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TEXTO AULA 4

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AULA 4 
LOGÍSTICA GLOBAL E A SUA 
IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA 
Prof. Agnaldo Ferreira dos Santos 
2 
INTRODUÇÃO 
Com o advento da globalização, as organizações passaram a atuar em um 
processo integrado, no qual estabeleceram-se parcerias, seja no fornecimento de 
insumos para produção, seja na distribuição de mercadorias. Assim, a cadeia de 
abastecimento se tornou um sistema que tem por objetivo unir todos os elos que 
participam dessa cadeia. 
Desse modo, a disciplina Logística Global e a sua Importância Estratégica 
busca abordar, neste momento, os conceitos envolvendo o planejamento 
estratégico, elencando os principais tópicos da cadeia de abastecimento. 
Esta disciplina busca evidenciar os principais conceitos que abarcam o 
planejamento estratégico, na perspectiva em que os produtos são exportados, 
abordando os tipos de sistemas em que ocorre esse processo, bem como os 
principais documentos e as questões financeiras que envolvem a taxa cambial. 
Será feito um dimensionamento da cadeia de abastecimento, passando 
pelas vantagens que essa rede integrada oferece e os desafios enfrentados pelas 
organizações que atuam nesse ambiente. 
TEMA 1 – PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA EXPORTAÇÃO 
Para Robles e Nobre (2016), vários fatores influenciam as atividades 
desenvolvidas pelas organizações que atuam em um ambiente internacional. 
Assim, é necessário compreender como funciona o sistema de exportação e as 
cláusulas existentes nos contratos de compra e venda, considerando seu valor 
jurídico nas atividades comerciais. Outro ponto importante são os processos 
burocráticos que essa atividade contempla, principalmente a questão documental. 
O custo que envolve exportar uma mercadoria pode ser considerado o 
principal fator analisado durante o processo de planejamento, pois irá determinar 
o preço do produto e o faturamento da organização, visto que é preciso considerar
os tributos que irão recair sobre os bens exportados. 
Portanto, ao executar o planejamento, é preciso escolher o produto que 
será exportado; analisar a viabilidade em exportar a mercadoria; verificar o 
mercado-alvo (aspectos culturais); fazer um checklist dos documentos, analisando 
os procedimentos que precisam ser adotados e observar as tarifas e as taxas 
executadas pela política cambial aplicada no processo de exportação. 
 
 
3 
1.1 Sistema de exportação e os Incoterms 
Um sistema que envolve exportação desenvolve suas operações em uma 
rede integrada, atuando por meio de diversos mecanismos, os quais viabilizam a 
operacionalização de diversos processos. Desse modo, fica evidente a 
necessidade de regras para definir as práticas na relação entre importador e 
exportador de um comércio internacional (Robles; Nobre, 2016). 
 Nesse contexto, Incoterms, na língua inglesa, faz referência ao 
International Commercial Terms. Em livre tradução, são “Termos de Cláusula 
Comerciais” em um contrato acordado entre empresários que atuam tanto nas 
operações de importação como de exportação. Ou seja, Incoterms é um conjunto 
de regras com a função de padronizar as operações, envolvendo produtos 
importados e exportados, no qual ocorre a atuação de um profissional de logística 
internacional, em situações conflitantes, envolvendo escolhas. 
Compreendendo que Incoterms são cláusulas presentes em contratos 
comerciais, surge uma questão cronológica: com o uso das tecnologias, as 
atividades se tornaram mais dinâmicas e passou a ser obrigatório referenciar o 
termo de comércio com o ano, pois devido ao dinamismo propiciado pelas novas 
tecnologias, iniciou-se um processo de atualização das regras contratuais. 
É importante ressaltar que não se trata de uma legislação, e sim de um 
acordo realizado por meio de convenções, no qual são determinadas as 
responsabilidades seja pelo translado de mercadorias, seja pelos tributos. 
Ao perceber que as operações no comércio exterior envolvem uma grande 
quantidade de informações, é importante a aplicação de cláusulas que visam 
padronizar essas operações. Com isso, o Inconterm é aceito em transações 
realizadas entre diversos países, sendo relevante observar os seguintes aspectos 
jurídicos desse processo: Legislação do país exportador; Legislação do país 
importador e Legislação de um terceiro país. 
1.2 Documentação comercial 
Para Robles e Nobre (2016), as atividades de importação e exportação são 
reguladas por decretos que buscam uma maior transparência, controle e 
padronização das atividades. Dessa forma, os países cujas organizações atuam 
em um cenário internacional, com parcerias, precisam se atentar para a questão 
documental no processo de importação ou na exportação de produtos. 
 
