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Técnicas de Anestesia Local para Maxila 1 – Injeção Supraperiosteal (nervo alveolar superior anterior e médio) • Técnica de anestesia local mais utilizada para os dentes superiores; • Simples execução e elevada taxa de êxito; Quando executa essa técnica dente, além da anestesia pulpar do dente também vai anestesiar os tecidos moles vestibulares. Os tecidos palatinos são anestesiados com outra técnica DESVANTAGEM • Geralmente para anestesia de um único dente (áreas pequenas): (dente e tecidos moles VESTIBULAR - Áreas maiores, mais punções; (Se for mais de um dente tem que anestesiar um por um) - Maior volume de anestésico; - Dor; - Reinserção da agulha, trauma; - Indicação de outras técnicas ➢ Indicações: - Anestesia pulpar dos dentes superiores (limite de dois dentes, mas o alvo sempre será apenas um); - Anestesia de áreas circunscritas de tecido mole vestibulares adjacentes (só aquela região que aplicou o anestésico) É uma técnica indicada para os dentes superiores até os pré-molares (incisivos, caninos e pré- molares) ➢ Pontos anatômicos de referência: Vai em direção ao ápice do dente quer anestesiar tomando como referência o fundo de saco do vestíbulo, com a agulha sempre em 45° e com o bisel voltado para o osso (agulha a 45° porque o bisel também tem o ângulo de 45° e quando faz essa angulação esta aproximando ainda mais a pontinha da agulha no alvo) Prega muco-vestibular/coroa e raiz dentária, 45 graus, em direção ao ápice do elemento a ser anestesiado, com bisel voltado para o osso Ponta da agulha a 45° consegue chegar bem perto do alvo assim consegue usar uma menor quantidade de anestésico É chamado de técnica supraperiosteal porque não vai encostar a agulha no osso, o anestésico vai ser depositado em uma região acima do periósteo Se encostar a agulha no nosso e aplicar o anestésico abaixo do periósteo a anestesia vai acontecer, o problema é que à medida que vai injetando o anestésico abaixo do periósteo ele vai descolando do osso e isso incomoda muito o paciente. Para não encostar tem que afastar bem a mucosa, usar a agulha curta e entrar com ± um terço dela ➢ Exemplos de execução: A mesma técnica para os dois nervos, só vai mudar o local. • Nervo Alveolar Superior Anterior: - Caninos e Incisivos; • Nervo Alveolar Superior Médio: - Pré-Molares superiores. Essa técnica é mais complicada em molares por causa da espessura da cortical óssea, que nessa região é mais espessa por causa do processo zigomático da maxila. Quando mais espessa é a cortical óssea mais difícil do anestésico difundir pelo osso e chegar no ápice do dente. Para molares em maxila a técnica usada para bloquear o nervo alveolar superior posterior não é a supraperiosteal. Vai ter como alvo a região posterior da máxima (região das foraminas alveolares, que são pequenas perfurações ósseas por onde o nervo alveolar superior posterior penetra na maxila 2 – Bloqueio do N. Alv. Sup. Posterior • Elevada taxa de êxito; • Eficiente para o 3º, 2º e 1º * (77% dos pac.), osso e tecido mole vestibulares associados a esses dentes; Pegadinha de prova: a raiz mésio vestibular do primeiro molar superior NÃO é inervada pelo nervo alveolar superior posterior. Ela é inervada pelo nervo alveolar superior médio. Então quando quer abordar o primeiro molar superior tem que complementar a anestesia (anestesiar o nervo alveolar superior posterior e o médio) • Risco de hematomas / injeção IV: (nessa região tem uma estrutura nobre e vascular muito importante que é o plexo venoso piterigóide e por isso tem que fazer uma aspiração bem feita) - Uso de agulhas curtas; (para minimizar a chance de injeção intravascular e que entre muito com a agulha) - Tamanho do paciente; ➢ Indicações: - Tratamento de dois ou mais molares superiores (menos punções e menor volume); - Impossibilidade