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Resumo Materno Infantil - Gestação e Lactação

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Gestação e Lactação
 GESTAÇÃO 
DIAGNÓSTICO: Parâmetro clinico, 
hormonal (HCG), ultrassonografia 
(com 4 semanas de amenorreia já 
é possível identificar o saco gestacional) 
BASES FISIOLÓGICAS DA GESTAÇÃO 
PLACENTA 
- Respiração fetal (difusão simples) 
- Nutrição fetal (difusão simples, 
facilitada, pinocitose – quanto maior a 
complexidade do nutriente, mais 
dificuldade em atravessar a barreira) 
- Excreção fetal (ureia, creatinina e ácido 
úrico) 
- Armazenamento 
- Produção hormonal 
- Proteção imunológica 
HORMÔNIOS 
Gonadotrofina coriônica: 
- Impede a rejeição imunológica do 
embrião 
- Facilita a implantação do embrião na 
parede do útero 
Progesterona: 
- Prepara o útero e o endométrio para 
receber o embrião e as mamas para 
produção de leite e a OCITOCINA é 
responsável pela ejeção do leite 
- Relaxamento da musculatura lisa 
Estrogênio: 
- Aumenta a elasticidade da parede 
uterina e do canal cervical 
Lactogênio placentário: 
- Desenvolvimento da glândula mamária 
- Eleva a glicemia 
MODIFICAÇÕES: 
- Alteração na TBM (ocorre aumento das 
NE), glicídico (Os níveis de glicose fetal 
são 20 a 40 mg/dl menores que os níveis 
maternos) e lipídico 
- Alterações cardiovasculares, 
respiratórias, renal, digestório 
- Queixas: náuseas, vômitos, pirose, 
fraqueza, constipação, flatulência e 
outros 
ANTROPOMETRIA 
- Recomendação de ganho de peso na 
gestação 
- Se for gestante adolescente utilizar 
quadro. 
 
RECOMENDAÇÃO PERDA DE PESO PÓS 
PARTO 
OBESIDADE – perda de 0,5 a 2kg/mes 
SOBREPESO – perda de 0,5 a 1kg/mes 
EUTROFIA – perda de 0,8kg/mês 
Adicional energético 
RDA 300kcal/dia a 
partir do 2ºT 
IOM 250kcal/dia por 
todo período 
FAO 285-200kcal/dia 
conforme rotina 
 
 NECESSIDADES DE 
MICRONUTRIENTES 
 
ÁCIDO FÓLICO (B9) 
✓ 400µg todos os dias 
✓ Necessário para os processos de: 
divisão, crescimento celular e 
prevenção de defeitos no tubo 
neural (DTNs) 
✓ Suplementação antes: para 
prevenção de DTNs. 
Suplementação durante: prevenção 
de anemia 
✓ Além da ingestão de farinhas de 
TRIGO e MILHO, enriquecidas com 
ferro e ácido fólico – CONFORME 
RDC nº 344 da ANVISA 
✓ Sua necessidade aumenta durante 
a gravidez 
✓ PROGRAMA NUTRI SUS – prevenção 
e controle da anemia e outras 
deficiências em crianças de 6 anos 
à 3 anos e onze meses. Adição de 
vitaminas e minerais em pó, em 
uma das refeições oferecidas para 
crianças nas creches do PSE 
FERRO 
✓ 30-60mg ferro elementar/d por toda 
gravidez (OMS) 
✓ 40mg de ferro elementar/d até final 
da gestação (MS) 
✓ Até o 3º mês pós-parto suplementar 
40mg/d e em casos de aborto 
também 
✓ Previne anemia, parto prematuro, 
doenças infecciosas, baixo peso ao 
nascer 
✓ Crianças de 6 a 24m – 1mg/d de 
ferro elementar/kg todos os dias 
✓ Suplementação profilática para 
crianças prematuras e com baixo 
peso ao nascer 
VITAMINA A 
✓ Pós-parto: 200.00UI 
✓ Atua no sistema imunológico, 
combate à diarreia, infecções, 
sarampo, visão. 
✓ Programa de suplementação de 
vitamina A – áreas endêmicas para 
deficiência dessa vitamina 
Prevenir a hipovitaminose A e 
potencializar o pleno desenvolvimento 
infantil com a suplementação 
profilática com megadoses para 
crianças de 6 a 59 meses 
CÁLCIO 
✓ RDA antes e durante: 1.000-1.300mg 
✓ OMS recomenda durante: 1.500-
2.000mg/d para mulheres que estão 
em áreas com baixa ingestão de 
cálcio na dieta e alto risco de 
desenvolver pré-eclâmpsia 
✓ É necessário: função esquelética, 
contração muscular. 
 
