Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Nome: RAIANE PRICILA DE SOUSA MILHOMEM SILVA R.A.: 3979571 Curso: PEDAGOGIA Semestre Letivo: 2020/1 Turma: 21385 Turno: NOTURNO Campus/Polo: XAMBIOÁ-TO Período de Estágio: 11 A 15 DE OUTUBRO Estágio 6 Ensino Fundamental – Anos Iniciais Tipo de Atividade: Sequência Didática com Gravação de Modelo de Produção Final Área: Linguagens – Alfabetização e Letramento Carga Horária: 40 horas Tema: 1. Objetivos: Relacionar o texto com suas condições de produção, seu contexto sócio histórico de circulação e com os projetos de dizer: leitor e leitura previstos, objetivos, pontos de vista e perspectivas em jogo, papel social do autor, época, gênero do discurso e esfera/campo em questão etc. Analisar a circulação dos gêneros do discurso nos diferentes campos de atividade, seus usos e funções relacionados com as atividades típicas do campo, seus diferentes agentes, os interesses em jogo e as práticas de linguagem em circulação e as relações de determinação desses elementos sobre a construção composicional, as marcas linguísticas ligadas ao estilo e o conteúdo temático dos gêneros. Estabelecer relações entre as partes do texto, identificando repetições, substituições e os elementos coesivos que contribuem para a continuidade do texto e sua progressão temática. Estabelecer relações lógico-discursivas variadas (identificar/distinguir e relacionar fato e opinião; causa/efeito; tese/argumentos; problema/solução; definição/exemplos etc.). 2. Competências (BNCC) 1. Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais. 2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva. 3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação. 4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente a questões do mundo contemporâneo. 3. Conteúdos Produção e Escrita por meio de brincadeiras 4. Habilidades (BNCC) (EF15LP01) Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam. (EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas. (EF01LP02) Escrever, espontaneamente ou por ditado, palavras e frases de forma alfabética – usando letras/grafemas que representem fonemas. 5. Tempo de Execução: 1 hora aula 6. Materiais Necessários Cartões com fotos das crianças da turma, tamanho mínimo de 08X08, fichas em cartolina ou papel mais resistente, plastificados em papel contact, garantindo maior durabilidade. Separe canetas para a escrita das crianças (uma para cada) com as quais estejam habituadas a escrever, desenhar etc. É importante que as cores sejam as mesmas de todas as crianças para que, ao jogar, não identifiquem os nomes pela cor, mas por meio de estratégias de leitura e reconhecimento da escrita. Livro escolhido pelas crianças e de cartazes em cores diferentes, que revelam os trechos que compõem a narrativa (começo, meio e final). Observe que os cartazes do início e meio devem compor as partes das histórias já escritas e estar impressos em letras de imprensa maiúscula. Já o cartaz do final acolherá a reescrita feita pelas crianças. Também usaremos elementos que reproduzem o cenário de um banco, de uma lanchonete e de um consultório médico. Para isso, organize cada um dos ambientes, considerando a reunião de objetos e brinquedos, tais como dinheiro de papel, máquinas de calcular, computadores, blocos de papéis, telefones, revistas, caixas vazias de remédios. Busque representar cada um desses locais sugerindo que as crianças vivenciem e representem papéis sociais nas brincadeiras. projetor multimídia, notebook ou computador. Planeje que o livro escolhido pelo grupo esteja no contexto da atividade para a consulta das crianças, se necessário. Vamos separar folhas de papel A3, canetas hidrográficas, gizes de cera, retalhos de papéis, recortados em diferentes formatos e espessuras, cola e as fotos que o grupo selecionou. Para facilitar a escrita e a colagem das fotos nas folhas, indica-se que você use uma prancheta que pode ser construída com papelão. Para isso, corte uma placa retangular um pouco maior que a folha A3, que servirá de apoio rígido para as folhas e utilize um prendedor de roupa ou clips para fixá-las. 7. Etapas (Detalhamento de cada aula) Aula 1 Convide as crianças para acomodarem-se em roda e conte que hoje você trouxe um jogo da memória. Investigue