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HKB Heloá Kapor EXAME FÍSICO GERALEXAME FÍSICO GERAL Altura ➺Tipo morfológico ➺ Estado geral ➺ Nível de consciência ➺ Fácies ➺ Atitude ➺ Marcha ➺ Presença de palidez, icterícia e cianose ➺ Hidratação ➺ Presença de edema ➺ Mucosas ➺ Linfonodos ❤Outras medidas ➺Distância pubovértice: distância entre a sínfise púbica e o vértice da cabeça ➺Distância puboplantar: distância entre a sínfise púbica e a planta dos pés ➺Envergadura: distância entre os extremos dos dedos em paciente com abdução dos braços de 90º, sendo aproximadamente igual à altura A altura do indivíduo vai da planta dos pés até o vértice da cabeça (distância planta-vértice) ❤Recomendações ➺Uso de haste milimetrada ➺Paciente sem sapatos e com o queixo paralelo ao solo ➺Registrar em centímetros ➺"Em adultos, a altura deve ser medida na primeira consulta e, em crianças, avaliada em todas as consultas" O exame físico consiste na avaliação objetiva e subjetiva das características e sinais do paciente, relevantes para sua queixa. ❤ Quantitativo: avaliação de dados precisos ➺Altura ➺Peso ➺Circunferência abdominal e quadril ➺Pressão arterial ➺Pulso arterial ➺Frequência respiratória ➺Temperatura. ❤ Qualitativo: avaliação subjetiva do examinador em relação ao paciente. HKB Heloá Kapor peso O peso do indivíduo corresponde à sua massa total. ❤ Recomendações ➺Uso de balança antropométrica em quilogramas e em frações de 100 gramas ➺O paciente deve estar descalço e com roupas leves ➺Perguntar ao paciente seu peso habitual e quando foi realizada a ultima medição ➺O peso ideal nos adultos pode ser calculado pelo índice de massa corporal ➺É importante medir a circunferência abdominal e do quadril Índice de Massa Corporal (IMC) O IMC é calculado a partir da divisão do peso (P), em quilogramas, pela altura (A), em metros, ao quadrado. ❤Cálculo da relação cintura-quadril (RCQ): Divisão do valor da cintura abdominal pelo quadril. "As medidas de circunferência abdominal e quadril são importantes para a avaliação da obesidade, no que diz respeito à gordura visceral (gordura intra- -abdominal entre as vísceras)" ➺Avaliação do estado nutricional de um paciente. ➺Imprecisão: indivíduos com grande massa muscular podem ser classificados como apresentando sobrepeso ou obesidade Circunferência abdominal e quadril ❤Circunferência abdominal Medida com uma fita métrica posicionada a meia distância entre o rebordo costal e as cristas ilíacas ➺Homem: até 94 cm ➺Mulher: até 80 cm ➺Obesidade androide (1): a gordura se acumula mais no tórax e abdome, com deposição subcutânea e intra-abdominal - Risco para doenças crônicas, como AVC, diabetes e hipertensão ➺Obesidade ginecoide (2): gordura se acumula mais nas coxas, nádegas e regiões próximas à pelve com deposição somente subcutânea ❤ Quadril Medido com uma fita métrica no nível do trocânter femoral HKB Heloá Kapor sinais vitais Os sinais vitais são: pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória e temperatura. Eles fornecem informações críticas iniciais que frequentemente influenciam o tempo e direção da avaliação. ❤ Recomendações ➺Comece aferindo a pressão arterial e a frequência cardíaca. ➺Verifique a frequência respiratória sem alertar o paciente ➺A temperatura corporal pode ser aferida em vários locais, dependendo do paciente e do equipamento disponível. ❤ Características ➺ Frequência: número de pulsações por minuto, sendo o padrão para adultos de 60 a 100 pulsações/minuto. •Taquisfigmia: >100 pulsações/minuto •Bradisfigmia: < 60 pulsações/minuto ➺ Ritmo: quantidade de vezes em que há uma pulsação em intervalos iguais de aparecimento. •Rítmico: as pulsações possuem o mesmo intervalo •Arrítmico: os intervalos entre as pulsações são diferentes. ➺ Amplitude: sensação palpatória do examinador •Pulso amplo ou pulso cheio •Pulso mediano •Pulso filiforme ou pulso pequeno ➺ Tensão: pressão realizada pelo dedo do examinador para deter a onda pulsátil, Obs: depende da pressão arterial diastólica e