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O gestor financeiro

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FUNDAMENTOS 
DE FINANÇAS 
Ricardo da Silva e Silva
O gestor financeiro
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Explicar as decisões de investimento e de financiamento dentro de
uma empresa.
 Avaliar os aspectos considerados na tomada de decisão pelo gestor
financeiro.
 Identificar os principais relatórios de apoio à tomada de decisão.
Introdução
O papel do gestor financeiro nas organizações é realizar uma série de 
análises e acompanhamentos que visam a compreender a situação das 
finanças de uma organização. Cabe, então, ao gestor subsidiar os em-
presários no processo de tomada de decisão em relação às estratégias 
organizacionais, sobre a tomada de capital ou a possibilidade de inves-
timentos empresariais.
Neste capítulo, você vai conhecer os principais demonstrativos que 
apoiam a tomada de decisão do gestor financeiro, compreendendo 
os critérios de avaliação de tais demonstrativos, que permitem decidir 
sobre as decisões de investimento e financiamento em uma empresa, e 
também será possível avaliar os principais aspectos que levam o gestor 
financeiro a estruturar o seu processo decisório. 
1 Decisões empresariais de investimento e 
financiamento 
No contexto empresarial, o gestor fi nanceiro tem papel de grande importância 
nas organizações. Ele tem uma série de responsabilidades de mapeamento 
da situação fi nanceira de uma organização, do controle dos processos que 
envolvem o setor fi nanceiro de uma empresa e, nesse sentido, da tomada de 
decisões. Assaf Neto (2006) elenca as responsabilidades do gestor fi nanceiro, 
sendo: o planejamento e o controle fi nanceiro, a tomada de decisão, tanto de 
investimento quanto de fi nanciamento, a defi nição de objetivos e, ainda, o 
compromisso de agir de forma ética. 
As empresas têm uma série de setores, áreas, departamentos e, apesar de 
cada um desses setores operar de forma sistêmica, em relação aos objetivos 
organizacionais, cada área da empresa tem atividades específicas, sendo que 
não há uma área mais importante que a outra. Cada uma delas faz com que 
seja possível alcançar as metas definidas no planejamento estratégico, tático 
e operacional, entretanto, o gestor financeiro e, por sua vez, o departamento 
financeiro, devido à relevância da saúde financeira de uma organização, têm 
grande importância no processo decisório. Empresas saudáveis financeira-
mente têm maior capacidade de investimento em atividades e melhorias em 
qualquer uma das demais áreas da organização. Conforme Pina (2008, p. 1):
[...] praticamente tudo o que se pensa dentro de uma corporação tem um 
impacto financeiro no orçamento, sendo necessária uma avaliação profunda 
no que diz respeito ao conhecimento, à orientação e ao uso dessa ferramenta 
de auxílio no que se refere à tomada de decisão. 
 Abordadas as principais funções dos gestores financeiros nas organizações 
e a importância do setor financeiro no contexto empresarial, cabe destacar, 
então, a importância desse profissional nas estratégias de investimento, finan-
ciamento e responsabilidade que competem a esse profissional. 
Decisões de investimento
O objetivo de maior parte das empresas é a maximização dos lucros. Para 
que seja possível a obtenção de resultados positivos em relação aos aspectos 
fi nanceiros, é necessário observar indicadores que apontam os resultados das 
operações das empresas, como a demonstração dos resultados e o fl uxo de 
caixa. Estes demonstrativos apontam a estabilidade fi nanceira da organização, 
amparando o gestor na tomada de decisão em relação a possíveis investimentos. 
Nas organizações, os investimentos visam à implementação de melhorias, 
modificações e até expansões, com o intuito de que as empresas obtenham 
retorno financeiro com os financiamentos realizados. Para Gitman e Madura 
(2003), os investimentos possibilitam que sejam gerados fluxos de caixa, 
para que o capital investido retorne para as empresas. O gestor financeiro é 
responsável por analisar se os investimentos de fato irão apresentar o retorno 
esperado. 
O gestor financeiro2
Além dos demonstrativos citados anteriormente, há outras ferramentas 
de análise que permitem mensurar o retorno de possíveis investimentos das 
organizações e, para isso, além dos demonstrativos, outras ferramentas, que 
visam a estimar o retorno dos fluxos de caixa, podem ser utilizadas para 
subsidiar as decisões dos gestores financeiros. 
