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Ramos nervosos encaminham-se para o tecido muscular e se ramificam, atingindo células musculares individuais ou grupos delas. Cada ponto de junção (nome de placa motora) entre uma terminação nervosa e a membrana plasmática da célula muscular corresponde a uma sinapse. O impulso nervoso propaga-se pelo neurônio e atinge a placa motora. A membrana da célula muscular recebe o estímulo. Gera-se uma corrente elétrica que se propaga por essa membrana, atinge o citoplasma e desencadeia o mecanismo de contração muscular. A partir da contração muscular ocorre o encurtamento da fibra, a diminuição do seu comprimento e/ou o aumento do seu comprimento, e alongando o ventre do músculo. Dependendo do grupamento muscular e do movimento que ele executa, o músculo pode ser capaz de desenvolver uma variedade grande de tensões, ajustes finos na tensão e na execução dos movimentos. O corpo humano recebe o estímulo ao exercício e se adapta em seus diferentes sistemas. Portanto, é importante conhecer definições como impulso nervoso, sinapse, contração muscular, unidade motora, contração concêntrica, contração excêntrica, isometria, consumo máximo de oxigênio, limiar aeróbio e anaeróbio, déficit de oxigênio, acidose, capacidade aeróbia, síntese proteica. Esses conceitos são importantes para entender as adaptações nos sistemas, ocorridas a cada estímulo diferente. Quando você movimenta o seu corpo, sua primeira sensação é a do resultado da ação. Você sente ou vê seus músculos se contraindo e os braços ou pernas se movendo. Entretanto, o movimento é, na verdade, o resultado final de uma sequência de estímulos neurais e musculares. A sequência padrão de estímulos neurais se dá antes que o músculo contraia e, para entender por que os músculos contraem, devemos entender as funções do sistema nervoso central, que iniciam a contração muscular. Estimulação do movimento Os músculos são controlados pelos nervos do sistema nervoso autônomo. As divisões simpática e parassimpática atuam sobre a atividade dos músculos, dos órgãos digestivos e excretores. Assim, os músculos também podem ser estimulados por movimentos reflexos do próprio organismo, como uma ação e reação ao que pode acontecer internamente. Porém, os músculos, na maior parte das vezes, ficam sob controle voluntário. Adaptações sistêmicasAdaptações sistêmicas Sistema Neuromuscular @camilla.pnunes Fisiologia do Exercício Contração Concêntrica: ocorre quando o músculo produz um torque maior que a resistência, levando ao seu encurtamento. São caracterizadas pela mudança da sua conformidade estrutural: há formação de pontes cruzadas e o deslizamento das moléculas de actina sobre as de miosina no sentido de encurtamento. Contração Excêntrica: Denominadas alongamento ativo, quando o torque produzido pelo músculo é menor que o da resistência, levando ao seu alongamento. São caracterizadas pela mudança da sua conformidade estrutural. Há formação de pontes cruzadas e o deslizamento das moléculas de actina sobre as de miosina ocorre no sentido do alongamento Contração Isométrica: Contração muscular que não causa mudança no comprimento muscular. A tensão e resistência são iguais, não havendo nem encurtamento nem alongamento do músculo. Contração Isocinética: tipo especial de contração no qual as velocidades de encurtamento e alongamento são constantes. Essa contração exige equipamento especializado, criando uma resistência igual para todos os ângulos do movimento. Contração Muscular O músculo esquelético tem a capacidade de exercer tensões diferentes em resposta às resistências externas diferentes. Assim, acontece uma geração de um torque sobre os ossos e as articulações, o que leva à produção do movimento. Essa relação entre resistência externa e torque produzido pelo músculo leva às ações musculares. Elas dependem do grau de estímulo e da força desenvolvida pelo músculo frente à carga externa. Assim, podemos ter tipos diferentes de contração muscular em decorrência da diferença da resistência e do objetivo do movimento. fibras de contração lenta: baixa atividade da ATPase tipo I: ricas em mitocôndrias e mioglobina. tipo II: elevada atividade de miosina ATPase e sistema enzimático glicolítico bem desenvolvido. fibras de contração rápida: alta atividade da ATPase. tipo IIa tipo IIb tipo IIc Características musculares e tipos de fibras Existem diferenças morfológicas e na função de certas unidades motoras, e as características metabólicas e contráteis das fibras musculares inervadas por diferentes neurônios também são diversas. A