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1 Teoria Marginalista: Propriedades do modelo neoclássico ● Lei de say: "Dado que cada um de nós só pode comprar a produção de terceiros com nossa própria produção, e dado que o valor do que podemos comprar é igual ao valor do que podemos produzir, então quanto mais o homem pode produzir mais ele pode comprar". ● Preços flexível ● Mercados Competitivos ○ Equilíbrio de PE ○ Aceitação de preços ○ Produtos e recursos Homogêneos ○ Livre mobilidade de fatores e produtos (Custos de transação) ● não há restrições, nem rigidez no salário (W/P) ● Moeda neutra: PM Só afeta o nivel de preços ● Princípio da substituição (Trabalho × Capital) Funcionamento do mercado de trabalho Determinação do Produto de Pleno e o Mercado De Trabalho O mecanismo de mercado marginalista é caracterizada pela noção de escassez e pelo princípio da substituição, Neste modelo, a dotação de fatores, as preferências dos consumidores e a tecnologia são consideradas variáveis exógenas. Na situação de equilíbrio de oferta e demanda a formação de preços relativos(Insumos, salários e mercadorias), aconteceria de forma simultânea, devido ao mecanismo de substituição de insumos. O mecanismo de preço afeta todos os agente, de forma simultânea, sendo assim, dado os preços, os agentes trocariam as mercadorias, e sendo todos eles maximizadores de utilidade(Consumidores), e de lucro(Firmas), o mercado tenderia ao equilíbrio e a alocação eficiente de recursos(Demonstrado na caixa de Edgeworth) O princípio da substituição (Marshall) Sendo um dos fatores que explicam a tendência ao pleno emprego, parte do pressuposto que, dada uma f(K,L) = Y, as combinações desses insumos, seriam determinados por seus preços relativos e Produto Marginal gerado pelo mesmo, e a substituição desses insumo, seria dada pela Taxa tecnica de substituição, na qual, a preferencia é pelo fator mais barato, mantendo o mesmo nivel de produto Segundo o mecanismo de substituição direta(Endógeno), a queda da taxa de salário real induziria as firmas a substituírem processos de produção mais intensivos em capital por processos mais intensivos em trabalho. A queda da taxa de salário real persistiria enquanto houvesse excedente de mão de obra e, dessa maneira, a operação do sistema de preços e dos mecanismos de substituição faria a economia tender novamente para uma situação de pleno emprego dos fatores de produção. O mecanismo de Substituição Indireta, funciona de forma parecida, porém ao invés de um ajuste de preço sobre a curva, Há um deslocamento paralelo da curva, dado um choque Exógeno deslocamento sobre a curva 2 Crítica Sraffiana Sraffa começa sua teoria propondo uma nova abordagem, separando a determinação dos preços, da determinação do produto, de forma Não simultânea, sendo mais compatível com a versão do princípio da demanda efetiva no longo prazo, que propõe que a renda, produto e emprego no longo prazo são determinados por decisões autônomas de gastos, sendo assim, vai totalmente contrário da ideia de tendência ao pleno emprego, da abordagem marginalista, no qual o mercado de trabalho determinava via mecanismos de preços, consequentemente, não há também algo como um salário de equilíbrio que iguala W = PmgL Assim, como Sraffa já mostrou, em um sistema de produção de mercadorias por meio de mercadorias, vale dizer, em um sistema econômico em que o próprio capital é produzido, não há como se determinar a distribuição do produto. A distribuição tem que ser dada fora do sistema. Sraffa fundamenta sua teoria em uma série de proposições teóricas e aborda a natureza da produção de um sistema econômico que não depende de mudanças na escala de produção, ou nas proporções dos fatores Sendo assim, suponha ● Capital Homogêneo (Em termos monetários) ● Economia de escambo ● O capital é necessário homogêneo em relação ao produto (De forma que o capital dessa economia, seja igual ao produto líquido dessa economia) ● O produto líquido desta Economia é: Y = wL+rK Sendo assim, no modelo de capital homogêneo, a escolha da técnica é intensiva no fator de produção relativamente mais barato, sendo compatível com o modelo marginalista. Capital Heterogeneo: Keynes: (PDE) Keynes argumenta que partindo da mesma situação do modelo clássico de mercado de trabalho, os trabalhadores e patrões não conseguiriam por meio da livre negociação, chegar ao ponto de equilíbrio de pleno emprego, pois em uma economia perfeitamente competitiva, os preços são um função do salário nominal. Para keynes, o preço da produção geral da economia, segue essa regra, P=F(w), Sendo assim, apenas o salário nominal, se modifica, o salário real é o mesmo, Dada uma proporção entre preços e salários, a proporção inicial, é mantida. ● Curva de demanda agregada: relaciona o nível de emprego com a receita que os empresários