na natureza é a clorofila, em que o metal é o íon magnésio.
· As porfirinas são, portanto, pigmentos de cor púrpura e de origem natural, e sua estrutura cíclica é responsável pela absorção da luz em um comprimento de onda próximo de 410 nm, conferindo-lhes a sua cor característica. A presença do íon metálico no centro do anel de porfirina pode alterar essa propriedade em decorrência do fenômeno de transferência de carga dos átomos de nitrogênio para o metal.
· Há porfirinas de origem natural onde, no macrociclo, há substituintes nas posições β-pirrólicas, e porfirinas sintéticas, onde os substituintes encontram-se nas posições meso do esqueleto porfirínico.
· Funções:
· Atuam como intermediários na biossíntese do grupo heme.
· Responsáveis pelo transporte de oxigênio, gás carbônico e elétrons.
· Porfirias:
· O termo porfiria tem origem do grego porphýra, que significa púrpura, remetendo à coloração vermelha ou arroxeada da urina de doentes portadores de porfiria.
· Alterações que envolvem enzimas relacionadas com a biossíntese do heme, resultando em acúmulo e excreção aumentada de porfirinas ou de seus precursores.
· Podem ser classificadas em genéticas ou adquiridas:
-Adquiridas: ocorrem, por exemplo, em condições de contaminação por metais pesados, como é o caso do chumbo. Os fatores ambientais e genéticos interagem entre si para a manifestação da doença, uma vez que nem sempre os indivíduos portadores de mutações genéticas a desenvolvem na ausência de fatores ambientais precipitantes.
-Genéticas: As porfirias hereditárias decorrem de distúrbios autossômicos dominantes, com exceção da porfiria eritropoética congênita, que é recessiva.
· Podem ser classificadas como agudas ou cutâneas:
- Aguda: predomínio dos sintomas neuropsiquiátricos e viscerais.
-Cutânea: manifestação de fotossensibilidade cutânea.
· Podem ser classificadas como hepáticas ou eritropoéticas: leva em consideração a origem dos precursores que estão em excesso, já que os dois tecidos que sintetizam o heme são o fígado e a medula óssea. O primeiro utiliza o heme para ser incorporado ao sistema microssomal P450, enquanto a medula óssea sintetiza o heme para se integrado à molécula de hemoglobina.
b)Metabolismo (síntese de degradação)
· Metabolismo de grupo Heme (metalporfirina)
3) Bases Nitrogenadas:
a) O que é, função, tipos e estrutura?
· Púricas: adenina e guanina
· Pirimídicas: citosina, timina e uracila
· As bases nitrogenadas são derivadas de dois compostos relacionados, a pirimidina e a purina. As bases e as pentoses dos nucleotídeos comuns são compostos heterocíclicos.
· O núcleo da base nitrogenada se chama Purina.
· As purinas e as pirimidinas são bases nitrogenadas e anéis heterocíclicos que contêm átomos de nitrogênio e carbono.
-Duas das bases dos ácidos nucleicos, a adenina e a guanina, são purinas. No DNA, a adenina e a guanina se unem às pirimidinas complementares (timina e citosina) por meio de pontes de hidrogênio.
-No RNA, a base complementar da adenina é a uracila, e não a timina.
· As purinas e as pirimidinas podem ser sintetizadas pelo organismo por meio de intermediários anfibólicos ou aproveitadas de outras bases nitrogenadas. A dieta também pode fornecer bases nitrogenadas e, de fato, a secreção pancreática ecbólica (rica em enzimas) apresenta ribonucleases e desoxirribonucleases capazes de digerir os ácidos nucleicos presentes na dieta.
· Os enterócitos também têm a capacidade de converter nucleotídeos em nucleosídeos por meio da enzima fosfatase alcalina presente na borda em escova. Contudo, no interior dos enterócitosos nucleosídeos são metabolizados em ácido úrico ou, ainda, podem ser utilizados para suas necessidades próprias.
· Funções: Estão envolvidas na composição dos ácidos nucleicos e também fazem parte da formação de muitas coenzimas, como NADH, FAD e coenzima A.