 
4 
No processo em que uma empresa importa mercadorias de outro país, é 
preciso adotar uma estratégia em relação aos documentos exigidos tanto no país 
de origem quando no país de destino. Esse procedimento é muito relevante, pois 
abarca tarifas de importação que visam proteger as indústrias locais. Um outro 
fator importante são os documentos necessários nos postos alfandegários. 
Ao exportar um produto, pode-se observar que uma organização não está 
isenta dos procedimentos burocráticos, das cargas tributárias e do arcabouço de 
documentos exigidos nessa operação. Assim, é necessário realizar um 
planejamento envolvendo todos os processos desde a compra de 
matéria-prima, produção, embalagem, transporte e entrega ao cliente. 
Porém, é preciso considerar as legislações impostas ao mercado externo e 
os procedimentos de desembaraço que ocorrem tanto na liberação do produto 
para que possa sair do Brasil, seguindo para o país de destino, quanto os 
procedimentos de liberação no país que importou o produto, pois se faltar algum 
documento, a carga pode ficar retida ou retorna ao país de origem. 
1.3 Questões financeiras e política cambial 
De acordo com Robles e Nobre (2016), ao abordar o planejamento 
estratégico em um cenário internacional, é preciso abordar dois pontos relevantes 
que irão impactar economicamente uma organização: as questões financeiras e a 
política cambial. 
Nesse contexto, as questões financeiras estão inseridas em procedimentos 
que permitem a cobrança de pagamentos, ou seja, no Brasil, existem três 
categorias que compõem o regime aduaneiro: na categoria comum, ocorre o 
pagamento do tributo, sem haver procedimentos especiais (isenções); o regime 
especial é a categoria na qual são concedidas concessões nos tributos das 
operações que abarcam a importação e exportação; a terceira categoria é 
composta pelo regime aplicado em áreas especiais e permite que mercadorias 
possam ser transferidas para zona secundária com isenção ou suspensão de 
tributos. 
Ao analisar as duas divisões que ocorrem no território nacional, a zona 
primária, que inclui as áreas terrestres ou aquáticas (portos alfandegados, 
aeroportos alfandegados e fronteiras alfandegadas), e a zona secundária, citada 
anteriormente, fica evidente a relevância de um planejamento, pois um produto, 
 
