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Diferenças entre Mentoria e Coaching na voz de 
um especialista 
Sidnei Oliveira, fundador da Escola de Mentores e especialista no assunto, fala sobre Mentoria. 
Por Danilo e Luah 
Publicado em: 01/09/2019 às 21h08. Alterado em: 04/09/2019 às 14h31. 
 
Hoje, diante de tantas mudanças em nossa economia e no mercado de trabalho, 
muitas pessoas encontram nas profissões liberais e no empreendedorismo uma 
nova área de atuação. 
Um maior balanço entre vida pessoal e profissional, o autoconhecimento e o 
despertar para a questão do propósito de vida, somados aos recentes índices de 
desemprego, resultaram em uma corrida ao Coaching. As formações se 
exponencializaram por todo o Brasil. Uma parcela dos formados buscou o 
desenvolvimento na área mais como forma de se conhecer melhor e somar uma 
nova expertise ao curriculum, ao passo em que muitos profissionais começaram 
a experimentar o trabalho de Coach como nova possibilidade de renda. A 
competição começou a ficar acirrada entre essa classe crescente de 
profissionais, mas nem todos conquistaram o destaque almejado. Afinal, como 
qualquer outra profissão, o Coaching também requer habilidades que estão além 
do método. 
Ainda mais preservada do que o Coaching está a Mentoria, uma área 
interessante para profissionais mais seniores, ou profissionais de alto gabarito 
em sua área de atuação. A Mentoria requer um preparo diferente do Coaching e 
pode ser perfeita para aqueles que já caminharam bastante e querem 
compartilhar suas trajetórias com aqueles que estão a alguns passos atrás na 
jornada. 
Se viajarmos um pouco pela história e passearmos pela antiga Grécia, será fácil 
encontrar a figura do Mentor em vários personagens conhecidos por nós. 
Pitágoras, Sócrates, Platão, Aristóteles entre outros “grandes” se utilizaram de 
um conhecimento e uma sabedoria muito acima da média para guiar outras 
pessoas. Conhecidos por suas teorias, grupos ou escolas filosóficas, 
compartilhavam sua experiência com o intuito de guiar seus discípulos. A palavra 
https://exame.com/autor/danilo-e-luah
https://exame.com/blog/o-que-te-motiva/o-caminho-do-coracao-seja-a-fenix-da-propria-jornada/
mentor não era necessariamente a que lhes definia, mas todos tinham em suas 
almas essa vocação de guiança. 
Muitos mentores apareceram também como guardiões de certos ofícios, zelando 
pela perpetuação de determinadas atividades como: carpintaria, marcenaria, 
serralheria, marchetaria etc. Ofícios cuja arte era passada de mestre para 
aprendiz. 
Essa relação entre mestre e discípulo pode ser vista em diversas áreas ao longo 
da história, que podem ter como propósito um aspecto profissional, religioso, 
filosófico, comportamental, entre outros. O que se sabe é que apesar do 
conhecimento partir sempre da figura mais sênior da relação, reza a lenda que 
nunca se sabe ao certo quando a figura do mestre termina e a do aprendiz se 
inicia, o que quer dizer que ambos aprendem e ganham com a experiência. 
Rudolf Steiner, profundo estudioso do comportamento humano e fundador 
da antroposofia, dividiu as etapas da vida em setênios (divisões de 7 em 7 anos) 
e concluiu que o ser humano, após seus 42 anos começa a sentir a necessidade 
de devolver para o outro e para o mundo aquilo que aprendeu em sua jornada. 
Essa devolutiva começa a ficar ainda mais intensa após os 49 anos, diante da 
virada do próximo setênio. Transbordar o conhecimento adquirido e compartilhar 
as experiências de vida é premissa para muitos após a maturidade. 
Voltando aos dias de hoje, muitos profissionais com larga trajetória ou 
experiência vertical têm buscado na Mentoria uma ferramenta para compartilhar 
seu conhecimento, auxiliando e aconselhando seus mentorados em suas 
tomadas de decisão. Quando comparado ao Coaching, a Mentoria proporciona 
um nível diferente de relação com o cliente. Descobri detalhes interessantes 
sobre o assunto lendo o livro “Cicatrizes – os Desafios de Amadurecer no Século 
21” de Sidnei Oliveira, nosso companheiro de Blog aqui na Exame. 
Além de suas pesquisas e outros livros publicados sobre Mentoria, Sidnei é 
também fundador da Escola de Mentores. O livro me chamou tanta atenção, que 
resolvi participar de sua formação de Mentores e o convidei para essa entrevista 
sobre o tema. Passo então a palavra ao nosso especialista para nos contar mais 
sobre esse mercado: 
Hoje a formação em Coaching se exponencializou no Brasil, já a Mentoria é um 
território menos explorado. Quais os pilares da Mentoria e as principais 
diferenças entre esse processo e o Coaching? 
https://www.sidneioliveira.com.br/
https://exame.com/blog/sidnei-oliveira/
https://www.escoladementores.com.br/
Há três grandes figuras relacionadas ao desenvolvimento humano, cada 
uma desempenhando um papel específico e complementar – o professor, o 
coach e o mentor. 
- O professor é o primeiro a participar da formação de um indivíduo ao 
passar instruções e informações. É aquele que diz o que as coisas são. Ele 
trabalha no nível de formação de repertório teórico do indivíduo. 
- O coach é aquele que está ao lado do indivíduo no momento em que ele 
aplica na vida a instrução que um dia recebeu. Por meio de metodologia 
específica e perguntas poderosas, o coach é quem trata das coisas como elas 