ou ineficácia de injeção supraperiosteal; ➢ Pontos anatômicos de referência: Prega mucovestibular, acima do 2º molar superior, direcionado à borda posterior da maxila (acima do tuber), com dupla angulação. Pegar o segundo molar como referência na região de fundo de saco de vestíbulo e vai tanto em direção posterior quanto em direção medial para atingir a região posterior da maxila (para atingir as foraminas alveolares) 3 – Bloqueio do N. Infraorbitário Anestesia do incisivo central até o pré-molar • Técnica segura, de alta taxa de sucesso; • Bloqueio pulpar, tecidos moles vestibulares e osso, desde o ICS até PM (72% dos pacientes); • Menor volume da solução, quando comparado ao bloqueio do N. Alveolar Superior Anterior; • Técnica pouco difundida: - Medo de lesão ao globo ocular; - Necessidade de treinamento e familiaridade com a técnica. ➢ Indicações: - Procedimentos envolvendo mais de 2 dentes da área contemplada (volume anestésico !); - Inflamação ou infecção que contraindique a injeção supreperiosteal; ➢ Referências anatômicas: Prega mucovestibular do 1º PMS, em direção ao forame IO, abaixo da incisura infraorbitária. Agulha praticamente paralela, com bisel voltado para o osso. Geralmente o forame infraorbitário está localizado na linha a longo eixo do 1° PMS (a agulha vai entrar paralela ao eixo do 1° PMS). Outra referencia é uma pequena depressão que está localizada na borda infraorbitária, que é chamada de incisura infraorbitária que, e também está no mesmo eixo. Vamos usar as duas referencias e se a agulha encostar no osso é só recuar um pouco, fazer a aspiração e depois aplicar Se quiser causar menos desconforto ao paciente pode ir aplicando pequenas doses à medida que for inserindo a agulha, porém a cada aplicação tem que fazer aspiração antes. Eu quero que o anestésico se difunda para dentro do forame e para ajudar a isso acontecer é só fazer massagem nessa região O dentista marcou a região de infraorbitária e manteve o dedo e usou também a outra referência do eixo do 1° PMS. Quando usa os dois dedos ele afasta melhor a mucosa Sinais e Sintomas: formigamento da pálpebra inferior, lateral do nariz e lábio superior. Tem que ter o apoio com dedo e aplicar de forma lente 4 – Bloqueio do Nervo Palatino Maior Os tecidos moles do palato são inervados por outras terminações e por isso tem que ser anestesiadas separadamente • Tecidos moles e duros palatinos, de pré-molares e molares; (inervação do nervo palatino maior) • Volume anestésico mínimo; o palato é um tecido muito fibroso e por isso vai entrar pouco com a agulha e vai aplicar pouco anestésico • Relativamente traumático: - Tecidos que circundam o forame NÃO estão firmemente aderidos ao osso; - Acomodação melhor do volume anestésico. A intenção não é entrar com a agulha dentro do forame e sim depositar o anestésico próximo a ele ➢ Indicações: - Restaurações subgengivais; - Procedimentos periodontais e cirúrgicos com envolvimento da área contemplada; ➢ Referências anatômicas: - Região distal do segundo molar superior; (geralmente o forame palatino maior está na linha da distal do 2° MS) -Geralmente o forame palatino está na linha de interseção entre o processo alveolar da maxila (onde tem os alvéolos dos dentes) e o processo palatino da maxila (o “céu da boca”), na linha distal do 2° MS, anterior ao osso palatino Posso passar um cotonete em direção a garganta e quando achar uma depressão vou manter marcado com o cotonete e introduzir a agulha em um ângulo de 45° O forame está quase no meio do palato 5 – Bloqueio do Nervo Nasopalatino Tecidos moles do palato da região anterior (caninos a incisivo central) o responsável é o nervo nasopalatino Nervo nasopalatino emerge no palato pelo forame incisivo A papila incisiva, que é um tecido mole, marca a região do forame incisivo e a injeçãoé feita na região lateral a essa papila (não faz em cima porque a intenção não é penetrar o forame) • Injeção relativamente traumática: - Mais que a do Nervo Palatino Maior; - Tecidos mais firmemente aderidos ao osso; • Duas técnicas descritas: 1. Punção lateral à papila; 2. Três punções de agulha (partindo da região vestibular) ➢ Indicações: - Restaurações subgengivais; - Procedimentos periodontais e cirúrgicos com envolvimento da área contemplada; ➢ Referências anatômicas: - Mucosa palatina; - Face palatina dos incisivos centrais; - Papila incisiva. 