Prévia do material em texto
Bianca Leal Ribeiro Turma 91 - MEDUFPI GINECOLOGIA 2º UNIDADE MICHELLE RODRIGUES MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS ___ INTRODUÇÃO 2 EFICÁCIA 2 EFETIVIDADE 4 SEGURANÇA 4 CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE 4 CLASSIFICAÇÃO 5 Métodos irreversíveis 5 Métodos reversíveis 6 Comportamentais 6 Barreira 6 Dispositivo intrauterino 6 Hormonais 6 Combinados 6 Não combinados 8 Como escolher 8 1 Bianca Leal Ribeiro Turma 91 - MEDUFPI INTRODUÇÃO Contracepção é um recurso de Planejamento Familiar, para constituição de prole desejada e programada de forma consciente. O método de escolha deve ser seguro, eficaz, efetivo, benéfico e com o mínimo de malefícios para a mulher. EFICÁCIA Trata-se da capacidade do método em proteger contra a gravidez não desejada e não programada. É expressa pela taxa de falhas próprias do método, em um período de tempo, geralmente no decorrer de um ano. A taxa de falha é definida pelo índice Pearl. É importante pontuar que quanto menor o índice de Pearl maior a eficácia do método. 2 Bianca Leal Ribeiro Turma 91 - MEDUFPI 3 Bianca Leal Ribeiro Turma 91 - MEDUFPI EFETIVIDADE Trata-se do resultado da interação do tratamento com o ambiente em que está sendo aplicado. Ou seja, é um comparativo entre o uso correto do método e o uso típico/corriqueiro. Em métodos que dependem diretamente da maneira como são usados/administrados, normalmente apresentam uma grande dissociação entre seu uso correto e o uso típico, a exemplo do preservativo e dos anticoncepcionais orais. Os métodos que não apresentam diferença significativa entre seu uso habitual e o uso perfeito (mínima influência do indivíduo), caso possuam um índice de Pearl baixo, apresentam uma alta eficácia e uma alta efetividade. A exemplo disso, temos o DIU e o implante. SEGURANÇA Trata-se do potencial do método contraceptivo de causar riscos à saúde de quem o utiliza. É avaliado pelos efeitos indesejáveis e complicações que pode provocar. Quanto mais seguro o método, menor a probabilidade de causar qualquer problema à saúde de quem o utiliza. CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE Conjunto de características apresentadas pela candidata ao uso de um determinado método que indicam se ela pode ou não utilizá-lo. 4 Bianca Leal Ribeiro Turma 91 - MEDUFPI Mulheres classificadas nas categorias 1 e 2 de um determinado método, em geral, podem utilizá-lo livremente, sem necessidade de contraindicação, visto que os benefícios superam qualquer possível malefício. Já as categorias 3 e 4, indicam contraindicações absolutas ou relativas ao uso do método. Logo, o seu uso precisa ser analisado em conjunto com o especialista da área. CLASSIFICAÇÃO Os métodos podem ser classificados em reversíveis ou irreversíveis / hormonais ou não hormonais. Métodos irreversíveis Esterilização masculina ou feminina. Hoje, já estão sendo desenvolvidas técnicas que promovem a reversibilidade desses métodos. - Laqueadura A técnica de ressecção apresenta maior garantia de esterilização. Para a esterilização definitiva a mulher deve ser maior de 25 anos ou possuir 2 filhos vivos, além de esperar um intervalo de tempo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico. É necessário consentimento do cônjuge. - Vasectomia Esterilização masculina. 5 Bianca Leal Ribeiro Turma 91 - MEDUFPI Métodos reversíveis 1. Comportamentais 2. De barreira 3. Dispositivos intrauterinos 4. Hormonais 5. De emergência Comportamentais Levam em consideração a análise do ciclo menstrual da mulher para estimar a provável data de ovulação e o período fértil. - Tabelinha (calendário) - Muco cervical (billings) - Temperatura corporal basal - Sintotérmicos Barreira - Preservativo interno (feminino) - Preservativo externo (masculino) Dispositivo intrauterino - Inerte: não apresenta nenhuma substância. Não é mais utilizado. - Cobre: age deixando o muco mais espesso, inibindo a ascensão dos espermatozóides, alterando sua motilidade, causando dano ao óvulo e alterando o endométrio. - Levonorgestrel (hormonal): atua na atrofia endometrial, espessamento do muco cervical, relaxamento tubário e supressão da ovulação (25% dos casos). Hormonais Combinados Estrógenos + Progestágenos Atuam na inibição da ovulação através do LH, espessamento do muco cervical, redução da motilidade das trompas e alteração endometrial. Vias de administração: 6 Bianca Leal Ribeiro Turma 91 - MEDUFPI - Oral - Injetável IM mensal - Adesivo - Anel vaginal - Pílula vaginal: descontinuada Os métodos orais podem ser utilizados de maneira cíclica (apresenta pausa e ocorrência de sangramento por privação) e contínua (ausência de intervalo e sangramento). Os ACOs cíclicos ainda podem ter diferentes apresentações: - Monofásico: uma única concentração em toda a cartela - Bifásico: 2 concentrações - Trifásico: 3 concentrações - Multifásico: 4 ou mais concentrações Quanto ao estrogênio, os ACOs podem ser classificados, em relação à dose, em: - Alta: acima de 50 mcg - descontinuados - Baixa: entre 20 e 50 mcg - Baixíssima: abaixo de 15 mcg Quanto à origem do estrogênio, os ACOs podem ser classificados em: - Natural: contém estradiol ou valerato de estradiol - Sintético: contém etinilestradiol Quanto à progesterona, os ACOs podem ser classificados em: 7 Bianca Leal Ribeiro Turma 91 - MEDUFPI Não combinados Progestágenos. Apresenta 3 possíveis vias de administração: - Minipílula - Injetável (3 meses) - Implante subdérmico Atuam causando espessamento do muco cervical e redução de motilidade tubária. Levam a atrofia endometrial. A injeção, o implante e o desogestrel podem causar, também, bloqueio da ovulação. Os progestágenos que podem ser utilizados são: - Desogestrel (minipílula) - Etonogestrel (implante) - Medroxiprogesterona (injeção) - Levonorgestrel (DIU e pílula do dia seguinte) - Noretisterona (minipílula) Como escolher Individualizar a escolha. 8 Bianca Leal Ribeiro Turma 91 - MEDUFPI Resumão 9