das condições de parede arterial. Aferição dos batimentos de uma artéria superficial pela palpação ➺Deve ser avaliado, em uma primeira consulta, em mais de um local, comparando-se os pulsos entre cada hemicorpo e entre os membros inferiores e superiores. Pulso Arterial ➺Pulso radial Comprima a artéria radial com as polpas dos seus dedos indicador e médio até detectar a pulsação máxima, e a conte por 60 segundos. HKB Heloá Kapor ➺Pulso alternante: alternância de pulsações fracas e fortes características da insuficiência cardíaca. ➺Pulso dicrótico: sensação de uma segunda pulsação de menor intensidade como prolongamento da primeira Ex: baixo débito cardíaco; meningite ➺Pulso paradoxal de Kussmaul: exacerbação do fenômeno de variação do pulso, ou seja, do aumento da intensidade com a expiração e diminuição com a inspiração. Ex: pericardite ❤Recomendações ➺ O paciente deve estar sentado ou deitado, com o braço na altura do coração ➺ Deixar o paciente em repouso por 5 minutos ➺ O paciente não pode: • Estar com o a bexiga cheia • Ter pratico exercícios físicos nos últimos 60 minutos • Ter ingerido alimentos, bebida alcoólica ou café nos últimos 30 minutos • Ter fumado nos últimos 30 minutos ➺ Calcular o tamanho do manguito adequado • A largura do manguito a ser utilizado dependerá da circunferência do braço do paciente. encontrados os pulso de Corrigan (pulsações carotídeas amplas), sinal de Musset (movimento da cabeça), sinal de Müller (pulsação da úvula) e sinal de Quincke (ruborização pulsáteis das unhas dos dedos à compressão leve). ❤ Tipos de pulso ➺ Pulso parvus et tardus: filiforme e tardio Ex: Estenose aórtica ➺ Pulso céler (martelo-d’água): grande amplitude e curta duração Ex: insuficiência aórtica - neste quadro também são ➺ Após o desaparecimento do pulso radial deve-se insuflar o aparelho até atingir uma pressão de 20-30 mmHg acima. ➺ O início da desinsuflação é marcado como pressão sistólica ➺ A pressão diastólica deve ser considerado quando há o desaparecimento do som. Força exercida pelo sangue sobre as paredes arteriais ocasionada pelas contrações cardíacas. ➺Pulso bisferiens ou bífido: dois picos sistólicos por sístole. A segunda onda -> reflexão do pulso nas artérias. Ex: insuficiência aórtica grave Pressão Arterial • A largura da bolsa de borracha do manguito corresponda a 40% da circunferência do braço e seu comprimento envolva pelo menos 80% do braço. ➺ O manguito deve ser colocado 2 cm acima da fossa cubital HKBObs: "O diagnóstico de hipertensão arterial nunca deve ser baseado em umaúnica medida isolada da PA, sendo necessária a confirmação em pelo menosmais duas aferições em dias diferentes, a não ser que a PA sistólica registre valor≥ 180 mmHg e/ou PA diastólica ≥ 110 mmHg, sendo indicação de tratamentoimediato. Heloá Kapor ❤Classificação ❤Sons de Korotkoff Turbulência do sangue dentro de uma artéria parcialmente ocluída ➺ Fase I: representa a pressão sistólica; o batimento audível na artéria braquial; ➺ Fase II: corresponde a um período de silêncio, por existirem sons de muito baixa frequência; ➺ Fase III: reaparecimento dos sons; ➺ Fase IV: há alteração da intensidade dos sons, havendo um abafamento; ➺ Fase V: representação da pressão diastólica, com o desaparecimento dos sons. ❤ Pressão Arterial Média (PAM) Uma forma aproximada para calcular a PAM é por meio da aferição indireta da PA sistólica (PAs) e da PA diastólica (PAd) ❤Avaliação ➺Nos dois braços: diferença entre a PA dos braços deve ser até 20 mmHg ➺Na perna: não deve haver variação da pressão arterial entre o braço e a perna ➺Deitado e em pé: inicialmente, deve-se medir a PA do paciente após estar deitado por 5 minutos. A seguir, deve-se deixá-lo por 3 minutos em pé e medir novamente sua PA nesta posição. É esperada uma variação de até 20 mmHg na PA sistólica e até 10 mmHg na PA diastólica. Contagem do número de movimentos respiratórios que o paciente realiza – incursões diafragmáticas – em 1 minuto. ➺É necessário que o pacientenão perceba que se