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ENFERMAGEM ONCOLÓGIA – 4º AVD CONSULTA DE ENFERMAGEM ONCOLÓGICA Discente: Mariana Vieira Docente: Mariana Bittencourt INTRODUÇÃO: A consulta de enfermagem é uma atividade desenvolvida pelos enfermeiros, que utiliza componentes do método científico para a identificação de situações que englobam saúde-doença, diagnósticos, implementação e prescrição de cuidados que contribuem para a promoção, recuperação e reabilitação do indívudo. Desse modo, o enfermeiro deve conduzir as orientações sem impor suas concepções, preservando, as crenças, as normas, os valores e a realidade socioeconômico do paciente. Gerando, uma melhor interação pessoal positiva que favorece a aproximação do enfermeiro com o viver das pessoas auxiliando, sobremaneira, na identificação dos seus reais problemas de saúde. No âmbito da oncologia, o profissional de enfermagem deverá considerar o paciente como uma pessoa que tem necessidades de saúde, respostas humanas e padrões de vida individuais. Criar um ambiente terapêutico depende da habilidade do enfermeiro de se comunicar, confortar e ajudar os pacientes a satisfazer suas necessidades. As estratégias de conforto usadas pelos enfermeiros fazem com que os pacientes se sintam protegidos, seguros, relaxados e aptos para enfrentar a dor e o desconhecido. Os enfermeiros deverão estar atentos com relação ao bem-estar emocional do cliente, dando todo o suporte necessário. Deve estar voltada para a assistência integral, aproximando-se do cliente, para que esta sinta confiança e se sinta à vontade estabelecendo uma comunicação aberta com a enfermagem. 2. CONSULTA DE ENFERMAGEM ONCOLÓGICA - Identificação: nessa etapa deverá ser colhido os dados pessoais do cliente como: nome, data de nascimento, idade, genêro, ocupação, etnia, estado civil, filhos, número de telefone etc. - Histórico de enfermagem: nesse momento da consulta, deverá ser perguntado se há patologias pregressas como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, cardiopatia, avc etc. Utilização de medicamentos, se já foi feito cirurgias, se há alergias. O antecedentes familiares também é importante. - História patológica atual: nesse momento da consulta, será abordado sobre o câncer atual, localidade, tratamento, protocolo de quimioterapia, dia e intervalo da quimioterapia, queixas, conhecimento do cliente sobre a doença. - Hábitos de saúde: perguntar se o cliente fuma, faz uso de bebidas alcoólicas e outras drogas, se faz atividade física, alimentação, qual o padrão de sono e etc. - Exame físico: deverá ser feito exame físico cefalocaudal e além disso, verificar o peso, altura, IMC, superfície corporal, pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória, saturação de oxigênio, temperatura, se há presença de dispositivos, avaliação da cavidade oral, integridade cutânea, dor, status performance, risco para queda e úlcera por pressão e campo para a descrição de outras alterações observadas no decorrer do exame físico. Deverá ser observado na consulta de enfermagem, a disposição para o autocuidado do paciente, se há necessidades de auxílio e se há, verificar se o acompanhante/familiar está conseguindo suprir as demandas. Além disso, fazer educação em saúde quanto aos cuidados em casa. - Diagnósticos de Enfermagem: realizar os diagnósticos conforme a avaliação. - Planejamento de Enfermagem: planejamento dos resultados esperados da assistência de enfermagem. - Intervenções de enfermagem: realizar a prescrição de enfermagem conforme os diagnósticos. Diagnósticos de Enfermagem para pacientes oncológicos em quimioterapia Cuidados de Enfermagem para pacientes oncológicos em quimioterapia 1. Ansiedade Realizar escuta ativa. 2. Distúrbio de imagem corporal Oferecer apoio emocional. 3. Náuseas Realizar administração de antieméticos conforme prescrição médica. 4. Medo Esclarecer dúvidas e oferecer apoio psicológico. 5. Baixa autoestima situacional 6. Insônia Promover ambiente confortável. 7. Nutrição alterada: abaixo das necessidades corporais Estimular ingestão da alimentação saudável; 8. Risco de sofrimento espiritual Oferecer apoio espiritual; 9. Tolerância de atividade diminuída Ajudar a fixar metas realistas em curto e longo prazo e a se apropriar do plano de exercícios; Auxiliar a elaborar um programa de treinamento da força coerente com o nível de aptidão muscular, os limites musculoesqueléticos, as metas de saúde funcional, os recursos necessários para equipamento dos exercícios. 10. Fadiga Promover ambiente favorável ao descanso; ORIENTAÇÕES QUANTO AOS MÉTODOS NÃO FARMACOLÓGICOS: 1. Os métodos não farmacológicos são complementares aos métodos farmacológicos, portanto, deverá ser consultado a equipe multiprofissional para melhor orientação. 2. A acupuntura, hipnose e estimulação elétrica transcutânea deverão ser fornecidas por profissionais habilitados, com qualificação profissional. 3. A musicoterapia, técnicas de relaxamento e aromaterapia poderão ser feitas no domicílio do paciente, conforme sua escolha. 4. Nem todos os métodos não farmacológicos poderão ser eficazes para todos os casos, portanto faz-se necessário testar o que o cliente gostar mais e se sentir bem. 5. Os tratamentos farmacológico não deverão ser pausados durante o uso das terapias complementares. Referência Bibliográfica: COELHO, Fernanda de Macedo. Consulta de Enfermagem em Oncologia: experiência de implantação. Universidade Federal de Santa Catarina. 2014. SANTOS, Aline Patrícia Costa et al. Processo de Enfermagem aplicado ao paciente oncológico. Disponível em: http://se.corens.portalcofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/02/Cap%C3%ADtulo-3-Oncologia.pdf RIBEIRO, Juliane Portella. Assistência de enfermagem ao paciente oncológico hospitalizado: diagnósticos e intervenções relacionadas às necessidades psicossociais e pscioespirituais. Revista Fund Care On-line. 2016. TOLENTINO, Giselia Santos. Construção e validação de instrumentos para consulta de enfermagem em quimioterapia ambulatorial. Revista Brasileira de Enfermagem. 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reben/a/kh3FjXdYGZcGNm4hzRHpQJk/?format=pdf&lang=pt
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