classificação da unidade motora segue a ordem pelo recrutamento neural, velocidade de condução, velocidade de contração, força e capacidade metabólica. As unidades motoras são classificadas: Para que haja o processo de hipertrofia muscular em um programa de treinamento resistido, deve-se iniciar com os estresses metabólico e mecânico, os quais causam microlesões nas fibras musculares. Em seguida, acontece o processo de regeneração muscular. As alterações provocadas pelo treinamento resistido ativam células satélites, que sofrem proliferação e subsequente diferenciação em novos núcleos. Um maior número de núcleos pode ser mais estimulado para obter aumento da síntese proteica. Adaptações sistêmicasAdaptações sistêmicas Sistema Neuromuscular @camilla.pnunes Fisiologia do Exercício Exercício: Contração muscular que eleva o gasto energético em comparação com o estado de repouso Treinamento: atividade física estruturada, com objetivo específico. Aumento da capacidade aeróbia das fibras de contração lenta. Redução da formação de lactato com o treinamento. Melhora da utilização de gordura em intensidades moderadas ou já adaptadas. Aumento do metabolismo em atividade e em repouso. Aumento da quebra e utilização dos lipídeos e redução do colesterol. Consumo máximo de oxigênio (VO2 máximo): quantidade máxima de oxigênio que o organismo consegue captar e utilizar do ar que está sendo inspirado para gerar trabalho. VO2 é a medida desse consumo de oxigênio pelo organismo em determinada intensidade do exercício. é um dos melhores índices fisiológicos para graduar o nível de aptidão cardiorrespiratório Com o VO2máx podemos conhecer o limiar anaeróbio, sabendo qual a intensidade certa em que o lactato sanguíneo será mais reutilizado Adaptações metabólicas Elas podem ocorrer visando à melhora da capacidade cardiovascular ou do condicionamento geral, para ganhar mais saúde ou perder peso etc. O exercício físico provoca uma série de adaptações: Assim como o tipo de exercício, sua intensidade e duração interferem nessas modificações, e para isso temos que relembrar o conceito de modificação aguda e crônica ao exercício e/ou ao treinamento. Além disso, precisamos entender o que o exercício progressivo pode ocasionar. Durante o exercício progressivo, o consumo de oxigênio aumenta de acordo com o tipo de treinamento e protocolo de intensidade realizado, assim como o condicionamento do indivíduo também vai interferir nesse aumento. Indivíduos mais bem treinados demoram mais a modificar seus estados de repouso e precisam de cargas maiores para ter modificações maiores: princípio da sobrecarga. E o que é um indivíduo bem treinado? o que muitas vezes é considerado um exercício forte para um, pode ser fraco para outro. Sendo assim, é necessário entender o que significa limiar, uma vez que cada um possui um limite para uso da predominância de um metabolismo aeróbio ou anaeróbio. Limiar de treinamento: Llimiar anaeróbio: baseado no comportamento que as concentrações de lactato sanguíneo apresentam em diferentes intensidades de esforço. O início da acidose metabólica durante o exercício pode ser determinado de forma não invasiva pela avaliação dos gases expirados durante o teste de esforço (ventilação pulmonar e a produção de dióxido de carbono, por meio de avaliações ergométricas com o aparelho de ergoespirometria). indica até que ponto o sistema oxidativo está sendo suficiente para gerar energia para a atividade física indica também, em que pontoas fontes energéticas anaeróbias começam a entrar em ação de maneira mais expressiva. Sempre que as fontes anaeróbias entram em ação por mais de 10segundos, temos formação de lactato de maneira acentuada. Com os valores do limiar anaeróbio em mãos, poderemos saber até qual carga poderemos suportar, frequência cardíaca máxima (FC) ou VO2. qual ritmo de treino está exigindo mais do metabolismo aeróbio? qual ritmo de treino está exigindo mais do metabolismo anaeróbio? está ou não acumulando lactato? vai ou não ter problemas de fadiga relacionada ao lactato durante uma atividade (prova)? qual a intensidade de aquecimento adequada? qual a intensidade de recuperação adequada? Limiar de treinamento (continuação) Para saber se o treinamento está abaixo, sobre ou acima do limiar anaeróbio, devemos responder às seguintes questões: Adaptações sistêmicasAdaptações sistêmicas Sistema Neuromuscular @camilla.pnunes Fisiologia do Exercício Anaeróbio Aeróbio: ativado cerca de 40 segundos após o início do exercício físico. As células musculares têm que obter a energia que necessitam para a sua contração