Purinas: são utilizadas na síntese de DNA e RNA, são componentes importantes de várias biomoléculas, como ATP, GTP, AMPc, NADH e coenzima A. 
b) Metabolismo
· SÍNTESE DE NOVOS NUCLEOTÍDEOS DAS PURINAS:
· Ocorre no fígado mas o cérebro também pode fazer.
· Envolvem aminoácidos como precursores.
· Para cara molécula sintetizada são gastos 6 ATP, por isso o organismo utiliza rotas de reaproveitamento de purinas para gastar menos energia.
· A síntese “de novo” dos nucleotídeos de purina emprega uma forma de ribose ativada, a 5-fosforribosil-1-pirofosfato (PRPP, do inglês 5-phosphoribosil-1-pyrophosphate). A ribose pode ser fornecida pelo ciclo das pentoses fosfato.
· Dos quatro átomos de nitrogênio presentes no anel de purina, dois são oriundos da glutamina, um do aspartato e um da glicina. Dos cinco átomos de carbono, dois são oriundos da glicina, dois do tetrahidrofolato, e o quinto e último átomo de carbono do anel é doado pelo CO2.
· Ao final dessa sequência de reações, seis moléculas de ATP são consumidas e obtêm a inosina monofosfato (IMP), precursora de monofosfato de adenosina (AMP) e trifosfato de guanosina (GMP)
· REGULAÇÃO DA SÍNTESE DAS PURINAS:
· A enzima ribose-fosfato-pirofosfocinase é regulada alostericamente e sofre inibição quando os níveis de ADP e GTP estão elevados.
· A produção de 5-fosforibosilamina, é catalisado pela enzima amido-fosforibosil-aminotransferase. Essa enzima também responde à inibição por feedback, sendo inibida por níveis aumentados de ATP, ADP, AMP, GTP, GDP e GMP.
· O AMP e o GMP atuam como inibidores competitivos junto ao IMP, de modo que não há excesso de produtos formados.
· VIAS DE RECUPERAÇÃO DAS PURINAS:
· As vias bioquímicas destinadas ao reaproveitamento de bases e nucleosídeos para síntese de nucleotídeos são também chamadas de “vias de salvação”, pois possibilitam que essas substâncias sejam recicladas pelo organismo, impedindo sua perda urinária na forma de ácido úrico.
· As principais enzimas envolvidas nessas vias são a nucleosídeo-purina-fosforilase, fosforribosil-transferase e a desaminase. 
· A nucleosídeo-purina-fosforilase converte nucleosídeos de guanina e inosina em guanina e hipoxantina, respectivamente com a ribose-1-fosfato. 
· As enzimas fosforribosil-transferase (adeninina-fosforribosil-transferase e hipoxantina-guanina-fosforribosil-transferase – HGPRT) catalisam a união de uma molécula de ribose-5-fosfato a uma base livre, originando como produtos um nucleotídeo e pirofosfato
 ciclo do nucleotídeo-purina
· Acontece nos músculos esqueléticos quando ocorre esforço físico intenso.
· A taxa de utilização de ATP no músculo esquelético aumenta rapidamente e demanda sua regeneração, o que pode levar ao acúmulo de ADP e AMP.
· Para aumentar os níveis de ADP e AMP dentro da célula muscular esquelética, o AMP é desaminado em IMP e NH3, diretamente pela atividade da enzima AMP-desaminase.
· Depois, a IMP se junta ao aspartato para formar adenilosuccinato, uma reaçãoque gasta 1 GTP e é mediada pela enzima adenilosuccinato sintetase.
· Passo seguinte é a regeneração do AMP: adenilosuccinato é convertido em AMP pela enzima adenilosuccinato liase, uma reação que libera fumarato que atua impulsionando o ciclo do ácido cítrico. Esse processo de recuperação do AMP por parte do músculo chama-se ciclo do nucleotídeo-purina e qualquer deficiência nas enzimas do ciclo acarreta fadiga muscular durante o exercício físico.
· SÍNTESE DE NOVOS NUCLEOTÍDEOS DAS PIRIMIDINAS:
· A síntese das pirimidinas ocorre no citosol das células.
· Três das bases dos ácidos nucleicos, a citosina, a timina e a uracila, são derivados pirimídicos.
