Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Profa. Ma. Hely Zavattaro UNIDADE II Comportamento Humano nas Organizações Unidade II: Relações interpessoais e processos organizacionais. Apresentar os conceitos e os fundamentos do comportamento humano nas organizações para compreensão da realidade social e os aspectos individuais envolvidos. Expor as contribuições para os cursos de Serviço Social, Secretariado Executivo e de Psicologia; identificando a organização como gênese de grupos, ressaltando o papel profissional nas relações de trabalho, junto à equipe multi ou interdisciplinar, com especial atenção ao bem-estar do trabalhador nas organizações. Objetivos gerais A palavra comunicação vem do latim comunicare, que significa pôr em comum, “tornar comum, fazer saber, ligar, unir”. Prática ou campo de estudo que se debruça sobre a informação, a sua transmissão, captação e impacto social. Griffin e Moorhead (2006, p. 188) definem comunicação como sendo “o processo social no qual duas ou mais partes trocam informações e compartilham significados”. Comunicação e as relações interpessoais no trabalho O processo de Comunicação. FILE000551198693.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/119796>. Acesso em: 10 nov. 2012 (adaptado) Campo de experiência codificador Campo de experiência: quanto maior, mais eficaz se torna a comunicação Campo de experiência Mensagem Mensagem Decodificador Fonte Destino Emissor Comunicação interpessoal O processo de comunicação A comunicação liga indivíduos e grupos num sistema social. No cotidiano organizacional, mesmo que as conexões iniciais do indivíduo na organização sejam relacionadas a tarefas, essas relações formam um sofisticado sistema social, de pequenos grupos e de uma rede organizacional maior. O padrão e o conteúdo da comunicação também favorecem a cultura e os sistemas de crenças e de valores. Fonte: FILE000533175307.JPG. <http://www.morguefile.co m/archive/display/65670>. Acesso em: 10/11/2012. O processo de comunicação Existem três métodos básicos de comunicação: escrita, oral e não verbal. Filtragem: quando uma mensagem é recebida apenas em parte. Ela existe, mas não é recebida por inteiro. Exemplo: “você viu o que ele falou para mim quando se referiu à vadiagem?” Problemas de comunicação Ruído: quando a mensagem é distorcida ou mal interpretada. Consiste em uma perturbação indesejável que tende a distorcer, deturpar ou alterar de maneira imprevisível a mensagem transmitida. Problemas de comunicação Bloqueio: quando a mensagem não é captada e a comunicação é interrompida. Muitas vezes nos encontramos diante de uma situação que se constitui uma zona de silêncio: assunto que estabelece barreira psicológica ou muro de vergonha. Por exemplo, quando uma pessoa diz: “eu não quero/gosto de falar sobre isso”. Problemas de comunicação É difícil obter uma comunicação eficaz, pois os fatores multiculturais influenciam no processo. Podemos definir algumas barreiras no processo de comunicação como: barreiras pessoais (emoções); barreiras físicas (distância); barreiras semânticas (símbolos). Segundo Robbins (2004), outros obstáculos podem influenciar na comunicação organizacional: sobrecarga de informações, pressões do tempo, clima organizacional e tecnologia. Barreiras na comunicação Mas... não há nada que se possa fazer para melhorar a nossa comunicação? Aprender a melhorar a sua transmissão e aprender a aperfeiçoar sua própria recepção. Habilidade de escuta ativa usar paráfrases (por exemplo “o que eu entendi do que você me disse é...”), evitar interromper a quem fala e não falar ao mesmo tempo. Comunicação Comunicação e feedback Um feedback eficaz ajuda o indivíduo ou grupo a melhorar seu desempenho e, assim, alcançar seus objetivos: descritivo ao invés de avaliativo; específico ao invés de geral; compatível com as necessidades de ambos, emissor e receptor; dirigido para comportamentos que o receptor possa modificar; solicitado ao invés de imposto; oportuno; deve ser esclarecido para assegurar uma boa comunicação. Comunicação e competências profissionais O reconhecimento dos problemas estratégicos é facilitado ou não pelas trocas comunicativas; a partir da reflexão e da prática do diálogo no contexto organizacional, com transformação do conjunto de valores e crenças. Aprendizado por