 ANEMIA GESTACIONAL 
Ferropriva (ferro) e megaloblástica (B12) 
➢ Ausência (HB> 11ml/dl) 
Suplementação de ferro a partir da 
20ºsemana: 40mg de ferro elementar e 
400µg de ácido fólico 
➢ Leve a moderada (HB > 8 e < 11mg/dl) 
Suplementação de ferro elementar: 
200mg 
Solicitar exame protoparasitologico de 
fezes e tratar parasitoses: se presente 
➢ Grave (HB < 8mg/dl) 
Pré-natal de alto risco 
Quanto menor a concentração de HB, 
menor a captação do O2, levando a 
menor chegada ao feto 
 
 DIABETES GESTACIONAL 
O que é: situação em que a gestante 
apresenta aumento do “açúcar no 
sangue”. Ocorre porque durante a 
gestação o ganho de peso e ação de 
alguns hormônios leva o aumento da 
resistência à ação da insulina – (hormônio 
responsável por diminuir o açúcar 
circulante no sangue), glicose não 
consegue entrar nas células. Quando o 
pâncreas da gestante não consegue 
compensar essa maior demanda com 
maior produção de insulina, ocorre 
aumento da glicemia. 
► Mulheres sem diagnóstico de DM, 
mas com glicemia >92mg/dL -> DMG 
- DMG é fator de risco para crescimento 
fetal excessivo (parto prematuro e 
dificuldades no parto), e pode levar a 
doenças metabólicas futuras na criança, 
DM e obesidade; pois a glicose passa pela 
placenta indo para o bebê. 
✓ Terapia nutricional + atividade 
física + controle da glicemia 
- Avaliar dieta habitual: consumo de 
processados/ultraprocessados, lipídios; 
que podem influenciar o controle 
glicêmico, ganho de peso e a P.A materna 
- Analisar presença de sintomatologia 
- Avaliar IMC pré gestacional e atual, 
acompanhando e orientando quanto ao 
ganho de peso adequado 
-> O ganho de peso gestacional excessivo 
acima das recomendações pode levar a – 
bebês grandes para a IG e macrossomia 
 
- Orientação Nutricional: preferir alimentos in 
natura ou minimamente processados 
✓ Se for usar adoçante: 6 sachês ou 15 
gotas/dia 
✓ Incluir alimentos integrais, ricos em 
fibras, por ter menor índice glicêmico 
✓ PTN: 15-20% 
✓ LIP: 30-40% 
✓ CHO: 40-55% 
✓ FIBRAS: mínimo 28g/d 
✓ Sacarose: <5% do VET 
A ceia é importante para mulheres que 
fazem uso de insulina à noite, devendo 
conter 25 g de carboidratos complexos, 
além de proteínas ou lipídios, para evitar 
hipoglicemia durante a madrugada. 
 HIPERTENSÃO NA GESTAÇÃO 
Hipertensão na gestação: >14/9 
Hipertensão crônica: HAS antes do inicio 
da gestação. Não associada a edema e 
proteinúria 
Hipertensão gestacional: Aumento PA 
após 20º semana, sem proteinúria 
Pré-eclâmpsia: Aumento PA + proteinúria 
após 20º semana 
Eclâmpsia: Pré-eclâmpsia + convulsões 
 
