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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA __ ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA BELO HORIZONTE/MG. PAULO ANDRADE FERREIRA, brasileiro, casado, desempregado, filho de Felisberta de Assis Ferreira, portador da carteira de identidade de nº 358, com o CPF/MF nº 8989888, residente e domiciliado à Rua Ibiraci, nº 553, bairro Salgado Filho, CEP nº 30225, Belo Horizonte/MG, por meio de sua procuradora signatária, vem, respeitosamente, perante a Vossa Excelência propor a presente: RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Em desfavor da SOCIEDADE EMPRESÁRIA COLINA FERRAGENS LTDA, localizada na capital mineira – Belo Horizonte, o que faz de acordo com os fundamentos fáticos e jurídicos a seguir expostos: I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA Cumpre salientar que o Reclamante não possui condições financeiras de arcar com custas processuais e honorárias advocatícias, sem prejuízo ao seu próprio sustento e de sua família, requerendo desde já os benefícios da justiça gratuita, nos termos do artigo 4º da Lei 1.060/50, com redação introduzida pela Lei 7.510/86. II. SÍNTESE DOS FATOS O Reclamante laborou para a Sociedade Empresária Colina ferragens Ltda., desenvolvendo as atividades laborais como ferramentista, de 02/12/2017 a 06/03/2019, percebendo um salário-mínimo por mês. Ademais, importante salientar que foi demitido sem justa causa, tendo recebido as verbas inerentes à ruptura contratual. Paulo informou que é presidente do seu sindicato de classe, tendo sido eleito e empossado no dia 15/12/2018, para o exercício do mandato de dois anos, fato comunicado à empresa empregadora por escrito, inclusive, o documento foi exibido a você, advogado. O Reclamante informa, ainda, que trabalhava de segunda-feira a sábado, das 20h às 5h, com intervalo de 20 minutos para refeição e, que era obrigado, desde o início do contrato, a dirigir o veículo da reclamada como manobrista, quatro vezes por semana, procedimento que caracterizaria acúmulo funcional com a atividade de ferramentista, pelo que requer o pagamento de 30% sobre o valor do seu salário. Tendo em vista os argumentos jurídicos a seguir apresentados, interpõe-se a presente Reclamação Trabalhista no intuito de serem satisfeitos todos os direitos da Reclamante. III. DO DIREITO 1. PREVENÇÃO Preambularmente, cumpre informar que em face de o processo anterior ter sido arquivado em decorrência de o reclamante não ter conseguido comparecer e justificar ausência em audiência anteriormente aprazada. Assim, distribui-se o processo por prevenção, conforme estabelece o art 286 do CPC: Art. 286. Serão distribuídas por dependência as causas de qualquer natureza: I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já ajuizada; II - quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda; III - quando houver ajuizamento de ações nos termos do art. 55, § 3º , ao juízo prevento. Parágrafo único.Havendo intervenção de terceiro, reconvenção ou outra hipótese de ampliação objetiva do processo, o juiz, de ofício, mandará proceder à respectiva anotação pelo distribuidor. Posto isso, requer-se seja deferida a distribuição por prevenção. 2. TUTELA DE URGÊNCIA Não obstante, considerando o fato de que o reclamante permanece desempregado, deverá ser concedida tutela de urgência em face do perigo de dano gerado a ele, conforme estabelece art 300 do CPC: A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 3. SALÁRIO UTILIDADE Importante destacar que o reclamante era obrigado, desde o início do contrato, a dirigir o veículo da reclamada como manobrista, quatro vezes por semana, procedimento que caracterizaria acúmulo funcional com a atividade de ferramentista, pelo que requer o pagamento de 30% sobre o valor do seu salário. Dessa forma, conforme preceitua art 458 CLT e sumula 241 do TST o reclamante requer seja integrado ao cálculo de seu salário esses valores que recebia a título gracioso. 4. INTERVALO NOTURNO E ADICIONAL Outrossim, importante discorrer que numa jornada de 8h diárias noturnas (das 20h – 5h) o reclamante possuía apenas 20 minutos para intervalo intrajornada, o que fere diretamente o disposto no art. 71, § 4º da CLT. Dessa forma, deve ser pago ao reclamante o período suprimido acrescido de 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. Ademais, também deverá ser pago o adicional noturno, conforme estabelece o art 73, caput e § 2º da CLT. IV. DOS PEDIDOS Ex positis, requer a Vossa Excelência: a) Seja julgada totalmente procedente a presente reclamação trabalhista; b) Seja citada a reclamada para querendo, no prazo de 15 dias, responder a ação; c) Seja deferido o benefício da assistência judiciária gratuita ao reclamante; d) Seja distribuída a atual reclamatória por meio do instituto da prevenção; d) Seja deferida ao reclamante a tutela de urgência para que possa ter desde já seu direito assegurado; e) Seja pago ao reclamante os valores referentes ao salário in natura, adicional noturno e intervalo intrajornada; f) Seja designada audiência de conciliação e mediação; h) Sejam deferidos todos os meios de prova, em direito, admitidos, em especial a pericial, documental e testemunhal. Dá-se à causa o valor de R$ 00000. Nestes termos pede e espera deferimento. Belo Horizonte, 00 de XX de 0000. ADVOGADO(A) OAB/XX nº 00000
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