 
5 
ao ser importado ou exportado, irá passar por diversos postos alfandegários, nos 
quais é importante observar os valores tarifários que irão incidir sobre o produto. 
A política cambial é considerada outro fator impactante nas operações que 
uma empresa realiza, tanto no processo de importar produtos como de exportar 
produtos, pois cada país possui uma normatização. No Brasil, a taxa de câmbio é 
definida como a capacidade interna de obter moedas estrangeiras. Quando ocorre 
mais importação de produtos, é gerado um desequilíbrio na balança comercial, 
pois as reservas de moedas estão saindo do país, porém, com as exportações, 
ocorre a entrada de moedas estrangeiras. Essa atividade é definida pelo Conselho 
Monetário Nacional (CMN) e suas diretrizes são implantadas pelo Bacen. 
Observando esse fluxo de informações que ocorre com a regulação da taxa 
de câmbio, a política cambialé um dos fatores que influenciam diretamente os 
preços dos bens produzidos. Por essa razão, uma organização precisa ficar atenta 
às variações que ocorrem com as taxas de câmbio nas atividades do comércio 
internacional (Tripoli; Prates, 2016). 
TEMA 2 – CADEIA DE ABASTECIMENTO INTERNACIONAL 
De acordo com Chopra e Meindl (2011), existe um fluxo de informações 
envolvendo a cadeia de abastecimento constituído de vários estágios, nos quais 
participam diversos agentes. 
Nesse contexto, é importante compreender o que é uma cadeia de 
abastecimento em um cenário internacional e os seus objetivos; analisar quais 
estratégias são utilizadas e as decisões tomadas e verificar os principais modelos 
de cadeia de abastecimento. 
2.1 Cadeia de abastecimento internacional e seus objetivos 
Uma cadeia de abastecimento envolve vários elos de modo direto ou 
indireto, ou seja, esse processo não fica restrito apenas ao fornecedor de matéria-
prima ou à empresa que irá produzir o produto solicitado pelo cliente. Essa troca 
ou entrega de mercadorias gera um fluxo dinâmico abarcando fornecedores, 
fabricantes, transportadoras, armazéns, varejistas e o usuário final responsável 
pelo pedido. 
Uma cadeia de abastecimento busca suprir as necessidades de seus 
clientes de modo que possa gerar satisfação e, ao mesmo tempo, lucro para os 
 
 
6 
demais stakeholders (grupos de interesse). Esse processo ocorre em vários 
estágios envolvidos. 
A seguir, confira um exemplo no qual fica evidenciado o envolvimento de 
vários agentes, incluindo os clientes. Esse fluxo de informações geradas em uma 
cadeia que busca suprir um mercado tanto nacional quanto internacional ocorre 
em compras realizadas em um ambiente físico. 
• Exemplo 1 – Em um ambiente físico, no qual um cliente vai ao 
supermercado comprar um pacote de arroz, vários agentes são envolvidos, 
pois o processo inicia-se no fornecedor de matéria-prima, o qual irá 
entregar o produto para fábrica, que por sua vez fará o beneficiamento do 
produto (processo que envolverá o fornecedor de embalagens). Logo entra 
em cena o serviço de transporte, momento em que será escolhido o modal 
mais adequado; o produto, então, é distribuído por grandes atacadistas 
como Walmart ou Assaí, chegando aos varejistas, sendo disponibilizado 
em gôndolas, ficando à disposição do usuário final. Esse complexo 
processo pode sofrer algumas variações ocasionadas pela sazonalidade, 
ocasionando uma escassez do produto. Nesse caso, a demanda aumenta, 
diminuindo a oferta e elevando os preços. Quando esse fenômeno ocorre 
no Brasil, é preciso importar de outros países para suprir a demanda. Com 
isso, surge um novo agente, o mercado externo envolto de custos logísticos 
e tarifas alfandegárias que irão incidir no custo final do produto. 
Esse exemplo apresenta uma interação entre os diversos agentes, os quais 
precisam se relacionar ao longo da cadeia. Com isso, os processos podem ser 
desenvolvidos de modo que atendam ao usuário final, gerando também lucros aos 
demais stakeholders. 
2.2 Estratégias e decisão na cadeia de abastecimento internacional 
Para Chopra e Meindl (2011), uma das principais estratégias usadas em 
uma cadeia de abastecimento pelas organizações é o planejamento de como será 
o gerenciamento dos fluxos que abarcam essa cadeia, sendo eles: informação, 
produtos e fundos. Compreendendo a relevância de um planejamento, as 
decisões tomadas em uma organização podem trazer consequências positivas ou 
negativas em uma empresa: 
 