por meio de dois mecanismos: As células musculares obtêm energia a partir da utilização do oxigênio que absorvem da circulação sanguínea, originando um resíduo, o dióxido de carbono, que passa para o sangue de forma a ser eliminado por meio dos pulmões. As fibras musculares costumam dispor do suplemento de oxigênio necessário para a sua atividade, quarenta segundos após o início do exercício físico, graças a uma série de alterações produzidas no funcionamento do aparelho cardiorrespiratório. Assim como o consumo de oxigênio, o aumento na ventilação durante a transição para uma intensidade aumentada de exercício em estado estável é abrupto, exponencial e proporcional à alteração de intensidade. A ventilação em estado estável é alcançada mais cedo do que o VO2 em estado estável para uma determinada sobrecarga de exercício. O aumento na ventilação deve-se aos aumentos no volume corrente e na frequência cardíaca. A ventilação durante o exercício submáximo em determinadas sobrecargas é também diferente entre os variados tipos de exercício. O exercício para as partes superiores do corpo provoca uma ventilação relativamente maior quando comparado ao ciclismo; o exercício estático também provoca uma ventilação relativamente maior quando comparado ao ciclismo; ainda, o exercício estático também provoca uma ventilação maior do que o exercício dinâmico. Sistema Cardiorespiratório Sistema tampão intracelular hemoglobina: proteína que está dentro das hemácias no sangue. Responsável por transportar oxigênio, mas também auxilia no tamponamento neutralizando ~40% dos íons hidrogênio produzidos pelas células, levando-os para serem eliminados nos rins e nos pulmões; carnosina: proteína que auxilia no tamponamento. Naturalmente no nosso organismo e pode também ser suplementada por meio da ingesta de beta-alanina. Uma das principais redutoras do pH para evitar a fadiga; íons fosfato: agem muito eficientemente na faixa que o pH chega de 5,82-7,82, e dentro do sistema intracelular ajudam eficientemente no tamponamento; mitocôndrias: o tamponamento aqui é realizado por meio das reações químicas que ocorrem na presença do O2. Também é muito eficiente. O que acontece para o meio ficar mais ácido ou mais básico? Normalmente, a acidose se deve à maior quantidade de íons hidrogênio (H+) disponíveis no sangue ou na região. Por exemplo, quando praticamos exercícios de altíssima intensidade, utilizamos o ATP (adenosina trifosfato, molécula que acumula energia dentro músculo). A quebra do ATP com uma molécula de água H2O ocasiona a liberação de energia mais íons hidrogênio: ATP = H2O = ADP + PI + H+ Com o exercício intenso, quebramos muitas moléculas de ATP e, assim, liberamos vários íons hidrogênio, tornando o meio mais ácido. Porém, felizmente, o organismo possui uma ação de tamponamento, uma reação que tenta neutralizar essa acidez com moléculas como a carnosina, o bicarbonato, os íons fosfato e o próprio lactato. Esse resultado da degradação incompleta da glicose ajuda a retirar os íons H+ da célula, sendo considerado o sistema tampão. O sistema equilibra os ácidos e as bases no organismo. No músculo esquelético, em exercícios mais intensos, o pH pode atingir uma faixa de 6,2 a 6,4. Isso acaba reduzindo a velocidade enzimática que produz energia para contração muscular. Assim, o músculo pode entrar em fadiga. Para que não ocorra a fadiga, o corpo promove algumas ações, principalmente no músculo esquelético, com o qual iremos nos preocupar agora. O tamponamento intracelular (dentro da célula) é maior do que fora dela. Algumas proteínas que participam do processo: Limiar ventilatório: intensidade de exercício na qual ocorre um desvio simultâneo da linearidade na ventilação (VE) e um aumento no VE/VO2. conforme a intensidade do exercício aumenta, o aumento abrupto na acidose do lactato que ocorre após o limiar de lactato provoca um aumento da acidose sanguínea e na pressão de gás carbônico. Tanto a acidose quanto a pressão de gás carbônico aumentadas estimulam os quimiorreceptores a induzirem o aumento da ventilação. Tanto a acidose quanto a pressão de gás carbônico aumentadas estimulam os quimiorreceptores a induzirem o aumento da ventilação. Tanto a frequência da ventilação quanto o volume corrente elevam- se durante aumentos na intensidade de exercício e na ventilação. Durante o exercício intenso, quando a ventilação já está em alta, o volume corrente atinge um platô e os aumentos adicionais na ventilação resultam de aumentos na frequência respiratória. As demandas da inflação e deflação rápidas e profundas dos pulmões aumentam