juntos às crianças quais conhecimentos o grupo tem sobre o jogo, se gostam dele, se sabem jogá-lo etc. Após acolher as expressões das crianças, diga que a proposta é que construam o jogo da memória com fotografias da turma, mas com um desafio especial. Em vez de o par ser composto por duas fotografias, nesse jogo, ele é formado pela fotografia e pelo nome de cada um. Possíveis falas do professor: Quem já brincou de jogo da memória? Vocês se lembram quais são as regras dele? E o objetivo, o que temos que fazer? Que tal construímos um jogo da memória da turma? O que precisamos fazer para construir o jogo? Vocês sabem que o jogo da memória tem dois cartões. Esses cartões formam pares. No nosso jogo, um cartão terá a foto e o outro terá a escrita do nome de vocês. Vocês formarão os pares encontrando a foto e o nome correspondente. Atividade 2 Conte que, para a construção, você já trouxe uma das cartas prontas, revelando ao grupo as fotografias que escolheu. Diga que a segunda, as crianças construirão, escrevendo seus próprios nomes. Mostre o cartão que reservou para acolher a escrita e diga ao grupo que chamará os nomes individualmente para que cada criança pegue seu cartão, sua caneta e se acomode na mesa. Diga que elas estarão organizadas em pequenos grupos. Atividade 3 Enquanto as crianças realizam a escrita, acompanhe as suas construções, circulando entre os grupos, observando a necessidade de apoio. Provoque conflitos cognitivos, levando-as a pensar, selecionar, optar e conferir as escolhas, refazendo-as, se necessário. Se você observar que há algumas que ainda não escrevem o próprio nome com autonomia, auxilie-as, propondo que consultem a ficha dos nomes da turma e encoraje-as a realizar a escrita com apoio. Atividade 4 Conforme as crianças forem finalizando a escrita dos nomes, proponha a revisão dos registros. Você pode fazer isso, por exemplo, pedindo que elas leiam para você o que escreveram e solicitando que consultem na sala (lista de nomes, fichas, nomes nos cabides, nos pertences e produções) a escrita dos nomes para verificarem sequerem mudar algo, refazer ou se consideram que está bom. Possíveis falas e ações do professor: Caso alguma criança tenha escrito o nome de forma espelhada, o professor pode apoiá-la, oferecendo questionamentos que façam com que ela reflita sobre a posição das letras em seu nome. Ah, aqui você escreveu seu nome! Essa é a primeira letra do seu nome? Qual é a última? Você gostaria de ordenar as letras do seu nome? Para essa aqui ser a primeira, em que lugar da ficha você precisa escrevê-la? Atividade 5 Ao observar que algumas crianças terminaram a escrita, peça que coloquem as fichas no local estipulado e que escolham um livro para lerem no espaço da leitura enquanto todos terminam a atividade. Após que todos tiverem acabado, reúna as crianças na roda, relembre as regras de um jogo de memória e combine quem vai iniciar a brincadeira e quem vai dar a continuidade. Considere a especificidade do seu grupo e reflita a necessidade de, inicialmente, propor o jogo da memória aberto, com as imagens voltadas para cima, indicando para as crianças do grupo encontrarem os pares. Nesse primeiro momento, você pode combinar com elas que o dono do próprio nome pode ajudar e encontrar o par. Após jogarem dessa forma, amplie para a maneira convencional, com todas as cartas viradas para baixo. Aula 2 Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Atente-se que é uma atividade coletiva, por isso incentive a participação de todos. Assegure-se de que haja respeito nas trocas, entendendo os diferentes pontos de vista e propondo negociações para considerar as sugestões expressas pelas crianças. Considere as diversas formas de comunicação, como o desenho, para trabalhar com aquelas que preferem não se expressar de forma verbal, garantindo o direito de todas atuarem na proposta. Atividade 1 Convide as crianças para se acomodarem em roda. Conte que a proposta de hoje é escrever um novo final para a história que elas já escolheram em outra atividade. Investigue quais os conhecimentos do grupo sobre as características da estrutura da narrativa. Desse modo, chame atenção para a estrutura constitutiva da história. Considere engajar as crianças no pensamento de