meio de 3 dimensões: o saber (questionamentos e esforços dirigidos aos conhecimentos); o saber-fazer (desenvolvimento de práticas e consciência das ações eleitas); o saber-agir (discurso e ação associados por meio de comportamento assertivo nas relações de trabalho). Comunicação e competências profissionais Outras competências: ter uma inclinação humanista e interesse pelo comportamento humano; senso de trabalho em equipe; capacidade de doar-se e de estar sempre disponível; interesse pelo desenvolvimento das potencialidades, da autonomia, da liberdade e pela oferta de oportunidades às pessoas; paciência; sensibilidade ou empatia; visão de projeto; capacidade de organização. Considere as afirmativas quanto à importância do feedback no processo de comunicação: I. Dar feedback define uma clara estrutura de poder do emissor para o receptor. II. Dar e receber o feedback pode minimizar as distorções da interpretação pelo receptor. III. O feedback pode diminuir a autoestima do receptor, pois a mensagem é sempre negativa. Somente está correto o que se afirma em: a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III. Interatividade Considere as afirmativas quanto à importância do feedback no processo de comunicação: I. Dar feedback define uma clara estrutura de poder do emissor para o receptor. II. Dar e receber o feedback pode minimizar as distorções da interpretação pelo receptor. III. O feedback pode diminuir a autoestima do receptor, pois a mensagem é sempre negativa. Somente está correto o que se afirma em: a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III. Resposta Tem papel fundamental nas relações humanas, associada ao sucesso ou fracasso das equipes e das organizações. “Liderar é conduzir um grupo de pessoas, influenciando seus comportamentos e ações para atingir objetivos de interesse comum desse grupo, de acordo com uma visão do futuro baseada num conjunto coerente de ideias e princípios (LACOMBE e HEILBORN, 2003, p. 348). “Liderança é a atividade de influenciar pessoas fazendo-as empenhar-se voluntariamente em objetivos de grupo” (TERRY apud HERSEY, 1986, p. 103). Kim e Mauborgne (apud DUBRIN, 2006) definiram liderança como a habilidade de inspirar confiança e apoio entre as pessoas cujo desempenho depende do compromisso e da competência. Liderança e poder nas organizações Fatores comuns: capacidade de influenciar, objetivo e situação. A liderança acontece no contexto de grupos voltados para metas e é um processo social. Diferença entre ser chefe e ser líder... Liderança e poder nas organizações Os estilos de liderança Autocrático. Democrático. Laissez faire ou Liberal. 1. Poder legítimo – relacionado à hierarquia organizacional. 2. Poder de recompensa – também relacionado à estrutura organizacional. Influência por meio de recompensas. 3. Poder coercitivo – capacidade de punir para influenciar o comportamento. 4. Poder de especialização – capacidade de influenciar pelo conhecimento, habilidade e experiência. 5. Poder de referência – influenciar o outro pela força do seu carisma ou por características pessoais. Os tipos de poder Os poderes de recompensa, o coercitivo e o legítimo têm relação com a posição hierárquica, enquanto os poderes de especialização e o de referência têm como base o poder pessoal. Os tipos de poder Fonte: ROTHMANN, I.; COOPER, C. Fundamentos de Psicologia organizacional e do trabalho. Rio deJaneiro: Elsevier, 2009. p. 124. Contingência Coercitivo De referência Legítimo De especialização Base do poder Mecanismo Resposta Atração Credibilidade Obediência Identificação Internalização De recompensa 1930 – pressuposto de que certos indivíduos possuem uma combinação especial de traços de personalidade que podem ser definidos e utilizados para identificar futuros líderes potenciais. Os traços mais comumente apontados: 1. traços físicos: energia e aparência; 2. traços intelectuais: adaptabilidade, agressividade ou autoconfiança; 3. traços sociais: cooperação, habilidade interpessoal e administrativa; 4. traços relacionados com a tarefa: impulso de realização. 