LACTAÇÃO 
- O MS recomenda que o aleitamento 
materno seja exclusivo até os 6 meses e 
complementado até pelo menos 2 anos 
ou mais 
➢ Aleitamento exclusivo – nesse período 
nenhum outro alimento deve ser 
ofertado nem líquidos, como: água, 
água de coco, chá, suco ou outros 
leites; ou papinha e mingau 
Ele possui toda água para a 
hidratação 
Ofertar outros alimentos antes dos 6m é 
perigoso porque aumenta o risco da 
criança ficar doente e pode prejudicar a 
absorção de nutrientes no leite materno, 
como o ferro e o zinco 
➢ Aleitamento misto ou parcial 
➢ Aleitamento predominante 
➢ Aleitamento complementado 
- O leite materno é o único que contém 
anticorpos e outras substâncias que 
protegem a criança de infecções comuns 
como diarreias, infecções respiratórias, 
de ouvidos (otites) e outras. 
- A ingestão de cafeína não é 
contraindicada pela Academia Americana 
de Pediatria, mas a velocidade de 
remoção da cafeína é muito lenta, 
podendo provocar insônia e irritabilidade 
no bebê. 
BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO: 
 Protege o bebê de infecção e 
doenças futuras 
 Faz bem para a mulher, auxiliando 
na prevenção de algumas doenças 
 Promove vínculo afetivo 
 É econômico 
- Crianças em aleitamento materno 
exclusivo só devem receber suplementos 
a partir do 6ºm. Se a criança não estiver 
em aleitamento materno exclusivo, a 
suplementação poderá ser realizada a 
partir do 4ºm, juntamente com a 
introdução dos alimentos 
complementares 
O leite materno é uma mistura de 3 
frações 
➔ Fração solução: vitaminas, minerais, 
PTN, CHO, enzimas e hormônios. 
➔ Fração suspensão: micelas de caseína, 
cálcio e fosforo 
➔ Fração emulsão: parte final, glóbulos 
de gordura, AG e constituintes 
lipossolúveis 
- 1º LEITE: COLOSTRO, tem mais PTN e é 
rico em anticorpos e outras substâncias 
que protegem a criança. 
 - É produzido do final da gestação até o 
7º dia. 
- Facilita a eliminaçãode mecônio 
(primeiras fezes do recém-nascido) 
LEITE DE TRANSIÇÃO 
- Produção em até 10-14 dias pós-parto 
LEITE MADURO 
- Último estágio da produção do leite 
- Maior teor de gordura 
- Tem mais lactose do que o colostro 
LEITE ALTERIOR: inicio da mamada, mais 
rico em anticorpos, mais aguado 
LEITE POSTERIOR: final da mamada, rico 
em energia, em gorduras, tende a saciar 
mais – por isso importante oferecer o leite 
ate o final 
A betalactoalbumina está ausente no LM 
e possui maior poder alergênico 
No LM tem menor quantidade de FERRO e 
no LV tem maior quantidade, porem o 
ferro do LM é mais absorvido 
Quando o bebê começa a sucção ocorre 
estimulo da hipófise 
A anterior – libera prolactina 
A posterior – libera ocitocina 
FATORES QUE INTERFEREM NA 
LACTAÇÃO 
- Frequência das mamadas (quanto maior 
o estimulo da sucção, maior liberação de 
prolactina que vai produzir o leite e de 
ocitocina que libera o leite) 
- Reflexo emocional (ocitocina diminui o 
cortisol, que é hormônio do estresse) 
- Fármacos: podem aumentar ou diminuir 
a produção ou liberação 
- Anticoncepcionais 
- Álcool: em altas doses: inibe a ocitocina 
- Fumo: a nicotina inibe a prolactina e 
ocitocina 
- Desnutrição grave 
 
QUANDO NÃO É RECOMENDADO 
AMAMENTAR? 
 Mães com HIV (vírus da AIDS) e 
HTLV – transmissão vertical 
 Mães usuárias regulares de álcool 
ou drogas ilícitas, não devem 
amamentar seus filhos enquanto 
estiverem fazendo uso dessas 
substâncias 
 Se a mãe tiver herpes com lesões 
na mama 
 Sarampo – suspender 
temporariamente 
Caso a mãe for retirar o leite para 
armazenar 
- O frasco com o leite retirado deve ser 
guardado no congelador ou freezer (até 
15 dias) ou na prateleira mais próxima ao 
congelador da geladeira (até 12 horas). 
- Se for para doação, o leite deve ser 
armazenado congelado por no máximo 10 
dias 
- Depois de descongelado deve ser 
mantido em refrigeração em 5ºC até 12h 
 
10 PASSOS PARA UM BOM ALEITAMENTO 
MATERNO 
1. Ter uma norma escrita sobre 
aleitamento, que deveria ser 
rotineiramente transmitida a toda a 
equipe de cuidados de saúde; 
2. Treinar toda a equipe de cuidados de 
saúde, capacitando-a para implementar 
esta norma; 
3. Informar todas as gestantes sobre as 
vantagens e o manejo do aleitamento; 
4. Ajudar as mães a iniciar o aleitamento 
na primeira meia hora após o nascimento; 
5. Mostrar às mães como amamentar e 
como manter a lactação, mesmo se 
vierem a ser separadas de seus filhos; 
6. Não dar a recém-nascidos nenhum 
outro alimento ou bebida além do leite 
materno, a não ser que tal procedimento 
seja indicado pelo médico; 
7. Praticar o alojamento conjunto – 
permitir que mães e bebês permaneçam 
juntos – 24 horas por dia. 
8. Encorajar o aleitamento sob livre 
demanda; 
9. Não dar bicos artificiais ou chupetas a 
crianças amamentadas ao seio; 
10. Encorajar o estabelecimento de 
grupos de apoio ao aleitamento, para 
onde as mães deverão ser encaminhadas 
por ocasião da alta, no hospital ou 
ambulatório.

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