Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A psicologia experimental proporcionou a base histórica para o campo da psicologia organizacional. Seus princípios e técnicas, como os testes psicológicos, foram aplicados por inúmeros psicólogos experimentais para solucionar problemas em organizações. O psicólogo Robert Yerkes convenceu o exército a utilizar testes psicológicos durante a Primeira Guerra Mundial, outras influências surgiram de áreas como engenharia industrial, administração, psicologia social e sociologia. Apesar de a psicologia organizacional ter se difundido principalmente nos Estados Unidos, ela tem sido adotada em diversos países, especialmente em países industrializados. Psicologia é a ciência do comportamento humano, das cognições, da emoção e da motivação. Psicologia Organizacional é a aplicação de princípios psicológicos no ambiente de trabalho, não lida diretamente com problemas emocionais, se preocupa em compreender o comportamento individual e aumentar o bem-estar dos funcionários no ambiente de trabalho. A psicologia organizacional contém duas principais divisões: industrial (ou pessoal) e organizacional. Cada uma delas surge a partir de tradições diferentes na história dessa área de conhecimento. O lado industrial (ou pessoal) é a alça mais antiga da organizacional e assume uma perspectiva administrativa da eficiência organizacional por meio da utilização dos recursos humanos, ou pessoas. Ela se ocupa da eficiência no planejamento do trabalho, seleção, treinamento e avaliação de desempenho dos funcionários. Já o lado organizacional da área se desenvolveu a partir das relações humanas nas organizações, procurando compreender o comportamento dos funcionários e melhorar seu bem- estar no ambiente de trabalho. Se ocupa de atitudes e comportamento do funcionário, estresse no trabalho e práticas de supervisão. Os principais tópicos das áreas não devem ser caracterizados apenas como industriais ou organizacionais. A motivação, por exemplo, é relevante tanto para o lado industrial, que inclui a eficiência e o desempenho do funcionário, quanto para o lado organizacional, que se ocupa da felicidade e do bem-estar dos funcionários. Juntas, as áreas industrial e organizacional, sugerem a ampla natureza da psicologia organizacional. Objetivos da Psicologia Organizacional Auxiliar o funcionamento das organizações; Melhorar o bem- estar no trabalho; Melhorar a execução do trabalho. Psicologia Organizacional Laura P. da Encarnação História da Psicologia Organizacional A psicologia organizacional surgiu no século XX, com raízes no final do século XIX, existindo praticamente desde o início do campo da psicologia. Dentre os grandes pioneiros da área podemos citar Hugo Münsterberg e Walter Dill Scott. Psicólogos experimentais e professores universitários que se voltaram à aplicação da psicologia para solucionar problemas das organizações. Münsterberg se interessava pela seleção de funcionários e a utilização de testes psicológicos. Scott tinha muitos interesses em comum com Münsterberg, além da psicologia na publicidade. Frederick Winslow Taylor, eram um engenheiro que passou a carreira estudando a produtividade de funcionários no final do século XIX e início do século XX. Desenvolveu a administração científica, uma abordagem para gerir trabalhadores de manufatura em fábricas, esta sugere que: Outra influência da engenharia surge com o casal Frank e Lillian Gilbreth, eles estudaram maneiras eficientes de realizar as tarefas, combinando os campos da engenharia e da psicologia a fim de analisar como as pessoas realizavam as tarefas. A contribuição mais conhecida deles foi o estudo do tempo e movimento, que mede e cronometra os movimentos das pessoas ao realizar as tarefas, procurando desenvolver maneiras mais eficientes de trabalhar. A Primeira Guerra Mundial marcou o início da utilização da psicologia organizacional para ajudar nos esforços, a entrada dos EUA em 1917 encorajou vários psicólogos, liderados por Robert Yerkes, a oferecerem seus serviços ao exército. O grupo desenvolveu testes de capacidade mental, devido ao grande problema do exército em alocar os novos recrutas às funções mais adequadas às suas habilidades e os recém-inventados testes psicológicos pareciam uma maneira eficiente de resolver esse problema. Os testes proporcionaram uma base para os testes em massa que têm sido cada função deve ser analisada para especificar a melhor maneira de realizá-la; os funcionários devem ser selecionados (contratados) de acordo com características relacionadas a seu desempenho no trabalho; os gestores devem estudar seus funcionários para descobrir quais características pessoais são importantes; os funcionários devem ser treinados para realizar suas tarefas no trabalho; os funcionários devem ser recompensados pela produtividade, visando incentivar altos níveis de desempenho. utilizados deste então em contextos educacionais. Hawthorne investigou os efeitos do nível de iluminação com o objetivo de identificar se o nível de iluminação é capaz de otimizar o desempenho em uma tarefa de manufatura. No experimento, um grupo de funcionários era levado a um cômodo especial no qual os níveis de iluminação eram manipulados; as luzes eram intensificadas e reduzidas de um dia ao outro para verificar os efeitos dessa variação na produtividade. Porém, durante o experimento, a produtividade aumentava e parecia ter pouca relação com os níveis de iluminação. A explicação mais discutida é que o próprio fato de saber que se está participando de um experimento causava uma melhoria do desempenho, o que passou a ser chamado de efeito Hawthorne. Chegou-se a conclusão de que os fatores sociais podem ser mais importantes que os fatores físicos no desempenho das pessoas no trabalho. A Segunda Guerra Mundial estimulou mais ainda o campo da psicologia organizacional. Os psicólogos se ocupavam de problemas pessoais e organizacionais, como a seleção de recrutas, alocação deles em diferentes funções, treinamento, moral, avaliação de desempenho, desenvolvimento de equipes e design de equipamentos. Após a guerra, as duas áreas da psicologia organizacional continuaram a se expandir. Arthur Kornhauser conduziu pesquisas sobre como as condições de trabalho podem afetar tanto a saúde mental quanto a vida pessoal dos funcionários, constituindo alguns dos primeiros trabalhos americanos na área que hoje conhecemos como psicologia da saúde ocupacional. Outro evento que influenciou o campo da psicologia organizacional foi a aprovação da Lei dos Direitos Civis. Em 1964, a discriminação contra as minorias tornou-se ilegal, fazendo com que as organizações precisassem mudar a forma de contratação e o dia a dia na empresa. Os psicólogos foram consultados para criar procedimentos que pudessem eliminar a discriminação no ambiente de trabalho. Atividades do Psicólogo Organizacional Análise da tarefa; Solucionar problemas; Pesquisar sentimentos e opiniões dos funcionários; Projetar sistemas de seleção; Projetar programas de treinamento; Implementar mudanças organizacionais; Avaliar a eficiência de uma atividade; Criar tarefas mais adequadas; Melhorar o ambiente; Criar um clima melhor; Criar organizações que funcionem melhor; Melhorar a execução de um trabalho. Ética na Psicologia Organizacional A filosofia básica no âmbito da organizacional diz que os psicólogos devem dar o melhor de si para não provocar danos e problemas a outras pessoas por meio de seu trabalho profissional. O objetivo da profissão consiste em melhorar as condições humanas por meio da psicologia, ajudar as organizações a funcionarem melhor e ajudar a melhorar o bem-estar dos funcionários. Os princípios éticos da psicologia organizacional são: Competência: • Só fazer o que souber fazer; Integridade: • Ser justo e honesto; Responsabilidade científicae profissional: • Manter comportamento profissional; Responsabilidade social: • Usar suas habilidades em benefício da sociedade; Respeito aos direitos e deveres das pessoas: • Respeitar privacidade; Bem-estar dos outros: • Ajudar as pessoas.
Compartilhar