está avaliando a FR para que não altere conscientemente o ritmo respiratório. ➺Referência: 16 a 20 incursões por minuto • Taquipneia: > 20 incursões por minuto • Bradipneia: < 16 incursões por minuto ❤Pressão diferencial Diferença entre as pressões sistólica e diastólica. ➺Referência: 30 e 60 mmHg ➺Pressão convergente: a pressão diferencial está diminuída (Ex: hipotensão arterial aguda, insuficiência cardíaca grave, etc) ➺Pressão divergente: a pressão diferencial está aumentada (Ex: hipertireoidismo e insuficiência aórtica) Frequência respiratória HKB❤Febre"Distúrbio da termorregulação em que o limiar térmico hipotalâmico se encontraelevado. Com isso, mesmo com a temperatura maior que o normal, o pacientecom febre sente-se com frio e apresenta calafrios e palidez, por vasoconstrição,isso é, por mecanismos de produção e retenção de calor."➺Pirógenos: O pirógenos exógenos, substância secretada por microrganismosou liberada por tecidos em degradação, ativam a liberação de pirógenos endógenos que por meio das citocinas pirógenas causam a liberação do ácido araquidônico no SNC, produzindo prostaglandina E2 que aumenta o limiar térmico do hipotálamo. ➺Síndrome febril: elevação de temperatura associada a astenia, pele quente e seca, boca seca, sede, inapetência, cefaleia, taquicardia, taquipneia, taquisfigmia, sudorese, oligúria, dor no corpo, calafrios, náuseas, vômitos, delírio, confusão mental e até mesmo convulsões Heloá Kapor ➺Características da febre: • Início: se brusco ou insidioso. Perguntar sobre o horário de início, a presença de calafrios e outros sintomas da síndrome febril ou se foi imperceptível; • Intensidade: se a febre foi aferida - indicar os valores e o local de tomada; ❤Aferição A temperatura corporal é avaliada por uso de termômetro clínico graduado em graus Celsius. Temperatura Quantidade de calor de um corpo medida em graus Celsius. ➺ A interna, ou central, apresenta fisiologicamente uma variação de 0,6ºC para mais ou para menos, mantendo-se constante mesmo em situações de frio e calor extremos. ❤Fisiologia O equilíbrio entre a produção e a perda de calor é regulado pelo termostato hipotalâmico. • Produção de calor: a principal fonte de calor do organismo é o metabolismo energético • Perda de calor: dá-se principalmente pela superfície corporal. • Duração: horas, dias, semanas ou meses. A febre é considerada prolongada quando presente por mais de 10 dias; O tempo da aferição é torno de 3 min. O ideal é que se utilizem dois locais, sendo um interno e outro externo. Se houver diferença entre a interna e a externa, pode haver alterações orgânicas. HKB Heloá Kapor ❤Hipotermia "Diminuição da temperatura abaixo de 35ºC na axila ou 36ºC no reto pela redução da produção de calor ou aumento de sua perda." ➺ Hipotermia leve (32 a 35ºC): palidez, vasoconstrição, tremores, aumento da PA e taquicardia. ➺ Hipotermia moderada (30 a 32ºC): rigidez muscular, diminuição dos tremores, da PA e da frequência cardíaca. ➺ Hipotermia grave (menor que 30ºC): respostas comprometidas levando a um aumento da perda de calor, sonolência e coma. • Término: se abrupto, “em crise” (acompanhado de sudorese e prostração), lentamente ou “em lise” (não acompanhado de sintomas); • Modo de evolução: realizar o gráfico térmico, que é o registro da temperatura em uma tabela, dividida em dias e horas. A temperatura deve ser mensurada 1 ou 2 vezes ao dia, ou de 4 em 4 ou de 6 em 6 horas dependendo do caso, e registrada no gráfico. A curva térmica é utilizada para definir mais facilmente os tipos de evolução de febre: - Febre remitente: temperatura permanentemente elevada com variações de 0,3 a 1,4ºC, mas não há retorno aos valores normais – apirexia. - Febre intermitente: temperatura elevada com quedas a níveis normais. - Febre contínua: temperatura permanentemente elevada. - Febre hética, irregular ou séptica: grandes variações de temperatura ao longo do dia, maiores que 1,4ºC, com ocorrência de picos muito altos intercalados por períodos de temperaturas