quais são os elementos característicos de uma narrativa, ou seja: onde, quem, o quê, quando e como (apoiados em questionamentos a partir do texto escolhido). Possíveis falas do professor: Para apoiar sua investigação junto ao grupo, você pode perguntar: onde acontece a história? De que fala essa história? Quem está presente nela? O que aconteceu com os personagens? Por que aconteceu isso? Como os personagens resolveram o conflito? Atividade 2 Após a conversa, conte ao grupo que preparou cartazes coloridos e que cada cor traz uma parte da história: o começo, o meio ou o fim. Revele para as crianças a cor de cada tópico e leia a narrativa, apoiando-se nos cartazes como marcadores para facilitar a visualização da estrutura da narrativa pelo grupo. Após a leitura, volte ao cartaz que apresenta o fim da história e leia apenas a introdução do desfecho do conto. Convide o grupo a escrever um novo final, a partir de onde você pausou a leitura. Considere, por exemplo, a narrativa de "Chapeuzinho Vermelho": “O lobo chegou na casa da vovozinha e bateu na porta e....” Atividade 3 Após conversarem e acordarem sobre as possibilidades dos rumos para o novo final, convide o grupo a ditar a história para você escrever. Ao escrever, considere mediar a construção das crianças sobre as marcas faladas e escritas. Se perceber que elas estão resumindo muito a história, ofereça possibilidades para refletirem se a forma com que contamos histórias em uma conversa é a mesma que os autores escrevem nos livros. Investigue junto ao grupo formas de potencializar as marcas escritas, incentivando a busca por sugestões para substituir os “aís” que, por exemplo, se repetem ao ditarem o novo final. Considere retomar o texto do livro, revelando algumas expressões, como, “quando” e “então”, para apoiar a construção da história. Atente-se deque, mesmo com suas intervenções, o texto precisa acolher a lógica das crianças, portanto não precisa ficar perfeito. Ao vivenciar outras propostas de reescritas, elas continuarão a construir sentidos para as diferenças entre marcas verbais e escritas. Possíveis falas do professor: Será que devemos contar o final tão rápido? Vamos pensar em que mais podemos considerar para o final! O que o personagem pode dizer? E sentir? Será que existe alguma palavra que os autores usam para que a gente substitua o “aí”? Vejam, vou ler como vocês me ditaram! Não acham que tem muitos “aí”? Que palavra podemos usar para essa parte: Aí, o lobo pegou a chave embaixo do tapete. Aí ele entrou na casa e aí, engoliu a vovó? Alguém tem alguma sugestão? Ao finalizar a reescrita, releia o texto com as crianças, perguntando se elas o consideram finalizado ou se ainda precisam fazer ajustes. Caso tragam sugestões, faça as alterações e conte que você vai digitar o texto e fazer uma cópia para cada uma levar para a casa. Em seguida, considere organizar o grupo para a próxima vivência do dia Aula 3 Convide as crianças para sentar com você em uma grande roda e compartilhe o propósito da atividade. Conte que elas poderão escolher um dos três cenários para brincar de forma livre. Combine com elas a duração da atividade e a organização dos materiais ao fim da exploração. Possíveis falas do professor neste momento: Crianças, hoje vocês terão três espaços diferentes para brincar. Escolham em qual deles vocês iniciarão a brincadeira e, se quiserem, poderão trocar de cenário depois. Lembrando que ao trocar de grupo, é preciso que não misturemos os objetos de cada cenário. Quando faltarem 10 minutos para terminar a brincadeira, vou avisar vocês. Assim, vocês começam a encerrar a brincadeira. Ao final, iremos organizar todo o material juntos e poderemos brincar com eles num outro dia. Atividade 1 Enquanto as crianças brincam, movimente-se pelo espaço a fim de observar as relações que estão estabelecendo enquanto interagem com os suportes de escrita, para refletir sobre boas intervenções durante a brincadeira. Caso perceba que as crianças não dão atenção ou não escolhem elementos que possibilitam a intencionalidade da escrita, integre-as à brincadeira, potencializando esse aspecto e a própria situação imaginária. Considere entrar no jogo dramático das crianças de forma sugestiva e espontânea. Por exemplo, no ambiente da