são. Ele trabalha no nível de competência do indivíduo para que esteja apto no 
objetivo determinado. 
- O mentor é aquele que dá autonomia ao indivíduo para aprender com suas 
escolhas e os resultados que alcança com elas. O objetivo é desenvolver a 
maturidade e ganhar autonomia em sua área de atuação. O mentor atua como 
referência e usa sua vivência para promover a manifestação do talento do 
indivíduo. 
Para quem a Mentoria se destina? Quais as habilidades necessárias para um 
Mentor? 
A relação entre um Mentor e um Mentorado é totalmente vinculada à 
vivência, em que os papéis também podem ser entendidos com VETERANO e 
NOVATO. Dessa forma, sempre que os encontramos diante de um novo cenário 
(somos novatos), precisamos de mentores dispostos a oferecer sua vivência 
naquele cenário como referência. 
Para ser um mentor, o indivíduo dever ter consciência de 
suas Qualificações (competências, habilidades e certificações) 
e Desempenho (conquistas e fracassos), que são oferecidos como 
CREDENCIAIS, além de sua Relevância no cenário e seu Interesse no 
Desenvolvimento do mentorado, que são oferecidos como CONTRAPARTIDA 
na relação de mentoria. 
Você já tem alguns livros publicados sobre o assunto. Quando você começou a 
se interessar pelo tema e por que teve o insight de fundar a Escola de Mentores? 
Comecei a me conscientizar e estudar o assunto quando analisei com mais 
profundidade o meu histórico de vida pessoal e profissional, e observei que 
muito de minhas realizações foram “modeladas” através de pessoas que 
foram minhas referências e exerceram intensa influência em minha vida. A 
partir dessa consciência, percebi que poderia compartilhar muitos aspectos de 
minha trajetória com jovens, sendo também referência para eles. 
O tema Mentoria era pouco estudado e haviam muitas especulações 
conceituais. Isso me fez buscar fundamentações teóricas na Filosofia e na 
Sociologia, permitindo que pudesse desenvolver conceitos didáticos e 
instrumentais para tornar a prática de mentoria mais difundida e 
aplicada diante de um cenário social marcado por jovens “supernutridos” de 
informações, mas ainda muito carentes de conhecimento tácito, presentes em 
abundância nos indivíduos mais veteranos. À medida que o tema foi ganhando 
destaque, surgiu a necessidade de formar mais profissionais que pudessem 
ampliar e escalar a divulgação dos conceitos. Nesse momento, surgiu a ideia de 
fazer isso através da formação de mentores em uma Escola especifica para esse 
fim. 
Quais são os ganhos mais relevantes do processo de Mentoria para o 
mentorado? Você considera que a Mentoria tenha a capacidade de mover o 
mentorado àação? 
O mentorado ganha referências para as próprias escolhas e conquista uma 
maturidade maior em um processo de mentoria. Com isso, ele consegue 
ter mais eficiência através de escolhas mais assertivas. 
A Mentoria não tem capacidade de motivar o indivíduo, mas pode mover o 
mentorado à ação através de provocações direcionadas, que permitam ao 
indivíduo identificar os próprios recursos para superar os desafios que escolhe 
enfrentar. 
Quais os principais casos em que você atua como Mentor? 
Atualmente, os casos mais recorrentes têm sido os de preparação de 
sucessores em posições de liderança. Contudo, o mais comum é o indivíduo 
buscar um mentor quando está diante de algum cenário novo e com desafios 
maiores do que estava vivendo até então. 
E pra encerrar: o te motiva, ou, o que coloca o Sidnei Oliveira em movimento? 
O que me motiva na vida é deixar um legado, uma marca que tenha impacto nas 
pessoas. Tenho um sentimento enorme de gratidão por ter recebido 
influências positivas de pessoas que acreditaram em meu potencial, me 
provocaram, expuseram, desafiaram e mostraram minhas falhas, assim 
como me ajudaram a descobrir meus talentos. Minha gratidão a esses 
mentores me move na direção de retribuir isso, formando outros jovens. 
Agradeço ao Sidnei Oliveira por sua ajuda com essa matéria. Meu propósito com 
esse texto foi esclarecer os principais diferenciais sobre área de Mentoria que 
muitos podem confundir com o Coaching. 
O que escolher: Coaching ou Mentoria? 
Depois de passar pelas duas formações, acredito que as duas metodologias 
sejam eficientes e igualmente interessantes tanto para coachees ou mentorados, 
quanto para os próprios Coaches ou Mentores. Se você que está lendo essa 
matéria e é um cliente em potencial e busca um suporte para suas questões 
pessoais e profissionais, então vale a pena avaliar qual é sua questão primordial 
ou tema de investigação. Depois disso, se pergunte se o que você precisa é de 
um treinador que te ajude no desenvolvimento de suas potencialidades, ou de 
alguém com mais experiência em seu tema de investigação que possa ajudá-lo 
em suas decisões. 
E se você é alguém em busca de uma dessas duas áreas como uma possível 
formação, o bacana perceber quais habilidades estão em maior sinergia com 
você. 
A mistura das duas áreas também é muito interessante, até porque todo Mentor 
esbarra certas horas na posição de treinador, e um treinador com bom repertório 
profissional também pode ser um excelente farol de jornada. 
Por Luah Galvão 
 
Disponível em: https://exame.com/blog/o-que-te-motiva/diferencas-entre-
mentoria-e-coaching-na-voz-de-um-especialista/ 
https://www.luahgalvao.com.br/

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