· O PRPP é o elemento comum tanto para a biossíntese de purinas quanto de pirimidinas, e em cada via um aminoácido é um importante precursor: glicina no caso das purinas e do aspartato no caso das pirimidinas.
· A síntese de carbamoil fosfato envolve glutamina (doador de nitrogênios), ATP e bicarbonato e é bastante similar àquela que ocorre no ciclo da ureia com a diferença de que neste o doador de nitrogênios é a amônia, e não a glutamina.
· Adição de aspartato à molécula de carbamoil fosfato, reação esta catalisada pela enzima aspartato-transcarbamoilase.
· A enzima di-hidroorotase promove a ciclização da molécula para formar o anel de pirimidina.
· Oxidação do anel de pirimidina pela enzima di-hidroorotase-desidrogenase que dá origem ao ácido orótico.
· A ribose-5-fosfato é transferida do PRPP para a molécula do orotato, uma reação que é catalisada pela enzima orotato-fosforribosil-transferase.
· Descarboxilação da orotidina-5’monofosfato (OMP) para formar o monofosfato de uridina (UMP). Essa reação é catalisada pela enzima OMP-descarboxilase, uma enzima que não necessita de cofatores.
· REGULAÇÃO DA VIA DE SÍNTESE DAS PIRIMIDINAS
· Carbamoil-fosfato-sintetase, que sofre inibição por UTO e UDP, mas é estimulada pelo ATP e PRPP.
· Enzima OMP-descarboxilase e, nesse caso, a concentração de UMP é o agente inibitório competitivo.
4) Bilirrubina
a)Formação
·  Produzido pela quebra do grupo prostético heme presente nas células sanguíneas onde a hemoglobina contida nas células é catabolizada em biliverdina. Nesse momento a biliverdina sofre ação da enzima biliverdina redutase que reduz esta, em bilirrubina.
· A bilirrubina é apenas moderadamente solúvel em água, mas a bilirrubina ligada à albumina sérica é facilmente transportada para o fígado.
- A albumina parece ter um sítio de alta afinidade e um sítio de baixa afinidade pela bilirrubina. O sítio de alta afinidade pode ligar cerca de 25 mg de bilirrubina/100 mL de plasma. A bilirrubina mais fracamente ligada pode ser liberada de imediato e se difundir para os tecidos.
· O catabolismo hepático da bilirrubina ocorre em três estágios: captura pelo fígado, conjugação com ácido glicurônico e secreção na bile.
· CAPTURA PELO FÍGADO: a bilirrubina é removida da albumina e capturada pelos hepatócitos por um sistema de transporte facilitado. Dentro dos hepatócitos ela se liga a proteína citosólica chamada de Ligandina para previnir a volta da bilirrubina para a corrente sanguínea.
· CONJUGAÇÃO COM ÁCIDO GLICURÔNICO: a bilirrubina é apolar e precisa ser transformada em uma substância mais polar por conjugação com o ácido glicurônico. Ocorre no retículo endoplásmico liso do hepatócito, catalizada pela enzima UDP-glicuronil-transferase, em 2 passos, formando primeiro monoglicuronato, depois diglicuronato, que é a forma predominante.
Bilirrubina ------ UDP-glicosil-tranferase ----- diglicuronídeo de bilirrubina
· SECREÇÃO NA BILE: ocorre por meio de um mecanismo de transporte ativo. O transporte hepático de bilirrubina conjugada até a bile é induzível pelos mesmos fármacos que podem induzir a conjugação de bilirrubina. A conjugação e a excreção de bilirrubina, portanto, constituem uma unidade funcional coordenada. A maior parte da bilirrubina excretada na bile de mamíferos está na forma de diglicuronídeo de bilirrubina.
É o passo limitante de todo o processo. Ocorre a nível da membrana do hepatócito que constitui a parede dos canalículos biliares.  Quando este processo está diminuido, a bilirrubina que continua sendo conjugada no citoplasma do hepatócito não pode ser excretada na bile e termina por passar para o sangue, um processo chamado regurgitação. Normalmente, toda bilirrubina excretada na bile está na forma conjugada.
