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Afecções intestinais na Pediatria - Resumão

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Afecções Intestinais na Pediatria
1. Atresia e estenose duodenal 2. Atresia e estenose Jejunoileal
• Causa frequente de obstrução intestinal.
• Mais comum no sexo masculino.
• Associação com anomalias congênitas em 50% dos casos.
• Etiologias  INTRÍNSECA (atresia no próprio intestino –
mais comum) ou EXTRÍNSECA (defeito de estruturas
vizinhas).
- Tipo I A: pâncreas em anel.
- Tipo I B: membrana que obstrui completamente (biruta);
mais comum, 90% das vezes.
- Tipo I C: membrana perfurada, dificulta a passagem, mas
não obstrui completamente.
- Tipo II: cordão fibroso.
- Tipo III: separação completa entre o duodeno proximal
dilatado e o distal colapsado.
• Clínica  Vômitos biliosos nas primeiras horas de vida e
distensão abdominal.
• Diagnóstico Pré-natal  USG: Polidrâmnio e Sinal da
dupla bolha.
• Diagnóstico Pós-natal  RX de abdome: Sinal da dupla
bolha e ausência de gás no intestino distal.
• Tratamento  Correção hidroeletrolítica,
descompressão gástrica, cirurgia (anastomose à Diamond
shape).
• 1 a cada 3 crianças com essa condição é prematura.
• Etiologia Insulto isquêmico no intestino médio durante a
vida intrauterina por utilização de vasoconstritores ou
tabagismo materno.
• Classificação de Grosfeld  Valor prognóstico e
terapêutico:
- Tipo A: estenose.
- Tipo I: atresia.
- Tipo II: cordão fibroso.
- Tipo IIIa: sem cordão fibroso e com defeito de mesentério.
- Tipo IIIb: Apple-peel.
- Tipo IV: atresias múltiplas.
• Clínica Vômitos biliosos e distensão abdominal.
• Diagnóstico Pré-Natal  USG: Alças dilatadas do intestino
e Polidrâmnio.
• Diagnóstico Pós-Natal  RX de trânsito intestinal e enema
de cólon de desuso.
• Diagnóstico Diferencial  Atresia colônica,
hipotireoidismo, volvo de intestino médio, ílio meconial.
• Atraso no diagnóstico  Necrose de alça, perfuração,
sepse, desequilíbrio hidroeletrolítico e risco de volvo em
atresias baixas.
• Tratamento  Correção hidroeletrolítica, descompressão
gástrica e ATB + Prevenção de Síndrome do intestino curto +
Nutrição parenteral e dieta VO quando possível.
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C
4. Rolha Meconial 
5. Enterocolite Necrosante (NEC ou ECN)
6. Doença de Hirschsprung (DH) ou Megacólon 
Congênito
7. Anomalias Anorretais
3. Atresia Colônica
• Causa rara de obstrução intestinal. 1/3 lesão congênita associada.
• Classificação  Tipo I atresia; Tipo II cordão; Tipo III falha do
mesentério.
• Clínica  Distensão abdominal, vômitos biliosos que demoram
para aparecer e não eliminação de mecônio.
• Diagnóstico  RX de abdome (níveis hidroaéreos e alças
dilatadas) e enema contrastado.
• Tratamento  Cirurgia de urgência pelo risco de perfuração e
volvo. Pesquisar megacólon (raro).
• Prematuros, baixo peso e em alimentação com fórmula.
• Fisiopatologia  Ruptura da barreira epitelial intestinal =
translocação bacteriana = resposta imunológica exagerada.
• Diagnóstico (achados clínicos e radiográficos de Bell) 
Apnéia, bradicardia, letargia, instabilidade térmica, intolerância
alimentar, distensão abdominal, sangue vivo ou oculto nas fezes,
alteração da coloração do abdome.
• Exames laboratoriais  Leucocitose/leucopenia, ↑ de PCR e
lactado.
• Achados radiográficos  Níveis hidroaéreos, distensão de
alças, pneumatose intestinal, pneumoperitônio com raios
horizontais (sinal da bola de futebol).
• Mecônio espesso. Manifestação precoce da fibrose cística.
• Quadro de obstrução intestinal Distensão abdominal e Vômitos
biliares que demoram para acontecer.
• RX com distensão de alças e níveis hidroaéreos.
• Lavagem intestinal com n-acetil cisteína.
• Diagnóstico  USG doppler: Espessamento da parede intestinal
e Coleções livres e focais.
• Tratamento  Jejum, SOG, Ressuscitação intravenosa, ATB largo
espectro com cobertura anaeróbia, Solicitar exames laboratoriais
(7 – 14 – 21 dias). Opta-se pela cirurgia se houver piora clínica ou
perfuração intestinal.
• Complicações  Síndrome de intestino curto, complicações do
estoma e estenoses intestinais. Prevenção evitar fórmulas.
• Ausência de células ganglionares no plexos mioentéricos e
submucoso, sobretudo na zona de transição.
• Clínica  Distensão abdominal, vômitos biliosos, falha de
eliminação meconial nas 24hs, perfuração de ceco ou apêndice.
• Pacientes mais velhos  Constipação crônica grave, História de
primeira evacuação tardia, Retardo no crescimento.
• Diagnóstico  Biópsia retal com ausência de células
ganglionares é padrão ouro para confirmação de DH.
• Tratamento  Cirúrgico (objetivo é retirar o segmento intestinal
com aganglionose e reconstruir o trato intestinal, preservando as
funções normais do esfíncter).
• Cuidados pós-operatórios  Dilatações anais, prevenção de
dermatite peri-anal e orientação sobre sintomas de enterocolite.
• Defeitos associados (VACTREL)  Deformidade sacral (mais frequente e
sinal de mau prognóstico quanto a continência fecal e urinária) e
Associação com regressão caudal.
• Para saber se a anomalia anorretal é alta ou baixa = radiografia lateral com
raios horizontais.
• Cirurgia Peña para anomalias anorretais baixas.

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