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Gastroenterologia Júlia Araújo Medicina → LOCALIZAÇÃO - Acima do ligamento de Treitz (responsável pela fixação do intestino) → ETIOLOGIA - Úlcera péptica gastroduodenal - Lesão aguda de mucosa gastroduodenal - Laceração aguda da transição esofagogástrica (Síndrome de Mallory- Weiss) - Neoplasia gástrica e esofagite → EPIDEMIOLOGIA - Mais frequente em homens - Mortalidade associada com: . Idade >60 anos . Comorbidades prévias . Volume de sangramento . Uso prévio de medicamentos lesivos a mucosa (AINES) → ETIOPATOGENIA Doença ulcerosa péptica - Infecção por H. pylori - Uso de AINES Esofagite erosiva - Inflamação da mucosa esofágica com possível erosão Síndrome de Mallory-Wess - Vômitos incoercíveis e que laceram a mucosa esofágica devido aos grandes esforços, podendo atingir plexos venosos ou arteriais - Mais frequente em etilistas e gestantes Neoplasia de TGI - Sangramentos leves com possíveis complicações posteriores → FATORES DE RISCO - Etilismo - Dispepsia - Histórico de úlcera péptica - Infecção por H. pylori - Uso de AINES ou anticoagulantes - Comorbidades → QUADRO CLÍNICO - Hematêmese e/ ou melena (coloração escura e odor fétido-> sangue “digerido”) - Sangramento pode vir do esôfago, estômago ou duodeno - Enterorragia pode estar presente -> hemorragias de grande volume + instabilidade hemodinâmica → DIAGNÓSTICO - Anamnese: sintomas característicos, definir intensidade, duração e frequência, fator desencadeante e de alívio, padrão de evolução e impacto na qualidade de vida - Exame Físico: sinais vitais, palidez cutânea, nível de consciência - Toque retal: pesquisa de melena ou enterorragia - Inspeção, ausculta, palpação e percussão do abdome também são necessários para determinar a causa - Endoscopia Digestiva Alta . Exame de escolha para diagnóstico de HDA e deve ser realizado nas primeiras 24 horas do início do episódio hemorrágico, já com o paciente hemodinamicamente estável . Método terapêutico visa promover a hemostasia e profilaxia de grandes perdas de sangue . Classificação de Forrest: utilizada como indicador para risco de sangramento → TRATAMENTO - Objetivo: correção do choque hipovolêmico, realização da hemostasia, prevenção do ressangramento e complicações associadas - Clínico: devem ser tratados como pacientes politraumatizados . Avaliar e proteger a via aérea, mantendo-a pérvea . Para considerar pacientes com hemodinâmica estável, devemos buscar: 1) Pulso Arterial <100batimentos/minuto 2) Pressão Arterial Sistólica >90mmHg (> ou = 100mmHg) 3) Boa Perfusão Tecidual Periférica . Estimativa da Intensidade do Sangramento Gastroenterologia Júlia Araújo Medicina - Conduta inicial: injetar através de dois acessos intravenosos periféricos, distribuídos em cada extremidade superior da área resistente ao cotovelo, cuja quantidade seja três vezes o valor da perda de volume estimada . Se o paciente estiver estável, pelo ou menos, um acesso venoso periférico deve ser garantido . Se a reposição for eficaz, deve-se atentar para o desaparecimento dos sinais clínicos de choque hipovolêmico, adicionar diurese >30ml / hora e normalizar a PVC - Medicamentos . IBP: 40 mg EV a cada 12 horas para pacientes de alto risco e VO para pacientes de baixo risco, até que a EDA seja realizada . Após alta hospitalar: omeprazol 20 mg ou toprazol 40 mg VO 1X/dia por 4 meses consecutivos (úlcera duodenal) ou 8 meses consecutivos (úlcera gástrica) . Erradicação da H. pylori . Drogas vasoativas são reservadas para situações de perda sanguínea incontrolável, até o momento da realização da EDA ou realização de abordagem cirúrgica - Cirúrgico (Indicações) 1- Em caso de alto risco de sangramento na endoscopia, a primeira EDA não consiga promover a hemostasia do sangramento ou, após ressangramento, a úlcera é encontrada na endoscopia anterior, sendo esta lesão de difícil acesso ao procedimento endoscópico ou há grande risco de sangramento rescindir, relacionada à idade avançada do paciente ou associada a efeitos clínicos 2- Após intervenção diagnóstica endoscópica promovendo uma ruptura gastroduodenal 3- Solicitado hemotransfusão acima do valor médio ou volemia necessária nas primeiras 24 horas → CARACTERÍSTICAS - Ocorrem abaixo do ligamento de Treitz - Enterorragias (sangue vermelho vivo) - Quadros geralmente são autolimitados - Variam desde sangramentos pequenos até hemorragias maciças e choque hemodinâmicos - Etiologia difere de acordo com a faixa etária → ETIOPATOGENIA - Criança: divertículo de Meckel - Adulto: doença diverticular do cólon, angiodisplasias e doenças proctológicas (hemorróidas) - Outras: neoplasias, colites isquêmicas e infecciosas, doenças inflamatórias intestinais → DIAGNÓSTICO - Anamnese + Exame Físico + Exames Complementares na Emergência - Retossigmoidoscopia: em caso de doenças proctológicas é suficiente para afirmar a fonte do sangramento e providenciar o tratamento - Colonoscopia: em caso de doenças do cólon + estudo histológico (diagnóstico de lesões neoplásicas, doenças inflamatórias intestinais, colites infecciosas ou amebianas e colites isquêmicas) → TRATAMENTO - Conduta baseada de acordo com a causa base do sangramento - Hemorragias maciças: medidas de reposição volêmica, correção da anemia e restauração do equilíbrio hemodinâmico