**DESTINO FINAL: No íleo e intestino grosso, os glicuronatos são removidos por enzimas bacterianas (b-glicuronidases), resultando os urobilinogênios, que são incolores. Estes são oxidados  a compostos corados, as urobilinas ou estercobilinas, que dão cor às fezes.  Parte da urobilina reabsorvida nos intestinos (ciclo enterohepático) é excretada na urina, dando-lhe cor amarela.
 
b)Tipos
· Bilirrubina indireta/livre/não conjugada: é apolar e insolúvel em água por isso se liga a albumina para circular na corrente sanguínea. Os níveis séricos da bilirrubina não conjugada (bilirrubina indireta) são determinados pela velocidade de produção e pela velocidade de remoção dessa bilirrubina da circulação. Os distúrbios que alteram a capacidade de depuração do fígado estão ligados à captação e/ou conjugação hepática. Os aumentos de bilirrubina indireta não levam ao aumento da bilirrubina na urina (não há colúria). Somente ela atravessa a barreira hematoencefálica e penetra no sistema nervoso.
· Bilirrubina direta/conjugada: polar, solúvel em água por isso não está ligada a proteínas. Os níveis séricos da bilirrubina conjugada (bilirrubina direta) são determinados pela capacidade de excreção da bilirrubina pelo fígado, ou seja, pela integridade fisiológica do hepatócito e da permeabilidade das vias biliares intra e extra-hepáticas. Patologias que alterem essas funções cursam com aumento da bilirrubina direta, e muitas vezes da bilirrubina indireta, e com a presença de bilirrubina na urina.
c)Relação com a icterícia
· A icterícia é caracterizada pelo aumento de coloração amarela no paciente, que resulta na deposição de pigmentos biliares na pele, plasma ou mucosas.
· A hiperbilirrubinemia, condição em que o nível sanguíneo de bilirrubina excede 2 - 3 mg por dL, pode resultar da produção de mais bilirrubina do que o fígado normal pode excretar, ou devido à falha de o fígado danificado excretar quantidades normais de bilirrubina.
· Na ausência de dano hepático, a obstrução dos ductos excretores do fígado impede a excreção de bilirrubina, e também causará hiperbilirrubinemia.
· Quando a concentração sanguínea atinge 2 a 2,5 mg de bilirrubina por dL, ela difunde para os tecidos, tornando-os amarelos, uma condição chamada de icterícia.
5) Tipos de icterícia
· A icterícia colúrica (colúria refere-se à presença de pigmentos biliares na urina) só ocorre na hiperbilirrubinemia de regurgitação (apenas a bilirrubina conjugada aparece na urina devido a sua solubilidade), e a icterícia acolúrica só é observada na presença de quantidades excessivas de bilirrubina não conjugada.
· Hiperbilirrubinemia  predominantemente  não-conjugada:
· Por superprodução de bilirrubina: 
Ocorre principalmente por superprodução de bilirrubina na destruição excessiva de hemácias (hemólise).  A quantidade de bilirrubina não-conjugada excede a capacidade do fígado de removê-la. A bilirrubina total fica entre 3-5 mg %, com forte predomínio da forma não-conjugada. Porém, há cerca de 15% ou menos de forma conjugada.
O aumento da bilirrubina conjugada é explicado como uma insuficiência da secreção da mesma para os canalículos biliares que é o passo limitante do processo. Como há muita bilirrubina não conjugada para ser processada, nem toda bilirrubina conjugada que se forma é secretada para a bile. Parte reflui para o sangue a partir dos próprios hepatócitos, aumentando os níveis séricos/no sangue de bilirrubina conjugada (normalmente próximos de zero).
· Por decréscimo da conjugação:
O principal exemplo é a icterícia fisiológica do recém nascido.
Quase todo RN apresenta hiperbilirrubinemia não-conjugada entreo 2o e 5o dias, que geralmente não excede 5 mg%.  O motivo é que a glicuronil-transferase (a enzima de conjugação) está ainda “imatura”. A enzima pode ser induzida pelo tratamento da mãe ou da criança com fenobarbital. A icterícia fisiológica não está presente ao nascimento porque a placenta retira a bilirrubina fetal e a transfere ao sangue materno. 
No prematuro, a icterícia fisiológica pode ser mais acentuada. 
