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09 - Tricoses 1 🔎 09 - Tricoses Fisiologia capilar Ciclo Biológico Piloso 1 cm/mês 100 fios/dia em média Fase Anágena O folículo anágeno penetra mais profundamente na pele, no nível do subcutâneo Papila gera sinais para células da matriz – proliferação e diferenciação celular a matriz se mantém em atividade mitótica, produzindo continuamente o cabelo e a bainha radicular interna; No couro cabeludo tem duração média de 2 a 7 anos, com uma taxa de crescimento de aproximadamente 0,3 a 0,45 mm por dia; Aproximadamente 85 -90% de todos os cabelos estão nesta fase. Fase Catágena Os melanócitos diminuem melanogênese e entram em apoptose; a matriz para de proliferar, se desprende da papila dérmica e se desloca Fase Telógena Dura de 3 a 4 meses; Propedêutica Tricológica 09 - Tricoses 2 Clínica HGO HF Teste tração suave Teste do Puxão Análise dos cabelos eliminados espontaneamente Escala Visual Avaliação da risca dos cabelos Dermatoscopia (tricoscopia) Tricograma Biópsia Dermatoscopia útil para observar estruturas da superfície cutânea como cabelos, escamas e hiperqueratoses foliculares Buscar estruturas sugestivas de algumas doenças: pontos amarelos: alopecia aresta pontos brancos: alopecias cicatriciais pontos pretos: tricotilomania, tinha capitis, alopecia aresta Tricograma Exame pelo qual uma amostra de fios é extraída do couro cabeludo para analisar a quantidade de cabelos anágenos, telógenos e catágenos; Local ideal – doença em maior atividade; Cuidados antes da coleta: 4 a 7 dias sem lavar os cabelos/Escovar, pentear com frequência, umedecer ou prender os cabelos sob tensão deve ser evitado. Tricograma - Resultado e Interpretação 80 a 90% de anágenos normais 10 a 20% de telógenos Até 2% de distróficos Causas de Tricograma Anágeno: Fisiológico, Tricotilomania Causas de Tricograma Telógeno: Efluvio telógeno, AAG, AA, Má nutrição Causas de Tricograma Distrófico: Radiação, AAG, AA, Doenças sistêmicas, Drogas, Deficiência nutricional Alopecias Diminuição da Densidade Capilar Alopecias Adquiridas - Não Cicatriciais (podem se tornas cicatriciais) Efluvios telógenos e anágenos - principal AA AAG Tricotilomania De tração* Cicatriciais Primárias LPP e suas variantes Pseudopelada de Brocq ACC 09 - Tricoses 3 Alopecia mucinosa Queratose Folicular Espinulosa e Decalvante Foliculites – Decalvante, Dissecante, Queloidiana, Necrótica Dermatose Pustulosa Erosiva Não cicatriciais Eflúvio Telógeno Atinge couro cabeludo e corpo Há perda de 25 a 35% dos cabelos do couro cabeludo Sincronização dos ciclos foliculares em fase de queda Múltiplos desencadeantes Em 30% dos pacientes a causa não é identificada Tricodínea em 30% dos casos Causas Alopecia do recém-nascido Pós-parto ET crônico idiopático Pós estado febril Infecção → COVID 19 (mais intenso e mais precoce) Cirurgia Doença sistêmica crônica Endocrinopatias (hipotiroidismo) Dietas/desnutrição/inanição Stress psicológico Droga Suspensão de ACO Retinoides e hipervitaminose A Anticoagulantes (heparina) Antitireoidianos (propiltiouracil, metimazol) Anticonvulsivantes (fenitoína, ácido valproico, carbamazepina) bloqueadores 🚨 É autolimitado - 3 a 6 meses Tratamento Tratar a causa (reposição hormonal, suplementação hormonal) Minoxidil tópico Eflúvio Anágeno 09 - Tricoses 4 Principal causa: quimioterapia Agressão celular intensa ao folículo anágeno Interrupção abrupta da queratinização produzindo fios com estreitamentos e fraturas 90% dos folículos do couro cabeludo sofrem apoptose maciça de queratinócitos e melanócitos A queda se inicia 1 a 2 semanas após o fator desencadeante Alopecia total em 1 a 2 meses após inicio Ciclofosfamida, doxorrubicina, busulfano, tiotepa, bleomicina, MTX, vincristina, vimblastina Alopecia Areata (AA) 0,1 a 1,7% da população mundial Homens e mulheres, em todas as idades Etiologia Fatores genéticos e ambientais Doença autoimune órgão-específica mediada por célula T Outras doenças autoimunes presentes em 15% dos casos de AA Alterações ungueais em 10% dos casos Pits, traquioníquia, onicomadese, lúnula avermelhada, onicólise, coiloníquia Quadro Clínico: clínica variada Em placas Ofiásica Difusa Total Universal Incógnita Tratamento e Prognóstico Alopecia com placas 09 - Tricoses 5 Adultos com menos da metade do couro cabeludo acometido – corticoides intralesionais (triancinolona) podem ser realizadas; Crianças com acometimento localizado – corticoide, antralina e mxd tópicos; Imunoterapia tópica com difenciprona, ácido esquárico ou dinitroclorobenzeno são opções para casos extensos; Corticoterapia sistêmica está indicada em AA severa de início recente; Imunobiológicos, sinvastatina com ezetimiba, sulfassalazina e alguns tipos de energias luminosas tem se mostrado resultados variáveis; Remissão espontânea pode ser observada em até 80% dos pacientes no 1o ano; Inicio precoce, alopecia total ou universal, forma ofiásica e história familiar de AA apresentam pior resposta terapêutica; Pacientes atópicos apresentam mais distrofias ungueais e recidivas mais frequentes; Alopecia Androgenética - Alopecia de Padrão Feminino