lanchonete você pode o assumir o papel de um cliente e pedir ao garçom o cardápio. Caso eles não tenham um cardápio, sugira que anotem seu pedido para apoiar o cozinheiro. Com esta ação, você incentiva o uso da escrita e observa quais conhecimentos as crianças revelam em sua composição. Atividade 2 Continue as observações das brincadeiras das crianças de modo que seja capaz de interpretar os significados que estão em jogo no faz de conta. Assuma o papel de um professor que brinca com as crianças, oportunizando trocas e investigações nesta ação. Suponhamos que no espaço do consultório médico, você assume o papel de mãe ou pai que levou o filho à uma consulta. Você pode estabelecer um diálogo com a criança que representa o médico, como por exemplo: Doutor, meu filho está muito doente? O que ele está sentindo? Ele está desde ontem com febre, vômitos… Observe os resultados da interação. Caso a criança que representa o médico não atribua a sua ação a função da escrita, oportunize a interação ao sentido da escrita, sugerindo, por exemplo: Doutor, que remédio você sugere que eu compre na farmácia? Você pode anotá-lo na receita? Atividade 3 Procure instigar nas crianças comportamentos, ações, papéis, tramas etc., na brincadeira, com a intenção de que elas vivenciem papéis em seu brincar,experimentando novas práticas em relação aos materiais acrescentados por você. Considere envolver outras crianças nas situações. Por exemplo, assuma você o papel de atendente do banco, convidando as crianças para anotar seus dados pessoais para a abertura de uma conta. Atente-se quanto ao tempo acordado para atividade e sinalize ao grupo quando faltarem 10 minutos para o fim, para que comecem a finalizar as brincadeiras. Ao finalizar as brincadeiras, peça que as crianças organizem os brinquedos e os objetos no local determinado. Reúna o grupo em uma roda de conversa e investigue, junto às crianças, o que podem fazer para enriquecer ainda mais as brincadeiras. Converse sobre os temas desenvolvidos nas situações das brincadeiras, os papéis representados, os conflitos que apareceram e outras questões que as crianças expressarem. Aula 4 Atividade 1 Convide as crianças para sentar com você em uma grande roda e compartilhe o propósito da atividade. Diga que hoje o desafio é transformar a história em um roteiro de teatro. Na conversa, investigue junto ao grupo o que é necessário para planejarem a encenação de uma história, por exemplo: personagens, cenário, espaço, diálogos, composição de cenas. Acolha as hipóteses levantadas por elas para aprofundar o diálogo, lançando perguntas que apoiem a construção dos pensamentos. Possíveis falas do professor: pessoal, a proposta é que nós construamos um roteiro para uma apresentação da história dos três porquinhos. Quem sabe me dizer o que é um roteiro? E, para fazer uma encenação, o que devemos saber? Como o livro e a história podem nos ajudar a pensar na encenação? Atividade 2 Após a acolhida das hipóteses das crianças, conte que, para a escrita do roteiro, você preparou um documento no computador para ser projetado, de forma que todo o grupo participe e acompanhe o registro da escrita. Revele o documento para as crianças, falando sobre cada tópico que o compõe, ou seja, da característica estrutural de um roteiro. Neste momento, busque estudar quais os conhecimentos do grupo acerca dos elementos que compõem um roteiro, evitando trazer os conceitos ao apresentar o documento e sempre considerando os conhecimentos e ideias das crianças. Possíveis falas e ações do professor: Pessoal, este é o documento que preparei para registrar o nosso roteiro. Vejam, o roteiro é organizado por tópicos diferentes. Aqui escreveremos quem são os personagens da história! (evidenciando o espaço reservado). Quem são os personagens de uma história? Atividade 3 Após a apresentação do documento, conte para a turma que você será o responsável pela escrita do que eles ditarem. Inicie a proposta investigando junto ao grupo quais serão os personagens e, em seguida, qual o cenário do roteiro. Considere ter um arquivo com imagens dos personagens e use-os no documento, caso sinta ser uma boa estratégia para o grupo. Observe que neste momento é fundamental que você apoie o grupo, de forma que as ricas e