6 – Infiltrações Locais no Palato • Ramos terminais dos Nn. Nasopalatino e Palatino Maior; • Tecido mole imediatamente adjacente ao local de injeção (isquemia!); • Indicações: hemostasia e controle da dor para procedimentos cirúrgicos, controle da dor para adaptação de grampos e fios de afastamento. É usado quando vai fazer procedimentos menos invasivos, como por exemplo: colocar um grampo, fio retrator Técnicas de Anestesia Local para Mandíbula ➢ Generalidades É um desafio conseguir ter uma anestesia pulpar efetiva em mandíbula: (porque a cortical óssea é mais espessa do que na maxila) (a técnica supraperiosteal em mandíbula não tem grandes taxas de êxito) • Cortical óssea espessa: - Dentes posterior ainda mais espessa; - Cortical óssea mais espessa quando comparado à maxila; - Adultos/crianças; Em criança que ainda não está totalmente desenvolvido é menos espessa do que nos adultos • Referências anatômicas menos consistentes: - Bloqueio do Nervo alveolar inferior; - Alta frequência; - Insucesso entre 30 e 40%; (principalmente em adultos) - Desenvolvimento de técnicas alternativas; (são mais complicadas, mas tem maior chance de sucesso.) • Demais técnicas para mandíbula → sucesso. 1- Bloqueio do Nervo Alveolar Inferior • Segunda técnica de bloqueio mais utilizada em procedimentos odontológicos; (só perde para os bloqueios supraperiosteal) • Percentual elevado de insucesso clínico: - Variações anatômicas da altura do forame; (o local do forame é dado por uma média, mas pode ter variações e não conseguir ter efetividade na técnica) - Profundidade de penetração da agulha; Mas quando executado corretamente tem elevado percentual de êxito • Bloqueio bilateral raramente é indicado: - Exceto em procedimentos cirúrgicos muito extenso; - Porque causa desconforto para o paciente; (dormência, formigamento e o paciente pode morder o lábio) ➢ Nervos anestesiados: • Alveolar Inferior • Incisivo; • Mentual; • Lingual (comumente); Alveolar Inferior é uma ramificação do trigêmeo que vai penetrar na face interna do ramo da mandíbula pelo forame mandibular. Quando esse nervo faz o seu trajeto por dento da mandíbula ele vai até o forame mentual e se divide (ele sai pelo forame mentual como nervo mentual para inervar o tecido mole) e ele continua o seu trajeto intraósseo como nervo incisivo para inervar os dentes anteriores ao forame). Indiretamente vai estar bloqueando um ramo que não é do nervo alveolar inferior, que é o nervo lingual. E isso acontece porque ele tem uma relação muito próxima com o nervo alveolar inferior no alvo que é o forame mandibular (isso é muito bom porque não precisa anestesiar separado a mucosa lingual) Se bloqueia o nervo na sua origem vai bloquear todos os ramos posteriores ao forame mandibular ➢ Áreas anestesiadas: • Todos os dentes até a linha média; • Mucosa vestibular (anterior ao forame mentual – do forame mentual até a linha média); do forame mental para trás não vai ser anestesiado (no desenho não está marcado de amarelo) porque quem faz a inervação dos tecidos moles dessa região é o nervo bucal (vai ser uma anestesia separada • 2/3 anteriores da língua (do lado anestesiado até a linha média) • Periósteo e tecidos moles linguais. ➢ Indicações: Qualquer procedimento cirúrgico ou protético que vai causar um trauma que