O processo decisório dos gestores financeiros, em relação aos investimen-
tos realizados pelas empresas, pode ocorrer baseado por meio de aspectos 
subjetivos, ou seja, nas experiências e percepções dos gestores, mas, princi-
palmente, por aspectos quantitativos baseados em fórmulas ou cálculos. Para 
Silva (2012, p. 7):
A análise qualitativa é estritamente subjetiva. Cabe a cada empresa analisar as 
suas experiências para a execução dos projetos de investimentos. Já a análise 
quantitativa é obtida por meio de fórmulas financeiras. Consiste basicamen-
te em três fórmulas: cálculo do payback; cálculo do valor presente líquido 
(VPL); e cálculo da taxa interna de retorno (TIR). Além disso, considera-se 
uma análise de taxas de juros e seleção de projetos.
Cada uma das ferramentas que auxiliam o gestor financeiro na tomada 
de decisão é descoberta por meio de fórmulas distintas e seus resultados 
permitem diferentes interpretações em relação aos aspectos de investimentos 
para as organizações. 
O payback é um índice que mensura o prazo de retorno de um investimento 
em um determinado período, apontando em quanto tempo o empreendedor 
irá recuperar um investimento inicial. O ideal é que o payback seja o menor 
possível, mas a análise do indicador varia de acordo com o fôlego financeiro 
de cada empreendimento. O cálculo do payback é simples, basta dividir o 
investimento inicial pelo ganho de capital no período. De acordo com Brigham, 
Gapenski e Ehrhardt (2001, p. 425), “[…] o período de payback é definido 
como o número de anos necessário para recuperar o investimento dos fluxos 
líquidos de caixa descontados”.
A taxa interna de retorno (TIR) representa o indicador que iguala o valor 
presente líquido (VPL) a zero, apontando qual taxa de um investimento não 
apresenta nem lucro, nem prejuízo, sendo um indicador que indica a viabi-
lidade de um investimento. A fórmula da TIR iguala o VPL a zero e projeta 
os fluxos de caixa futuros. Conforme Schubert (1989, p. 50), a TIR permite 
“[…] encontrar a taxa de retorno, que fará com que o valor presente de caixa 
líquido esperado, ou projetado, de um investimento se iguale ao valor presente 
dos desembolsos de caixa aplicados no projeto”.
3O gestor financeiro
O VPL é uma técnica que permite projetar para o presente os fluxos de 
caixa futuros de um investimento. Na fórmula para encontrar o VPL, ainda é 
necessário estimar uma taxa mínima de atratividade que representa o mínimo 
esperado de remuneração de um investimento, para que o negócio seja consi-
derado viável. Souza e Clemente (2015) definem o VPL como a projeção dos 
valores esperados de fluxo de caixa para a data zero. O resultado do cálculo 
do VPL, caso positivo, indica que o investimento é financeiramente viável, 
e caso o VPL seja inferior a 0, o gestor financeiro está diante de um investi-
mento inviável. Veja, a seguir, a fórmula do cálculo do VPL, que envolve a 
taxa mínima de atratividade, as projeções de fluxos de caixa e o investimento 
inicial (EGESTOR, 2020). 
Há uma série de técnicas, ferramentas e demonstrativos que possibilitam 
que o gestor financeiro esteja amparado no seu processo de tomada de decisão, 
tanto em aspectos quantitativos quanto qualitativos, dessa maneira, destaca-se 
a importância da gestão do financeiro.
Decisões de financiamento
Outra responsabilidade dos gestores fi nanceiros tem relação com a tomada 
de capital pelas organizações. Esta se dá pela necessidade na realização de 
manutenção ou crescimento do negócio. Tanto as decisões de fi nanciamento 
como as deinvestimento são de extrema importância, entretanto, as decisões 
de investimento permitem uma análise mais profunda, por meio de indica-
dores e demonstrativos, enquanto as decisões de fi nanciamento carecem da 
percepção dos gestores sobre a capacidade de endividamento da empresa. No 
processo de decisão de fi nanciamento, segundo Gitman e Madura (2003, p. 