esperam receber da venda no mercado da produção resultante desse nível de emprego. ● Curva de Oferta Agregada: Relaciona o nível de emprego com a receita mínima que os empresários desejam para oferecer esse nível de emprego. O nível de emprego é determinado no ponto em que a curva de demanda agregada se intercepta com a curva de oferta agregada, pois nesse ponto os empresários estarão maximizando os seus lucros A Demanda Efetiva é o nível de demanda associada ao ponto de interseção entre as curvas de oferta e demanda agregada. Neste ponto, tendo em vista a demanda esperada, as expectativas de lucro do empresário são maximizadas. Assim, dadas as condições de oferta, serão as expectativas dos empresários sobre a demanda corrente que determinarão o nível de produto e o emprego da economia. As expectativas de Lp são determinadas pela: ● Renda esperada dos bens de capital (Q) e Preço de Oferta dos Bens de Capital PBK determinam eficiência marginal do capital (e) ● Preferência pela liquidez e oferta de moeda (MS) determinam taxa de juros ® 1. Orienta Decisões de Investimento: nível de investimento 2. Via multiplicador do consumo determina: demanda corrente 3. Forma Expectativas de curto prazo: demanda esperada 4. Orienta Decisão de produção: produto esperado 5. Via função de oferta agregada determina: nível de emprego Através da regra marginalista determina salário real w/p Multiplicador do Investimento Multiplicador do investimento (ex-post) Combinando: ● Propensão marginal a consumir c = ∆C/∆Y ● Equação da renda: ∆Y = ∆C + ∆I, Multiplicador do investimento: (1/1-c) x I∆𝑌 = ∆ investimento determina a demanda corrente ex-p ost (renda) Kalecki: (PDE) Em seu modelo típico, Kalecki considera uma economia de classes sociais, a participação de trabalhadores e de capitalistas, remunerados na forma de salários e lucros, respectivamente. Além disso, visualiza a geração de renda, a partir da departamentalização de Marx, dividida entre os setores produtores de bens de investimento, de bens de consumo para capitalistas e de bens de consumo para assalariados Assim, a renda nacional e o volume de emprego ofertado, numa economia fechada e sem governo, dependem dos gastos em consumo e investimento pelos capitalistas e do gasto em consumo pelos trabalhadores, atrelados, por sua vez, à distribuição e à sua propensão a consumir (supostamente igual a um por Kalecki). A mecânica do multiplicador é idêntica à de Keynes, com exceção ao fato de que o emprego total deve-se não somente a investimentos como também a gastos em consumo pelos capitalistas; ou seja: X = [1/(1 – c . h)] . (Cc + I) Por decorrência das considerações anteriores, o preço tende a uma relativa rigidez e é instaurado não pela igualdade entre receita e custo marginais, mas sim por uma regra de mark up sobre os custos variáveis, divididos entre os referentes à mão-de-obra e a matérias-primas: Comparação Keynes: (PDE) e Kalecki: (PDE) ● A determinação do consumo diretamente pela distribuição de renda é a primeira diferença importante de Kalecki em relação ao Keynes, porque a mesma figura como uma variável independente da propensão a consumir. ● A segunda diferença relevante diz respeito à concepção dos mercados e, a partir daí,aos tipos de retornos vigentes e ao processo de formação de preços. Enquanto Keynes mantém os pressupostos neoclássicos da concorrência perfeita e dos retornos decrescentes, Kalecki trabalha com a hipótese de diversidade das estruturas produtivas, contemplando aquelas caracterizadas pela concorrência imperfeita e, desse modo, pela formação de estruturas monopolistas e oligopolistas Uma característica essencial do equilíbrio keynesiano é a determinação da distribuição em função da demanda agregada, enquanto o consumo agregado independe da mesma distribuição e depende diretamente da propensão a consumir. Ao mesmo tempo, deve ser notado que a singularidade da definição da propensão a consumir parece ter legado um status quo aos investimentos, em função de sua importância para a manutenção de certo nível de emprego, deixando a análise do consumo agregado num plano secundário. Por sua vez, o equilíbrio kaleckiano mostra que a renda, antes de responder a qualquer lei psicológica, é influenciada pela distribuição de renda. Além disso, abre-se a possibilidade de se observar o volume de emprego envolvido na produção destinada a atender a um certo volume de gastos. Evidentemente, o estado da técnica e suas implicações sobre o emprego também estão presentes no modelo de Keynes. Contudo, não são contempladas formalmente em seu equacionamento da renda. Conceitualmente, a propensão a consumir afasta qualquer possibilidade nesse sentido, ficando apenas implícito o fato de que um aumento nos investimentos eleva a produção (e, em conseqüência, o emprego) neste setor e no de bens de consumo