curiosas expressões das crianças manifestem-se com liberdade. Dessa forma, exerça a escuta atenta, considerando as diversas representações que elas utilizam para contar as impressões. Oportunize um diálogo, para que percebam que o que trazem ao contexto está sendo acolhido e refletido na composição do roteiro. Possíveis falas do professor: Considere que nesta proposta a narrativa escolhida foi "Os três porquinhos". Neste caso, você pode dizer: Pessoal, para pensarmos sobre os detalhes dos personagens, precisamos lembrar da história e pensar um pouco sobre cada um deles. Vocês já me disseram quem são os personagens. Agora, ao lado no nome deles, vamos escrever as características de cada um. Para isso, vamos pensar: como eles são, que tipo de roupa vestem, como é o temperamento (é carinhoso, bravo, tímido). Atividade 4 Inicie a busca com as crianças para a composição de cenas. Instigue-as a pensarem sobre o que é cena e como podem organizá-la dentro de um roteiro. Considere voltar na história, apoiada pelo livro, caso sinta que essa ação fortalecerá os entendimentos das crianças. Diga que no documento a organização da cena dispõe de dois espaços: um para indicar a ação dos personagens, como, por exemplo, quem entra na sala para conversar com a mamãe, e outro para os diálogos entre os personagens. Sugira que, para indicar isso no roteiro, o grupo pode escolher alguns marcadores visuais para identificar as relações de diálogos e ações. Por exemplo, sempre que for uma fala de personagens, que marcador poderão utilizar? Qual imagem indica fala? E para as ações? Que imagem indica um movimento? Conte que vocês farão essa busca na internet. Caso essa ação não seja possível em sua escola, considere utilizar as formas e imagens presentes no editor de texto que escolheu, ou no próprio livro. Possíveis falas e ações do professor: Precisamos definir qual será a primeira cena do nosso roteiro. Como podemos fazer isso? Ah, boa ideia! Podemos seguir o início da história! Como ela começa? Quem começa a falando? Atividade 5 Após conversarem sobre a caracterização da cena, considere o início da escrita das ações e diálogos dos personagens. Instigue as crianças a pensarem sobre como poderão iniciar a história. Observe que as crianças podem começar a narrar a história com o "era uma vez...", por exemplo. Neste momento, investigue junto ao grupo sobre quem é essa pessoa, trazendo o narrador e suas características para o contexto do roteiro. Em seguida, evidencie a divisão dos diálogos entre os personagens e narrador e, para isso, elenque os marcadores visuais que indicarão essas ações e falas. Possíveis falas e ações do professor: Crianças, precisamos pensar quais serão as falas dos personagens. Vou ler o que vocês decidiram como fala do narrador: Numa fazenda, bem perto da floresta, morava uma família de porquinhos (…) E agora, o que a mamãe diz para os porquinhos? Vou colocar aqui a imagem da boca, que foi o que vocês escolheram para indicar o diálogo no roteiro. Atividade 6 Siga a composição dos diálogos e ações envolvendo as crianças, buscando investigar e acolher os pensamentos do grupo. Antes de iniciar a composição da nova cena, convide as crianças para um retorno. Releia o que foi construído a fim de que o grupo avalie se podem seguir ou não para uma nova cena, ou se é necessário alterar algo. Então, a partir daí, continue a construção da escrita do roteiro, instigando o grupo a refletir acerca da sequência. Observe a interação do grupo na construção do roteiro. Se considerar que as crianças começaram a ficar cansadas e dispersas da proposta, pause a construção, avise que irá salvar o documento e que vocês continuarão a escrita no dia seguinte. Possíveis falas e ações do professor: Qual será a fala do lobo ao encontrar a casinha de palha? Vejam, após eu escrever lobo, vou inserir esses dois pontinhos e antes da escrita da fala dele, vou usar esse sinal (colocar o travessão). Aula 5 Atividade 1 Convide as crianças para uma grande roda. Diga-lhes que vocês construirão juntos o álbum de dicas para as crianças que vivenciarão esse grupo no ano seguinte, utilizando as fotografias selecionadas por sua turma previamente. Conte que ele será um presente do grupo para as crianças menores e que a proposta