 
7 
• Decisões com aspectos positivos – Um exemplo relevante em que é 
possível perceber os aspectos positivos das decisões em uma cadeia de 
abastecimento são os investimentos em infraestrutura de transporte e 
informação realizados pela rede Walmart. Esse processo é realizado por 
meio de uma rede de suprimentos integrada, na qual ocorre um 
compartilhamento de informação entre os fornecedores; 
• Decisões com aspectos negativos – Algumas decisões podem incorrer 
em fracassos que irão ser percebidos ao longo da cadeia de 
abastecimento, podendo levar uma organização à falência. Entre essas 
decisões, observa-se a falta de gerenciamento ao longo da cadeia de 
abastecimento, pois envolve os custos logísticos (geram prejuízos 
financeiros). 
Nos dois exemplos citados, fica evidente a necessidade do planejamento 
ao longo de uma cadeia, pois uma decisão pode impactar uma organização com 
aspectos negativos ou positivos. Isso irá depender dos métodos adotados no 
gerenciamento dos fluxos de informação. 
2.3 Modelos de cadeia de abastecimento 
Após perceber a relevância do uso adequado de estratégias nas decisões 
que ocorrem em uma cadeia de abastecimento, as quais geram impactos positivos 
e negativos dentro de uma organização, se faz necessário ressaltar algumas das 
principais cadeias presentes em um cenário internacional. Entre esses modelos 
de cadeia de abastecimento, estão: 
• Fabricantes com vendas diretas – Esse modelo envolve um sistema no 
qual os serviços são direcionados ao consumidor, sem possuir pontos fixos 
de revenda do produto. Uma das principais vantagens oferecidas por esse 
sistema é a relação estabelecida com o cliente. 
• Manufatura e Revenda – As organizações que atuam nesse modelo de 
abastecimento utilizam produtos manufaturados em outros países, 
principalmente do continente asiático, devido aos custos baixos de 
produção e por meio de canais de distribuição. 
• Fabricantes de automóveis global – Esse modelo consiste na adoção de 
uma estratégia em que a organização escolhe abrir uma fábrica destinada 
 
 
8 
à produção em cada local que deseja atuar. Um exemplo é a Toyota que 
adotou uma estratégia de “complementação global”. 
• E-Business – Esse modelo de cadeia de abastecimento acontece no meio 
digital, ou seja, são produtos comercializados pela Internet. Um fato 
importante sobre esse seguimento são as organizações que atuam no 
ambiente físico e começaram a mesclar suas atividades entre os dois 
cenários. 
TEMA 3 – DIMENSIONAMENTO DE UMA CADEIA DE ABASTECIMENTO 
INTERNACIONAL 
Ao dimensionar uma cadeia de abastecimento internacional, é relevante 
considerar alguns fatores importantes nas atividades desenvolvidas por uma 
organização, sendo eles: as características dos produtos, armazenagem do 
produto e distribuição do produto. 
De acordo com Gonçalves (2013), uma organização atuando em uma rede 
internacional que busca suprir diferentes mercados precisa dimensionar cada um 
dos fatores citados, visto que tais fatores contribuem para redução de custos, 
aumento de competitividade, credibilidade no cenário em que atua e melhoria da 
qualidade das mercadorias produzidas. 
3.1 Características do produto 
Uma organização que atua no mercado externo precisa observar os 
diferentes aspectos relacionados ao ambiente em que está atuando. Um fator 
importante são as características do produto que irá comercializar, ou seja, após 
o processo de produção, a mercadoria poderá chegar ao usuário final por 
diferentes canais de distribuição, sendo eles: Manufatura, Varejista, Cliente Final; 
Manufatura, Vendas Diretas, Cliente Final; Manufatura, Distribuição, Setor 
empresarial; Manufatura, Revendedores, Setor empresarial. 
Observando os vários fluxos que um produto pode seguir após sua 
produção, é preciso considerar suas características físicas, pois estas irão 
influenciar diretamente no canal que será usado para sua distribuição. Outro fator 
relevante está relacionado à complexidade que o produto pode apresentar, pois 
irá demandar um atendimento especializado, podendo interferir nos custos com o 
transporte, manuseio e armazenagem. 
 
