Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
APOSTILA Doenças Transmissíveis Contágio, principais sintomas e prevenção 33 MÓDULO 2 Classificação das Doenças Transmissíveis Abertura do Módulo 2 Boas-vindas ao segundo módulo do curso! Você já aprendeu os conceitos relacionados às doenças transmissíveis no módulo anterior e agora vai conhecer cada doença, classificada a partir dos agentes etiológicos mais comuns no meio ambiente. Durante o módulo, você vai estudar as doenças causadas por bactérias, vírus, fungos ou protozoários e as infecções sexualmente transmissíveis. Estude o conteúdo da primeira aula, seguindo com a leitura! 34 MÓDULO 2 | AULA 1 Doenças causadas por bactérias Você já deve ter ouvido falar nas bactérias, não é? Elas são microrganismos muito pequenos, que só podem ser vistos em um microscópio, e são classificadas como patogênicas e não patogênicas. As patogênicas são aquelas que podem causar uma doença no ser humano, enquanto as não patogê- nicas são aquelas cuja presença em determinado local do corpo humano é considerada “normal” e que ainda, em alguns casos, podem auxiliar nas defesas contra outras doenças. Conheça algumas doenças transmissíveis causadas por bactérias. É uma doença bacteriana infecciosa, causada pelo agente etiológico Mycobacterium tuberculosis, que atinge principalmente os pulmões, embora possa atingir outros órgãos, como o intestino e os ossos, por exemplo. Tuberculose Você conhece essa doença? DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 35 Sinais e sintomas Como identificar uma suspeita de tuberculose? Fique atento aos seguintes sinais e sintomas: • tosse seca ou produtiva (com catarro) acima de três semanas, podendo também ser com sangue; • febre no final da tarde; • suor noturno em excesso; • emagrecimento sem causa aparente; • cansaço fácil. Em média, o período de incubação da doença é de quatro a doze semanas. Veja como é feito o tratamento da doença Mas o que fazer quando for identificada a tuberculose? O tratamento da doença é feito com medica- mentos específicos, prescritos pelo médico. Por isso, caso tenha suspeita, procure a unidade de saúde mais próxima! De olho na transmissão A transmissão da tuberculose acontece por via aérea. As bactérias são lançadas no ar por meio da fala, tosse ou espirro da pessoa contami- nada. Atenção para a prevenção A melhor estratégia de prevenção é a aplicação da vacina BCG, disponível no SUS. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 36 A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, o que significa que sua cura só é possível após um longo tratamento que dura, em média, seis a doze meses, com vários medicamentos prescritos pelo médico. Antigamente, era chamada popularmente de lepra. A bactéria que causa a doença é a Mycobacterium leprae. Sinais e sintomas Alguns sinais e sintomas da hanseníase são: • manchas que alteram a cor da pele para vermelho ou branco; • alteração da sensibilidade pelo corpo, em especial nas mãos, braços, pés, pernas e olhos. Ela também pode gerar incapacidades permanentes, porém a forma como se manifesta é diferente, conforme a genética de cada pessoa. Hanseníase Você conhece essa doença? De olho na transmissão A transmissão da hanseníase acontece por via aérea. As gotículas de saliva que contêm o agente etiológico são lançadas no ar, eliminadas na fala, tosse ou espirro das pessoas não tratadas. A doença tem um período de incubação que varia de seis meses a cinco anos. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 37 O tétano é causado pela bactéria Clostridium tetani. No AVA, na sessão de podcast da rádio Saúde Senar, você tem acesso a um diálogo que traz mais informações sobre o tétano. Mas para que você tenha acesso ao conteúdo completo e não perca nenhuma informação importante sobre essa doença, trouxemos o texto dessa conversa aqui também, na apostila. Atenção para a prevenção A prevenção da doença acontece através de cuidados com a higiene e identificação precoce da doença, além do tratamento e acompanhamento com profissionais da saúde. Tétano Você conhece essa doença? Sendo possível, visite a página do curso, pois lá as informações são apresentadas de forma mais interativa. Aproveite! Caso você esteja conectado à internet e quiser acessar a página do portal EAD do Senar, clique no ícone ao lado. http://ead.senar.org.br/ DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 38 Rádio Saúde Senar Saiba mais sobre o tétano Rosana Olá, caro ouvinte! Você conectou a rádio Saúde Rural. Eu sou a Rosana. Quem vai nos acompanhar, respondendo às perguntas do público é a doutora Paula. Seja bem-vinda doutora! Paula Obrigada, Rosana! O prazer é todo meu. Rosana Doutora Paula, nós abrimos um canal para que o público enviasse perguntas sobre o tétano, essa doença infecciosa causada por uma bactéria. Então, eu vou ler as perguntas e você comenta o que julgar importante, tudo bem? Primeira pergunta. A pergunta é do nosso ouvinte Carlos, lá de Taboão da Serra, em São Paulo. Doutora, como ocorre a transmissão do tétano e quais são os sinais e sinto- mas que podem aparecer? Paula Certo, eu vou responder primeiro sobre a forma de transmissão. A transmissão é por via cutânea, ou seja, o microrganismo entra no corpo humano por meio de itens cortantes ou perfurantes que estão contaminados com a bactéria, a qual penetra na pele, num local lesionado. Essas lesões po- dem ser decorrentes de queimaduras. Agora, vou falar sobre os sinais e sintomas. Eles podem ser espasmos mus- culares; rigidez muscular, em especial no pescoço; dificuldade para engolir ali- mentos e água; febre abaixo de 38 graus; ritmo cardíaco alterado e alteração do funcionamento do sistema nervoso central. Essa doença pode ser fatal. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 39 Rosana Agora uma dúvida minha. Por exemplo, se eu cortar minha mão hoje com um pedaço de ferro contaminado, daqui quanto tempo eu terei os primeiros sintomas? Paula Rosana, é o que chamamos de período de incubação. No caso do tétano, ele é em média de 5 a 15 dias, mas pode variar de 3 a 21 dias. Rosana Obrigada, doutora, Paula! Vamos em frente! Segunda pergunta. Pergunta da Letícia, de Contagem, Minas Gerais. Ela quer saber sobre as formas de prevenção e se existe um tratamento específico para o tétano. Paula A vacinação é a única forma de prevenção e o esquema vacinal deve estar em dia. O reforço é a cada 10 anos. Mas caso ocorra algum acidente, como pisar em um prego enferrujado que tenha risco de tétano, e a última vacina tenha sido há mais de 5 anos, ela deve ser reforçada. Alguns cuidados devem ser tomados. Ao usar objetos ou andar por locais em que a bactéria possa estar presente, você deve ter atenção redobrada. Cuidado ao usar pregos enferrujados, enxadas, cercas de arame enferrujadas e todo tipo de equipamentos cortantes. Lembre-se de que a bactéria não estará visível nesses locais. Sobre o tratamento, ele é feito com medicamentos específicos para os sinais e sintomas que surgirem. Rosana Muito bem, doutora Paula! Obrigada pela participação e deixo nosso canal aberto para você voltar sempre que quiser! Paula Imagina, Rosana. Eu estarei sempre à disposição! Rosana E assim terminamos mais uma conversa na nossa rádio Saúde Rural. No nosso próximo encontro vamos falar sobre outra doença bem curiosa. Acompanhe a nossa rádio e fique sempre bem informado! Até mais! DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 40 A leptospirose é uma doença infecciosa febril causada pela bactéria Leptospira. É conhecida também como doença do rato, visto que a causa da doença está associada à urina contaminada de animais, em especial os roedores. Sinais e sintomas Como identificar os sintomas da doença? A intensidade dos sintomas pode variar entre leve e intensa. Nos quadros leves, estão presentes: • coloração amarelada dos olhos e da pele; • urina escura; • dor muscular, em especial