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MATERIAIS DE MOLDAGEM

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Taís Albano Lacerda Silva
Odontologia XLIV – Unifenas
Materiais de Moldagem
			TAÍS ALBANO
		TAÍS ALBANO
2
	A MOLDEIRA
A moldeira pode ser retentiva e até mesmo perfurada para que o material não se destaque, pois caso ele se destacar da moldeira acabará perdendo a estabilidade. Por isso, além de escolher um bom material, é necessário escolher um bom dispositivo pare reter o material, chamado de moldeira. As perfurações existentes na moldeira existem justamente para reter o material. 
	O principal objetivo da obtenção de um molde é a construção de modelos e troquéis. O material de moldagem deve ter características de fluidez para se adaptar aos tecidos bucais, ou seja, não deve copiar apenas tecidos duros, mas também tecidos moles. A fluidez é importante para a obtenção de tecidos moles. 
	O material deve ter viscosidade o suficiente para ficar contido na moldeira. Isso é chamado de tixotropismo. Através da pressão com que o material é levado à cavidade bucal, ele irá, naturalmente, diminuir a viscosidade e se adaptar aos tecidos bucais. Ou seja, o material não pode escoar da moldeira antes de ser levado à cavidade oral. Ele deve ser transformado em um material borrachóide. Há diferenciação entre os materiais utilizados, como o tempo de presa.	
	Após a presa, o material não deve ser destacado da moldeira ou rasgado no ato da remoção, pois isso faz com que o ato da moldagem seja perdido, devendo ser feito novamente.
	A expressão moldagem significa o ato de moldar. O ato de moldar é selecionar o dente a ser moldado por algum motivo, escolher a moldeira que mais se adapta à situação, selecionar o material que será utilizado para a moldagem, manipulá-lo, inseri-lo na moldeira e levar à boca. 
	Após a retirada da moldeira com o material retido, isso se chama "molde". O molde é o resultado da moldagem, ou seja, a réplica negativa dos tecidos bucais a serem moldados. 
	O modelo é o resultado do vazamento do gesso a partir do molde. O modelo de gesso é a cópia positiva dos tecidos bucais, conseguida a partir da obtenção do molde. É dado a partir da aplicação de gesso sobre o molde. 
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS DE MOLDAGEM
	Existem materiais que são reversíveis, ou seja, que amolecem com o calor e solidificam ao resfriar, sem reação química. Ex.: cera periférica, que é um material utilizado para fazer prótese total. Godiva também é um material de moldagem que foi muito utilizado, e tem uma característica reversível. Não é mais utilizada com tanta frequência. A godiva é somente usada para obtenção de arcos desdentados, visto que ela não é um material flexível.
	O alginato é um material extremamente utilizado na prática diária para muitas finalidades. Em relação à capacidade elástica, o alginato é elástico, e a godiva é anelástico. 
	Os materiais elásticos são materiais capazes de reproduzir adequadamente tanto os tecidos moles, quanto os tecidos duros, incluindo os espaços retentivos, ex.: ameias. Esses materiais passam pelas alas retentivas e não se fraturam no ato da remoção.	
	Já os anelásticos não podem ser removidos das áreas retentivas sem fraturar ou distorcer. Ou seja, a godiva, por exemplo, jamais é usada para moldagem de um arco dentado, pois ela não sairá da boca do paciente. A silicona de adição é um material duro para a remoção. 
	Há também os materiais irreversíveis, em que a presa do material acontece a partir de reações químicas ou fotopolimerização. São os mais comuns usados hoje em dia. 
	
	MATERIAIS HIDROCOLOIDES IRREVERSÍVEIS: 
	Alginato: material roxo. É de fácil manipulação, produz conforto para o paciente e possui baixo custo. É de fácil manipulação pois ele é um pó que será misturado com os medidores que o fabricante fornece (de água e de pó). Será feita a espatulação do alginato no gral de borracha. Gera conforto para o paciente, já que é um material de fácil remoção e sua presa não passa de 40 segundos. Tem um baixo custo, visto que existem materiais de moldagem que passam de mil reais. Um pacote de alginato custa, em média, 40 reais. A água deve ser colocada primeiro para facilitar a incorporação da mistura.
	Composição: o alginato propriamente dito, que é solúvel e vem a partir das águas marinhas; reatores que iniciam a reação do alginato; partículas de carga que dão resistência ao material para que ele não rasgue ou não distorça; aceleradores. 
	Um dos principais fatores que interferem na vida útil do alginato é a umidade, a qual ele não deve ter contato. Deve ser guardado bem fechado em ambiente fresco, para que não haja alteração das propriedades do material. 