 
9 
Um exemplo é a exportação de produtos químicos como fertilizantes, pois 
se trata de uma carga que requer diversos cuidados, por apresentar instabilidade, 
e um complexo processo de desembaraço, podendo envolver várias empresas. 
3.2 Armazenagem doproduto 
A armazenagem de um produto é considerada uma estratégia logística 
dentro de uma cadeia de abastecimento, pois propicia maior competitividade para 
uma organização e redução nos custos com o transporte. 
Entre os diversas motivos que levam à existência de um centro de 
armazenagem em uma cadeia de abastecimento, estão: 
• Atender às necessidades dos clientes – Devido à expansão do mercado, 
no qual diversas organizações atuam em um comércio internacional, os 
centros de armazenagens buscam atender aos pedidos dos usuários com 
mais velocidade; 
• Atender às demandas do mercado devido às questões de 
sazonalidade – Em um ambiente competitivo, muitas empresas enfrentam 
problemas causados pela escassez de determinadas matérias-primas em 
seus processos produtivos. Por isso, usam os armazéns de modo 
estratégico, como um meio de estocar materiais usados em sua produção; 
• Reduzir custos – Os centros de armazenagens localizados em locais 
estratégicos auxiliam a reduzir os custos com transportes e movimentação 
de produtos, facilitando sua comercialização. 
Após perceber os motivos que levam ao uso de um centro de 
armazenagem de produtos, é preciso classificá-los. Estes são divididos em: 
Armazéns para commodities, Armazéns para granéis, Armazéns e Armazéns 
gerais. 
É importante explicitar que os centros de armazenagem têm propiciado 
vantagem competitiva e redução de custos para as organizações que fazem uso 
desse sistema ao longo da cadeia. Um exemplo são as lojas que atuam com 
comércio eletrônico, nas quais os produtos ficam estocados em grandes 
armazéns; ao processar um pedido, este é localizado no estoque e enviado ao 
cliente. 
 
 
 
10 
3.3 Distribuição do produto 
Os avanços tecnológicos, os quais permitiram o uso de novas tecnologias, 
principalmente com o uso da Internet, tornaram possível a compra de produtos de 
diferentes países que atuam no comércio internacional. 
Devido a esse evento, as organizações precisaram melhorar seus 
processos, aumentando a qualidade de seus produtos, além de redesenhar seus 
processos logísticos e estruturar seus canais de distribuição para que a 
mercadoria possa alcançar o cliente no menor tempo possível. 
Para atender ao mercado com maior rapidez, fazendo uso de mecanismos 
tecnológicos e facilitando o fluxo de informações, de modo que as organizações 
possam atuar em uma cadeia de abastecimento com maior rapidez e não 
precisem fazer grandes estoques, a distribuição física pode ser operada por: 
Atacadistas, Comerciantes e Operadores Logísticos. 
Percebendo a expansão do mercado, considerando que diversos produtos 
passaram a ser comercializados em um cenário global, os canais de distribuição 
se tornaram essenciais, pois é preciso observar os modais necessários para o 
transporte de cada mercadoria devido às questões geográficas do país. Um 
exemplo é a soja, transportada pelo modal rodoviário até o porto e posteriormente 
exportada usando o modal marítimo, onde irá concluir seu trajeto com modal 
rodoviário. 
TEMA 4 – REDES DE ABASTECIMENTO INTERNACIONAL: VANTAGENS 
Com as novas tecnologias, as organizações passaram a atuar em redes 
globais de abastecimento, nas quais suas atividades se tornaram mais complexas 
devido às flutuações do mercado, aos processos burocráticos com os 
desembaraços aduaneiros, aos tributos relacionados às operações de importação 
e exportação e aos riscos envolvidos nessa atividade, seja com a perca da carga, 
seja com sua retenção por falta de algum documento, gerando prejuízos. 
No entanto, é preciso ressaltar algumas das vantagens proporcionadas em 
uma rede global de abastecimento como a redução de custos, vantagem 
competitiva e aumento da velocidade de entrega daquilo que é produzido (Chopra; 
Meindl, 2011). 
 