do dia é que pensem e escrevam as dicas que irão compor as páginas do álbum. Utilize-se do empoderamento que normalmente a turma que está no último ano da Educação Infantil sente para incentivar todos a descrever suas próprias vivências. Possíveis falas do professor: Pessoal, então, hoje vamos construir o álbum com as nossas vivências para dar de presente ao grupo de crianças menores, que no próximo ano estarão nesta série! Elas devem estar ansiosas para saber algumas coisas deste grupo! Vocês que são maiores e que já vivenciaram tantas aventuras podem ajudá-las dizendo como é estar no nosso grupo, o que fazemos e como são alguns dos nossos momentos! Vejam, vocês jáelencaram os momentos que querem compartilhar, escolhendo fotografias. Aqui nesta imagem vocês escolheram o momento da roda de conversa. O que vocês consideram importante neste momento dizermos às crianças menores? E esta foto em que há amigos brincando juntos? Que dicas podemos dar sobre isso? Atividade 2 Após ouvir as expressões do grupo, apresente o material que será utilizado na construção do álbum, revelando a mesa que os acolhe. Considere que metade da turma, organizada em duplas, esteja com você. A outra metade, também organizada em duplas, realizará intervenções com autonomia nas páginas do álbum que acolherá as fotografias. Desse modo, conte ao grupo que você planejou a organização de duplas e que cada uma ficará responsável por uma fotografia e pela construção das dicas para o momento que a imagem representa. Combine ainda que as duplas conversarão sobre as dicas e que você a assumirá a tarefa de escriba do que elas ditarem. Entretanto, para que possa apoiá-las com maior qualidade, algumas duplas estarão compondo, com autonomia, a página do álbum que acolhe a fotografia que escolheram, utilizando os materiais da mesa, enquanto as outras estarão com você escrevendo as dicas. Combine que depois as duplas farão a troca de atividades. Acorde também se a posição do álbum será em posição vertical ou horizontal, combinando em qual posição deve estar a folha A3 que acolherá a fotografia colada. Expresse-se de modo que as duplas saibam que poderão criar livremente na página do álbum, inserindo desenhos nela, recortes de papéis, dentre outros ornamentos. Assim, após cada página com a fotografia, virá outra página no álbum, com o registro escrito das dicas para o momento que a imagem ilustra. Atividade 3 Organize as duplas de crianças e convide-as, chamando-as pelos nomes, para escolher a fotografia pela qual se responsabilizarão. Indique o local para o grupo que estará com você se acomodar e convide as crianças que irão trabalhar nas páginas do álbum para utilizar com liberdade o material disposto na mesa. Caso você tenha o apoio de um outro professor, peça para que ele observe e apoie, se necessário, esse grupo que trabalhará com autonomia. Junte-se à equipe selecionada para registrar a escrita das dicas e combine que cada uma das duplas terá cerca de cinco minutos para observar a imagem e conversar sobre o que querem registrar acerca do momento que a fotografia representa. Comente que, em seguida, todas as duplas se reunirão em uma única roda para que possam conversar sobre as dicas e para que você faça a escrita delas nas folhas de cada dupla. Atividade 4 Em seguida, peça às crianças que iniciem a conversa e, enquanto se engajam na ação, observe- as, instigando-se sobre quais lembranças trazem, o que consideram para as dicas, se ressaltam detalhes específicos ou a rotina como um todo. Observe como as duplas se relacionam, acolhem e trazem contrapontos às ideias. Dado o tempo destinado para esse momento, convide os pequenos para se acomodar em uma roda, a fim de partilharem suas dicas. Possíveis falas e ações das crianças: Suponha que uma dupla esteja com a fotografia que representa a despedida da família e dizem: Eu acho que a gente não pode dizer que tudo bem chorar quando o pai e a mãe forem trabalhar! Mas eu chorei porque fiquei com saudade, depois eu parei! Pode chorar e depois parar! O professor observando o desafio quanto a troca de ideias das crianças e percebendo o valioso empréstimo de experiência pessoal, pode se aproximar da dupla e dizer para a criança que expressou a ideia: Você chorava quando veio da