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Eu Curador - Rafaela L P Silva

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A viDA doS cRiA 
 Edu Ribeiro 
 Artista plástico e cria 
 A vida negra e periférica 
 também é artística. 
 Polo Claretiano Santo 
 André 
 Curadoria por Rafaela L P Silva 
 O artista Edu Ribeiro retrata em suas obras o cotidiano da vida na 
 periferia de Duque de Caxias - Baixada Fluminense no Rio de Janeiro, 
 em sua arte Edu traz diversos elementos da cultura negra e periférica 
 em pinturas coloridas e modernas. As suas obras chamam muita 
 atenção na internet, e não por acaso o público retratado é o que mais 
 se identifica. 
 O gigante engajamento em suas obras 
 levanta uma questão, a inacessibilidade da 
 arte na periferia, é inegável que a desigualdade 
 social afeta também o acesso à cultura. 
 Por isso quando a arte é sobre o 
 cotidiano das favelas, é justamente 
 a favela que deve ser a primeira a 
 consumir. 
 Curadora Rafaela L P Silva 
 Texto do curador 
 A cultura é um dos grande meios da sociedade de se expressar, é 
 passada de geração em geração mantendo a vida de tradições, 
 crenças, gostos e visões de mundo. Pode ter vários formatos e meios 
 de espalhar entre massas e nichos. 
 Uma das formas mais expressiva que a cultura apresenta é a arte, 
 em muitos diferentes formatos, como uma canção, uma poesia, uma 
 dança, uma escultura ou uma pintura, mas uma coisa é inegável, a 
 história do artista interfere diretamente em suas obras, a essência da 
 vida, emoções e perspectiva de quem trás a arte ao mundo, 
 transparece com facilidade por sua criação. A arte imita a vida. 
 Logo não há como ser diferente dentro das comunidade 
 periféricas brasileiras, onde apesar de negada a arte se infiltra e 
 contagia, tomando seu lugar de direito na vida das pessoas, 
 mostrando de forma latente toda a realidade existente na vida 
 periférica. 
 Assim a arte nascida na periferia aborda a alegria, humildade, 
 força de vontade, parceria, esperança, fé, fraternidade e beleza que 
 existem nas comunidades, mas também retrata a violência, 
 dificuldade, tristeza e pobreza que castigam sua realidade. 
 Mesmo com todas as dificuldades a arte ainda floresce, e trazem 
 junto de si um manifesto de sua existência, revindicando o direito de 
 viver, de sentir e expressar. Trazendo a todos que se identificam com 
 a realidade do artista a confirmação de que sua cultura existe e é 
 legitima. 
 MãE d’áGUa 
 Uma mãe carrega seu filho e o 
 protege da água, assim como uma 
 mãe na periferia protege seus 
 filhos das dificuldade. 
 Tinta guache sob madeira. 
 AtiVIdaDE 
 Dois homens se encontram e 
 observam ao redor. 
 Tinta guache sob madeira. 
 Tinta guache sob madeira. 
 DiA de baILe 
 Amigos se reúnem para ir 
 para um baile. 
 Tinta guache sob madeira. 
 BeAcH 
 Casal na areia 
 da praia. 
 Arte digital. 
 coStELa, esPAda e laNçA 
 Mulher africana com onça 
 segurando uma estaca. 
 Tinta guache sob madeira 
 VolTA paRA caSA 
 Mãe e filha em um 
 orelhão público após 
 voltarem da praia. 
 Arte digital. 
 Prática educativa 
 A ação educativo que proponho é voltada para alunos do ensino 
 médio de periferias. Nessa ação os alunos fariam a visitação a 
 exposição onde conversaríamos sobre desigualdade racial e 
 econômica, lazer, cultura e arte. 
 O intuito é trazer aos alunos novas formas de arte que 
 conversam com sua realidade e mostrar a eles como a arte e a cultura 
 são fatore importantes na vida de qualquer um, o mais importante 
 aqui é mostrar que na realidade o que eles consomem culturalmente 
 é sim arte e cultura, mesmo que muitos desconsiderem isso, 
 movimentos como o funk, rap e outros, recebem esse tipo de 
 tratamento. 
 O fim da prática acontece já em sala de aula, onde os alunos 
 serão incentivados a produzir uma obra artista sozinhos, 
 considerando sua realidade e emoções, podendo ser qualquer tipo de 
 arte, escrita, musical, visual ou outros. Ao final faríamos uma 
 exposição na sala.