6), “[…] devem ser estabelecidos os níveis de fi nanciamento de curto e longo 
prazos. Uma segunda preocupação, igualmente importante, é determinar as 
melhores fontes de fi nanciamento”. 
O gestor financeiro pode, ainda, em relação ao financiamento, optar por 
investimento de capital de terceiros ou, ainda, de capital próprio, sempre 
optando pela melhor opção de investimento. É importante ressaltar ainda, em 
relação às decisões de financiamento, que há um custo para esse capital, que 
pode envolver novos projetos e investimentos. O custo de capital é o retorno 
de um investimento feito por uma empresa. Caso o retorno financeiro de um 
projeto, ou investimento, seja superior ao custo de capital, há um aumento do 
O gestor financeiro4
valor da empresa, nesse sentido, o custo financeiro da decisão representa o 
custo de capital, cabendo ao gestor financeiro analisar os impactos de suas 
decisões. 
Conforme Silva (2012, p. 8), o gestor financeiro deve levar em conta, no 
momento de analisar a possibilidade de financiamento: 
O seu custo financeiro. Qual a taxa de juros? Existem impostos? Para responder 
a estas perguntas, os gerentes financeiros precisam avaliar: disponibilida-
de de crédito; concorrência do setor bancário; retorno do negócio; risco de 
inadimplência; taxa de juros; nível de atividade da economia; e vantagens 
competitivas.
2 Aspectos importantes na tomada de decisão 
pelo gestor financeiro
Como é possível observar, o gestor fi nanceiro tem muitas responsabilidades 
em relação à condução do negócio, sendo uma fi gura indispensável na coleta 
de informações e tomadas de decisões presentes, que irão impactar o futuro a 
curto, médio e longo prazos. O processo decisório de gestores fi nanceiros leva 
em conta alguns elementos, como a gestão de recursos disponíveis, o processo 
orçamentário, mas também uma série de teorias voltadas a compreender a 
estrutura lógica do processo de tomada de decisão dos gestores fi nanceiros.
No decorrer deste capítulo serão abordados os elementos teóricos con-
ceituais, que sustentam a tomada de decisão de gestores financeiros, e ainda 
aqueles que envolvem o dia a dia e os aspectos cotidianos desses gestores. 
Teorias relacionadas à tomada de decisão financeira 
As atividades do gestor fi nanceiro estão relacionadas à tomada de decisão de 
fi nanciamento, investimento, captação e análise de recursos e, ainda, à orga-
nização de todo o planejamento organizacional. Levam em conta os objetivos 
da empresa de forma sistêmica, para guiar a condução do processo decisório, 
por meio da escolha das melhores estratégias que permitem o alcance de tais 
objetivos. Para Kalil (2011, p. 27–28), a escolha dessas estratégias “[…] nada 
5O gestor financeiro
mais é que a escolha dos caminhos, ou do melhor caminho, que levarão o 
negócio até o seu objetivo. Parece simples, mas defi nir uma estratégia, em 
muitos casos, é uma tarefa ampla e, inclusive, complexa”.
A gestão financeira, como teoria, surge com a ampliação das funções 
básicas de uma empresa, abordadas por Fayol em seus estudos sobre a teoria 
clássica, que define a função financeira como uma das seis funções de uma 
empresa, descrevendo essa função como aquela relacionada ao gerenciamento 
de capitais.
Conforme a evolução das empresas, a sua organização e estrutura e a 
importância que o gestor financeiro assume em relação à tomada de decisão, 
evoluíram também as teorias relativas ao tema gestão financeira e, princi-
palmente, a forma como são tomadas as decisões por parte dos gestores. O 
Quadro 1 aponta os modelos teóricos que apoiam a tomada de decisão dos 
gestores financeiros, elencando os autores que influenciaram essas teorias, 
os pressupostos básicos e o impacto desses conceitos na gestão financeira 
contemporânea. 
As teorias apresentadas destacam as estratégias e os modelos teóricos 
que conduzem o processo de tomada de decisão dos gestores financeiros. 
O gestor financeiro6
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7O gestor financeiro
Entretanto, outros elementos são fundamentais e servem como subsídios para 
o processo decisório dos gestores financeiros, como a análise da estrutura 
financeira da empresa e a gestão dos recursos disponíveis. 