nas panturrilhas (em menor volume); • febre. Nos quadros mais graves, pode se instalar a chamada síndrome de Weil, que causa coloração alaranja- da na pele, com insuficiência renale hemorragia pulmonar. Atenção para a prevenção A vacinação é a única forma de prevenir o tétano. Leptospirose Você conhece essa doença? DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 41 O período de incubação da doença é de, em média, uma a três semanas. Veja como é feito o tratamento da doença O tratamento da leptospirose é através de medicamentos antibióticos. Nos casos mais graves é necessária a hospitalização para tratar as complicações. insuficiência renal Os rins se tornam incapazes de filtrar o sangue com objetivo de eliminar substâncias que podem ser tóxicas. hemorragia pulmonar Perda súbita de sangue a partir do rompimento de vasos sanguíneos nos pulmões. De olho na transmissão A transmissão da doença acontece por via cutânea, ou seja, a pele. O microrganismo entra no organismo humano pelo contato do ser humano com a água contaminada pela urina do animal infectado. Isso pode acontecer através de lesões na pele ou pela imersão prolongada de membros na água contaminada. Atenção para a prevenção A prevenção da doença se faz através dos hábitos adequados de higiene, evitando o contato com as possíveis fontes do agente causador, como água ou lama de alagamentos e enchentes, esgotos, lixo acumulado, vias de entrada de roedores no domicílio, entre outras. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 42 Febre maculosa é uma doença infecciosa causada pela bactéria Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. No AVA, na sessão de vídeo Saúde Senar, você assiste a mais informações sobre a febre maculosa. Mas para que você tenha acesso ao conteúdo completo do curso, trouxemos todo o conteúdo desse vídeo aqui também, na apostila. Febre maculosa Você conhece essa doença? Sendo possível, visite a página do curso e assista ao vídeo, pois lá as informações são apresentadas de forma mais interativa. Caso você esteja conectado à internet e quiser acessar a página do portal EAD do Senar, clique no ícone ao lado. http://ead.senar.org.br/ DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 43 Saúde Senar Conheça a febre maculosa Febre maculosa. Esse nome diz algo para você? Não? E febre do carrapato? Esse já indica algo sobre essa doença, não é mesmo? A febre maculosa é uma doença infecciosa aguda, que tem uma intensidade variável e que pode ser fatal. A transmissão da doença acontece pela picada do carrapato infectado com bactérias. E as chances são maiores de isso ocorrer quando o carrapato fica grudado na pessoa por mais de 4 horas. Ela já foi registrada tanto em área rural, quanto em área urbana, e teve mais casos em tempos de clima seco. Picada do carrapato Bactérias DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 44 Alguns sinais e sintomas notados são: calafrios, febre alta maior que 39°, dores intensas generaliza- das, dor abdominal, náusea, vômito, diarreia, vermelhidão e inchaço nas mãos e pés. Nos casos mais graves ou naqueles de pessoas que não buscam tratamento rápido, ela pode evoluir para paralisação dos movimentos corporais e até causar parada respiratória. O tempo que pode passar da entrada da bactéria no organismo até o aparecimento dos primeiros sinais e sintomas pode ser de 2 a 14 dias. O tratamento, que é feito com antibióticos específicos, é indispensável para evitar as formas mais graves da doença e são prescritos por um médico. A melhor forma de evitar essa doença é cuidar para não ser picado pelo carrapato. Então, atenção para algumas recomendações. Use roupas de cor clara, assim fica mais fácil visualizar o carrapato. Proteja o máximo da pele. Evite andar descalço e use calçados fechados. Observe continuamente suas roupas, sapatos, o ambiente e se os animais de estimação estão livres desses parasitas. Ao localizar um carrapato, o remova com uma pinça, mas evite esmagar o bicho, pois caso isso aconteça a bactéria pode se espalhar no meio ambiente. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 45 Esperamos que você leve todas as informações de como evitar essa doença no seu dia a dia. Tendo estudado as doenças causadas por bactérias, siga para conhecer mais sobre as viroses. Posicione a pinça no carrapato, o mais próximo do local da picada e então o remova. Isso evita- rá o seu esmagamento e a liberação da bactéria. Atenção para a prevenção A melhor estratégia de prevenção da febre maculosa é proteger a pele, para evitar a picada do carrapato. 46 MÓDULO 2 | AULA 2 Doenças causadas por vírus Os vírus são agentes infecciosos expressivamente pequenos e que precisam de células humanas para sobreviver. Vamos conhecer algumas doenças virais transmissíveis? A raiva é uma zoonose, ou seja, uma doença que passa dos animais para o ser humano. É uma doen- ça grave, pois pode levar a pessoa doente à morte em pouco tempo de evolução da doença. Raiva Você conhece essa doença? De olho na transmissão A raiva é transmitida aos seres humanos pela saliva de animais conta- minados, com destaque para a mordedura, arranhadura e/ou lambe- dura desses animais. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 47 O agente causador da doença é o vírus do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae. Sinais e sintomas Veja alguns sinais e sintomas da raiva: • alterações de comportamento; • alterações do nível de consciência, com alucinações e medo excessivo, inquietação e agressividade; • dificuldades relacionadas ao sono; • dores musculares generalizadas; • alterações de sensibilidade no local da mordedura, acompanhadas de dor e formigamento; • febre; • convulsões frequentes; • salivação excessiva (baba); • morte cerebral. O período de incubação da doença é em média 45 dias no ser humano, porém em crianças o período pode ser mais curto. Veja como é feito o tratamento da doença Mas como tratar uma doença que pode levar à morte? O tratamento da raiva deve ser tão agressivo quanto a doença. Para tratá-la, são administrados antivirais e medicamentos para diminuir os demais sintomas. Atenção para a prevenção A melhor medida para a prevenção da doença é a vacinação pré ou pós-exposição. A vacinação prévia é indicada para pessoas com maior risco de exposição ao vírus causador da raiva, como os médicos-veterinários. Já a vacinação posterior é indicada em caso de possível exposição ao vírus da raiva, depois do contato com o animal. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 48 Conhecida popularmente como catapora, a varicela é uma doença infecciosa muito contagiosa causada pelo vírus Varicela zoster. Os principais acometidos com a doença são crianças. Mas como acontece a transmissão da doença? Sinais e sintomas Você sabe quais são os sinais e sintomas da varicela? A característica principal da doença são as alterações na pele, com o surgimento de pequenas man- chas vermelhas que evoluem para pequenas bolhas e, por último, viram crostas (casquinhas). Além disso, a varicela também pode causar febre e indisposição, com dores generalizadas pelo corpo. O período de incubação da doença é de 14 a 16 dias, podendo ser de 10 a 20 dias. Veja como é feito o tratamento da doença Varicela Você conhece essa doença? De olho na transmissão A transmissão se dá pelo contato com a pessoa contaminada, através da saliva, secreções respiratórias, lesões da pele e objetos contamina- dos pelo vírus. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 49 Na maioria dos casos, o tratamento é específico para o alívio dos sintomas, porém em casos mais complicados os antivirais podem ser utilizados. Dengue é uma doença infecciosa, causada por um vírus que apresenta quatro sorotipos diferentes: DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4. No AVA, na sessão de vídeo Saúde Senar, você conhece mais sobre a dengue. Mas para que você tenha acesso ao conteúdo completo, trouxemos todo o conteúdo desse vídeo aqui também, na apostila. Atenção para a prevenção Já a prevenção se dá através da vacinação e medidas adequadas de higiene da pessoa contaminada e daqueles com quem ela estabelece contato, além do isolamento social da pessoa contaminada. A doença confere imunidade permanente, ou seja, quem já foi contaminado fica “protegido” contra a doença. Dengue Vocêconhece essa doença? Sendo possível, visite a página do curso e assista ao vídeo, pois lá as informações são apresentadas de forma mais interativa. Caso você esteja conectado à internet e quiser acessar a página do portal EAD do Senar, clique no ícone ao lado. http://ead.senar.org.br/ DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 50 Saúde Senar Vamos falar sobre a dengue? Você sabia que a dengue pode ser causada por quatro tipos diferentes de vírus? Isso quer dizer que uma pessoa pode ter dengue até qua- tro vezes, pois um tipo de vírus não confere imunidade para os demais. E a versão mais grave da dengue geralmente ocorre nas pessoas que já tiveram a doença anterior- mente. A transmissão é pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti contaminada pelo vírus. Uma vez que uma pessoa for infectada pelo vírus, ela pode começar a apresentar os sinais e sinto- mas dentro de 3 a 15 dias, mas a média é que eles surjam no quinto ou sexto dia após a infecção. Esses sinais e sintomas podem ser: dores pelo corpo, com destaque para os músculos e as articula- ções, febre, dor nos olhos ou atrás deles e manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. Na forma mais grave da doença, a pessoa pode ter hemorragia, com sangramento em locais apa- rentes, como na pele e na gengiva, ou não aparentes, como nos órgãos internos. Muito cuidado e atenção, pois a dengue é uma doença séria e pode levar à morte. Picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti Vírus DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 51 Não existe um medicamento específico para a dengue, por isso, o tratamento é focado nos sintomas. Aqui, queremos chamar sua atenção para um fato muito importante! Caso você tenha algum desses sintomas, não pode ingerir medicamentos que possuem o ácido acetilsalicílico como princípio ativo, como AAS, Aspirina e Melhoral, pois eles aumentam o risco de sangramentos. Sempre procure orientação médica antes de se medicar! Vamos conhecer agora as estratégias de prevenção da dengue. A principal forma de prevenção é a eliminação do mosquito, com a destruição de possíveis criadouros. A água parada é o principal local para o desenvolvimento da larva do mosquito e, por isso, deve ser sempre evitada, seguindo algumas condutas. Vamos conhecê-las? Sempre inspecione os locais na busca por pontos de proliferação do mosquito. Além de tratar os sintomas, também são indi- cadas ao paciente algumas alterações com- portamentais, como repouso e a ingestão de bastante líquido. Aplique larvicidas em plantas que acumulam água. Vistorie se o fechamento de poços e tambores de água estão adequados. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 52 Locais destinados para a alimentação de animal devem ser higienizados com frequência, pois po- dem acumular água e então, você já sabe! Podem virar locais de proliferação. Itens de trabalho, como carrinho de mão, por exemplo, devem ser guardados adequadamente ao término das atividades, pois ficando expostos, podem também acumular água. A febre amarela é uma doença viral causada pelo arbovírus, um vírus transmitido por insetos e mos- quitos do gênero Flavivirus febricis da família Flaviviridae. Atenção para a prevenção A principal estratégia de prevenção da dengue é a eliminação do mosquito, destruindo seus criadouros. Febre amarela Você conhece essa doença? DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 53 A doença é infecciosa e aguda, de gravidade variável. Podemos nos deparar com dois tipos: a silvestre e a urbana. A silvestre acomete os macacos, enquanto na urbana os macacos não estão envolvidos. Sinais e sintomas Mas os sinais e sintomas são diferentes nos dois tipos da doença? Na verdade, os sintomas são idênticos nos dois tipos. O que varia é a intensidade, de pessoa para pes- soa, mas de forma geral, a doença causa: • febre; • indisposição; • dores generalizadas pelo corpo; • náusea e vômito; • coloração amarelada na pele e nos olhos. Nas formas mais graves, pode causar hemorragia, problemas graves nos rins e fígado, alterações no coração e pulmões, assim como no sistema nervoso central. Já pensou em como é transmitida a doença? O período de incubação da doença é, em geral, de três a seis dias. Veja como é feito o tratamento da doença sistema nervoso central O sistema nervoso central é constituído pelo encéfalo (cérebro) e pela medula espinal. De olho na transmissão A transmissão da febre amarela do tipo silvestre acontece pela picada dos mosquitos Haemagogus e Sabethes em macacos ou em seres humanos não imunizados. No tipo urbano, a transmissão se dá pela picada do mosquito Aedes aegypti. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 54 Para o tratamento da febre amarela não existe um medicamento específico, o que faz com que o tra- tamento seja focado nos sintomas, também chamado de suporte. As orientações básicas são: repou- so, hidratação e acompanhamento por profissionais da saúde. Nos casos mais graves, a hemodiálise pode ser indicada, como também transfusões sanguíneas. A febre por vírus Zika é uma doença viral infecciosa febril. Seu agente etiológico é o vírus Zika, co- nhecido pela sigla ZIKV. Pode ser considerada como nova no Brasil, pois começou a ocorrer aqui em maio de 2015. Ela é uma doença típica de países de clima tropical. Se uma pessoa está com febre amarela, não pode ingerir medicamentos que contenham o ácido acetilsalicílico, como o AAS, a Aspirina e o Melhoral. Isso acontece porque esses medicamentos aumentam o risco de sangramento. Atenção para a prevenção A prevenção da febre amarela se dá através da vacina, disponibilizada pelo SUS. Também são recomendadas ações para eliminação do mosquito vetor. Alguns cuidados específicos para quem habita ou viaja para áreas com ocorrência da doença são: aplicar repelente com regularidade e usar roupas adequadas que protejam boa arte do corpo para evitar o contato com o mosquito. Febre por vírus Zika Você conhece essa doença? DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 55 Sinais e sintomas Veja os sintomas da doença: • vermelhidão espalhada por todo corpo, acompanhada de coceira intensa nos dias seguintes à contaminação; • febre, porém baixa; • conjuntivite; • dores generalizadas pelo corpo, em especial nos músculos e articulações; • inchaço nas articulações; • hipertrofia dos gânglios, as chamadas ínguas. Em casos mais graves e raros, pode apresentar acometimento neurológico. Como acontece a transmissão da doença? Em geral, o período de incubação dura de 3 a 14 dias. Veja como é feito o tratamento da doença Para tratar a febre por vírus Zika não existe medicamento específico, portanto o tratamento é foca- do nos sintomas. As orientações não medicamentosas incluem repouso, hidratação e alimentação saudável. De olho na transmissão A picada do mosquito Aedes aegypti é a principal forma de transmis- são, porém já existem evidências que mostram que também pode ocorrer através de relações sexuais e durante a gestação e/ou aleita- mento materno. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 56 A covid-19 é uma doença viral, infecciosa, aguda e grave, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2. Sinais e sintomas Você já deve ter ouvido falar sobre alguns dos sintomas da doença, não é? A intensidade dos sintomas varia em cada pessoa, podendo ser uma manifestação leve ou gravíssi- ma, levando à morte. Nos casos leves, as principais manifestações são: • cansaço; • febre; • tosse; Atenção para a prevenção Já a prevenção da doença tem como medida mais eficaz evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Deve-se evitar o acúmulo de água parada, independentemente do local. Algumas condutas importantes são procurar os locais que possam reter a água e eliminá-los ou higienizá-los, como cavidades em árvores ou buracos em muros e tijolos. Latas devem ser amassadas e garrafas tampadas antes de serem descartadas. Calhas devem ser cuidadas, em especial depois da chuva. Covid-19 Você conhece essa doença? DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 57 • perda do paladar e/ou olfato; • dores generalizadas pelo corpo, em especial na cabeça; • diarreia; • recusa alimentar.Já nos casos mais graves, a doença causa dificuldade para respirar e/ou falta de ar, ausência da fala, dificuldade na movimentação corporal e confusão mental. O período de incubação da doença é de, em média, 5 a 6 dias, podendo levar até 14 dias para os sinais e sintomas aparecerem. Veja como é feito o tratamento da doença O tratamento depende da intensidade dos sintomas. Nos casos mais leves, não é necessária a hospitalização, e o tratamento dos sintomas é feito em casa, com orientação médica. Já nos casos mais complexos, a hospitalização é indispensável e o tratamento é mais agressivo, podendo inclusive necessitar de sedação do paciente e substituição da função dos pulmões por ventilador. E o que pode ser feito para prevenir a covid-19? Atualmente, o SUS disponibiliza a vacina contra a covid-19. De olho na transmissão A transmissão da covid-19 se dá pelo ar contaminado com o vírus ou pelo contato com secreções respiratórias, saliva, tosse e espirro de pessoas contaminadas, em especial pelo aperto de mão. Objetos con- taminados também transmitem o vírus para as pessoas não contami- nadas que os tocarem. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 58 Muito bem, agora que você conheceu algumas doenças causadas por vírus, pode seguir em frente com seu estudo e ler sobre as doenças causadas por fungos. Atenção para a prevenção A forma de prevenção mais indicada é o isolamento total da pessoa contaminada. Além disso, é indispensável que todos usem máscara, assim como tomem as medidas de higiene adequadas, como a higienização frequente das mãos e a aplicação de álcool em gel. Cuidados com a higiene do ambiente também devem ser adotados, como a higiene com álcool 70%, principalmente de maçanetas, corrimões e bancadas. Boa leitura! 59 MÓDULO 2 | AULA 3 Doenças causadas por fungos Você já deve ter ouvido falar em micoses, certo? Elas são algumas das doenças causadas pelos fungos. Vamos conhecer essas e mais algumas doenças transmissíveis causadas por fungos? Micoses são um conjunto de infecções cutâneas fúngicas que podem atingir estruturas, como pele, unhas, cabelos e órgãos genitais. Elas são causadas por diversos tipos de fungos, a depender da área afetada. A umidade e o calor são fatores que facilitam muito o desenvolvimento de fungos e a ocorrência de doenças causadas por eles. Sinais e sintomas Micose Você conhece essa doença? infecções cutâneas fúngicas Infecções na pele causadas por fungos. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 60 Os sintomas das micoses são diversos, dependendo do local da infecção. Entre os mais frequentes estão: • coceira intensa; • manchas ou lesões avermelhadas; • descoloração ou hiperpigmentação da pele; • coceira, corrimento e mau cheiro no órgão genital; • mudança na cor e formato da unha, podendo ocorrer descolamento e queda. Você deve estar se perguntando como ocorre a transmissão dessas micoses, não é? O período de incubação varia de acordo com o fungo causador da micose, podendo ser de uma semana a um mês. Veja como é feito o tratamento da doença E como é possível tratar as micoses? Seu tratamento deve ser orientado pelo médico. Geralmente é através de medicamentos por via oral e soluções aplicadas na pele, como pomadas. A mudança de hábitos de higiene também é indicada. De olho na transmissão A transmissão das micoses acontece com o uso compartilhado de ob- jetos íntimos, como toalhas de banho úmidas. Também pode ocorrer quando permanecemos com roupas molhadas, em relações sexuais desprotegidas e no uso de banheiro sem higiene adequada. Atenção para a prevenção Para prevenir as micoses, o foco deve ser em impedir a proliferação dos fungos. É recomendado manter boas condutas de higiene pessoal, trocar toalhas de banho e rosto com frequência, trocar de roupa logo após o trabalho ou atividade física, evitar ficar com os pés molhados no calçado fechado, principalmente em botas de borracha. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 61 As dermatofitoses também podem ser chamadas de micoses superficiais. Sua característica é se desenvolver em locais com maior quantidade de queratina, substância presente nos cabelos, pelos, unhas e pele. Elas são causadas por diferentes agentes etiológicos, a depender do local atingido. Podem ser: Trichophyton rubrum, Trichophyton mentagrophytes var. interdigitale, Trichophyton tonsurans, Micros- porum audouinii, Trichophyton schoenleinii, Microsporum canis, Trichophyton verrucosum ou Microspo- rum gypseum. Sinais e sintomas Já que essas doenças são causadas por diferentes agentes, vamos ver seus sintomas? • coceira; • descamação e descoloração da pele no local, com mau cheiro; • vermelhidão e irritação da pele no local; • crostas descoloradas no couro cabeludo; • alteração nas características das unhas. Dermatofitose Você conhece essa doença? De olho na transmissão A transmissão ocorre através do contato direto com animais, pessoas ou objetos contaminados pelo fungo e também pelo contato com o solo em que o fungo está crescendo ou ainda pela respiração do ar contendo queratina com o fungo. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 62 O período de incubação, porém, é o mesmo para os diferentes agentes causadores e dura em média de 4 a 10 dias. Veja como é feito o tratamento da doença O tratamento das doenças, em geral, é tópico, ou seja, na própria pele. Em alguns casos podem ser prescritos antifúngicos por via oral ou também podem ser necessários outros medicamentos para diminuir os sintomas desconfortáveis e intensos. A esporotricose é uma infecção fúngica do tipo micose subcutânea causada pelo fungo do gênero Sporothrix. Atenção para a prevenção O foco da prevenção deve ser o impedimento da proliferação dos fungos. Também é recomendado manter boas condutas de higiene pessoal, alimentação adequada para auxiliar as defesas do organismo e evitar o uso compartilhado de objetos de uso pessoal. Esporotricose Você conhece essa doença? subcutânea Está abaixo da pele. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 63 Sinais e sintomas Quais são os sintomas dessa infecção? A lesão primária é bem semelhante à picada de um inseto, podendo curar espontaneamente. Po- rém, existem situações mais complicadas, em que o fungo invade órgãos internos, como os pulmões, ossos e articulações. Nesses casos mais graves, os sintomas são: • falta de ar; • tosse; • dores generalizadas; • inchaço. O período de incubação varia de uma semana a um mês, ou até seis meses. Veja como é feito o tratamento da doença O tratamento da doença é feito com medicamentos antifúngicos, por via oral. De olho na transmissão A transmissão da esporotricose se dá por via cutânea, por lesões ou ferimentos na pele. Gatos contaminados também a transmitem por arranhões ou mordidas. Atenção para a prevenção A forma mais eficaz é evitar o contato com o fungo, adotando cuidados com as vestimentas ao desenvolver atividades diretas com o solo ou plantas que possam estar contaminadas, em especial em locais em que circulam gatos. O uso de calçados fechados também é uma orientação importante, assim como de luvas, para proteger as mãos. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 64 É uma infecção fúngica, muito comum no meio rural, causada pelos fungos Paracoccidioides brasi- liensis e Paracoccidioides lutzii. No AVA, na sessão de podcast da rádio Saúde Senar, você tem acesso a um diálogo que apresenta mais informações sobre a Paracoccidioidomicose. Mas para que você não perca nenhuma informa- ção importante, trouxemos o conteúdo dessa conversa aqui também, na apostila. Paracoccidioidomicose Você conhece essa doença? Sendo possível, visite a página do curso, pois lá as informações são apresentadas de forma mais interativa. Caso você esteja conectado à internet e quiser acessar a página do portal EAD do Senar, clique no ícone ao lado. http://ead.senar.org.br/ DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 65 Rádio Saúde Senar Saiba mais sobre a Paracoccidioidomicose Rosana Olá, que bom tê-los aqui conosco na rádio Saúde Rural. Eu sou aRosana e o tema de hoje é a Paracoccidioidomicose. Para o que, Rosana? Paracoccidioidomicose é uma infecção causada por um fungo que é o princi- pal tipo de micose no Brasil. E para explicar essa doença convidamos novamente a doutora Paula. Bem-vinda, doutora! Paula Obrigada, Rosana! É muito bom estar aqui novamente. Rosana O que você acha de começarmos falando da forma de transmissão da doença? Paula Claro, vamos lá! A transmissão ocorre quando a pessoa que faz o manejo do solo contaminado inala o fungo. Por isso, os trabalhadores rurais são os mais predispostos à contaminação. E Rosana, olha que curioso, o período de incubação da doença pode variar de 15 dias a 40 anos. Rosana Nossa! Bastante tempo, não é mesmo? E quais são os sintomas que uma pes- soa pode apresentar se for contaminada pelo fungo? DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 66 Paula Existem três classificações da doença e os órgãos mais acometidos são os pulmões, em primeiro lugar, depois a pele, mucosas, linfonodos, glândulas adrenais, fígado, ossos e sistema nervoso central. Rosana Comenta um pouco com a gente sobre essas três classificações?! Paula A fase aguda é a forma intensa e grave da doença, pela rapidez com que se instala, atingindo o sistema reticuloendotelial, que é um conjunto de células responsáveis pelas defesas do organismo, podendo se espalhar para outros órgãos vitais, como pulmões, fígado e medula óssea. A fase crônica se manifesta mais lentamente, com sintomas presentes por um tempo mais prolongado, de quatro meses a um ano, atingindo os pulmões e mucosas do sistema respiratório e digestivo. Por último, temos a fase residual, que são as sequelas deixadas pelas outras formas da doença. São alterações permanentes na função de alguns órgãos acometidos, sendo as mais frequentes nos pulmões, pele e sistema nervoso central. Rosana Doutora Paula, existe um tratamento específico para a doença? Paula Vai depender da forma como a doença se apresenta, Rosana. De um modo geral, varia de medicações por via oral à endovenosa, destacan- do o uso dos antifúngicos. Rosana Mas claro que a melhor estratégia é sempre a prevenção, então, vamos dar algumas dicas para os nossos ouvintes de como evitar a contaminação pelo fungo! Paula Rosana, aí que está, não existe uma medida preventiva específica e que seja totalmente eficaz contra a doença. Mas temos algumas orientações que servem para os grupos de maior risco, como os agricultores e trabalhadores rurais. Eu diria para que essas pessoas adotem cuidados mais intensos ao entrarem em contato com qualquer solo, utilizando equipamentos de proteção. E aqui quero reforçar a importância do uso das máscaras, pois elas protegem as vias aéreas, evitando a inalação do fungo. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 67 Você acabou de conhecer mais sobre as doenças causadas por fungos e pode avançar nos estudos. Paula Na Norma Reguladora número 6, ou simplesmente NR-06, recomenda-se que em ambientes onde for detectado a presença de agentes biológicos nocivos, como, por exemplo, fungos, a máscara que deve ser utilizada é a PFF2. Rosana Muito bom, doutora Paula! Chegamos ao fim desta conversa na rádio Saúde Rural. E atenção, ouvintes, para essa dica de ouro sobre o uso de máscaras, hein! Temos um próximo encontro. É logo mais e você não vai perder, né? Acompanhe a nossa rádio e fique sempre bem informado! Tchau! Atenção para a prevenção A principal estratégia de prevenção é o uso de equipamentos de proteção, especialmente máscaras. Siga com a leitura sobre doenças causadas por protozoários. 68 MÓDULO 2 | AULA 4 Doenças causadas por protozoários As doenças causadas por protozoários são chamadas também de protozooses. Elas podem ser contra- ídas de diversas formas, dependendo de como foi a exposição da pessoa. Esses agentes são encontra- dos no meio ambiente, com destaque para locais aquáticos ou úmidos. Vamos conhecer mais sobre as doenças causadas pelos protozoários? Siga com a leitura. É uma doença infecciosa, popularmente conhecida como a doença do gato, causada pelo protozoá- rio Toxoplasma gondii. Sinais e sintomas Como são os sintomas dessa doença? Toxoplasmose Você conhece essa doença? DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 69 Em geral, a doença não causa sinais e sintomas, agindo silenciosamente. Quando as defesas da pessoa ficam comprometidas, podem surgir manifestações como: • febre; • dores generalizadas pelo corpo; • ínguas; • indisposição; • manchas avermelhadas pelo corpo; • alterações na visão. Em casos mais graves, podem aparecer complicações, como convulsões e cegueira. O recém-nascido de mãe positiva sem tratamento pode apresentar alterações, como dificuldade para respirar. Como acontece a transmissão? O período de incubação depende do reservatório, sendo de 10 a 23 dias quando a causa é ingestão de carne e de 5 a 20 dias quando é o contato com fezes de gato. Veja como é feito o tratamento da doença Como pode ser tratada a toxoplasmose? Na ausência de sintomas, o tratamento, na maioria das vezes, não é necessário e o organismo elimina o protozoário. Ao surgirem os sintomas, é necessário realizar o tratamento com antibióticos e medicamentos para diminuir os sintomas. De olho na transmissão O protozoário é encontrado nas fezes do gato ou em carne malcozida, assim pode ser transmitido na ingestão de alimentos contaminados ou por meio do contato com as fezes de gato infectadas. Pode ser transmitida durante a gestação, com destaque para os casos em que o tratamento materno não é realizado corretamente. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 70 É uma doença infecciosa parasitária, causada pelo protozoário do gênero Leishmania, transmitido pelo mosquito-palha. No AVA, na sessão Saúde Senar, você assiste a um vídeo que apresenta informações sobre a leishmaniose. Mas para que você tenha todo o conteúdo em mãos, trouxemos todos os textos desse vídeo aqui, na apostila. Atenção para a prevenção Já para a prevenção, os cuidados devem ser constantes e incluem: observar a higiene adequada dos alimentos e da água que são consumidos, adotar uma boa higiene da casa e arredores, além de providenciar visitas periódicas do animal de estimação ao veterinário. Leishmaniose Você conhece essa doença? Sendo possível, visite a página do curso e assista ao vídeo, pois lá as informações são apresentadas de forma mais interativa. Caso você esteja conectado à internet e quiser acessar a página do portal EAD do Senar, clique no ícone ao lado. http://ead.senar.org.br/ DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 71 Saúde Senar Leishmaniose, saiba como identificar e prevenir essa doença Leishmaniose tegumentar e visceral. Esses são os dois tipos existentes dessa doença, que é mais comum em países de clima tropical, como o Brasil. Mas você pode estar se questionando se esses dois tipos apresentam sinais e sintomas diferentes, não é mesmo? A resposta para essa e outras perguntas, você saberá seguindo com a leitura. A leishmaniose tegumentar atinge apenas a parte externa da pele e a visceral atinge os órgãos e causa sintomas mais generalizados. Picada do mosquito-palha Protozoários Uma pessoa fica doente se for picada pelo mosquito-palha que estiver contaminado por um tipo de protozoário. Um fator importante da transmissão dessa doença é que ela atin- ge prioritariamente os cachorros. Se o mosquito-palha picar esses animais contaminados, ele con- trai o protozoário e pode então picar e contaminar as pessoas. Dizemos que os cachorros são hospedeiros desses protozoários. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 72 Seria então um ciclo entre os cachorros, os mosquitos e as pessoas? Você consegue notar essa interação? Por esse motivo é tão importante o cuidado com os cães, além de outros que iremos abordar aqui! Após uma pessoa ser infectada pelo protozoário, ela pode começar a apresentar os sinais e sinto- mas dentro de 10 dias a 24 meses, mas a média acaba ficando de 2 a 6 meses. Abordamos brevemente sobre a manifestação dos doistipos de leishmaniose, mas agora vamos especificar melhor os sinais e sintomas, para que você fique atento. Vamos começar analisando a leishmaniose tegumentar. Ela pode apresentar um caroço ou feridas no local da picada do mosquito. Já a leishmaniose visceral altera o funcionamento dos órgãos que o protozoário ataca. Ela também causa febre, perda de peso e alterações na pele. O tratamento vai depender também do tipo de doença: a tegumentar não requer tratamento, na maioria das vezes, e o desaparecimento das alterações da pele é espontâneo. Já o tratamento da visceral exige uso de medicamentos específicos por via oral e prescritos pelo médico. Mas atenção! Ao sinal de qualquer suspeita, somente o médico define qual é o tipo de doença e qual é o melhor tratamento a ser seguido. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 73 Agora, seguiremos para conhecer as principais estratégias de prevenção da leishmaniose. Então, vamos lá! A prevenção deve ser focada em combater o mosquito-palha, visto que ele é o principal transmissor. Esses mosquitos se alimentam de matéria orgânica, então para evitar a sua proliferação é preciso atenção especial para o manejo adequado do lixo. O cuidado com as frutas, verduras e restos de vegetação que podem apodrecer e o correto destino das fezes dos animais. Outros cuidados são essenciais, veja só! Ainda é indicado que os cães sejam vacinados contra a doença e sejam levados ao veterinário pe- riodicamente. Lembre-se de que o cuidado com a saúde do seu cachorro aumenta a sua segurança e a das pessoas ao seu redor. Use repelente e instale telas e cortinas prote- toras em ambiente com excesso de mosquitos. Proteja o seu cachorro da picada do mosquito. Para isso, existem coleiras específicas. Atenção para a prevenção As principais estratégias de prevenção da leishmaniose são o combate ao mosquito-palha e a vacinação dos cães. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 74 A doença de Chagas, conhecida em alguns lugares como tripanossomíase americana, é infecciosa parasitária, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e transmitida pelo bicho-barbeiro. Pode ser subdividida em duas fases, a depender dos sinais e sintomas: aguda e crônica. Sinais e sintomas Mas quais são esses sinais e sintomas? Não é sempre que a doença vai manifestar sinais e sintomas, porém quando isso acontece, costuma apresentar: • mal-estar generalizado; • febre; • inchaço no local da picada do inseto; • indisposição; • recusa alimentar; • náusea e vômito; • diarreia; • ínguas pelo corpo. Nos casos mais graves, os doentes podem apresentar aumento do fígado e do baço, assim como meningite e encefalite. Doença de Chagas Você conhece essa doença? meningite Processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cére- bro e a medula espinal. encefalite Inflamação no cérebro. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 75 O período de incubação varia de 5 a 14 dias. Veja como é feito o tratamento da doença E como deve ser o tratamento da doença? O tratamento deve ser a nível hospitalar na fase aguda. Já na fase crônica, cada caso precisa ser avaliado individualmente. De olho na transmissão A transmissão não ocorre pela picada do barbeiro contaminado, mas sim pelo ato da pessoa coçar o local da picada, espalhando as fezes do mosquito ali depositadas. A partir disso, ocorre a invasão do proto- zoário pela lesão da pele. Também pode acontecer na transfusão de sangue contaminado ou ainda durante a gestação. Atenção para a prevenção Para prevenir a doença, as medidas devem ser específicas para a proteção contra a picada do inseto. Orienta-se usar repelente continuamente, colocar telas protetoras em janelas e usar vestimentas protetoras em áreas de maior exposição, como no trabalho rural. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 76 A malária é classificada como uma doença infecciosa febril aguda, causada pelo protozoário Plasmo- dium, transmitido pela fêmea do mosquito Anopheles. Sua gravidade depende da espécie do agente causador. Não é considerada uma doença contagiosa, portanto não é possível uma pessoa transmi- tir para outra. Sinais e sintomas Os sintomas da doença são: • tremores e calafrios; • febre; • suor em excesso; • dor de cabeça intensa. Em casos mais graves, pode apresentar indisposição, confusão mental, dificuldade de respirar, san- gramento interno, pressão muito baixa. O período de incubação varia de 7 a 14 dias. Malária Você conhece essa doença? De olho na transmissão A transmissão ocorre pela picada da fêmea do mosquito Anopheles. Não há transmissão de uma pessoa para outra. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 77 Veja como é feito o tratamento da doença E qual é o tratamento da doença? Em casos leves, o tratamento medicamentoso por via oral pode ser feito em casa, porém nos casos mais graves a hospitalização é necessária. Atenção para a prevenção A prevenção da doença deve ter como objetivo a eliminação do mosquito ou a prevenção do contato. As orientações são: eliminar o máximo de possíveis criadouros do mosquito, mantendo aterros adequados do solo, assim como adequada drenagem de água, utilizar inseticidas para eliminar os mosquitos, porém com cuidado em ambientes fechados, instalar telas nas janelas etc. Muito bem, agora siga com a leitura sobre as infecções sexualmente transmissíveis. 78 MÓDULO 2 | AULA 5 Infecções sexualmente transmissíveis As infecções sexualmente transmissíveis (IST) são um grupo de doenças transmitidas principalmente por relações sexuais desprotegidas. Seus agentes causadores são variados, dependendo da doença. Elas são consideradas um problema de saúde pública e preocupam a área de saúde. As infecções conhecidas como IST passaram a receber esse nome no lugar do termo doenças sexual- mente transmissíveis (DST), pelo fato de que uma pessoa pode ter a infecção e transmiti-la, mesmo sem apresentar sinais e sintomas. Vamos conhecer mais sobre essas doenças? A sífilis é uma doença infecciosa bacteriana, causada pela bactéria Treponema pallidum, que ocorre exclusivamente em seres humanos. Ela é subdividida em primária, secundária e terciária, dependen- do dos sinais e sintomas apresentados e do avanço da doença. Existe ainda a sífilis congênita, que é aquela passada de mãe para filho durante a gestação ou no momento do parto. Sífilis Você conhece essa doença? DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 79 Sinais e sintomas Mas como são os sinais e sintomas nas diferentes subdivisões da doença? Primária: é o primeiro estágio, com o aparecimento de uma pequena ferida ou caroço na região do pênis ou vagina, podendo também surgir no ânus, mamas, boca ou dedos das mãos, que não causa dor nem desconforto. Tende a desaparecer depois de 4 a 5 semanas, sem deixar marcas. Secundária: a doença só evolui para essa fase caso não tenha sido tratada na fase primária. Na fase secundária, pode causar manifestações mais espalhadas pelo corpo, como manchas avermelhadas, dores generalizadas, indisposição, febre leve (38 °C), recusa alimentar e perda de peso. Terciária: acomete pessoas que não identificaram ou não trataram a doença nas fases anteriores. As alterações são mais graves, como problemas em órgãos internos e vitais, rigidez no pescoço, perda auditiva, convulsões, pupilas dilatadas, alucinações, ausência de memória recente e paralisia generalizada. O período de incubação depende também da fase da doença. Na primária é de em média 3 sema- nas, já na secundária é de em média 6 a 8 semanas e na terciária de 10 a 30 anos a partir do início da fase primária. Veja como é feito o tratamento da doença O tratamento da sífilis acontece pela aplicação de antibiótico específico. De olho na transmissão A transmissão da sífilis ocorre pela relação sexual sem proteção ou de mãe para filho na gestação ou no parto. Atenção para a prevenção Para prevenir a doença, deve-se usar preservativo nas relações sexuais e realizar acompanhamento no pré-natal para detecção precoce em gestantes. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS80 As hepatites B e C, chamadas de hepatites virais, são doenças inflamatórias que atingem o fígado, causadas pelo vírus da hepatite B e C. Elas evoluem em silêncio, podendo passar anos sem apresentar sinais e sintomas. O maior problema disso é que, quando eles aparecem, a doença já está avançada. Sinais e sintomas Vamos descobrir quais são os sinais e sintomas? Em geral, as hepatites virais causam: • cansaço excessivo; • indisposição; • recusa alimentar; • dor abdominal; • náusea e vômito; • febre; • coloração amarela da pele e mucosas, chamada icterícia. O período de incubação vai depender do tipo da doença. Na hepatite B varia de 30 a 180 dias, com média de 70 dias. Já na hepatite C oscila entre 40 e 70 dias. Hepatites B e C Você conhece essa doença? De olho na transmissão A transmissão das hepatites B e C ocorre principalmente por relação sexual sem proteção e contato com sangue contaminado. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 81 Veja como é feito o tratamento da doença Existe tratamento específico para ambas as doenças, com medicações por via oral que impedem a multiplicação do vírus, os chamados antirretrovirais. É uma doença que afeta diretamente as defesas do ser humano, causando o que chamamos de imunodeficiência. Gera uma incapacidade para o organismo combater doenças/infecções. É causada pelo retrovírus HIV, da família Retroviridae, gênero Lentivirus. Sinais e sintomas Você já ouviu falar em algum sinal ou sintoma da aids? Inicialmente os mais comuns são: • febre; • diarreia; Atenção para a prevenção Para a hepatite B existe vacina disponibilizada pelo SUS, mas para a hepatite C ainda não existe. Para prevenir essas doenças, além da vacina deve-se praticar sexo com proteção, não compartilhar objetos íntimos, principalmente os cortantes, como lâminas de barbear e de depilar e alicates de unha. Também não se deve compartilhar seringas e agulhas de injetáveis. É recomendado ter atenção ao frequentar locais que realizam procedimentos mais invasivos, como dentista, tatuador etc. Aids Você conhece essa doença? DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 82 • suor em excesso no turno da noite; • recusa alimentar; • emagrecimento intenso. Na evolução da doença sem tratamento, as defesas do organismo tendem a diminuir muito, deixan- do o corpo “aberto” para as doenças chamadas oportunistas. Período de incubação: o corpo leva em média de 30 a 60 dias para produzir anticorpos anti-HIV, ou seja, até que a doença possa ser detectada via exame de sangue. Já a incubação varia de três a seis semanas, que é o tempo entre o ataque ao sistema imunológico e o surgimento dos sinais e sintomas. Veja como é feito o tratamento da doença Como é o tratamento da aids? O tratamento é feito com medicamentos antirretrovirais específicos, disponibilizados pelo SUS. De olho na transmissão A transmissão do HIV acontece através de sexo sem proteção, com- partilhamento de objetos íntimos, em especial os cortantes, transfu- são de sangue, durante cirurgias com materiais contaminados e de mãe para filho, durante a gestação ou parto. Atenção para a prevenção Para a prevenção da aids usar preservativo nas relações sexuais, não compartilhar objetos íntimos, principalmente os cortantes, como lâmina de barbear ou de depilar e alicates de unha. Também não compartilhar seringas e agulhas injetáveis. Ter atenção aos locais frequentados para realizar procedimentos mais invasivos, como dentista, tatuador etc. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 83 Papilomavírus humano (HPV) é uma doença infecciosa, causada pelo vírus que leva o mesmo nome da doença. No AVA, na sessão de podcast da rádio Saúde Senar, você tem acesso a um diálogo que apresenta informações sobre o Papilomavírus humano. Mas para que você não perca nenhuma informação importante, também, trouxemos o conteúdo dessa conversa aqui, na apostila. HPV Você conhece essa doença? Sendo possível, visite a página do curso, pois lá as informações são apresentadas de forma mais interativa. Caso você esteja conectado à internet e quiser acessar a página do portal EAD do Senar, clique no ícone ao lado. http://ead.senar.org.br/ DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 84 Rádio Saúde Senar Saiba mais sobre o papilomavírus humano (HPV) Rosana Caro ouvinte, você conectou a rádio Saúde Rural e a nossa conversa de hoje é sobre HPV, que significa papilomavírus humano. Eu, Rosana, vou fazer algumas perguntas para a doutora Paula. Perguntas que foram enviadas por vocês, nossos ouvintes! Olá, doutora Paula! Preparada para responder perguntas sobre essa infecção sexualmente transmissível que é o HPV? Paula Olá, Rosana! Preparadíssima. Podemos começar. Rosana Primeira pergunta. A pergunta é da nossa ouvinte Pamela, de São Gonçalo, Rio de Janeiro. Ela quer saber como ocorre a transmissão do HPV e se a vacina é a única for- ma de prevenir a doença. Paula Hum, excelente pergunta! A transmissão ocorre pelo contato direto com a pele ou mucosa infectada e o sexo é o principal momento em que isso pode acontecer. Aqui, eu quero chamar sua atenção, pois não precisa necessariamente ocorrer a penetração para o contágio acontecer. Sobre a prevenção, temos à disposição duas vacinas. Uma delas, chamada quadrivalente, protege contra os tipos de HPV 6, 11, 16 e 18 e a outra, chama- da bivalente, protege contra os tipos de HPV 16 e 18. Mas, além das vacinas, o sexo com proteção é indispensável como medida de prevenção. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 85 Rosana Segunda pergunta. O ouvinte José, de Natal, Rio Grande do Norte, perguntou quais são os sinto- mas do HPV e em quanto tempo eles começam a aparecer. Paula O período de incubação é de 2 a 8 meses, mas pode ser de até 20 anos. Muitos casos não mostram sinais e sintomas, o que pode fazer a pessoa con- taminada transmitir o vírus sem saber. Em outras situações, as lesões causa- das pelo HPV podem ser internas, de difícil visualização. Nos casos com sinais e sintomas aparentes, as lesões são classificadas como clínicas e subclínicas. Nas clínicas, são identificadas lesões do tipo verruga, na região do ânus, no pênis ou na vagina, podendo ser única ou múltipla; já nas subclínicas, não conseguimos ver lesões a olho nu. Elas estão localizadas nas mesmas regiões das lesões clínicas, porém não ficam visíveis e estão mais associadas aos casos de câncer. Rosana Doutora Paula, é realmente uma doença que merece atenção e uma consulta periódica ao médico ajuda a detectar esses sintomas que podem não ser tão aparentes! Mas, vamos à última pergunta. Terceira pergunta. HPV tem tratamento? Essa é a pergunta do nosso ouvinte Rafael, de Bandeirantes, Paraná. Paula O tratamento é para a eliminação das lesões, que pode ser com medicamento por via oral, pomadas, ou ainda com a eletrocauterização, que