pode gerar dor ao paciente - Procedimentos nos dentes posteriores da mandíbula; (vai anestesiar posteriores e anteriores, mas os dentes anteriores da pra anestesiar somente eles com o nervo mentual, mas não tem como anestesiar somente os dentes posteriores sem anestesiar os anteriores) - Necessidade de anestesia mais extensa dos tecidos moles linguais; (se precisar fazer um procedimento na lingual tem que ser no nervo alveolar inferior porque é lá que vai atingir os nervos linguais) ➢ Desvantagens: - Alto índice de insucesso (por causa das variações anatômicas) - Risco relativamente alto de aspiração positiva; (porque penetra muito com a agulha) - Desagradável anestesia de língua e lábio inferior (fica dormente e o paciente pode morder e machucar) ➢ Referências anatômicas: • Rafe pterigomandibular; • Borda anterior do ramo da mandíbula; • Plano oclusal inferior; • Pré-molares do lado oposto a ser anestesiado Atenção: USO PREFERENCIAL DE UMA AGULHA LONGA! → Principalmente para o profissional pouco experiente. Dessa forma não é necessária a inserção completa da agulha. ➢ Técnica: Rafe pterigomandibular; (1° referência) • Atenção com a posição correta do paciente (ver figura); • Para identificar a Rafe tem que orientar o paciente na abertura máxima de boca; • Identificação da rafe petrigomandibular, tracionando a mucosa até a borda anterior do ramo da mandíbula; A primeira referência anatômica é a Rafe pterigomandibular, que é uma estrutura tendinosa que vai desde o processo pterigoide até a região do trígono retromolar (que está na mandíbula) – tem pessoas que é bem visível e outras que não. Quando não está visível tem que polpar para identificar ela. Plano oclusal inferior (2° referência) Local da punção/injeção: Vai pegar o último molar do arco e a altura de mais ou menos 10mm acima do plano (10mm = 1 cm) - 1,0 cm acima do plano oclusal dos molares inferiores; - ¼ mais próximo da Rafe Pterigomandibular, da distância entre está e a borda do ramo mandibular; Observe: seta da direita indicando a borda do ramo mandibular e seta da esquerda a rafe pterigomandibular. A distância entre as estruturas é dividida em 4 partes. Abordaremos o ¼ mais próximo da Rafe pterigomandibular. - Inclinação horizontal orientada pelos pré-molares do lado oposto; Então é na região de pré-molares oposto da região que vai ser anestesiado que a seringa vai ser “apoiada” Vai passar o dedo ou afastador pela rafe e caminhar até a região do ramo da mandíbula, mais especificamente da borda anterior óssea do ramo. Essa distância é dividia em 4 partes e vai penetrar com a agulha no ¼ mais próximo da rafa Vai juntar essas 3 referências (1cm acima do ultimo molar do arco – ¼ mais próximo da Rafe Pterigomandibular - Inclinação horizontal orientada pelos pré-molares do lado oposto) e entrar com a agulha - Profundidade de penetração da agulha: • Penetrar com a agulha, seguindo os parâmetros de posicionamento descritos, até a mesma tocar o osso nas proximidades do forame (~ 20 a 25mm da agulha!). A agulha deverá ser levemente recuada antes do início da injeção. Vai enfiar a agulha no ponto descrito acima até encostar no osso. Quando encostar vai recuar levemente para desencostar do osso, fazer a aspiração e se estiver tudo ok vai injetar o anestésico. Nessa primeira injeção vai injetar aproximadamente 2/3 do tubete. Porque nessa injeção também consegue pegar o nervo lingual, então vai recuar metade do comprimento da agulha inserida no tecido, aspirar novamente e injetar o restante para anestesiar o nervo lingual Passo a passo: • Aspiração; • Injeção de aproximadamente 2/3 do tubete para anestesia do N. Alveolar Inferior; • Recuo de METADE do comprimento da agulha inserido nos tecidos; • Aspiração novamente; • Injeção do restante do conteúdo dotubete para anestesia do N. Lingual. Profundidade de penetração