 
 
11 
4.1 Redução de custos 
Ao atuar em um mercado internacional, uma das principais preocupações 
organizacionais são os custos gerados com o transporte de uma mercadoria, pois 
entre os diversos tributos, existem os riscos relacionados à perda da carga por 
roubo ou algum acidente, como também ao tempo em que a mercadoria produzida 
demora para chegar ao seu destino. 
Pensando nessa temática, é importante relatar o início das atividades 
desenvolvidas por diversas empresas envolvendo a importação e exportação de 
produtos. Um exemplo está na indústria automobilística, na qual os automóveis 
eram transportados da origem até seu destino, fator que elevava o custo logístico, 
gerando prejuízos. 
Buscando reduzir os custos, várias empresas passaram a operar em 
mercados emergentes, países em desenvolvimento, onde o custo de produção e 
o valor da mão de obra são relativamente baixos. Um exemplo visto são as 
grandes montadoras que espalharam suas fábricas por diversos países, 
possibilitando uma maior lucratividade, pois passaram a atuar nesse mercado. 
Outro ponto relevante na busca pela redução de custos é a decisão de 
offshoring (terceirização no exterior). Esse processo consiste em estabelecer 
parcerias com outras organizações no exterior. Nesse caso, o processo de 
produção é deslocado para um outro país com custos reduzidos. 
4.2 Aumento da vantagem competitiva 
O aumento da vantagem competitiva é um fator relevante para uma 
organização que atua em uma rede de abastecimento internacional, pois uma 
empresa, ao conseguir entregar suas mercadorias com maior rapidez, obtém uma 
vantagem sobre as demais organizações. Buscando atender às necessidades da 
cadeia de abastecimento, as empresas atuam em um ambiente incerto. Nesse 
contexto, é preciso considerar alguns fatores relevantes que proporcionam um 
aumento da vantagem competitiva: 
• Localização da empresa – Considerar o local em que a organização será 
instalada e principalmente a questão que envolve o fornecimento de 
matéria-prima; 
 
 
12 
• Distribuição – Como será feita a distribuição ao longo da cadeia de 
abastecimento. Envolve não somente os custos, mas também os prazos de 
entrega; 
• Gestão do estoque – Com uma boa gestão, é possível operar ao longo da 
cadeia sem um grande volume de produtos armazenados; 
• Modais de transporte – Até a entrega do produto ao usuário final, é preciso 
observar qual meio de transporte é mais adequado ao processo utilizado 
pela organização; 
• Compartilhamento da Informação – As organizações operam com 
parcerias comerciais. Por essa razão, é relevante o fluxo de informações 
entre esses elos, possibilitando maior qualidade, agilidade e eficácia; 
• Relacionamento com o Cliente – Este fator está relacionado com os 
diferentes grupos participantes da cadeia de abastecimento, seja com 
fornecedores, seja com distribuidores, seja com clientes, de modo que 
possa ser realizado o fluxo de materiais. 
4.3 Aumento da velocidade de entrega 
A atuação das organizações em um cenário globalizado, com uma rede de 
abastecimento integrada, causou vários impactos nos processos de distribuição 
devido ao uso de mecanismos tecnológicos que facilitam a distribuição das 
mercadorias. 
É preciso ressaltar o ciclo percorrido na cadeia de suprimento, pois diversas 
organizações buscam reduzir seus custos produzindo seus produtos em outros 
países, onde obtêm incentivos fiscais e aumentam sua lucratividade, aumentando 
também os processos na cadeia de abastecimento. 
Esse processo acaba entrando em choque com o fator velocidade, pois é 
considerado um requisito de competitividade, é preciso considerar alguns fatores: 
• Transporte – Esse processo implica em decidir quais rotas a organização 
irá usar no transporte das mercadorias ao longo da cadeia de 
abastecimento, como também os modais ideais para cada operação; 
• Informação – O uso da informação na cadeia de abastecimento vem se 
tornando cada vez mais essencial devido ao volume de dados gerados, 
principalmente com as vendas em ambientes on-line. Um exemplo pode 
ser observado nas compras realizadas no Mercado Livreou na Amazon. 
 
