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Diretrizes para o bem estar animal que devem ser seguidas durante o manejo pré-abate de acordo com a legislação brasileira Os animais devem ser transportados apenas se estiverem em boas condições físicas. Os manejadores devem compreender o comportamento dos animais. Animais machucados ou sem condições de moverem-se devem ser abatidos de forma humanitária imediatamente. Os animais não devem ser forçados a andar além da sua capacidade natural procurando-se evitar quedas e escorregões. Não é permitido o uso de objetos que possam causar dor ou injúrias aos animais. O uso de bastões elétricos só deve ser permitido em casos extremos e quando o animal tiver clareza do caminho a seguir. Animais conscientes não podem ser arrastados ou forçados a moverem-se caso não estejam em boas condições físicas. Os veículos de transporte em bom estado de conservação e adequação da densidade. A contenção dos animais não deve provocar pressão e barulhos excessivos. O ambiente da área de descanso deve ser iluminado e apresentar piso bem drenado. Durante a espera no frigorífico, deve-se supri-los com suas necessidades básicas como fornecimento de água, espaço, condições favoráveis de conforto térmico. O abate deverá ser realizado de forma humanitária, com equipamentos adequados para cada espécie. Equipamento de emergência deve estar disponível, em caso de falha do primeiro método de insensibilização. Princípios do abate humanitário Animais não devem ser tratados com crueldade. Evitar o estresse desnecessário dos animais. Sangria deve ser rápida e completa. Método de abate higiênico, econômico e seguro. Métodos de insensibilização para bovinos, aves e suínos Mecânico - Insensibilização por dardo cativo, os equipamentos de dardo cativo tem como finalidade causar perda imediata da consciência, a força causada pelo impacto do dardo contra o crânio do animal produzirá concussão cerebral o que o torna inconsciente. Insensibilização elétrica – eletronarcose. Atmosfera Modificada: CO2. Abate religioso. Etapas de descanso, jejum e dieta hídrica no manejo pré abate Descanso: tempo necessário para acalmar o estresse do transporte. Jejum: facilita a evisceração da carcaça. Dieta hídrica: fundamental para os animais recuperarem da desidratação causada pelo transporte. Escaldagem Objetivo: favorece a retirada das cerdas através da abertura dos poros e promove a redução de carga microbiana da superfície das carcaças. Parâmetros: água quente, em torno de 65º C, a passagem pela escaldagem dura cerca de um minuto. Resfriamento das carcaças de frango pela imersão em água fria Esta operação é realizada em tanques semicilíndricos, dotados de um helicoide interno que se move lentamente, promovendo o deslocamento das carcaças. As carcaças de frangos são mergulhadas e transportadas em uma mistura de água e gelo, sendo resfriadas desde aproximadamente 40 °C até 4 °C (no ponto mais quente, considerado o centro do músculo peitoral) na saída do equipamento. Mudanças que ocorrem no processo de conversão do músculo em carne Diminuição das fontes de energia (ATP, ADP, fosfocreatina), diminuição das reservas de glicogênio do músculo, produção e acúmulo de ácido lático, diminuição do pH da carne, elevação da temperatura e rigor mortis. Principais características da carne DFD e PSE DFD: seca, firme e escura. Baixa acidificação (pH final 6,5 a 6,8) favorecimento da deterioração microbiana, baixa vida comercial, alta CRA, aplicação em produtos em que se pretende reter água PSE: pálida, mole e exsudativa. pH cai rapidamente (pH 5,4 a 5,5 - 45 min) , favorecimento a conservação da carne, desnaturação protéica excessiva, baixa CRA, perdas por gotejamento, aplicação em produtos que se pretende perder água. Diferenças entre o congelamento lento e o congelamento rápido. Congelamento lento: cristal de gelo grande, preferência de formação extra- celular e grandes modificações nos alimentos. Congelamento rápido: cristal de gelo pequeno, formados dentro e fora da célula, modificam pouco as células. Maturação da Carne É o amaciamento progressivo da carne durante certo período de estocagem sob refrigeração. Esse processo de degradação das proteínas da miofibrila e a relação com a maciez da carne ainda não está totalmente esclarecido. Queda de pH – quebra da integridade das células; Liberação do Ca+2 contido no retículo sarcoplasmático; Ativação das proteases ativadas pelo cálcio (Calpaínas: presentes no sarcoplasma e aparecem sob duas formas - calpaína-m e calpaína-m). Degradação da linha Z, tropomiosina e titina O complexo actomiosina não é desfeito Inibidas pela ação das Calpastatinas. Calpastatinas: A quantidade no músculo varia com a raça, animais que possuem tipicamente uma carne mais “dura” apresentam um conteúdo elevado dessa enzima. O alto conteúdo de calpastatina limita a extensão da proteólise postmortem das calpaínas. Animais com elevada atividade de calpastatina, usualmente produzem carne menos macias, mesmo após um período de maturação de 14 dias Catepsinas: Enzimas proteolíticas presentes nos lisossomos, são liberadas postmortem e tem uma atividade máxima em condições ligeiramente ácidas (pH < 6,0). Degradam: proteínas miofibrilares (troponina T, titina, nebulina, desmina) e alguns enlaces cruzados do colágeno.
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