o trabalho dos músculos da inspiração e da expiração. Os resultados indicam que para indivíduos treinados com treinamento de endurance, a capacidade de ventilar rapidamente os pulmões não está comprometida durante o exercício até o VO2máx. Apesar disso, ainda deve ser pesquisado se os indivíduos não treinados possuem uma função ventilatória e dos músculos respiratórios próxima ao ponto ótimo durante o exercício fatigante. Regulação respiratória do equilíbrio ácido-básico O equilíbrio ácido-base e um ambiente químico adequado são muito importantes para que as reações químicas aconteçam. O nosso pH é apenas medido durante essas reações químicas, sendo que pode alterar de região para região do nosso organismo e de acordo com as diferentes necessidades. Adaptações sistêmicasAdaptações sistêmicas Sistema Cardiorespiratório @camilla.pnunes Fisiologia do Exercício Os hormônios proteicos são hidrossolúveis e podem circular livremente no plasma, mas não permeiam a bicamada lipídica da membrana plasmática e se ligam a receptores localizados na membrana. Os lipossolúveis circulam no sangue associados a proteínas carregadoras e, ao se desligarem delas, atravessam a membrana plasmática, ligando- se a receptores no citoplasma ou no núcleo das células-alvo. Hormônio do crescimento (GH): Hormônio antidiurético (ADH): O mecanismo de ação hormonal ocorre na união de hormônios e receptores causando uma cascata de reações e alterações nas funções corporais, em que cada tipo de hormônio afeta uma célula específica. Para controlar a concentração dos hormônios, temos o mecanismo que chamamos de feedback hormonal. Ele é uma retroalimentação, que se dá pelo envio de informação para o sistema que mandou a ação, depois que ela foi executada. Pode ser interno (do próprio corpo) ou externo, quando muda a intensidade do exercício, por exemplo. Outro exemplo é quando há a diminuição da glicose sanguínea, aumenta a liberação de glucagon. Principais hormônios que agem durante o exercício e/ou treinamento: O exercício estimula a liberação de GH, sendo mais alta em indivíduos não treinados e proporcional à intensidade do exercício. Assim, em exercícios de alta intensidade, esse hormônio é mais estimulado, assim como em aqueles não treinados, que precisam de mais reparação tecidual do que os atletas. O GH possuium efeito anabólico, aumenta a síntese proteica aliado à hipertrofia e à quebra dos lipídeos. Durante o repouso, é mais ativo na fase do crescimento, quando age como desenvolvimento de funções básicas de crescimento. Possui maior concentração durante o sono profundo, e é nesse momento que cumpre um de seus principais papéis: o aumento da síntese proteica. Função de conservar água corporal. Age promovendo a maior reabsorção de água. No exercício, o ADH é inibido para não se produzir urina, assim, ocorre a reabsorção de água nos túbulos renais tornando a urina mais concentrada e reduzida. O exercício estimula a perda hídrica pelo suor, contribuindo para o balanço hídrico e evitando a desidratação principalmente em exercícios de longa duração. O ADH age também no controle da temperatura, portanto, ele retém o líquido que seria excretado na urina e o utiliza para ser liberado na forma de suor, estimulando o equilíbrio térmico. Os exercícios de longa duração necessitam de retenção de sal e água para manter o volume plasmático, assim, há um estimulo a uma maior liberação do hormônio. Sistema tampão extracelular sistema de curto prazo: responsável por, primeiramente, captar os íons hidrogênio das reações de liberação de energia das células mais o gás carbônico (CO2). Assim, temos o ácido carbônico (H2CO3) que entra dentro da hemácia. Após a entrada, a hemácia liberará o bicarbonato (HCO3) para continuar ajudando na captação dos íons hidrogênio e o gás carbônico será transportado para os pulmões, onde serão feitas as trocas gasosas nos alvéolos para eliminação do gás carbônico; sistema de longo prazo: se dará devido à ação do sistema renal, por meio da excreção da urina, quando ocorrerá a eliminação de uma urina mais ácida ou mais básica dependendo do estado de hidratação do organismo e da necessidade de eliminar mais íons hidrogênio. Ele depende dessa concentração elevada que pode ser devido a uma baixa hidratação ou pela atividade física intensa que produziu elevada concentração de íons H+. Adaptações sistêmicasAdaptações sistêmicas Sistema Cardiorespiratório @camilla.pnunes Fisiologia do Exercício Sistema Endócrino e o exercício Desempenha papel essencial na regulação da homeostase corporal pela produção de hormônios, que participam