Recursos disponíveis e processo decisório
Há uma série de elementos que podem subsidiar o gestor fi nanceiro em rela-
ção ao processo decisório, entre eles os recursos fi nanceiros, disponíveis nas 
organizações, que auxiliam a indicar os níveis de liquidez das empresas. Esses 
elementos podem ter origem tanto no ambiente interno quanto no externo das 
organizações. Um importante aspecto, que infl uencia a tomada de decisão do 
gestor fi nanceiro, é o gerenciamento dos recursos disponíveis, ou seja, o capital 
que uma empresa tem relacionado às suas operações diárias. Roth (2011) defi ne 
esse capital como o fl uxo fi nanceiro de uma empresa, apontando se foi possível 
ou não maximizar a disponibilidade de dinheiro de uma organização. Podem 
ser elencados como os elementos que evidenciam os recursos disponíveis e 
subsidiam o processo decisório dos gestores fi nanceiros:
Caixa e banco — O caixa da empresa representa o valor de liquidez imediata 
da organização e a capacidade que a empresa tem para saldar obrigações. 
Conforme Farias (2013), o gestor fi nanceirodeve acompanhar o saldo em 
caixa e observar se este está alinhado aos planos fi nanceiros. 
Contas a pagar e receber — Contas a pagar são os créditos, em geral advindos 
da comercialização dos produtos ou serviços de uma empresa. Todavia, as 
contas a receber são as obrigações das empresas relativas aos fornecedores. 
Iudícibus, Martins e Gelbcke (2000) teorizam que as contas a receber são 
aquelas originadas das vendas a prazo. Gitman (2002), por sua vez, aponta que 
as contas a pagar são os desembolsos futuros a ser provisionados. O acompa-
nhamento das contas a pagar e receber possibilita observar a capacidade real 
de liquidez da empresa e de honrar as suas obrigações. 
Taxa de juros — Originada do ambiente externo das organizações, a taxa 
de juros representa a remuneração cobrada sobre uma negociação fi nanceira. 
Guerra (2001, p. 41) afi rma que juros é “[…] uma compensação em dinheiro 
pelo uso de um capital, por determinado tempo, a uma taxa combinada”. Cabe 
ao gestor observar qual é o percentual da taxa de juros para optar ou não pela 
realização de fi nanciamento. 
O gestor financeiro8
Infl ação — Também um aspecto externo que infl uencia a tomada de decisão, 
a infl ação é o aumento de preços de forma generalizada. Esse aumento acaba 
ocasionando a perda do poder de compra da população e o aumento dos 
custos de produção. A redução do poder de compra da população impacta 
nos resultados da empresa devido à redução das vendas. 
Todos esses elementos são indispensáveis para auxiliar a tomada de decisão 
do gestor financeiro, influenciam nas decisões de financiamento e investimento 
e na definição do processo orçamentário. 
Gestor financeiro, tomada de decisão e processo 
orçamentário 
No sentido de conduzir o processo de planejamento e tomada de decisão, 
o processo orçamentário é uma ferramenta poderosa no auxílio a gestores 
fi nanceiros, no intuito de defi nir como serão organizados os recursos humanos 
fi nanceiros e os materiais de uma organização, na busca de obtenção de seus 
objetivos e metas. 
Brookson (2000, p. 6) define e conceitua orçamento como:
[…] uma declaração de planos financeiros para o período que está por vir, 
normalmente de um ano. Em geral, imagina-se que ele deve incluir somente 
as entradas e as saídas de dinheiro (conta de lucros e perdas, ou de resultados), 
que representam, respectivamente, as receitas esperadas e as despesas autori-
zadas. No entanto, o orçamento também precisa conter os planos da empresa 
para seus ativos e passivos (balanço orçado) e as estimativas de épocas e de 
valores previstos para as entradas e as saídas de caixa (fluxo de caixa orçado).
O orçamento é um guia condutor no processo de tomada de decisão do gestor 
financeiro. As definições de como serão aplicados os recursos conduzem todas 
as ações, possibilitando um maior controle do capital e a forma como todos 
os departamentos da organização irão convergir para o processo decisório. 