 
13 
Nesse caso, após a escolha e processamento do produto, é estipulado um 
prazo de entrega. O cliente, dessa forma, pode rastrear esse pedido, 
exigindo maior velocidade dessas empresas; 
• Tecnologia – Ao implementar diversos tipos de tecnologia, observou-se 
uma integração na cadeia de suprimentos, especialmente na questão de 
rastreabilidade de mercadorias e no compartilhamento de informações 
entre fornecedores e produtores, principalmente com o uso da internet. 
Além disso, o uso de sistemas de informação auxiliou as organizações a 
melhorar a qualidade de suas decisões ao mesmo tempo que puderam 
aumentar a velocidade e resposta na produção e entrega de um produto. 
TEMA 5 – REDE DE ABASTECIMENTO INTERNACIONAL: DESAFIOS 
Uma rede de abastecimento envolve diversos desafios e incertezas, pois a 
expansão dos mercados forçou as organizações a melhorar seus processos 
produtivos, aumentar a qualidade das mercadorias produzidas e a velocidade de 
entrega. 
No entanto, com várias empresas atuando em uma cadeia de 
abastecimento integrada, é preciso analisar as dificuldades em coordenar os 
processos que ocorrem ao longo da cadeia, verificando os efeitos que a falta de 
coordenação pode gerar, elencando também os obstáculos que surgem ao longo 
da cadeia de abastecimento que dificultam seu gerenciamento (Chopra; Meindl, 
2011). 
5.1 Falta de coordenação na rede de abastecimento 
A cadeia de abastecimento envolve diferentes processos que precisam ser 
coordenados, visto que irão gerar impactos sobre outros processos. A 
coordenação dos estágios em uma cadeia ajuda a melhorar as operações 
realizadas, porém os conflitos de interesses prejudicam sua gestão. 
Observando os estágios da cadeia de abastecimento, é possível usar como 
exemplo de falta de coordenação uma montadora de automóveis, pois ao produzir 
diferentes modelos de carros, esta estabelecerá parcerias ao longo da cadeia com 
diferentes empresas responsáveis em fornecer componentes para sua produção. 
Esse processo gera um grande fluxo de informações entre os fornecedores 
e a montadora, dificultando que a montadora coordene a quantidade de 
 
 
14 
informações geradas. Um dos resultados dessa falta de coordenação é percebida 
na quantidade de pedidos que irá aumentar de varejistas para atacadistas, de 
fabricante para fornecedor, processo conhecido como efeito chicote. Nesse 
contexto, é possível observar quatro pontos importantes envolvendo: 
• Integração de equipes – Em uma cadeia, as operações são realizadas em 
várias etapas, com vários estágios. Por isso, é preciso uma integração 
entre os modais usados para o transporte com o setor de armazenagem e 
compra; 
• Monitoramento de resultados – Definir métricas para avaliar a qualidade 
dos produtos e dos serviços oferecidos, como também o tempo estimado 
de entrega do produto até o cliente; 
• Flexibilidade em atender ao mercado – Em um mercado em que as 
organizações atuam em parcerias na cadeia de abastecimento, é preciso 
considerar meios alternativos para atender às expectativas de seus clientes 
em relação aos prazos de entrega; 
• Complexidade da cadeia de abastecimento – Com as organizações 
atuando em um cenário global e o aumento do fluxo de informações 
gerados nesse ambiente, as operações se tornaram mais complexas e sua 
gestão se tornou cada vez mais importante devido à quantidade de 
processos observados na cadeia de abastecimento. 
5.2 Efeitos no desempenho 
A falta de coordenação em uma rede de abastecimento gera efeitos 
negativos devido às distorções no fluxo de informação entre os elos que 
participam dessa cadeia. Os efeitos no desempenho gerados pela falta de 
coordenação ao longo da cadeia são: 
• Custo de produção – As empresas buscam produzir em excesso, 
mantendo os níveis de seu estoque em alta; assim, o custo de produção 
aumenta; 
• Custo de estoque – A obrigação de uma organização é manter seu 
estoque em alta; esse processo faz com que os custos de estoque e 
armazenagem venham a aumentar na cadeia de abastecimento; 
 