	O tempo de geleificação é o tempo de presa do alginato. É medido do início da mistura até a presa final, que é a hora em que o material é removido da boca.
	O aspecto clínico do material não pode se apresentar grudento, pegajoso. Se ele estiver grudando na luva, quer dizer que ele não está pronto para ser removido da boca. Existem alginatos rápidos e alginatos lentos quanto ao tempo de geleificação, levando em consideração a temperatura de 20°C da água. Em cidades mais quentes ou até mesmo no verão, pode ser necessário esfriar a água. JAMAIS coloque mais água que o recomendado, pois isso faz com que as características do alginato sejam modificadas. 
	Uma vantagem muito grande do alginato é que ele é hidrofílico, ou seja, pode ser colocado na cavidade oral mesmo que ela apresente umidade como saliva ou sangue. De todos os materiais, ele é o que menos precisa se preocupar com a umidade da cavidade oral.
	Indicação: eles são empregados para obtenção de modelos de estudo, construção de moldeiras individuais e moldagens de dentes antagonistas aos proteticamente preparados. Então, o alginato não pode ser usado para todas as situações de moldagem. 
	É muito importante fazer a seleção da moldeira ideal, pois existem tamanhos diferentes. A moldeira que serve para vários pacientes é chamada de moldeira de estoque. Já a moldeira que o dentista faz para um paciente em específico, é chamada de moldeira individual. Elas são confeccionadas a partir da resina acrílica. 
	A espessura mínima de alginato entre os tecidos e a parede da moldeira é de 3mm. Após a moldagem, é necessário lavar a moldeira em água corrente, visando remover saliva, muco ou sangue. 
	A lisura do alginato é muito importante para demonstrar a qualidade do ato de moldar. Ainda assim, o alginato não é considerado um material requintado para a demonstração de detalhes na moldagem. Por isso, suas indicações não são para todos os tipos de moldagem. 
	No caso do alginato, é necessário aplicar o gesso o mais rápido possível. Após a presa do gesso, retira-se o modelo do molde, pois o alginato ataca a superfície do gesso, tornando-o poroso (ou seja, o molde não fica fidedigno). 
	Estabilidade dimensional: podem ocorrer alterações dimensionais tanto por sinérese, quanto por embebição. Se fizer o vazamento do gesso muito tempo depois de retirar o molde da boca, ocorrerá o problema de sinérese, que é a perda de água para o ambiente. Se emergir o alginato em uma cuba com água com intuito de não deixar que ele perca água para o ambiente, ele fará embebição (ganha água do ambiente), perdendo sua forma original. Ou seja, o vazamento do gesso deve ser feito o mais rápido possível. 
*** O alginato não é capaz de reproduzir detalhes, como os elastômeros. ***
	O modelo de gesso deve ser removido após 40 minutos, pois acima desse tempo o alginato começa a perder água para o gesso, tornando-o poroso.
	Desinfecção do molde de alginato: lavar o molde em água corrente e borrifar (spray) a solução desinfetante (hipoclorito de sódio e ácido peracético) antes de aplicar o gesso. O alginato não pode ser emergido nas soluções desinfetantes, pois senão acontecerá embebição.
	Causas comuns de repetição de moldagens com alginato: material muito granuloso, espatulação inadequada e baixa relação água-pó.
	Pode ocorrer também a separação do material da moldeira quando a moldeira tem retenção insuficiente. 
	Rasgamento: ocorre quando a espessura é inadequada, quando há contaminação pela umidade,quando se faz a remoção prematura do material da boca e caso o tempo de espatulação seja prolongado. 
	Os poros existentes podem ser causados por umidade ou por resíduos que estejam presentes na cavidade oral.
	Modelo e gesso rugoso: ocorre por limpeza inadequada do molde, excesso de água deixado no molde, remoção prematura do modelo-alginato e manipulação incorreta do gesso.
	Distorção: molde não vazado imediatamente, movimento da moldeira durante a presa, remoção prematura ou indevida da boca ou moldeira mantida por muito tempo na boca.
	Materiais de moldagem elastoméricos não aquosos: silicona de adição, silicona de condensação ou poliéter.