Se há um processo hemolítico associado, p. ex. eritroblastose fetal (incompatibilidade para fator Rh), o nível de bilirribina não-conjugada pode atingir 20 mg% ou mais. Como a barreira hematoencefálica no RN a termo, e mais ainda no prematuro, é ainda imatura, a bilirrubina pode atravessá-la e passar ao tecido nervoso, onde é tóxica, causando morte de neurônios. O tecido fica impregnado de bilirrubina, tomando cor amarela. A doença recebe o nome de kernicterus (kern  em alemão significa núcleo) e causa crises convulsivas, sendo fatal ou deixando graves seqüelas. 
Atualmente usa-se fototerapia para evitar o kernicterus. Consiste na forte iluminação da criança com luz branca ou azul, que leva a foto-isomerização da bilirrubina não-conjugada a formas hidrosolúveis que podem ser eliminadas na bile sem necessidade de conjugação.
· Hiperbilirrubinemia  predominantemente  conjugada:
 
· Icterícia hepática  (hepatites e cirroses):
 O nível de bilirrubina conjugada fica em 50 a 70% da bilirrubina total, o que é um pouco menos que em síndromes colestáticas (60-80%), mas não é possível diferenciar as duas situações por dosagem dos tipos de bilirrubina. 
Em uma hepatite por virus há lesão dos hepatócitos, envolvendo as três fases do metabolismo da bilirrubina.  A secreção é o mais atingido.  Em conseqüência, grande quantidade de bilirrubina conjugada entra no sangue. A bilirrubina não-conjugada também aumenta devido à redução da captação e da conjugação.  Ocorrem:
• Ruptura de canalículos biliares, em virtude da necrose dos hepatócitos, que delimitam os canalículos. (Lembrar que cada canalículo fica entre dois hepatócitos vizinhos e não tem parede própria).
• Compressão de canalículos por hepatócitos balonizados. 
• Obstrução de ductos biliares intrahepáticos terminais (colangíolos) por células inflamatórias. 
Nas cirroses há desorganização da arquitetura do lóbulo hepático, com dificuldade na excreção de bile e compressão de ductos biliares intrahepáticos por nódulos regenerativos. 
· Icterícia pós-hepática  (Síndromes colestáticas):
As principais causas são cálculos biliares a nível do canal colédoco e tumores que comprimem as vias biliares extrahepáticas, como o carcinoma da cabeça do pâncreas. 
Provocam hiperbilirrubinemia predominantemente conjugada, bilirrubinúria e fezes descoradas (acólicas). A bilirrubinemia sobe até 30 a 40 mg % e tende a estabilizar-se, provavelmente por ser compensada pela excreção renal (a bilirrubina conjugada é filtrada nos glomérulos). 
 
6) O que é equimose e como ocorre a alteração da coloração?
· Equimose é o termo médico para um hematoma com mais de um centímetro de diâmetro.
· A maioria das contusões se formam quando os vasos sanguíneos próximos à superfície da pele são danificados, geralmente por impacto de uma lesão. A força do impacto faz com que os vasos sangüíneos se abram e vazem sangue. Esse sangue fica preso sob a pele, onde se forma em uma pequena poça que transforma sua pele em roxo, preto ou azul.
· Depois que um vaso sanguíneo é ferido, plaquetas no sangue vêm para ajudar no processo de coagulação. A coagulação evita que os vasos sanguíneos lesionados vazem mais sangue e tornem seu hematoma ainda maior. Algumas proteínas no sangue, chamadas fatores de coagulação, também ajudam a parar o sangramento, para que o tecido comece a cicatrizar.
· Macrófagos, glóbulos brancos responsáveis pela limpeza de detritos, ingerem os glóbulos vermelhos na área do hematoma. Através deste processo, a hemoglobina nos glóbulos vermelhos é degradada em biliverdina, depois a bilirrubina e a hemossiderina.
Esses diferentes subprodutos da quebra da hemoglobina são responsáveis pela mudança de cores das equimoses.
· Progressão de cores: Vermelho ou roxo, Preto ou azul,Castanho e Amarelo
7) Álcool
a) Metabolismo
b) Relação com a Hipoglicemia
· Respondido nas folhas
8) Discorra sobre a gota. (Relação com o ácido úrico)
· A gota é uma doença das articulações, causada pela concentração elevada de ácido úrico no sangue e nos tecidos. O aumento nas taxas de ácido úrico no sangue pode ocorrer tanto pela produção excessiva quando pela eliminação deficiente da substância. É importante saber que nem todas as pessoas que estiverem com a taxa de ácido úrico elevada (hiperucemia) desenvolverão a gota.