outra escola para essa? Foi só no início do ano ou até hoje você chora? O que você fez ou o que aconteceu para você parar de chorar quando se despedia dos seus pais? Em seguida, pode falar com o outro componente da dupla: Talvez no grupo menor tenham crianças que no início do ano sentirão saudades dos pais e talvez chorem, outras não chorarão, você não acha? Vejam, vocês passaram pelo mesmo momento, mas sentiram coisas diferentes. Que tal vocês construírem dicas sobre isso? Atividade 5 Reunidos em roda, combine com as crianças que cada dupla falará suas próprias dicas e que você fixou as páginas para acolher as dicas de cada uma na parede, para que você escreva o que elas ditarem. Convide então a primeira dupla para mostrar sua fotografia, pedindo que digam o nome do momento que a fotografia ilustra. Escreva o nome do momento na parte superior da folha. Em seguida, questione ao grupo quais dicas elencaram para aquele momento. Acolha com atenção as expressões das crianças. Observe que esse é um vínculo em que você é testemunha e registra as construções das duplas, contudo, você também apoia a ampliação de conhecimentos acerca da escrita e de sua função social, assumindo assim o importante papel de mediador. Portanto, é fundamental que instigue as crianças a perceber que suas falas estão sendo acolhidas, mas também que há diferenças entre a linguagem escrita e a linguagem falada. Desse modo, considere, por exemplo, que ao término de cada dica, você releia o que as crianças ditaram, a fim de construir análises da composição do texto com o grupo. Atividade 6 Siga convidando cada dupla para ditar as dicas, acrescentando ao início da folha de cada uma o título do momento, representado pela fotografia. Na hora da escrita, negocie significados e proponha a substituição de termos próprios da linguagem oral para a linguagem escrita. Possíveis falas do professor: Agora vou ler a dica que vocês trouxeram para o momento de despedida das famílias: Tudo bem! Às vezes dá vontade de chorar quando nos despedimos da família, geralmente no início do ano. Depois de um tempo, vocês vão ver que a escola é legal e que a gente só fica aqui um tempo do dia e aí, quando chegamos em casa, podemos abraçar os pais e aí o nosso coração fica feliz e aí a saudade vai embora." Vocês percebem que repetimos muitos aís? Quando lemos dicas e outros textos encontramos muito dessa expressão? Que outras palavras podemos trazer para substituirmos o aí? Que boa ideia! O que vocês acham? O colega disse para usarmos então o coração... Atividade 7 Após a escrita das dicas das primeiras duplas, convide as crianças para a troca de atividades e repita as mesmas estratégias com o novo grupo. Observe a interação delas na construção do álbum e se considerar que elas começaram a ficar cansadas e dispersas da proposta, considere pausá-la e combine que irá guardar o que já foi construído e que vocês continuarão a escrita no dia seguinte. 8. Finalização (Produto Final) Ao final desta espera-se que os alunos consigam usar da escrita como forma de comunicação interação e produção de sua imaginação conseguindo interagir sobre bem como os desencolhimentos das habilidades da escrita. Como produto final desta sequência didática vamos deixar na escola como forma de exposição a produção de um álbum de dicas para os alunos do próximo ano. 9. Avaliação Como proposta de avaliação vamos seguir a observação a partir das perguntas norteadoras: 1.Como a atividade aprofundou o aprendizado das habilidades de planejar e revisar o texto segundo o gênero? 2. Ao ditar a história, as crianças apropriaram-se mais da estrutura da narrativa e da construção de sequência de episódios da história? 3. Ao propor a revisão sobre as melhores expressões e palavras, ou substituição daquelas que se repetem, as crianças perceberam diferenças entre a língua oral e a escrita? 4. Quais as relações que se estabeleceram entre as crianças no decorrer da brincadeira? Como assumiram os papéis e quais ações realizaram? 5. Como se deu o desenvolvimento da brincadeira? Como as crianças se relacionaram ao fazer escritas espontâneas? 6. Ao se depararem com desafios, tanto cognitivo quanto social, como as crianças buscaram apoio? Consideram os pares? Recorreram ao adulto?
Compartilhar