 
15 
• Tempo de espera de reposição – Quando as operações não são 
coordenadas, pode surgir um tempo maior de espera e, 
consequentemente, uma indisponibilidade do produto; 
• Custo com transporte – Devido à falta de coordenação, uma organização 
precisa manter a frota de transporte, mesmo quando existe pouca 
demanda, devido às distorções na comunicação; 
• Custo com mão de obra – O mesmo ocorre com a mão de obra. Entre os 
vários estágios da produção, com as flutuações na demanda, ocorrerá um 
aumento no custo da mão de obra; 
• Disponibilidade do produto – Com as variações de demanda e a falta de 
comunicação e coordenação entre os elos da cadeia (fornecedor e 
produtor), pode ocorrer de um produto ficar indisponível no varejo devido a 
uma alta na demanda; 
• Relacionamentos na cadeia de abastecimento – Os diferentes efeitos 
negativos observados em cada estágio da cadeia de abastecimento geram 
perda de eficiência. 
5.3 Os principais desafios encontrados em uma rede de abastecimento 
internacional 
Após analisar os efeitos causados pela falta de coordenação em uma rede 
de abastecimento, é preciso compreender os principais desafios encontrados que 
dificultam o correto funcionamento de todos os elos da cadeia: 
• Transporte e distribuição – O transporte de mercadorias e sua distribuição 
é um dos grandes desafios encontrados no Brasil, seja no modal aéreo, 
ferroviário, marítimo ou aéreo. No modal aéreo, surge a questão dos preços 
e a quantidade de cargas que se pode transportar. Com isso, muitas 
operações ficam inviáveis. O modal ferroviário com pouco investimento é 
usado em alguns trajetos dentro do país, pois existem poucas ferrovias. Já 
o modal marítimo é usado para o transporte internacional em águas 
profundas, sendo pouco usado no comércio interno. O modal mais usado é 
o rodoviário, porém gera um custo elevado na distribuição de mercadorias, 
devido aos custos com pedágios e manutenção gerados pelo estado crítico 
de muitas rodovias; 
 
 
16 
• Relacionamento com fornecedores – Empresas que atuam em uma cadeia 
de abastecimento internacional precisam estabelecer um relacionamento 
com seus fornecedores, com o intuído de não faltar matéria-prima para sua 
produção, para que possam atender aos pedidos de seus clientes; 
• Controle de estoques – Essa área precisa ser alinhada com o processo de 
produção, visto que os estoques não podem ter excesso de produtos, pois 
geram custo de armazenagem, porém não podem ficar com pouca 
mercadoria, de modo que não possam atender uma alta na demanda. 
Assim, é preciso trabalhar em harmonia com os demais estágios da cadeia 
de abastecimento; 
FINALIZANDO 
Após analisar o conteúdo disponibilizado, é possível compreender a 
relevância do planejamento estratégico em uma cadeia de abastecimento 
internacional, visto que esta envolve vários estágios importantes e fatores que 
proporcionam o funcionamento de todos os elos da cadeia. 
 
 
 
17 
REFERÊNCIAS 
CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gestão da Cadeia de Suprimentos: estratégia, 
planejamento e operações. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. 
GONÇALVES, P. S. Logística e Cadeia de Suprimentos: o essencial. Barueri, 
SP: Manole, 2013. 
ROBLES, L. T.; NOBRE, M. Logística Internacional: Uma abordagem para 
integração de negócios. Curitiba: Intersaberes, 2016. 
TRIPOLI, A. C. K.; PRATES, R. C. Comércio Internacional: Teoria e Prática. 
Curitiba: Intersaberes, 2016.

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