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Analise a Reforma Trabalhista no que diz respeito à TERCEIRIZAÇÃO

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Analise a Reforma Trabalhista no que diz respeito à TERCEIRIZAÇÃO
De acordo com a leitura do texto:
sendo comum o fenômeno chamado "pejotização", quando funcionários (normalmente com altos cargos) constituíam empresas para prestar serviços unicamente para seu "empregador" e passavam então a emitir notas fiscais de prestação de serviços. Não eram raras as decisões em que relação de natureza supostamente cível era desconsiderada perante Justiça do Trabalho, com a consequente condenação da empresa ao pagamento de verbas trabalhistas retroativas por todo o período prescrito de relação havido, gerando altos nus às empresas. Antes da reforma trabalhista, foi promulgada a recentíssima Lei13.429, de 2017, que acrescentou dispositivos à Lei 6.019/74. Regulamentando a terceirização, com significativas mudanças ao temor em debate. E mesmo com a recente alteração já em vigência, a reforma trabalhista trouxe ainda mais modificações à matéria, complementando-a e preenchendo as lacunas que representavam cenário de insegurança jurídica. Pois bem, convém salientar que a principal alteração reforçada ela reforma trabalhista se refere à possibilidade da terceirização de qualquer atividade, mesmo que seja a principal da empresa.
A pejotização é um recurso já utilizado por muitas empresas, que estabelece que o empregado deva constituir ou apresentar pessoa jurídica em nome próprio ou no quadro societário, com vistas a desvirtuar relação tipicamente empregatícia. Pois, nesse tipo de contratação, o funcionário passa a ser um prestador de serviços, emissor de nota fiscal e responsável por todo o recolhimento tributário do seu trabalho, inclusive da contribuição previdenciária. 
Olhando para o ambiente econômico brasileiro, que apresenta grande número de desempregados, poucas vagas de emprego formal e regras trabalhistas consideradas pelos empregadores como prejudiciais aos negócios, não é difícil compreender porque o fenômeno tomou grandes proporções e está presente em todos os cantos do país.
Nos casos conhecidos como pejotização, a empresa que precisa de determinados serviços decide demitir seus funcionários, contratados pelo regime da CLT, e buscar a contratação de Pessoas Jurídicas, na maioria das vezes que representam uma única Pessoa Física. Há mudanças praticadas mais lentamente, onde as empresas passam a substituir sua mão-de-obra contratada por PJ quando ocorrem demissões ou aposentadorias, migrando lentamente parte dos contratos para este sistema
Exemplos de Pejotização
Embora em alguns casos se caracterize o vínculo empregatício, em uma decisão bastante comentada a 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho desobriga um laboratório a contratar médicos na condição de empregados. Neste caso, o laboratório contratou 1400 médicos especializados para atuar em todas as unidades da empresa por meio de Pessoa Jurídica. O Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro entendeu que se caracterizava a pejotização e moveu ação conjunta, que foi aceita e condenada pelo Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro. Na revisão da decisão, o Tribunal Superior do Trabalho somente concedeu os direitos de empregado aos médicos cuja relação de trabalho se configurou pela Subordinação, um dos princípios da CLT sobre a caracterização de vínculo.
Há casos de pejotização em todos os setores, e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo indica perceber este tipo de relação de trabalho crescendo também nesta área. Da mesma forma como ocorre em outros setores, os profissionais acabam por aceitar a criação da PJ para a prestação de serviços por não contarem com outras possibilidades de emprego, mas acabam percebendo que por trás da precarização do vínculo empregatício está também o aumento das dificuldades financeiras das empresas contratantes – e muitas vezes acabam com dificuldades para receber os valores devidos mesmo com intermédio da Justiça do Trabalho.

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