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COMUNICAÇÃO NA SAÚDE MENTAL

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Fernanda Jorge Martins – 5º Período 
 
 
 
 
Introdução 
 O paciente chega em crise e necessita de cuidados maiores, às vezes a família não 
entende o problema e faz é agravar o problema em muitos casos, acham que é bobagem e 
frescura e temos que entender pra poder orientar; 
 Algumas medicações possuem efeitos adversos e esses efeitos muitas vezes fazem 
com que o paciente queira deixar de tomar a medicação que é primordial pra saúde dele, como 
por exemplo: alguns medicamentos apresentam como efeitos colaterais a reação de 
engordar, alguns reduzem a libido e podem causar impotência, então a nossa habilidade de 
comunicar pra esses pacientes a importância do tratamento precisa ser desenvolvida pra que 
ele consiga fazer o tratamento apesar dos efeitos colaterais do medicamento e que seja 
parceria entre profissional, paciente e família. 
Comunicação 
 
 Essa imagem existe duas pessoas se comunicando e o que a gente precisa entender é 
que a comunicação vai haver o emissor e o receptor que está recebendo a mensagem e 
tem um feedback de vai e volta - Toda comunicação vai ter um emissor (paciente) e um 
receptor (psiquiatra); 
 Nessa imagem foi colocada para parecer a ideia do psiquiatra e a mensagem transmitida 
com feedback e a seta vai e volta a emissora (no balãozinho dela) a mensagem dela está 
emaranhada, misturada e desorganizada que quando ela vai falando pra ele, ele vai 
 Fernanda Jorge Martins – 5º Período 
organizando. Então o papel do profissional de saúde que trabalha com saúde mental vai ser de 
acolher e ter empatia e compreender o que o paciente está lhe trazendo nesse discurso que 
chega desorganizado; 
 A psicologia é divida em várias abordagens e o profissional é quem escolhe qual 
abordagem trabalhar, na abordagem TCC existe esse feedback porque é muito importante 
que o paciente que não estudou psiquiatria que está sentindo um monte de problema e o 
profissional precisa da um retorno pra ele, falar pro paciente o problema dele, tratamento 
explicar a patologia pra paciente. Então essa comunicação teve ser repassada ao paciente e 
organizar o entendimento a partir do que ele trouxe; 
 E quando a comunicação não vem organizada em fala? Nesse caso o paciente chega 
em um surto bipolar, em crise de agressividade e chega quebrando tudo e não fala nada como 
se comunicar assim? 
 E se o familiar for um dos causadores do problema? Por exemplo: Algum 
adolescente que é espancado em casa e ele desenvolveu um transtorno e ele vai com o pai e 
não pode falar na frente do pai que é ele que causa o problema, então o profissional precisa 
ter muito jogo de cintura pra entender o problema e poder tratar o paciente; 
 E se os sintomas que o paciente falar fizer parte de alucinações? Tipo se o 
paciente falar que está sentindo algo mais se for uma voz que está falando pra ele uma 
alucinação que está tendo e ele não estiver sentindo nada daquilo? 
 E se a família toda tiver transtornos mentais? Isso não é difícil de acontecer porque 
a genética conta muito; 
OBS1: Então pra entender o transtorno mental precisamos primeiro saber que não existe 
uma causa única, mas também precisamos entender que não é porque ele foi espancado 
que ele vai ter transtorno do bipolar não é assim; 
OBS2: Em relação à genética se existir mais casos na família de transtorno bipolar de 
depressão e esquizofrenia conta muito, mas vamos precisar de outros fatores como 
história de vida, características de personalidade que cada um de nós temos; 
OBS3: A comunicação em saúde mental não é tão simples e a gente precisa ir 
desenvolvendo essa habilidade ao longo do tempo. 
 Fernanda Jorge Martins – 5º Período 
 
