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Dismenorreia: Causas, Sintomas e Tratamentos

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dismenorréia
Menstruação difícil e desagradável
Dor ao menstrual (“cólica menstrual”) – algomenorreia ou odinomenorreia (desuso)
Sintomas gerais na menstruação – exmenorreia (desuso)
· Náuseas
· Diarreia
· Dispneia
· Cefaleia
· Enxaqueca
É um desconforto leve em baixo ventre no primeiro dia menstrual
Classificação
Primaria ou essencial: fatores intrínsecos ao útero
Secundaria: aparecimento tardio após anos de ciclos normais ou caráter crescente do quadro doloroso. Causas:
· Endometriose, adenomiose ou miomatose
· Estenose de colo, hímen imperfurado, septo vaginal transverso
· Infecções: DST e DIP
· Anomalias congênitas do útero, sinequias uterinas
· Síndrome da congestão pélvica
· DIU
Aspectos indicativos de risco de dismenorreia secundaria:
· Aparecimento após 25 anos de idade
· Sangramento uterino anormal
· Dor lateralizada
· Ausência de efeitos colaterais associadas a menstruação
· Presença de dispareunia
· Progressão sintomática – piora da dor
Dismenorreia primaria:
· Aparecimento em períodos variáveis após a menarca (em média 12 a 24 meses)
· Padrão constante de dor em dias menstruais
· Caráter eventualmente crescente da dor
· Padrão de aprendizado
· Interação com fatores emocionais
· Diagnostico de exclusão em mulheres mais velhas – sempre investigar fatores causais de dismenorreia secundaria
Etiologia
Teoria psicogênica: importante em alguns casos (geralmente secundaria)
Estenose de colo uterino: pouco significativa
Prostaglandinas: mais aceita (PGE X PGF = vasoconstrição – isquemia transitória)
· Prostaglandinas estimulam a atividade uterina contrátil ao promoverem o influxo de cálcio para a célula miometrial
· Balanço entre PGF 2 e PGE parecem desencadear a dismenorreia com elevação de PGF 2 alfa
· Dor é decorrente de estenose de vasos sanguíneos do miométrio com subsequente isquemia local transitória
· Metabolitos das prostaglandinas atuam na origem da náusea, vômitos e diarreia
· Contração uterina é tonica e não espasmódica
Quadro clinico 
Dor abdominal de baixo ventre podendo se estender a todo abdome
Irradiação para coxas e dorso
Inicio algumas horas antes do sangramento ou até mesmo concomitante ao inicio deste
Duração variável – um único dia até o pos-menstrual imediato
50% dos casos tem sintomas associados:
· Náuseas ou vômitos
· Diarreia
· Cefaleia
· Cansaço
· Irritabilidade
· Desmaios, lipotimia e tonturas (mais esporádicos)
Diagnostico 
Clinico – baseado na anamnese bem elaborada
· Cuidado para definição de idade de menarca e período de aparecimento
· Afastar quadros secundários que exigem terapia especifica
Exame clinico afasta fatores secundários (cuidado com toque de ligamento útero-sacro = endometriose)
Exames complementares apenas para descartar quadros secundários se persistir duvida
Exame complementar mais útil inicialmente é ultrassonografia pélvica transvaginal
Exames complementares:
· Indicação em casos severos refretarios a teste terapêutico (ACO)
· Ultrassonografia pélvica transvaginal
· CA-125 (endometriose e tumores ovarianos)
· Histeroscopia e laparoscopia
· RNM (endometriose, doenças intestinais, litíase)
Tratamento
Medidas gerais: repouso adequado, dieta equilibrada, terapia de apoio, exercícios físicos, analgésicos simples
Terapia especifica:
· ACO: atrofia endometrial e descamação uniforme com redução na produção e liberação de prostaglandinas
· AINH: redução na produção e liberação de prostaglandinas, com preferencia a cox-1 sobre cox-2 (possibel ação de cox-2 bloqueando a ovulação) – evidencia A
· DIU de progesterona – primaria e secundaria por endometriose
AINH X DISMENORREIA
Outras terapias
Múltiplas terapias absolutamente ineficazes com efeito puramente placebo:
· Acupuntura, homeopatia, florais, fitoterapia, terapias alternaticas
· Antiespasmódicos, vitaminas e acido gamalinolenico
Tratamentos para casos refratários a combinação ACO + AINH:
· Investigar fatores secundários
· Neurectomia pre-sacral ou secção lig. Útero-sacro – evidencia C
· Histerectomia em casos muitos graves (??)

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