da agulha: • Contato com osso muito cedo: necessidade de reposição da agulha, se atentando os parâmetros de forma correta → se tiver um toque prematuro e porque está entrando muito próximo aos molares e tocando a remo anterior da mandíbula e o certo é encostar no ramo posterior da mandíbula. • Ausência de contato com o osso: provável inclinação errada da agulha. Necessidade também de repetição, de acordo com os parâmetros anatômicos. → a agulha fica paralela ao ramo e por isso não encosta nele Não penetrar com a agulha toda. (Se a agulha quebrar não tem como tirar) Sinais e sintomas: • Formigamento ou dormência do lábio inferior do lado anestesiado; • Formigamento ou dormência dos 2/3 anteriores da língua do lado anestesiado; IMPORTANTE: alertar o paciente sobre a duração da sensação anestésica e os cuidados com a função (mastigatória, fala, etc) pelo risco de trauma do lábio e da língua. 2- Bloqueio do Nervo Bucal Mucosa vestibular relacionado ao terço posterior da mandíbula é inervado pelo nervo bucal • Ramo da divisão anterior do N. Mandibular do trigêmeo(V/3); • Inervação da mucosa vestibular na região posterior de mandíbula; • Sua anestesia não é necessária para a maioria dos procedimentos restauradores, mas para procedimentos cirúrgicos e periodontais, na região de sua inervação, seu bloqueio está indicado. (Qualquer procedimento que vai causar um trauma nessa região) ➢ Técnica: • Atenção com a posição correta do paciente (ver figura); • Área de inserção da agulha: membrana mucosa (gengiva) distal e bucal relacionada ao dente mais distal no arco. O nervo bucal passa sobre a borda anterior do ramo da mandíbula. Pegando o último molar do arco (geralmente o segundo) vou marcar mais ou menos 1cm para a vestibular (onde está localizado o trígono retromolar) e vai penetrar com a agulha nessa região. Quando estende bem o tecido vai ter uma espessura de tecido mole muito pequena, então vai conseguir penetrar muito pouco com a agulha e tocar no osso. Quando tocar no osso vai recuar levemente, aspirar e injetar (vai estar anestesiando o nervo bucal no seu trajeto anatômico) • Referência anatômica: Molar mais distal no arco mandibular, prega muco-gengival nessa região. Para minimizar os erros podemos fazer um bloqueio terminal: se for fazer um procedimento cirúrgico na região de molares pode fazer vários pontos de anestesia terminal no fundo de saco no vestíbulo para pegar os ramos terminais do bucal • Preparo dos tecidos para injeção: método já descrito de aplicação eficiente dos anestésicos tópicos; • Distensão/afastamento da mucosa com o dedo indicador ou auxílio do afastador; • Bisel voltado para o osso e inserção mínima da agulha. Tocar o osso e recuar levemente (evitar injeção subperióstea → dor.) • Aspiração e injeção 3- Bloqueio do Nervo Mentual • Ramo terminal do N. Alveolar Inferior; • Deixa o Forame Mentual na região do ápice dos pré-molares inferiores; • Responsável pela inervação sensorial dos tecidos moles bucais, situados anteriormente ao forame (região de caninos e incisivos inferiores); (lábio e gengiva vestibular) • Seu bloqueio é geralmente pouco indicado: procedimentos em tecidos moles na região de inervação (lábio inferior, por exemplo). ➢ Indicação: Procedimento em tecidos moles, anteriormente ao forame mentual; (lábio ou gengiva vestibular de canino a incisivos) ➢ Áreas anestesiadas: Mucosa/gengiva vestibular da região de 1º pré-molar, caninos e incisivos inferiores, mucosa e pele do lábio inferior; ➢ Sinais e sintomas: Formigamento e dormência do lábio inferior, até a linha média, do lado anestesiado. ➢ Técnica • Preparo dos tecidos para injeção: método já descrito de aplicação eficiente dos anestésicos tópicos; • Distensão/afastamento da mucosa com o dedo indicador ou auxílio do afastador; • Área-alvo: forame mentual, localizado geralmente entre os ápices dos pré-molares inferiores; → Afastar bem os lábios e aplicar no fundo de saco de vestíbulo inferior na região apical dos pré-molares • Referências anatômicas: Pré-molares inferiores e prega muco-gengival relacionada a esses dentes. • Orientação da seringa a 45 graus, com bisel dirigido para o osso; • Profundidade de penetração pequena: aproximadamente 5mm. (se entrar muito vai sair no queixo) • Não é necessária a penetração no forame! O depósito do anestésico na periferia do mesmo é suficiente; • Aspiração e injeção da solução anestésica. 