 Essa imagem do divan é muito conhecido em consultórios psiquiátricos antigos e 
consultórios da psicologia psicanalítica, acima são várias encenações em que o paciente tem 
medo de voar de avião do homem aranha, medo de água, tem insanidade, medo de altura, 
claustrofobia e às vezes o paciente chega com muitas queixas como ansiedade em relação há 
muitas coisas como transtorno de ansiedade generalizada ou às vezes chega relatando medo 
de uma única coisa como medo de aranha tipo uma fobia específica, ou outro transtorno; 
 É preciso entender que em saúde mental tudo precisa ser investigado e utilizamos os 
critérios diagnósticos para isso. O DSM-5 e no CID-10 tem critérios diagnóstico que, por 
exemplo: Atendendo a tantos critérios diagnóstico tipo 6,7 critérios tem transtorno de 
ansiedade generalizada, atendendo a cinco critérios citados pode ser transtorno do pânico, 
então pra cada transtorno tem x critérios diagnósticos. É preciso que o paciente fale e a 
gente vai instigando e não precisa decorar o DSM ele tem mais de 100 páginas e pode ser 
consultado sempre que necessário; 
OBS: Diagnóstico em saúde mental pode ser por meio de testes psicológicos que é de uso 
exclusivo do psicólogo ou pode ser através de uma entrevista diagnóstica. 
Desafios da comunicação em Saúde Mental 
 PRÉ-conceito: Existe muito preconceito em relação a hospital psiquiátrico, por 
exemplo, em relação a quem tem esquizofrenia, em quem já teve surto psicótico e dessa 
forma o preconceito prejudica muito nosso atendimento, porque a própria pessoa tem 
preconceito com ela e esse preconceito é um estigma que foi criado ao longo da história, mas 
que nós temos a função de desmitificar isso quanto a algo normal; 
 Dificuldade de entendimento em alguns transtornos/crise: Tanto o paciente tem 
dificuldade de entender o que ele sente, quanto aos profissionais, porque tem sintomas que se 
 Fernanda Jorge Martins – 5º Período 
assemelham muito e tem vários subtipos de transtornos mentais e pra gente entender é 
preciso perguntar e questionar muitas coisas do paciente; 
 Resistência à medicação: Muita gente que vai pra terapia já vai falando só não passe 
medicação e enquanto psicólogos temos que encaminhar os casos que precisa de tratamento 
medicamentoso para o psiquiatra e da mesma forma tem psiquiatras que passam com o 
paciente a vida inteira tomando medicação forte que causa muitos efeitos colaterais e não 
encaminha pra terapia só está tratando o problema do dia a dia e não trata a raiz do 
problema; 
 Família: A família às vezes é o relacionamento em casa, relacionamento marido e 
mulher e conflitos com os pais que pode intensificar os transtornos que a pessoa tem. Se o 
profissional atender adolescentes mesmo que ele chegue dizendo que o problema é em relação 
à família você precisa comunicar pra família que está em atendimento, nas questões 
emocionais ele está pra surtar de desespero e ele vai para consulta sozinho, mas mesmo assim 
precisa chamar o responsável, você não vai contar o que a adolescente falou, porque você 
estará quebrando o sigilo profissional e pra saúde mental o paciente precisa confiar na gente 
e se o profissional conta para os pais acabou a relação terapêutica, só comunica aos pais a 
importância do atendimento; 
 Resistência do profissional/dificuldade de se adaptar à situação: Trabalhar com 
saúde mental não é pra todo mundo, mas a saúde metal é apaixonante e promissora para 
psiquiatras;
 Comorbidades: Às vezes o paciente já tem uma série de problemas de saúde e tem um 
ou dois ou três a quatro transtornos juntos e precisamos a aprender a lhe dar com isso 
também.
Habilidade de ser Acessível 
 O paciente não se resume à doença, a um único sintoma, porque impacta no todo é 
preciso encaminhar pra atividade física, buscar o apoio da família, é preciso trabalharo 
humor com musicoterapia, com animais de estimação é um apoio a mais; 
 É preciso “se aproximar” para enxergar ele todo e às vezes por envolver questões de 
saúde mental, questões emocionais, os pacientes chegam e ficam com muita vergonha e não 
falam tudo como, por exemplo, se for uma criança que sofreu abuso na infância ou 
 Fernanda Jorge Martins – 5º Período 
adolescência e ela tem muita vergonha disso e isso pode ter gerado TOC e mania de limpeza, 
porque se acha suja o tempo inteiro e ela não vai chegar te falando porque ela lava as mãos 
toda hora, ela vai falar que não aguenta mais que lava a mão toda hora e faz conferência se a 
porta esta fechada toda hora, então nós profissionais temos que reconhecer o todo porque o 
paciente chega apenas falando os sintomas. 
Habilidade de Perguntar 
 Ser claro ao fazer uma pergunta; 
 Não ter vergonha de perguntar o que é necessário para compreender melhor seu 
presente, tem profissionais por ser envergonhado não quer perguntar coisas de cunho sexual, 