· As articulações tornam-se inflamadas, doloridas e artríticas devido à deposição anormal de cristais de urato de sódio, acometendo principalmente as articulações do dedão, tornozelos e joelhos. 
· Os rins são comprometidos, pois o excesso de ácido úrico no organismo se deposita nos túbulos renais.
· Ocorre predominantemente nos homens entre 40 e 50 anos e, principalmente em indivíduos com sobrepeso ou obesos, com vida sedentária e usuários de bebidas alcoólicas com freqüência.
· A gota é uma doença causada por hiperuricemia (urato sérico > 6,8 mg/dL) que resulta na precipitação de cristais de urato monossódico no interior e ao redor das articulações, causando mais frequentemente artrite.
· A deficiência genética de alguma enzima do metabolismo das purinas também pode ser um fator em alguns casos.
· O quadro clássico consiste em dor que freqüentemente começa durante a madrugada e é intensa o suficiente para despertar o paciente. Embora qualquer articulação possa ser afetada, sobretudo as dos membros inferiores, o hálux (dedão) é a articulação mais frequentemente envolvida na primeira crise.
· Além da dor a articulação comumente apresenta-se inflamada com presença de calor, rubor (vermelhidão) e inchaço. Também pode haver formação de cálculos, produzindo cólicas renais e depósitos de cristais de ácido úrico debaixo da pele, formando protuberâncias localizadas nos dedos, cotovelos, joelhos, pés e orelhas (tofos).
· Quando a presença de tofos prejudica a função articular a retirada cirúrgica também pode ser indicada.
· Fatores que podem desencadear a gota: ingestão de álcool, principalmente vinho tinto e cerveja, dieta rica em determinados tipos de alimentos (ricos em purina), trauma físico, cirurgias, quimioterapia e uso de diurético.
Fonte: Sociedade Brasileira de Reumatologia 
https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/gota/
9) Tratamento medicamentoso (colchicina e alopurinol)
Fonte: Bula Anvisa http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=29390822016&pIdAnexo=4363363
· Colchicina:
· Este medicamento é destinado ao tratamento das crises agudas de gota e na prevenção das crises agudas nos pacientes com artrite gotosa crônica.
· A colchicina é um alcaloide derivado do Colchicum autumnale que interfere na divisão celular, inibindo algumas funções dos neutrófilos, um dos tipos de glóbulos brancos que participa dos sintomas da gota.
· O início da ação após a primeira dose oral é de 12 horas. O alívio da dor e da inflamação na artrite gotosa aguda ocorre em 24 a 48 horas após a primeira dose oral. O alívio do inchaço pode ocorrer em 72 horas ou mais.
· A quantidade total de colchicina que se necessita para controlar a dor e a inflamação durante um ataque agudo de gota, oscila habitualmente até 4 mg.
· Alopurinol:
· Inibe a xantina-oxidase, a enzima que catalisa a conversão de purinas em ácido úrico.
· O alopurinol é um substrato da xantina-oxidase, que o converte em oxipurinol (aloxantina). O oxipurinol inativa a forma reduzida da enzima, permanecendo fortemente ligado ao seu sítio ativo. Quando a xantina-oxidase é inibida, os produtos de excreção do metabolismo das purinas são xantina e hipoxantina, que são mais hidrossolúveis que o ácido úrico e apresentam menor probabilidade de formar depósitos de cristais.
· O alopurinol deve ser iniciado entre2 a 4 semanas após resolução da crise, sempre acompanhado de tratamento preventivo para novos episódios de artrite com colchicina, anti-inflamatórios não esteroides (AINES) ou corticoides. Isso está indicado para evitar novas crises secundárias à variação dos níveis séricos de ácido úrico no início do tratamento.
· O tratamento com alopurinol não deve ser iniciado até que um ataque agudo de gota tenha terminado completamente, pois, caso contrário, pode haver desencadeamento de novos ataques.

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