1940 até 1960, pesquisas deram ênfase aos estilos de comportamento que os líderes demonstravam (tal como os estudos de Ohio State University e os estudos de Michigan University). As abordagens relativas à liderança – Teoria dos Traços Abordagem comportamental relativa à liderança Grade gerencial ou grid gerencial – Blake e Mouton. A grade gerencial é uma representação gráfica de uma visão bidimensional que apresenta 81 posições diferentes, distinguindo 5 estilos básicos de liderança, nas quais o estilo do líder deve se encaixar. Preocupação com pessoas X produção: Fonte: BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias: uma introdução ao estudo da Psicologia. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 1999. p. 219. Estilo clube de campo A atenção meticulosa ás necessidades das pessoas de relações satisfatório leva a um clima organizacional e a um ritmo de trabalho confortável e amistoso. Estilo de equipe ou democrático A realização do trabalho advém de pessoas dedicadas; a independência por meio de uma “aposta comum” no propósito da organização leva a relações de confiança e respeito Estilo meio do caminho ou moderado O desempenho adequado da organização é possível graças ao equilíbrio entre a necessidade de terminar o trabalho e a manutenção do moral das pessoas num nível satisfatório. Estilo empobrecido laissez-faire O empenho de esforço mínimo para conseguir que seja feito o trabalho necessário é adequado para manter a filiação à organização. Estilo de obediência à autoridade ou autoritário A eficiência nas operações resulta do arranjo de condições de trabalho de tal modo que haja um mínimo de interferência dos elementos humanos. P re o c u p a ç ã o c o m a s p e s s o a s Baixa Baixa Preocupação com a produção Abordagem contingencial: estabelece que situações diferentes solicitam práticas diferentes, fazendo uso das teorias tradicionais, comportamentais e de sistemas, separadamente ou combinadas, para resolver problemas. Teoria Trajetória-Meta ou Caminho-Objetivo de House: classificou o líder em quatro categorias: diretivo, apoiador, participativo e orientado para realizações. As abordagens relativas à liderança Modelo de liderança situacional de Hersey e Blanchard. Comportamento voltado para a tarefa e o relacionamento. As abordagens relativas à liderança – liderança situacional Fonte: ZANELLI, J. C. Interação humana e gestão: a construção psicossocial das organizações de trabalho. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2008. p. 374. Com referência aos estilos de liderança normalmente utilizados por teóricos e estudiosos do tema, encontramos um estilo mais voltado à execução de tarefas em detrimento das pessoas ou relacionamento, denominado: a) Laissez faire. b) Autocrático. c) Democrático. d) Liberal. e) Situacional. Interatividade Com referência aos estilos de liderança normalmente utilizados por teóricos e estudiosos do tema, encontramos um estilo mais voltado à execução de tarefas em detrimento das pessoas ou relacionamento, denominado: a) Laissez faire. b) Autocrático. c) Democrático. d) Liberal. e) Situacional. Resposta Administração de conflitos e trabalho em equipe Um dos grandes desafios de qualquer gestor na atualidade consiste justamente na formação de uma equipe de trabalho. Segundo Schutz (apud BERGAMINI, 2006), todo indivíduo tem três necessidades interpessoais: inclusão, controle e afeição. Ao se associar a um grupo, cada pessoa passará por diferentes formas de atendimento de suas necessidades. Você já percebeu que muitas vezes nos colocamos diante de grupos que não tínhamos nenhum contato? Exemplo: faculdade. Solidariedade mecânica: filiação a algum grupo independe de nossa vontade. Solidariedade orgânica: panelinhas. Processo grupal: fenômenos grupais passam a atuar sobre os indivíduos e grupo. Coesão grupal: é uma forma que os indivíduos têm para que seus membros sigam as regras estabelecidas e se obtenha a fidelidade desses. Trabalho em equipe De acordo com Borges e Albuquerque (apud ZANELLI, 2006), o processo de socialização implica sempre certo conformismo porque o indivíduo se insere em um contexto de normas e costumes previamente definidos por outros. Fonte: Relações de trabalho em grupo. ZANELLI, J. C. Interação humana e gestão: a construção psicossocial das organizações de trabalho. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2008. p. 374. Spector (2002): um grupo de trabalho consiste na união de duas ou mais pessoas que interagem umas com as outras e dividem algumas tarefas, visando a objetivos inter-relacionados. Wagner III e Hollenbeck (apud FIORELLI, 2000, p. 41): grupo é “um conjunto de duas ou mais pessoas que interagem entre si de tal forma que cada uma influencia e é influenciada pela outra”. Para eles, equipe é um tipo especial de grupo em que se evidencia: elevada interdependência na execução das atividades; um senso de identidade. Grupo ou equipe? Grupo ou equipe? Fiorelli (2000, p. 143) sugere um conceito de equipe que integra o funcionamento com o vínculo emocional, no qual: “Uma equipe é um conjunto de pessoas: com um senso de identidade, manifesto em comportamentos desenvolvidos e mantidos para o bem comum; [...] em busca de resultados de interesse comum a todos os seus integrantes, decorrentes da necessidade mútua de atingir objetivos e metas específicas.” Vínculo emocional ou interdependência são traços determinantes para a formação de uma equipe. Bergamini (2006) distingue dois tipos de pequenos grupos: o sociogrupo – aquele que se organiza e se orienta em função da execução ou cumprimento de uma tarefa; o psicogrupo – estruturado em função da polarização dos seus membros. Dubrin (2006) relaciona cinco tipos representativos de equipes: autogeridas, multifuncionais, de alta gerência, grupos de afinidades e equipes virtuais. Tipos de equipes de trabalho e seu desenvolvimento Desenvolvimento de equipes de trabalho Segundo Scholtes (1992), uma equipe passa por estágios razoavelmente previsíveis. Estágio 1 – formação ou iniciação: se inicia a formação da equipe, seus membros pesquisam as fronteiras do comportamento adequado ao grupo. Transição de indivíduo para membro. Estágio 2 – turbulência ou diferenciação: os membros da equipe começam a perceber a quantidade de trabalho que têm à frente e é comum entrarem em estado de pânico – difícil para a equipe. Estágio 3 – normas ou integração: restabelecimento do propósito central e membros se acostumam a trabalhar juntos. Estágio 4 – atuação ou maturidade: a equipe já definiu seu relacionamento e suas expectativas. Desenvolvimento de equipes de trabalho Entretanto, Albuquerque e Puente-Palacios (2004) se referem aos estágios de desenvolvimento do grupo como sendo: formação, conflito, normatização, desempenho e desintegração. As etapas de desenvolvimento de grupos e equipes de trabalho. Fonte: WAGNER III, J. A.; HOLLENBECK, J. A. Comportamento organizacional: criando vantagem competitiva. São Paulo: Saraiva, 1999. p. 225. Formação Conflito Normalização Desempenho Desintegração Fiorelli (2000): equipes constituemum espaço psicológico para compartilhar emoções e seu papel emocional compreende vários aspectos: Racionalização – a equipe adota determinado comportamento porque “todo mundo faz assim”, reduzindo a ansiedade que acompanha a decisão. Modelação – os integrantes chegam a imitar o eventual líder em identificação. Negação da realidade – pode emergir da necessidade inconsciente de manter a equipe. Ex.: relutância dos integrantes em utilizar novas tecnologias. Papel da equipe Papel da equipe Derivativo para carências afetivas – transferência da demanda por afeto que supervisores (e familiares) não suprem. Preservação da coesão – significa que as pessoas têm condições de liberar energia para superar as dificuldades. Espaço para representar, oportunidade de dar vazão a suas fantasias, ao lúdico. Espaço para catarse – em crise, tornam-se um espaço para emoções. Útero protetor – chance de isolamento, por espaço e tempo exclusivos, gera conforto emocional. Vantagens e desvantagens do trabalho em equipe Positivo: tratamento das informações e geração de ideias; redução da ansiedade em situações de incerteza; interpretação menos rígida dos fatos e probabilidade de evitar erros de julgamento; simplificação da supervisão e das comunicações; fidelidade às decisões tomadas e de sucesso em ações complexas; aceitação de diferenças e aproveitamento de potencialidades. Algumas situações a serem consideradas: cultura do consenso obrigatório, redução excessiva da supervisão e radicalização em decisões tomadas. Fonte: FILE0001487294405.