por exemplo, mas às vezes é extremamente necessário até porque existem transtornos 
relacionados à sexualidade e nesses transtornos precisa fazer perguntas que são íntimas e 
deve fazer essas perguntas de forma séria; 
 Se tiver dificuldade, ilustre com comparações, escalas: Se o paciente veio para uma 
consulta e ele estava com crise depressiva da vez passada e pede para um retorno, no retorno 
você pede para ele descrever em uma ordem de zero a 10 como ele está hoje em relação à vez 
passada, principalmente se for paciente que tenha pouca escolaridade que não fale muito e 
tem dificuldade de verbalizar. 
Habilidade de Orientar e Ajudá-lo a se Comprometer 
 O paciente não estudou o que você estudou e costuma ir cheio de medos, dúvidas; 
 A orientação e a busca pelo comprometimento dele precisam ser trabalhadas para que 
ele queira mudar e falar que existe um passo a passo e quer que ele siga esses passos, que vai 
conseguir melhoras do quadro, mas é preciso ele se comprometer. 
Habilidade de Resumir e Informar 
 Resumir é demonstrar ao paciente que você estava atento a tudo o que ele falou e 
ajudará a sintetizar o que foi dito; 
 Após o resumo, é hora de informar; 
 Dessa forma uma habilidade que utilizamos muito em terapia e muitos médicos fazem 
isso é o paciente falar muitas coisas, falta não parar de falar e no final é necessário que o 
profissional faça um resumo das coisas faladas pelo paciente para mostrar ao paciente que 
você estava atento, porque ainda hoje existem profissionais que vira para o computador pede 
 Fernanda Jorge Martins – 5º Período 
para o paciente falar e vai digitando no final só entrega a receita e pede para o paciente ir, 
sabemos que quem atende pelo sus e por plano não tem muito tempo, mas é importante 
mostrar para o paciente que você está atento e tem respeito pelo que ele estava falando. 
Empatia na Comunicação em Saúde Mental 
 Cuidado para não invalidar o discurso do paciente para não falar que é bobagem o que 
ele está falando ou que ele está ficando doido, tem outra forma de falar, você tenta falar da 
forma como você queria ouvir; 
 Buscar entender como ele se sente, sem julgar (a sua opinião lá fora não importa), 
precisa sim de todo respeito e cuidado da equipe. 
Ex: Tentativa de suicídio por medicação. 
Escuta Qualificada 
 Formar vínculo com paciente e família; 
 Mindfulness - atenção plena: É extremamente importante que você esteja por inteiro 
no seu consultório e com o pensamento lá fora é preciso da atenção a tudo que o paciente fala 
pra você poder ajudar o paciente verdadeiramente; 
 Compreender o verbal e o não verbal: Às vezes o paciente chega e fala que está tudo 
bem, mas na verdade ele está magro com olheiras, abatido, está deprimido e o não verbal dele 
também conta e a gente precisa avaliar o todo e não só o que ele fala. Tem paciente que chega 
muito agitado isso é um dado que precisa ser questionado mesmo que ele não fale; 
 Estimular os micropassos: Falar para ao paciente que ele dará micropassos, que não 
ficará curado da noite pra o dia, orientar que ele vai fazer usar a medicação, fazer o 
tratamento, mudar o estilo de vida e fazer atividade física; 
 Jamais dizer que o conteúdo da fantasia é mentira: Principalmente quando é 
paciente com transtornos psicótico. Você não pode dizer que ele está ficando doido em 
relação à fantasia dele e você deve dizer quando ele falar a fantasia dele tudo bem e mais, 
além disso, o que você está sentindo? Vai fazendo perguntas e instigando o paciente a 
responder suas perguntas direcionadas para tirar o paciente um pouco da sua fantasia, mas a 
gente também não invalida a fantasia do paciente tipo dizendo que ele está ficando doido se 
não, ele vai se zangar com você, não vai mais para o atendimento e parar o tratamento; 
 Fernanda Jorge Martins – 5º Período 
 Não estimular a fantasia do paciente: Para tentar ajudá-lo, porque o quadro pode 
agravar, mas é preciso ter cuidado; 
 Entender o contexto, a história de vida, a genética do transtorno. 
OBS: A comunicação não verbal é considerada um sistema comunicacional mais 
espontâneo e sincero que o verbal, uma vez que se baseia em respostas automáticas e 
reflexas. Usa canais faciais, de movimentação das mãos e do corpo, do timbre e volume 
da voz. 
Proporcionar Otimismo e Esperança 
 Falar com cuidado; 
 Apresentar dados e possibilidades de tratamento; 
 Falar sobre o que pode fazer para mudar. 
OBS: Em transtorno mental, não podemos prometer cura para ninguém. 
Resumindo 
 Antes da medicação é importante uma comunicação que possa compreender o todo, as 
distorções cognitivas, os sintomas físicos, as emoções, o contexto, a família, os desafios de 
alguém com aquele transtorno ou doença, as comorbidades e como ele se enxerga; 
 Para ter segurança é preciso conhecer e se aproximar da realidade do outro.

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