	***São de fácil remoção das áreas retentivas (região entre papilas, por exemplo). O material de moldagem passa primeiro pela área expulsiva e depois pela área retentiva no ato da moldagem, e na remoção será ao contrário. Então, os silicones devem passar por essas áreas e responder elasticamente às deformações. Por isso, o molde deve ser removido rapidamente para evitar distorções, preferencialmente em um golpe único, assim como o alginato.***
	Silicona de adição: é assim chamada porque a reação de polimerização dessa silicona acontece por uma cadeia polimérica que cresce de forma sequencial até o seu crescimento máximo. Isso gera um fechamento total dos anéis que vão gerar essa reação de polimerização. Tem-se uma reação total da silicona de adição. É melhor que a silicona de condensação. 
	É apresentada em duas pastas, uma base e uma catalisadora. O cartucho de alta mistura fornecerá um material de baixa viscosidade, chamada de silicona leve. O material leve tem a função de copiar detalhes muito importantes como a profundidade de suco, término do preparo cavitário e outros requintes (questão oclusal, por exemplo). O material que está dentro dos dois potes é chamado de silicona densa, e só vai escoar quando for levado à boca, diminuindo a viscosidade para posteriormente ser removido da boca. Primeiro, coloca-se a pasta leve nas regiões que precisam de requinte e depois a pasta densa em todo o arco ou hemi-arco. 
	Não é preciso fazer primeiro uma moldeira individual para depois usar a pasta leve. Nesta técnica, coloca-se primeiro a pasta leve no dente mais visado de correção, e depois deve ser adicionada a massa densa. Após 5 minutos, remove-se a moldeira em movimento único.
	O tempo de trabalho na silicona de adição é mais rápido, graças à contração de polimerização serem muito parecidos, não havendo distorção. 
	É um material extremamente elástico, que possui baixo coeficiente de deformação, que é importante para a remoção das áreas retentivas. Porém, é necessário esperar pelo menos 4 horas para que haja a resposta elástica.
	É um material monofásico, que acelera o processo de registro, não necessitando de um arcabouço individual. A remoção rápida produz resposta elástica, e isso favorece a obtenção do modelo de gesso sem distorções.
	Não possui nenhum subproduto ocasionado após a confecção do molde, ou seja, não há contração. Após muito tempo, a silicona de adição não gera deformação.
	Através dessa estabilidade dimensional, pode-se conseguir a montagem de vários modelos com apenas um molde.
	SILICONA DE CONDENSAÇÃO
Não ocorre o fechamento total da cadeia polimérica até o comprimento máximo, pois infelizmente acontece a formação de um subproduto, que é o álcool etílico. Se for bem utilizada dentro dos critérios de uso, o resultado pode ser muito parecido com a silicona de adição.
	A forma de composição é: uma pasta base + uma pasta catalisadora, só que essas pastas são divididas em duas viscosidades: uma que é chamada de massa densa ou pesada, contendo altas concentrações de carga, ou seja, escoa pouco e tem uma menor contração de polimerização. Isso é importante porque a massa funcionará como um arcabouço para a massa de alta viscosidade ou fluída, que escoa mais e tem maior contração de polimerização.
	Primeiro, faz-se a moldagem individual com a massa densa. O fabricante fornece uma concha dosadora para usar a massa densa, e a massa leve vem em outra caixa. Para as duas massas funcionarem, é necessário usar o catalisador. 
	Ocorre uma reação por condensação. Existe uma cadeia polimérica que vai se formar através de uma reação química, e essa cadeia polimérica da silicona de condensação tem um produto residual que acontece naturalmente pela característica do material. Ao final da reação de presa (polimerização do silicone), a cadeia polimérica não se fecha totalmente, e um subproduto é formado, que é o álcool etílico. O álcool é um solvente que evapora, então, se há a evaporação do subproduto, é necessário fazer rapidamente o vazamento do gesso, para que não haja contração do molde.
	A estabilidade dimensional da silicona de condensação pode ser modificada de acordo com a técnica. O catalisador é quem faz com que aconteça a presa da silicona. A modificação da técnica de moldagem ocorre devido à excessiva contração de polimerização da massa fluída. Por isso é preciso fazer a técnica de dupla impressão, primeiro fazendo um arcabouço com a massa densa e depois outra com a massa densa.
	A volatização do subproduto pode gerar uma contração de 2 a 4x no material de moldagem. Então, o vazamento deve ser feito exatamente após os 30 minutos. É necessário esperar este tempo para que ocorra a resposta elástica. Resposta elástica é a capacidade do material de passar pela área retentiva e voltar ao ponto inicial. Quanto mais esperar após os 30 minutos, maior será a volatização do álcool.
	Alguns aditivos são colocados nesta silicona, visando a redução da tensão, para que aumente o escoamento do material no ato da moldagem e para a aplicação do gesso.