baixas ou períodos de apirexia. - Febre recorrente ou ondulante: períodos de febre sem grandes oscilações alternados com períodos de apirexia que podem durar de dias a semanas. - Febre invertida: febre com máxima amplitude pela manhã e mínima pela tarde. ❤Hipertermia "Aumento da temperatura corporal por aumento da produção de calor ou diminuição de sua perda. O termostato hipotalâmico não está alterado." HKB Heloá Kapor tipos morfológicos A definição dos tipos morfológicos relaciona a forma externa do corpo com a posição das vísceras, indicando variações anatômicas. ❤Brevilíneo (pícnico) • Segmento 2 é o maior; • Os membros são curtos em relação ao tronco; • O pescoço é curto e grosso; • A musculatura é desenvolvida e o panículo adiposo, espesso; • O tórax é alargado por aumento do diâmetro anteroposterior, tendendo a cilíndrico; • Há diminuição dos espaços intercostais; • O ângulo de Charpy é obtuso (< 90º); • Estômago tende a ser hipertônico; • O coração fica horizontalizado devido à posição alta do diafragma (aumento aparente) • Há tendência para baixa estatura. ❤Longilíneo (astênico) • Segmento 1 é o maior; • Os membros são longos em relação ao tronco; • O pescoço é delgado e longo; • A musculatura é delgada e o panículo adiposo, pouco desenvolvido; • O tórax é alongado e estreito (diâmetro anteroposterior); • Há alargamento dos espaços intercostais; • O ângulo de Charpy é agudo; • Estômago tende a ser atônico; • O coração fica verticalizado em virtude da posição baixa do diafragma; • Há tendência para estatura elevada. É baseada nos segmentos formados na divisão da distância entre a fúrcula esternal e a sínfise púbica: 1: Distância entre a fúrcula e o apêndice xifoide; 2: Distância entre o apêndice xifoide e o umbigo; 3: Distância entre o umbigo e a sínfise púbica ❤ Normolíneo (atlético) • Equilíbrio entre os membros e o tronco; • Desenvolvimento harmônico da musculatura e do panículo adiposo; • Ângulo de Charpy (junção dos rebordos costais com o xifoide) está em torno de 90º; • Sistema neuromuscular é equilibrado. ❤Displásico Qualquer desproporção das medidas dos segmentos. HKB Heloá Kapor Estado geral "Avaliação subjetiva do que aparenta o paciente em sua totalidade, classificado em bom ou mau. " ➺Estado nutricional ➺Aparência ➺Idade aparente x idade real ➺Facíes ❤Fácies mixedematosa: Sem expressão (apatia), infiltração do tecido celular subcutâneo (face arredondada), edema palpebral, acentuação dos sulcos faciais, nariz e lábios grossos, supercílios escassos, pele e cabelos secos e sem brilho ❤Fácies acromegálica: Aumento do volume da face em relação ao crânio: aumento do nariz, dos lábios, das orelhas, das arcadas supraorbitárias, da região malar e do mento. ❤Fácies esclerodérmica: Pele endurecida, aderente aos planos profundos e apergaminhada (fácies de múmia). Fácies inexpressiva, nariz fino, afilamento e repuxamento dos lábios. Com o tempo, esses pacientes tornam-se incapazes de abrir completamente a boca (microstomia) e os dentes costumam ficar para fora quando de boca fechada. Facíes "Compreende o conjunto de sinais exibidos na face do paciente, resultante dos traços anatômicos e da expressão fisionômica, o que permite a avaliação imediata do seu estado emocional, intelectual e de saúde." ❤Fácies leonina: Presença de lepromas que (nódulos de diversos tamanhos deformando principalmente as bochechas e o mento), queda dos supercílios (madarose), barba escassa ou ausente, lábios proeminentes e grossos, pele espessa e nariz alargado. ❤Fácies de lua cheia/cushingoide: presença de face arredondada (moon face), rubor facial, acne e hirsutismo. ❤Fácies de Hutchinson: Presença de ptose palpebral bilateral, elevação do supercílio, fronte franzida e cabeça inclinada para trás. ❤Fácies hipertireóidea (basedowiana): Olhos salientes (exoftalmia) e presença de bócio (aumento do volume tireoidiano). HKB Heloá Kapor ATITUDE ❤Fácieshipocrática: Afilamento dos traços faciais, nariz e lábios finos, palidez, suor constante, cianose