4- Bloqueio do Nervo Incisivo • O N. Incisivo é contínuo no interior da mandíbula (trajeto intra-ósseo), após a emersão do N. Mentual, pelo forame de mesmo nome; • Dá inervação pulpar aos dentes anteriores inferiores (caninos e incisivos) e tecido ósseo adjacente; • Sempre será bloqueado quando da execução de técnicas para o N. Alveolar Inferior e/ou bloqueios Mandibulares; ➢ Indicações: Procedimentos dentários envolvendo a anestesia pulpar de dentes inferiores anteriores, por exemplo em casos que o bloqueio clássico dos N. Alveolar Inferior não está indicado ou possibilitado; IMPORTANTE: para os incisivos centrais, TALVEZ seja necessário o bloqueio bilateral (cruzamento de fibras na linha média); Técnica: Abordagem igual ao do N. Mentual. Porém, durante e após a injeção deve-se realizar compressão leve local para difusão do anestésico para o interior do forame (assim, aumentam- se as chances de se atingir o N. Incisivo e, por consequência, o prognóstico da técnica). Vou depositar o anestésico na região dos forames e vou fazer uma massagem para tentar fazer o anestésico difundir para dentro do forame e, dessa forma, bloquear o trajeto do nervo inciso. Outra possibilidade: a cortical anterior é mais fina que a posterior e dependendo do caso (se for um paciente mais jovem) dá para fazer a técnica supraperiosteal Técnicas Alternativas Para Injeção Atenção! • Sempre teremos como 1ª opção as técnicas tradicionais já descritas; • Para casos de insucesso e/ou dificuldade de execução, algumas alternativas existem; • Mais empregadas em mandíbula, onde a chance de sucesso com bloqueios supraperiosteais é MENOR, em comparação com as abordagens para maxila. 1 – Anestesia Intra-óssea As áreas anestesiadas são os tecidos pulpares, duros e moles adjacentes à injeção; A indicação é para o controle da dor em áreas pequenas, onde as técnicas iniciais foram ineficazes; Proporcionam certo conforto pós-operatório ao paciente (por exemplo, não há anestesia nem do lábio, nem da língua) Equipamentos específicos pode ser necessário (custo elevado). Perfura o osso cortical e coloca o anestésico direto no osso medular e assim o anestésico se difunde mais rápido (usado em região posterior de mandíbula onde a cortical óssea é muito espessa) 2 – Injeção no Lig. Periodontal (Intraligamentar) Anestésico injetado no ligamento periodontal • Geralmente indicada para intervenções em mandíbula, onde os bloqueios tradicionais foram inefetivos; • Dificuldade mecânica: - Espaço do ligamento periodontal MUITO estreito; - Dificuldade de injeção; - Seringas de pressão podem ajudar; (a carpule normal também pode ser usada) ➢ Indicações: - Anestesia de apenas um ou dois dentes, geralmente mandibulares; - Tratamento de dentes isolados em mandíbula evitando-se o bloqueio bilateral; - Tratamento em crianças, nas quais o bloqueio residual de lábio e língua pode ser um problema; ➢ Vantagem: Conforto pós-operatório, sem a dormência de lábio e língua por tempo prolongado. ➢ Áreas anestesiadas: Osso, tecidos moles, apicais e pulpares na área da injeção; ➢ Técnica: →Inserção da ponta da agulha no longo eixo do dente (região coronaldo Lig. Periodontal, no fundo do sulco gengival); →Injeção firme (há uma resistência!) de pouco conteúdo da solução anestésica é suficiente.