VANTAGENS DA SILICONA DE ADIÇÃO: tempo de presa que é mais curto por possuir uma etapa única, fácil manipulação com a seringa de auto mistura, resistência à ruptura, alta precisão de detalhes, distorção não detectável, estabilidade dimensional e é um material hidrofílico (não totalmente, mas é). Única desvantagem é o preço mais alto.
	
	Poliéter: é um material muito parecido no quesito estabilidade dimensional com a silicona de adição. É encontrado no mercado como leve, regular ou denso. O dentista que deve escolher qual o melhor a se utilizar em cada situação. É apresentado em duas pastas, uma base e uma catalisadora.
	Esse material precisa de um adesivo próprio para a moldeira, para não se deslocar no ato da remoção, pois ele é extremamente duro. A seringa para a moldagem pode ser a seringa para elastômero. Possui uma alta precisão clínica.
	A proporção será feita no bloco de espatulamento, em uma linha reta com tamanhos iguais, proporção de 1:1 para a pasta base e para o catalisador.
	Possui a velocidade de uma silicona de adição, e a facilidade de moldagem em tempo único assim como o alginato. Essa massa deve carregar a seringa para a moldagem. Não é indicado para paciente que possua muitas áreas retentivas (por exemplo, paciente com problema periodontal), pois é muito duro na hora de remoção.
	Poderá ser vazado após alguns minutos ou após alguns dias, apresentando a mesma precisão nos dois casos.
AULA DIA 26/05
PRODUTOS DE GIPSITA (GESSO)
	O gesso é um mineral encontrado na natureza na forma de sulfato de cálcio diidratado, porém o usado na Odontologia passa por um processo de calcinação, que o transforma em sulfato de cálcio hemiidratado. Em contrato com a água, esse gesso volta a ser diidratado.
O processo de calcinação do gesso gera diferentes tipos de gesso e qualidade diferente do material, e isso ocorre graças à diferença de granulometria do pó, do tipo de calcinação (se é um processo que remove a água em um forno aberto ou fechado), à temperatura do forno e ao ambiente dentro do forno. Esse processo é realizado na fabricação do gesso, que vai levar à produção de um gesso comum e também um gesso pedra, removendo a água dos sais hidratados. 
A anidrita é um mineral composto do sulfato de cálcio assim como o gesso. Possui origem rochosa e em determinada parte da reação de presa do gesso, a anidrita aparecerá.A reação de presa do gesso ocorre pela dissolução do sulfato de cálcio hemiidratado. A adição e mistura da água formará uma solução saturada de sulfato de cálcio, e subsequente ocorrerá a agregação do sulfato de cálcio diidratado, e a reação de presa acontecerá de forma contínua, possibilitando que o gesso volte à forma original. Por isso, a quantidade de água é importante.
	Procedimento para a aplicação do gesso: adiciona-se o pó à água seguindo a proporção A/P, e a mistura deve ser realizada por 1 minuto, sempre batendo o gesso contra as paredes do gral de borracha, pois isso permite a eliminação de possíveis bolhas que podem vir a atrapalhar a confecção do modelo. Após manipular o gesso seguindo as devidas proporções, coloca-se o gesso na moldeira (é bom colocar uma fita crepe grossa em volta da moldeira, pois assim evita-se que haja o gesso vaze, tornando o modelo mais alto e resistente a fraturas) com a espátula número 27 de pouco a pouco na região posterior, vibrando a moldeira para que ocorra o vazamento do gesso ao restante da moldeira e não haja a formação de bolhas. A inclinação da moldeira favorece o escoamento. Após preencher o espaço referente aos dentes, é possível levar uma maior quantidade de gesso. É necessário manter a moldeira em um umidificador caso o gesso não seja do tipo IV. 
Não é recomendado fazer “batidinhas” diretamente no molde de alginato, pois caso ele seja traumatizado, pode haver a perda da estabilidade do molde. O mais indicado é o uso de um aparelho vibrador, que faz a vibração do material para que ele escoe livremente pelo molde. 
A relação água e pó é chamada de A/P: 100g de água para a quantidade de água vinculada. A medida deve ser realizada em balança de precisão. À medida que a relação A/P aumenta, o tempo de presa é maior, a resistência diminui e a expansão se torna maior. 
Etapas da reação de presa: mistura-se a água para tornar o pó uma suspensão fluida e manipulável. O hemiidratado dissovelrá até formar uma solução saturada, que se tornará supersaturada pela presença de diidratado que começará a precipitar. A precipitação levará ao processo de cristalização do gesso, que é uma reação contínua. Por isso, leva de 45 a 60 minutos para a remoção do modelo de gesso do molde. Não é uma reação imediata assim como os materiais de moldagem.