de todas as modificações metabólicas, cardiovasculares e hemodinâmicas necessárias às adaptações em várias demandas, de origem interna e ambientais, como jejum, alimentação, exercício etc. São mediadores químicos produzidos por células endócrinas que se localizam nas glândulas endócrinas ou tecidos e órgãos não necessariamente endócrinos, onde as glândulas são muito irrigadas e já enviam os hormônios para o sangue assim que necessário. São moléculas sinalizadoras, cujos efeitos fisiológicos promovem alterações do estado funcional e anatômico de suas células-alvo ou até deles mesmos. Os hormônios são produzidos pelas glândulas endócrinas (hipófise, pineal, tireoide, paratireoides, adrenais, pâncreas, ovários e testículos) e também por tecidos e órgãos (hipotálamo, coração, rins, estômago, intestino, tecido adiposo branco, entre outros) Os hormônios apresentam um ritmo circadiano de secreção (aproximadamente a cada 24h), o que é mais marcante no cortisol e no GH. São secretados em pulsos, que podem variar em frequência e quantidade, gerando as diferentes taxas de secreção hormonal. Sistema Endócrino e o exercício A testosterona é essencialmente produzida nos homens nas gônadas sexuais. Nas mulheres, é produzida principalmente pelas adrenais e ovários na menopausa. Aumenta a síntese proteica, gliconeogênese, perda de gordura corporal e formação de tecidos. No exercício intenso, estimula hipertrofia funcional e anatômica, associado ao treinamento anaeróbio. O doping por excesso de testosterona pode causar morte súbita. O consumo exógeno (externo) de testosterona, ainda, causa um efeito rebote, podendo aumentar a concentração de hormônios femininos em homens, e nas mulheres, pode alterar a voz, aumentar os pelos e acnes. E a insulina, também é um hormônio anabólico, regulando a metabolização da glicose nos tecidos, aumentando a permeabilização da membrana das células à glicose, principalmente no músculo e tecido adiposo, e possuindo, então, efeito hipoglicemiante. Ela estimula, ainda, a síntese de glicogênio, proteínas e lipídeos e reduz a glicemia por estimular a captação e utilização de glicose pelas células. Além disso, inibe a gliconeogênese hepática e inibe as reações de glicogenólise, proteólise e lipólise. A insulina é diminuída no exercício muscular, para aumentar a disponibilidade de glicose sanguínea durante o exercício. Em exercícios mais intensos, ocorre menos liberação de insulina. Atividade do organismo: Aumentam a atividade simpática do organismo. Liberam glicose e ácido graxo para a corrente sanguínea. Aumentam a pressão arterial e os movimentos respiratórios. Substrato energético: Mobilizam os substratos energéticos, estimulando a glicogenólise e a gliconeogênese. Elevando a glicemia e estimulando a lipólise. Aumentam a frequência cardíaca e a força da contração cardíaca, junto com o aumento da pressão arterial, vasodilatação nos músculos em atividade e vasoconstrição das vísceras. Exercícios anaeróbicos: Quanto mais o indivíduo for treinado, menor a concentração de sangue nos músculos para a mesma carga de treinamento. Os exercícios anaeróbicos são os responsáveis em estimular as catecolaminas. Adrenalina e Noradrenalina: O exercício também aumenta, principalmente, a adrenalina, conforme magnitude e intensidade. No pós exercício, as concentrações de adrenalina e noradrenalina baixam. Funções dos hormônios catecolaminas, adrenalina e noradrenalina: Um outro hormônio importante é o cortisol, hormônio de adaptação ao estresse, tendo maior pico durante o dia, ao acordarmos. Seus efeitos fisiológicos são estímulo da proteólise e inibição da síntese proteica; diminuição da oferta de glicose para os músculos, liberando glicose para o sistema nervoso central, antagônico à insulina. Aumenta durante o exercício intenso e suspeita-se que é aumentado também em situações de overtraining, para manter o nível de glicose e aumentar a vasoconstrição da adrenalina. Outro hormônio catabólico é o glucagon. Ele aumenta a concentração de glicose no sangue e é estimulado pelo jejum e pelo exercício, quando há baixo nível de glicose no sangue, efeito inverso da insulina; aumenta a lipólise do tecido adiposo e no fígado. O glucagon aumenta rapidamente no exercício, depois se estabiliza, principalmente no aeróbio, com aumento da liberação mais contínua e com menos oscilações. O aumento da duração do exercício aumenta a concentração de glucagon. Adaptações sistêmicasAdaptações sistêmicas @camilla.pnunes Fisiologia do Exercício Sistema Endócrino e o exercício
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