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INTEGRAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DO DIREITO TRIBUTÁRIO

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26/03/2013 
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INTEGRAÇÃO E 
INTERPRETAÇÃO DA 
LEGISLAÇÃO 
TRIBUTÁRIA 
 
Enquanto a interpretação permite à 
autoridade fiscal aplicar o que está expresso 
na lei aos fatos, a integração diz respeito ao 
preenchimento de lacunas existentes na 
legislação. 
 
O art. 108, CTN, prescreve que ao integrar a 
legislação tributária a situações concretas, a 
autoridade deverá obedecer sucessivamente 
os seguintes meios de integração: 
1) analogia; 
2) os princípios gerais do direito tributário; 
3) os princípios gerais do direito público; 
4) equidade. 
 
• O emprego na analogia não poderá resultar 
na exigência de tributo não previsto em lei. 
 
• O emprego da equidade não poderá resultar 
na dispensa do pagamento de tributo devido. 
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Analogia: consiste na utilização de legislação 
tributária diversa que regule situação 
semelhante. 
 
Princípios gerais do Direito Tributário: incluem 
as regras fundamentais, inclusive as limitações 
constitucionais ao poder de tributar. 
 
Princípios gerais do Direito Público: são todos 
os princípios encontrados no sistema jurídico, 
como por exemplo: princípio da moralidade, 
princípio da inadmissibilidade das provas ilícitas; 
princípio do contraditório e da ampla defesa, 
etc. 
 
Equidade: é um meio de humanizar a aplicação da 
lei, quando o seu aplicador faz as vezes de 
legislador, a fim de completá-la ou dar-lhe maior 
sentido de justiça 
 
Mais do que importante do que saber quais o 
métodos de integração da legislação tributária, é 
saber que eles tem de ser utilizados na ordem em 
que enumerados. 
 
Também há integração entre o Direito Privado e o 
Direito Tributário, conforme dispõem os art. 109 e 
110, do CTN. 
 
 
Art. 109 – Os princípios gerais do direito tributário 
utilizam-se para pesquisa da definição, do 
conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos 
e formas, mas não para definição dos respectivos 
efeitos tributários. 
 
Art. 110 – A lei tributária não pode alterar a 
definição, o conteúdo e o alcance de institutos, 
conceitos e formas de direito privado, utilizados, 
expressa ou implicitamente, pela CF, pelas 
Constituições dos Estado, ou pelas Leis Orgânicas 
do DF ou dos Municípios, para definir ou limitar 
competências tributárias. 
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Exemplo: o legislador não pode considerar 
automóvel bem imóvel para que possa incidir o 
Imposto sobre Transmissão Onerosa de Bens 
Imóveis (ITBI), uma vez que o Código Civil o 
define como bem móvel. 
 
Note-se que há uma integração entre os dois 
ramos do direito, embora didaticamente 
autônomos. 
 
 
 
Já interpretar uma norma jurídica é 
desenvolver um processo intelectual, no 
sentido de descobrir o conteúdo e o alcance 
da mesma norma, a fim de aplicá-la a 
situações concretas, considerando a 
diversidade de significações que um mesmo 
termo ou expressão pode ter. 
 
A hermenêutica (teoria científica da interpretação) 
relaciona vários métodos, entre eles podemos 
citar: 
 
• O método gramatical ou literal – que determina 
a interpretação somente à luz do próprio texto 
da norma; 
• O método histórico ou genérico – mediante o 
qual o intérprete deve examinar os elementos, 
as circunstâncias, as causas que deram ensejo a 
criação daquela norma. 
 
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O CTN determina que podem ser utilizados 
quaisquer método de interpretação previsto na 
hermenêutica. 
 
 Porém, os arts. 111 e 112 do CTN prescrevem que: 
 
Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação 
tributária que disponha sobre: 
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; 
II - outorga de isenção; 
III - dispensa do cumprimento de obrigações 
tributárias acessórias. 
 
 
Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou 
lhe comina penalidades, interpreta-se da 
maneira mais favorável ao acusado, em caso de 
dúvida quanto: 
I - à capitulação legal do fato; 
II - à natureza ou às circunstâncias materiais do 
fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos; 
III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade; 
IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua 
graduação. 
 
BENÍGNA AO SUJEITO PASSIVO

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