O tempo de espatulação sempre será de 60 segundos quando realizada mecanicamente, e caso for realizada manualmente leva em torno de 20 a 30 segundos. 
O tempo de trabalho vai do início da espatulação até o momento em que o gesso ainda escoa. 
O tempo de presa é o tempo transcorrido do início da mistura até o momento em que o material endurece.
	O material quando toma presa começa a perder o brilho devido à perda de água (essa perda de água é o instrumento clinico que mostra que a presa inicial já aconteceu).
	Alguns instrumentos são usados para dar o tempo de presa inicial. Eles são chamados de Agulha de Vicat e Agulha de Gilimore, e devem ser posicionados sobre o gesso após a perda do brilho. 
O tempo de presa inicial é de aproximadamente 9 minutos. 
	O gesso tipo III é utilizado para confecção de modelos que não requerem alta precisão. Ex.: modelo de estudo, modelo para aparelhos ortodônticos, modelos antagonistas etc. 
	
	Tipos de gesso para uso odontológico:
	Gesso tipo II: beta hemiidratado produzido de forma rápida de aquecimento. A produção é feita no forno de calcinação aberto. Ele é indicado para o vazamento de modelos de estudo, dentes antagônicos aos proteticamente preparados e montagem em articulador. Não se faz trabalhos definitivos usando esse tipo de gesso. É um gesso comum com cristais irregulares e aspecto esponjoso. A/P vai de 0,45 a 50ml.
	Gesso tipo III: alfa hemiidratado, melhor que o tipo II. Produzido em calcinador fechado, é indicado para vazamento de modelos de trabalho (por exemplo: modelos de trabalho para a confecção de próteses totais e parciais removíveis, modelos para placa de clareamento e bruxismo, acessórios ortodônticos como aparelhos móveis que crianças usam e enceramento quando deseja-se uma superfície mais lisa). O processo de cristalização no tipo III e nos anteriores deve ocorrer em um ambiente umidificado para que não haja tanta perda de água, porque isso pode gerar distorções no modelo de gesso. A/P vai de 0,28 a 0,33ml.
	Gesso de alta resistência tipo IV: alfa hemiidratado, também chamado de gesso tipo pedra. Necessita de modelos rígidos e troqueilizados. É produzido em calcinador fechado e possui uma concentração concentrada de cloreto de cálcio que substitui a água após a sua evaporação. É indicado para modelos de trabalhos rígidos e troqueis. Possui cristais prismáticos e formas mais regulares. Permite a demonstração dos pontos mais importantes para a confecção de uma prótese. A/P de 22 a 24ml.
Gesso tipo V: é um gesso pedra de alta resistência e possui uma expansão do modelo maior que o gesso tipo IV. Indicado para vazamento de troqueis que necessitam de maior expansão, para compor a maior contração de fundição de ligas de metais básicos. 
	 
	Para saber se já é possível retirar o gesso da moldeira, o melhor é esperar 1h, pois neste tempo 80% da resistência à compressão do modelo já terá acontecido, não apresentando problemas como a fratura do modelo
	Mudanças no tempo de presa: a permanência de gipsita diminui o tempo de presa (impureza no gesso); o refinamento das partículas do pó torna o tempo de presa melhor, ou seja, gessos melhorados tomam presa mais rapidamente; relação A/P alterada: quanto mais água usada na mistura, maior será o tempo de presa; maior tempo e velocidade de espatulação: menor tempo de presa; cloreto de sódio e sulfato de potássio aceleram o tempo de presa em pequenas quantidades. Retardadores são adicionados pelo fabricante, como o bórax e citrato de potássio. A temperatura do local em que vivemos não altera o tempo de presa.
	Há uma ligeira expansão de acordo com o tipo de gesso. O tipo V é o que possui maior expansão. O controle da expansão de preso é reduzido pela adição de sulfato de potássio, cloreto de sódio e bórax pelo fabricante. 
	O modelo de gesso deve apresentar uma superfície lisa e dura, reproduzindo fielmente os tecidos bucais.
Peças que necessitam de uma reprodução de detalhes muito específica é indicado usar o gesso tipo 4. Esse gesso também é indicado para criação de troquel (rígido), que serve para delimitar o preparo principalmente nas regiões proximais onde a gengiva atrapalha. Modelo troquelizado é um modelo que foi trabalhado para elaborar o troquel. Existem gessos específicos para peças protéticas muito grandes.

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