discreta perilabial, olhos fundos, opacos e inexpressivos. ❤Fácies parkinsoniana: Fácies fixa, imóvel, inexpressiva, fronte enrugada, cabeça para a frente, pouca mobilidade palpebral, pele gordurosa, sialorreia, voz baixa e monótona. ❤Fácies renal: presença de edema em região periorbital associada a palidez. ❤Atitudes voluntárias ➺ Atitude ativa indiferente: não apresenta desconforto em qualquer posição. ➺ Atitude ativa forçada: posições adotadas pelos pacientes para aliviar a dor. • Atitude ortopneica: adotada para aliviar a falta de ar - o paciente fica recostado ou sentado à beira da cama, com os pés no chão e com os braços apoiados no espaldar de uma cadeira no intuito de melhorar a dispneia. Nos casos mais graves, os pacientes ficam deitados na cama recostando o tórax com a ajuda de travesseiros, no intuito de deixá-lo mais ereto; • Atitude genupeitoral: adotada na pancreatite e derrame pericárdico. O paciente fica ajoelhado com o tronco fletido sobre as coxas, a face anterior do tórax e o rosto, sobre as mãos, em contato com o chão • Atitude de cócoras • Atitude parkinsoniana: semiflexão da cabeça, do tronco e dos membros inferiores quando de pé e, ao caminhar, parece "buscar" o eixo de gravidade; • Atitude em decúbito lateral: reduzindo a movimentação dos folhetos pleurais • Atitude em decúbito dorsal: flexão das pernas sobre as coxas e sobre a bacia; • Atitude em decúbito ventral: de bruços, utilizar ou não um travesseiro debaixo do ventre; • Atitude em decúbito com variados graus de flexão da coluna: adotada nas lombalgias. ❤Fácies de demência: Mímica pobre, lábios entreabertos e olhar vago para o infinito. ❤Fácies adenoidiana: Nariz fino e pequeno, boca entreaberta, dentes à mostra e lábio inferior pendente. "Modo pelo qual o paciente se apresenta ao exame, no leito ou fora dele, por comodidade, hábito ou com o objetivo de conseguir alívio para algum padecimento." HKB Heloá Kapor Marcha ❤Fases 1. Fase de apoio: • ataque; • carga total; • impulso ou aceleração. 2. Fase de balanço: • aceleração; • balanço propriamente dito; • desaceleração. ❤Atitudes involuntárias ➺ Atitude passiva: ocorre nos pacientes em coma ou inconscientes, que fica na posição em que é posto no leito com a ausência de contração muscular. ➺ Ortótono: corpo reto, rígido e estirado. ➺ Opistótono: corpo vergado para trás, em forma de arco. ➺ Emprostótono: corpo forma concavidade voltada para diante, apresentando cabeça fletida, joelhos fletidos para cima encostando no peito (contrário do opistótono). ➺ Pleuróstono: corpo se curva para um dos lados. ➺ Atitude meníngica (ou em gatilho): hiperextensão da cabeça, na flexão das pernas sobre as coxas e no encurvamento do tronco com a concavidade para adiante. ➺Atitudes de segmentos do corpo: têm-se como exemplos o torcicolo e a mão pêndula da paralisia radial. "A marcha deve ser avaliada com o paciente descalço, desnudo (de calção), caminhando a certa distância, inicialmente com os olhos abertos e, depois, fechados, indo e voltando. " "Caracteriza-se por diminuição ou desaparecimento da cor rósea (descoramento) da pele e das mucosas" ❤Avaliação: ➺Regiões palmoplantares ➺Face ➺Mucosa palpebrar e das conjuntivas ➺Mucosa oral ➺Enchimento capilar: a microcirculação que traduz o fluxo sanguíneo é avaliado a partir de compressão digital no leito ungueal, na polpa digital ou no lobo da orelha, observando o tempo de retorno à cor normal da pele (em média de 1 segundo). ❤Gravidade: 1+ a 4+ ❤Classificação: pode ser localizada e segmentar, quando observada apenas em área restrita, ou generalizada, quando observada em toda a pele e mucosas. palidez HKB Heloá Kapor cianose "Coloração amarelada da pele e mucosas resultante do acúmulo de bilirrubina no sangue, em razão da dosagem plasmática de bilirrubina acima de 2 mg/100 mL, ocorrendo então a impregnação de tecidos ricos em elastina." ❤Avaliação: ➺Conjuntiva ocular ➺Região sublingual ➺Freio lingual ➺Pele em luz natural ❤Gravidade: anictérico (ausência de icterícia) ou ictérico (1+ a 4+) "Coloração azulada ou arroxeada da pele e das mucosas que ocorre sempre que houver aumento da hemoglobina reduzida – a hemoglobina não ligada ao oxigênio – em valores superiores a 5 g/100 mL." ❤Avaliação ➺Lábios ➺Ponta do nariz ➺Língua e região sublingual ➺Eminências malares ➺Lobos da orelha ➺Leitos ungueais ➺Polpas digitais ❤Gravidade: acianótico (ausência de cianose) ou cianótico (1+ a 4+) icterícia ❤Tipos de Cianose ➺Cianose central: "oxigenação inadequada do sangue arterial e os tecidos apresentam consumo de oxigênio normal." 