é uma forma de “queimar” as lesões. Rosana Obrigada por mais uma participação, doutora. Fechamos aqui a nossa conversa sobre HPV. Esperamos que você tenha escla- recido suas dúvidas e que esteja mais atento às formas de prevenção! E assim encerramos a nossa conversa de hoje na rádio Saúde Rural. Até mais! DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 86 Atenção para a prevenção As principais estratégias de prevenção são a vacinação contra o HPV e ter relações sexuais sempre com proteção. Você chegou ao final dos estudos do módulo 2! Siga em frente para concluir o tema. 87 MÓDULO 2 Conclusão do módulo Parabéns! Chegamos ao final do segundo módulo do curso! Esperamos que você tenha alcançado a compreen- são dos conteúdos trabalhados, assim como fixado o conhecimento para então colocá-lo em prática. Para que você reconheça os riscos de contrair determinadas doenças, é fundamental que conheça as doenças nas suas variadas formas de apresentação, assim como os agentes causadores de cada uma delas, seus tratamentos e principais medidas de proteção. E lembre-se de que, na tela de conclusão do AVA, é possível baixar o áudio no canal de podcast Um Giro no Agro, cujo tema é: Classificaçãodas Doenças Transmissíveis. A seguir, você poderá analisar as questões da atividade de aprendizagem do módulo 2. 88 MÓDULO 2 Atividade de aprendizagem E então, aproveitou os conhecimentos sobre a classificação das doenças transmissíveis? Neste módu- lo, foi possível conhecer diversos aspectos das doenças transmissíveis de acordo com o agente causa- dor de cada uma delas. Antes de analisar as atividades, que tal rever os principais pontos tratados no módulo? No AVA, você pode acompanhar a revisão em um vídeo, não deixe de assistir! E atenção! O conteúdo do módulo 3 só será liberado após a conclu- são da atividade dentro do AVA. As respostas devem ser enviadas obrigatoriamente por lá. Dessa for- ma, você terá um feedback confirmando se você respondeu correta- mente ou se deverá tentar novamente. Depois da segunda tentativa, a resposta correta será apresentada. Se você estiver conectado à internet e quiser ir direto para a página do Portal EAD do Senar, clique no ícone ao lado. http://ead.senar.org.br/ DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 89 Revendo o tema Tuberculose, hanseníase, tétano, leptospirose e febre maculosa são doenças causadas por bactérias. Raiva, varicela, dengue, febre amarela, febre por vírus Zika e covid-19, são doenças causadas por vírus. Tuberculose Febre maculosa TétanoHanseníase Leptospirose A tuberculose é transmitida por bacilos presentes no ar lançados por pessoas contaminadas. Alguns sintomas são tosse seca ou com catarro durante mais de três semanas, podendo ser com sangue, suor noturno e emagrecimento sem causa aparente. A principal prevenção é a vacina BCG. Raiva Febre amarelaVaricela MÓDULO 2 DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 90 Algumas doenças causadas por fungos são micose, dermatofitose, esporotricose e paracoccidioido- micose. A transmissão da dengue é pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti contaminada. Alguns dos sintomas são dores pelo corpo, inclusive na região dos olhos, febre e manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. A principal prevenção é a eliminação do mosquito, portanto atenção para locais de água parada, pois é o principal lugar para o desenvolvimento da larva do mosquito. Dengue Covid-19Febre por vírus Zika Paracoccidioi- domicose DermatofitoseMicose Esporotricose A paracoccidioidomicose é transmitida com a inalação do fungo durante o manejo do solo contaminado. Trabalhadores rurais são mais predispostos a contaminação. Os principais sintomas são respiratórios, pois atinge os pulmões, seguidos de sinais na pele e mucosas. A prevenção é o cuidado no contato com o solo e o uso de máscaras para proteger as vias aéreas. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 91 Toxoplasmose, leishmaniose, doença de Chagas e malária são causadas por protozoários. Exemplos de infecções sexualmente transmissíveis são sífilis, hepatites B e C, aids e HPV. MaláriaLeishmanioseToxoplasmose Doença de Chagas A toxoplasmose é transmitida pelo contato com o protozoário encontrado nas fezes do gato, na água ou em carne malcozida, ou ainda durante a gestação. Alguns sintomas são vistos com a defesa do organismo comprometida, surgindo febre, dores pelo corpo, ínguas, manchas avermelhadas pelo corpo e alterações na visão. A prevenção é ter cuidado com a higiene dos alimentos e da água. HPVHepatites B e CSífilis Aids A transmissão do HPV ocorre pelo contato direto com a pele ou mucosa infectada. A relação sexual é o principal meio de contaminação. Alguns sintomas são lesões do tipo verrugas no ânus, vagina e pênis ou internas, de difícil visualização. A prevenção é a vacina e o uso de preservativos nas relações sexuais. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 92 1. Tuberculose é uma doença bacteriana que atinge principalmente o sistema respiratório, os pulmões. Dona Roberta foi até a unidade de saúde para solicitar orientações sobre as principais formas de cuidado para não adquirir tuberculose. Ela está assustada porque um dos seus vizinhos está com essa doença e foi hospitalizado em estado grave. A enfermeira explica que existe vacina para preve- nir a infecção. Assinale a alternativa que traz a vacina contra a tuberculose: a. Vacina BCG. b. Vacina quadrivalente. c. Vacina bivalente. d. Vacina hepatite B. 2. A dengue é uma doença infecciosa, febril, de gravidade variável. Seu agente causador é um vírus, porém a infecção é transmitida pela picada de um mosquito. Roberto é trabalhador da área rural, auxiliando diretamente na criação de porcos. Certo dia estava assis- tindo à televisão e acompanhou a notícia de que os criadouros são locais de risco para o desenvolvimen- to do mosquito que transmite a dengue e que a doença merece cuidados. Assinale abaixo a opção que apresenta o mosquito transmissor da dengue: a. Mosquito Anopheles. b. Mosquito Haemagogus. c. Mosquito-palha. d. Mosquito Aedes aegypti. 3. A paracoccidioidomicose é considerada o principal tipo de micose no Brasil. Sua transmissão ocorre, entre outras formas, pelo manejo do solo contaminado. A prefeitura de um pequeno município está organizando os treinamentos a serem realizados pelas equi- pes de saúde no próximo ano para populações de risco. A seguir, trouxemos as perguntas da atividade de aprendizagem. Assim, antes de respondê-las no AVA, você poderá voltar e estudar algum conteúdo novamente, caso precise. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 93 Assinale abaixo a opção que traz a classe trabalhadora mais predisposta ao desenvolvimento da para- coccidioidomicose: a. Tratadores de zoológicos. b. Trabalhadores da área da saúde. c. Trabalhadores rurais. d. Médicos-veterinários. 4. Toxoplasmose é classificada como uma doença infecciosa, cuja manifestação mais grave é a ceguei- ra. O protozoário causador da doença é encontrado nas fezes de um determinado animal. Mariana decidiu adotar um animal de estimação para conviver com a sua filha de 2 anos de idade, porém tem preocupação com as possíveis doenças transmitidas ao ser humano pelos animais, em especial a to- xoplasmose, pois já houve casos na família. Assinale a alternativa que apresenta o animal que está causa essa doença: a. Gato. b. Cachorro. c. Macaco. d. Carrapato. 5. Joana foi ao médico pois notou algo estranho no seu corpo. Durante o banho identificou a presença de uma lesão do tipo verruga na parte externa da vagina e tocou a lesão, mas não sentiu dor. De qual doença sexualmente transmissível pode ser o sinal apresentado por Joana? a. Aids. b. Hepatite B. c. Hepatite C. d. HPV. Parabéns, você completou a análise da atividade de aprendizagem do módulo 2 e está pronto para seguir adiante! Siga com a leitura do módulo 3!
Compartilhar