A Figura 1 apresenta o orçamento mestre, no qual o processo orçamentário é 
dividido em diferentes orçamentos, o operacional, voltado ao processo produ-
tivo e de comercialização de produtos ou serviços, e o financeiro, envolvendo 
todas as projeções financeiras e contábeis. 
9O gestor financeiro
Figura 1. Fluxo do processo orçamentário.
Fonte: Vasconcelos (2012, p. 51).
Por meio do processo orçamentário é possível definir de forma mais as-
sertiva os planos e as metas organizacionais. Dessa forma, as decisões do 
gestor financeiro são amparadas por importantes elementos, como os recursos 
disponíveis, a análise e o adequado alocamento desses. 
3 Principais relatórios de apoio à tomada de 
decisão
A movimentação fi nanceira das empresas ocasiona uma série de documentos 
e demonstrativos que apontam a saúde fi nanceira da organização. Alguns 
desses demonstrativos, inclusive, representam obrigações das empresas, no 
sentido de manter registrados o fl uxo de capitais e as alterações relativos ao 
patrimônio da organização.
Neste capítulo, serão apresentados os principais demonstrativos financeiros 
e contábeis, que servem como base para o processo decisório dos gestores 
financeiros. O Quadro 2 apresenta os principais demonstrativos financeiros 
e contábeis, a conceituação de cada um deles e, ainda, de qual forma esses 
demonstrativos influenciam no processo decisório das organizações. 
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11O gestor financeiro
Cada um dos demonstrativos financeiros tem diferentes funções e auxilia na 
tomada de decisão de distintas formas, sendo assim, é necessário compreender 
de forma mais ampla cada uma dessas demonstrações.
Análise de balanço patrimonial
Como apontado no Quadro 2, o balanço patrimonial permite analisar os bens, 
os direitos e as obrigações de uma empresa em um determinado período. Por 
meio do balanço patrimonial há a compreensão da situação do patrimônio de 
uma organização. O balanço patrimonial permite observar a evolução desse 
patrimônio com o passar dos anos, e observar o ativo, o passivo e o patrimônio 
líquido, que é a diferença entre essas duas classifi cações de contas de uma 
empresa. O ativo é dividido em circulante e não circulante, sendo o circulante 
aquele que tem rápida liquidez, ou seja, pode ser transformado em dinheiro 
em um curto período, como o caixa, as contas em banco, os estoques e as 
contas a receber em curto prazo. O ativo não circulante tem baixa liquidez, 
não havendo possibilidade de transformar em dinheiro em curto prazo, como 
as máquinas, os equipamentos, os imóveis e os valores a receber no longo 
prazo. Nesse sentido, é possível acompanhar a capacidade de endividamento 
e investimento da empresa por meio da observância da saúde fi nanceira dela. 
No balanço patrimonial ainda é possível observar as contas referentes ao 
passivo, havendo também a classificação de passivo circulante e passivo não 
circulante. A diferença entre estes dois tipos de classificação de conta é o 
tempo para que essas sejam realizadas. O passivo circulante são aquelas contas 
realizáveis em um curto prazo, e o passivo não circulante, aquelas contas que 
não podem ser realizadas no exercício vigente do balanço apresentado. São 
exemplos de contas do passivo: empréstimos, dividendos e impostos. Se uma 
empresa transformar todo o seu ativo em capital e liquidar todas as suas obri-
gações, o valor restante dessa operação é o patrimônio líquido. Dessa forma, 
é possível acompanhar a evolução do patrimônio da empresa e a capacidade 
de geração de liquidez em curto e longo prazos. 
No processo de análise de um balanço patrimonial, uma organização 
que tem ativo muito maior que passivo é uma organização com baixo endi-
vidamento, apontando um valor alto de patrimônio líquido. Nesse caso, há 
uma organização saudável financeiramente. Caso o passivo seja similar ou 
superior ao ativo, a empresa não é saudável financeiramente, dessa forma, é 
pouco competitiva. Essa análise é fundamental para a tomada de decisão do 
gestor financeiro. 