1. diminuição da tensão de oxigênio do ar inspirado: grandes altitudes. 2. hipoventilação – o ar inspirado não chega em quantidade suficiente para que haja a hematose. • respiração rápida e superficial • obstrução das vias respiratórias • diminuição da superfície respiratória • diminuição da expansão respiratória 3. curto circuito venoarterial (shunt): o sangue venoso passa diretamente do coração direito para o esquerdo, sem ser oxigenado pelos pulmões ➺Cianose periférica: o sangue chega suficientemente oxigenado aos capilares, porém a circulação capilar está lentificada 1. aumento local da pressão venosa 2. aumento geral da pressão venosa 3. obstrução na circulação por oclusão 4. transtornos vasomotores ➺Cianose mista ➺Cianose por alteração de hemoglobina: meta ou sulfa-hemoglobinemia HKB Heloá Kapor Estado de hidratação "O estado de hidratação de um paciente depende do equilíbrio entre a oferta adequada de água e eletrólitos, de acordo com a necessidade, e a sua perda" ❤Etiologia ➺ Aumento da pressão hidrostática; ➺ Aumento da permeabilidade capilar decorrente de processos inflamatórios; ➺ Retenção de sódio; ➺ Obstrução dos vasos linfáticos; ➺ Diminuição da pressão oncótica. ❤Classificações: ➺Gravidade: 1+ a 4+ ➺Consistência: mole ou duro ➺Elasticidade: elástico ou inelástico ➺Temperatura ➺Sensibilidade ➺Coloração ➺Textura e espessura da pele ➺Sinal de Godet ou cacifo: observa-se depressão (fóvea) no local da compressão "Aumento da quantidade de líquido intersticial e/ou intracelular caracterizado por um balanço positivo de sódio, o edema é observado clinicamente na pele e no tecido celular subcutâneo." edema ❤Avaliação ➺Umidade das mucosas ➺Umidade lingual e oral ➺Turgor, elasticidade e umidade da pele ❤Classificação: hidratados ou desidratados (1+ a 4+) • leve ou 1º grau – perda de até 5% do peso corporal; • moderada ou 2º grau – perda de 5 a 10% do peso corporal; • grave ou 3º grau – perda maior que 10% do peso corporal. ❤O paciente desidratado apresenta: •Pulso: Frequência aumentada e amplitude reduzida (filiforme) •Pressão sanguínea: diminuída •Turgidez da pele: diminuída •Globos oculares: macios e afundados •Membranas mucosas: secas •Excreção urinária: volume reduzido e concentração aumentada •Consciência: diminuída HKB Heloá Kapor nível de consciência Avaliação do grau de vigília do paciente. A consciência pode estar preservada (consciente) ou rebaixada (obnubilação, sonolência, torpor e coma). Obs: Confusão mental diz respeito a qualquer grau de rebaixamento do nível de consciência com exceção do coma. ❤Escala de Glasgow Pontuação final = Abertura ocular [1 a 4] + Resposta verbal [1 a 5] + Resposta motora [1 a 6] – Reatividade Pupilar [0 a 2] A análise da gravidade do comprometimento neurológico é baseada em quatro critérios: abertura ocular, resposta verbal, resposta motora e reatividade pupilar, os quais são pontuados individualmente e sua soma varia de 03 a 15 caracterizando o paciente com lesão leve, moderada ou grave . Referências bibliográficas *Propedêutica médica da criança ao idoso - Irineu Francisco Delfino Silva Massaia, José Francisco Bonadia; 2. ed. -São Paulo : Atheneu Editora, 2015. *https://www.sanarmed.com/escala-de-coma-de-glasgow-o-basico-que-todo- profissional-de-saude-deve-saber-colunistas *https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/acidente-vascular-cerebral-(AVC)- no-adulto/glasgow
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