Alopecia mais frequente nos dois gêneros Aos 50 anos, 50% dos homens e 25% das mulheres Acima dos 70 anos, 80% dos homens e 40% das mulheres Incidência cada vez mais precoce - 10% dos meninos entre 15 e 17 anos Pode ocorrer na infância e adolescência Possível associação entre AAG, síndrome metabólica e risco cardiovascular Fisiopatologia Miniaturização folicular progressiva Término prematuro da fase anágena Aumento de folículos quenógenos Aag - O Papel Dos Andrógenos A miniaturização do folículo piloso por ação dos androgênios ocorre principalmente pela ação da DHT; Um possível mecanismo de miniaturização do folículo é a diminuição do número de células da papila por apoptose; O papel dos andrógenos na AAG feminina é pouco claro - APF Quadro Clínico Início após puberdade Mais exuberante quanto mais precoce APM = recessão bitemporal simétrica, evoluindo com acometimento difuso do vértex APF = rarefação e afinamento difuso com alargamento do repartido central, poupando a linha de implantação frontal. Piora após a menopausa Diagnóstico Laboratorial TSH/ Ferritina e VHS/ 25(OH) Em mulheres com manifestações clínicas de hiperandrogenismo, dosagens hormonais fazem parte da investigação e devem ser solicitadas de maneira individualizada; Tratamento Minoxidil 5%/Minoxidil VO Finasterida 09 - Tricoses 6 Dutasterida Flutamida Espironolactona Ciproterona Tricotilomania Tração repetitiva e incontrolável do cabelo, levando à rarefação perceptível Pico de surgimento na infância - Sexo masculino aos 8 anos e feminino aos 12 Predominância feminina (5:1) As alterações capilares são todas decorrentes do arrancamento Alopecia assimétrica, irregular, mal delimitada, de contornos bizarros, permeadas por fios de diferentes comprimentos Alopecia de Tração Mulheres e crianças negras Penteados com tração + fragilidade da haste Sinal da franja presente em 85% dos casos Próteses com fivela, cola ou trançadas aos cabelos podem levar à formação de áreas alopécicas nos pontos de implantação do aplique Redução da densidade capilar, perda das aberturas foliculares, cilindroscapilares, inflamação perifolicular, com eritema e descamação peripilar,pústulas eventuais, hastes fraturadas em diversas alturas, pontos pretos e amarelos Cicatriciais Líquen Plano Pilar - LPP 09 - Tricoses 7 Associada com outras formas de LP em 25% acomete mais frequentemente mulheres brancas Fisiopatologia etiologia não é bem compreendida processo inflamatório linfocitário se dá ao nível do istmo, destruindo as células germinativas foliculares Quadro Clínico Placas de alopecia cicatricial em número, formato e tamanhos variados Com bordas irregulares e pelos terminais esparsos permeando a área afetada Isoladas ou coalescentes Qualquer região do couro cabeludo Eritema e descamaçãoperifoliculares Dor, ardor e/ou prurido Tratamento Antimaláricos Doxiciclina Agonistas PPAR-gama (pioglitazona) Corticoides tópicos de alta potência Infiltração com triancinolona Alopecia Frontal Fibrosante Acomete mais frequentemente mulheres em fase perimenopausa Fisiopatologia Etiologia x Desencadeante ambiental do processo auto-imune? Participação hormonal? 09 - Tricoses 8 Associação com APF? Quadro Clínico Alopecia da linha de implantação do couro cabeludo Predominância na região frontotemporal Alopecia de supercílios Pápulas foliculares em face Perda de pelos em axila, virilha e MM Eritema e descamação peripilar e eritema difuso Dor, ardor ou prurido Fotossensibilidade Tratamento Mesmo do líquen plano Inibidores de 5-α-redutase Imunomoduladores tópicos Lupus Eritematoso Discoide - LECC Cicatricial secundária Lesões semelhantes as cutâneas Eritema, infiltração, escamas aderidas e, às vezes, com espículas córneas, que penetram os folículos pilosebáceos e evoluem deixando área atrófica cicatricial Tratamento Tratamento tópico precoce mesmo em pacientes com tratamento sistêmico Infiltração com triancinolona 5mg/ml em toda placa; Clobetasol tópico; Foliculite Decalvante Doença inflamatória com provável participação de agentes microbianos Placas de centro francamente atrófico e bordas com pústulas e crostas perifoliculares e cabelos em tufos de 5 ou mais fios terminais 09 - Tricoses 9 Lesões se localizam com mais frequência no vértex e tem evolução centrífuga Anatomopatológico Intenso infiltrado inflamatório misto, com neutrófilos e plasmócitos Ausência de folículos, intensa fibrose de toda a derme, retificação e atrofia da epiderme Tratamento Antibiótico VO Foliculite Dissecante Relacionada a um defeito de diferenciação de queratinócitos foliculares, com ou sem infecção bacteriana parte da tétrade de oclusão folicular Homens adultos jovens Nódulos abscedantes fistulizados com secreção de pus e sangue, com odor fétido Tratamento Isotretinoina vo ATB vo e/ou corticoide vo Foliculite Queloidiana Etiologia desconhecida Homens negros Pústulas e Pápulas queloidianas foliculares em região occipital e nuca Tratamento Corticoide + Antibiótico tópico Infiltração intralesional com triancinolona, criocirurgia, cirurgia convencional + infiltração ou betaterapia
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