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/ 174422>. Acesso em: 10 out. 2012. Conflito: “processo de oposição e confronto entre indivíduos ou grupos nas organizações – quando as partes exercem poder na busca das metas ou objetivos valorizados e obstruem o progresso de uma ou mais de outras metas” (WAGNER e HOLLENBECK, 1999, p. 283). Classificação de conflitos (FUSTIER, 2000, p. 12): Segundo os contrários: individuais ou coletivos; de igual para igual ou de autoridade; raiz está nas instituições ou nas pessoas; ideológicos ou neutros; espontâneos ou deliberados; solução construtiva o destruidora; do ter. Segundo a natureza do conflito: os fatos, as causas, objetivos, métodos e valores. Segundo as causas: interesses diretos, condições sociais e a organização, tensão psicológica e divergências intelectuais. A administração de conflitos A administração de conflitos Nesse sentido, a gestão moderna compreende que o conflito pode ser: Positivo (ou funcional) – se utilizado a nosso favor, para enriquecimento pessoal, como algo construtivo. Negativo (ou disfuncional) – se percebido como algo destrutivo. Cinco abordagens (WAGNER e HOLLENBACK, 1999): Competição – suplantar a outra parte, promovendo os próprios interesses. Acomodação em detrimento de seus próprios interesses, permitir à outra parte a satisfação de seus interesses. Abstenção – busca da neutralidade, ignorando o conflito. Colaboração – ação em direção a uma solução que atenda ambos. Transigência – mediante troca e sacrifício, busca satisfação parcial das necessidades das partes. A administração de conflitos Fonte: FILE551263252097.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/displa y/645078>. Acesso em: 10 out. 2012. Considerando a formação de uma equipe, de acordo com Wagner e Hollenbeck (1999), é fundamental que entre seus membros exista: I. Proximidade física. II. Vínculo emocional ou interdependência. III. Senso de identidade. IV. Competitividade e individualismo. Somente está correto o que se afirma em: a) I e II. b) I, II e III. c) II e III. d) II, III e IV. e) III e IV. Interatividade Considerando a formação de uma equipe, de acordo com Wagner e Hollenbeck (1999), é fundamental que entre seus membros exista: I. Proximidade física. II. Vínculo emocional ou interdependência. III. Senso de identidade. IV. Competitividade e individualismo. Somente está correto o que se afirma em: a) I e II. b) I, II e III. c) II e III. d) II, III e IV. e) III e IV. Resposta Roma antiga: restrição ao sentido de produção de plantas (agricultura). Cultura passou a ser também utilizada para se referir aos cuidados com as crianças (puericultura) e também agregou o sentido de culto aos deuses. No século XVIII: campo de conhecimento científico com Tylor (1958) – relacionou cultur (aspectos espirituais da comunidade) com a palavra civilization (produções materiais da coletividade), resultando no vocábulo inglês culture (conhecimentos, crenças, arte, moral, costumes adquiridos pelo homem como ser social). Cultura e clima organizacional: dimensões da diversidade A contribuição de Tylor: sistematizou pela primeira vez uma concepção de cultura com base antropológica, focando os aspectos simbólicos que permeiam todos os fatores inclusos na interação humana. Aspectos simbólicos de uma cultura que se apresenta em suas vestimentas, expressão de costumes, por exemplo. Cultura e clima organizacional Fonte: <http:// openphoto.net/gallery/image.html?image_id=15295 &hints=>. Acesso em: 10 nov. 2012. A partir de 1980, crescimento dos produtos japoneses no mercado mundial e declínio dos produtos americanos. Cultura organizacional consiste no modelo dos pressupostos básicos que um dado grupo inventou, descobriu ou desenvolveu no processo de aprendizagem, para lidar com os problemas de adaptação externa e integração interna. Uma vez que esses pressupostos tenham funcionado bem o suficiente para serem considerados válidos, são ensinados como a maneira certa de se perceber, pensar e sentir em relação àqueles problemas (SCHEIN, 1990). O conceito e níveis de cultura organizacional Schein (1985) identifica 3 níveis: Elementos e funções da cultura organizacional Robbins (2004) indica sete características básicas, as quais mostram a essência da cultura de uma organização: inovação e assunção de riscos; atenção aos detalhes; orientação para resultados; orientação para as pessoas; orientação para equipe; agressividade; estabilidade. Características de uma cultura organizacional Valores – são definições do que é importante para atingir o sucesso. Crenças e