O gestor financeiro12
Análise do demonstração do resultado do exercício
A demonstração do resultado apresenta o resultado de uma empresa em um 
período, sendo esse resultado o lucro ou o prejuízo. O demonstrativo apre-
senta a receita bruta da organização em um determinado período, e o DRE 
demonstra quanto a empresa ganhou e como adquiriu capital em um exercício. 
São apresentados nessa demonstração os resultados, deduzidos os custos, e 
as despesas da organização, apontando como resultado o lucro ou o prejuízo 
do exercício. Esse demonstrativo pode apontar o lucro bruto, as deduções e 
o impacto percentual de cada uma dessas deduções sobre a receita bruta da 
empresa, como é possível observar no Quadro 3. A partir do DRE é possível 
adequar os custos e os gastos, além de observar a capacidade de uma empresa 
em gerar lucro. 
 Fonte: Adaptado de Padoveze (2017). 
Receita operacional bruta
(–) Impostos sobre as vendas
Receita operacional líquida 
(–) Custo de produto vendido
Lucro bruto
(–) Despesas administrativas e comerciais
Lucro operacional
(–) Despesas financeiras
Lucro antes dos impostos
(–) Impostos sobre o lucro
Resultado do exercício
R$ 50.000,00
R$ 8.000,00
R$ 42.000,00
R$ 19.000,00
R$ 23.000,00
R$ 6.500,00
R$ 16.500,00
R$ 4.500,00
R$ 12.000,00
R$ 3.000,00
R$ 9.000,00
100%
16%
38%
13%
9%
6%
18%
 Quadro 3. Demonstração do resultado do exercício 
13O gestor financeiro
A demonstração dos resultados é uma ferramenta de grande importância 
para subsidiar os gestores financeiros, entretanto, não abrange as aquisições 
relacionadas aos estoques e ao patrimônio de uma organização, ficando esse 
controle submetido ao fluxo de caixa.
Análise do fluxo de caixa
O fl uxo de caixa aponta a fl uidez de capital de uma organização, controlando a 
entrada e a saída de valores dela. Ao contrário do DRE, por meio da análise de 
fl uxo de caixa é possível observar de forma instantânea a geração de caixa da 
empresa e os gastos mais relevantes e signifi cativos no dia a dia da organização. 
O fluxo de caixa acompanha a entrada de capital, por meio dos valores ad-
vindos da comercialização de produtos e serviços, e a saída de valores referente 
a encargos, custos e gastos relacionados ou não ao processo produtivo, à folha 
de pagamento, entre outros. Mediante a projeção do fluxo de caixa é possível 
vislumbrar a saúde financeira da organização, por meio do acompanhamento 
do valor em caixa da organização, sendo necessário ter atenção especial caso 
as projeções indiquem queda no valor em caixa da empresa. Há, ainda, uma 
série de indicadores que podem ser gerados por meio dos demonstrativos 
financeiros e contábeis. Estes índices possibilitam compreender de forma 
mais ampla os resultados de uma empresa, facilitando o processo decisório. 
O Quadro 4 aponta os principais indicadores gerados por meio dos elementos 
presentes nos demonstrativos financeiros.
O gestor financeiro14
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15O gestor financeiro
Os demonstrativos financeiros e contábeis servem para subsidiar o gestor 
em seu processo decisório. Tais documentos podem ser analisados por meio 
de uma apreciação horizontal ou vertical. A análise horizontal é realizada 
acompanhando a evolução em diferentes períodos dos demonstrativos, no 
entanto, a análise vertical realiza uma análise de cada demonstrativo, de cima 
para baixo, apontando o percentual de cada um dos elementos que compõem 
os diferentes demonstrativos. Assaf Neto (2015, p. 102) define análise vertical 
como a “[…] comparação que se faz entre os valores de uma mesma conta ou 
grupo de contas em diferentes exercícios sociais” e difere a análise vertical 
apontando que esse tipo de análise (ASSAF NETO, 2015, p. 104) “[…] não 
utiliza um critério temporal para sua execução, e sim a influência de cada 
grupo de contas (patrimoniais e de resultado) para o desempenho da entidade”. 
Ambos os tipos de análises são importantes e podem servir como análise e, 
inclusive, projeção dos resultados financeiros da organização, impactando na 
tomada de decisão do gestor financeiro. 
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Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
O gestor financeiro18

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