pressupostos – geralmente utilizados para expressar aquilo que é tido como verdade na organização. Ritos, rituais e cerimônias – atividades planejadas para tornar a cultura mais visível e coesa. Histórias e mitos – narrações e eventos que informam sobre os mitos das organizações, às vezes sem sustentação nos fatos. Tabus – são proibições, com ênfase no não permitido. Elementos da cultura organizacional Normas – regras que falam sobre o comportamento esperado e adotado pelo grupo. Heróis – personagens, natos ou criados, que condensam a força da organização. Processo de comunicação – inclui a rede de relações, papéis informais, “radio peão”, por exemplo. Tem a função de transmitir e administrar a cultura. Símbolos – objetos e ações ou eventos dotados de significados especiais e que permitem aos membros da organização trocarem ideias complexas e mensagens emocionais. Elementos da cultura organizacional Papéis positivos: proporciona um senso de identidade, papel de divisor de fronteiras entre organizações, favorece o comprometimento, estimula a estabilidade do contexto social e diminui a ambiguidade no ambiente de trabalho. Pode tornar-se um problema numa organização de cultura muito arraigada, que necessite enfrentar processos de mudança, em função de mudanças externas. Pode funcionar como barreiras às mudanças necessárias, à diversidade, a fusões e aquisições. Funções da cultura organizacional A gestão da cultura organizacional O processo de criação de uma cultura ocorre de três maneiras ou etapas. Processos de fusão ou aquisição. Estratégiasque poderiam ser usadas para mudar a cultura organizacional incluem o desenvolvimento de um planejamento estratégico (missão e visão compartilhadas) – definir objetivos. Filosofia dos fundadores da organização Critérios de seleção Dirigentes Socialização Cultural organizacional Existem também subculturas dentro das organizações. Cultura organizacional e cultura nacional. Traços de nossa cultura brasileira (ZANELLI e SILVA, 2004). A diversidade e a cultura organizacional SILVA, N.; ZANELLI, J. C. Cultura organizacional. In : ZANELLI, J. C.; BORGES-ANDRADE, J. E.; BASTOS, A. V. (Org.) Psicologia, organizações e trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2004. p. 420. Dimensões culturais Características Coletivismo Alta distância do poder Nível elevado de incerteza Foco no curto prazo Crença de que as pessoas são más e não confiáveis. O grupo referência é a família os amigos e “os” mais chegados”. Os trabalhadores não qualificados esperam um relacionamento distante. Tendência à centralização organizacional. Diferença interna de salário é alta. O trabalho administrativo é mais valorizado em relação ao trabalho manual. O trabalho é definido de modo rígido e detalhado. O conflito é visto como indesejável. Os gerentes são detalhista e possuem Autonomia restrita A perspectiva dominante é no curto prazo. O planejamento não é rígido. As coisas vão sendo feita na mediada em que vão correndo. Tudo pode ser mudado a qualquer momento. Múltiplas coisas são feitas ao mesmo tempo. Analisando o papel profissional O papel fundamental do departamento de Recursos Humanos nas organizações tem sido o de “guardião da cultura” (FREITAS, 1991). Avaliação da cultura organizacional é essencial para o diagnóstico da instituição e projetos de intervenção. Objetivar a transformação social. Constante reflexão crítica sobre nossa percepção, identificando até que ponto não estamos absorvidos pelos elementos da cultura organizacional e como precisamos manter certo distanciamento na busca de alternativas de mudança. Segundo a metodologia de Schein (1985), a cultura de uma organização pode ser apreendida em três níveis. O nível que corresponde ao clima organizacional, de maior facilidade de observação, denomina-se: a) Artefatos visíveis. b) Valores. c) Pressupostos inconscientes. d) Pressupostos básicos. e) Igual nos três níveis. Interatividade Segundo a metodologia de Schein (1985), a cultura de uma organização pode ser apreendida em três níveis. O nível que corresponde ao clima organizacional, de maior facilidade de observação, denomina-se: a) Artefatos visíveis. b) Valores. c) Pressupostos inconscientes. d) Pressupostos básicos. e) Igual nos três níveis. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
Compartilhar