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APG IMPETIGO

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@KATIELLEMASC I MEDICINA 
 
 
 
 
 
 
 
 OBJETIVOS 
CONHECER COMO OCORRE A TRANSMISSÃO DO IMPETIGO 
O impetigo é uma doença altamente contagiosa, e podem ser transmitidas através do 
contato com toalhas, roupas, mãos e unhas contaminadas. As mãos são o meio mais 
importante de transmitir a infecção. Especialmente entre as crianças, o risco de contágio do 
impetigo só desaparece após 48 horas do início do tratamento com antibióticos, ou quando 
as feridas param de drenar secreções e começam a cicatrizar. Enquanto isso não ocorre, a 
criança deve permanecer em casa, e na medida do possível, restringir o convívio com outras 
pessoas, até que esse período passe, medidas rígidas de higiene devem ser respeitadas, e os 
objetos deverão ser de uso exclusivo, como roupas e toalhas. 
É uma infecção bacteriana cutânea, altamente contagiosa, causada pelas bactérias 
Staphylococcus aureus, Streptococcus beta-hemolítico do grupo A e pela bactéria 
Streptococcus pyogenes. Essa doença de pele é observada com mais frequência nas 
crianças na faixa etária de 2 a 5 anos, e a porta de entrada para esses microrganismos são: 
escoriações, picadas de inseto e traumas. Normalmente a criança desenvolve primeiro a 
colonização (crescimento e multiplicação do microrganismo) da pele, e um traumatismo 
pequeno ou uma picada de inseto favorece a penetração da bactéria para o interior da 
pele, onde ocorrerá produção de toxinas e enzimas que permite a destruição do tecido. É 
mais frequente no verão, ocorre de forma esporádica ou em pequenas epidemias familiares e 
em escolas. 
Impetigo é uma infecção cutânea contagiosa, bacteriana, que atinge a camada superficial 
da pele. É mais comum no verão, quando atinge principalmente as crianças. As regiões mais 
afetadas são: rosto, braços, pernas e axilas. São dois tipos de bactérias que podem causam 
o impetigo: estreptococos do grupo A e estafilococos. O impetigo causado pela bactéria 
estreptococo do grupo A é conhecido como impetigo comum. Manifesta-se por meio de 
pequenas bolhas, parecidas com espinhas. Quando as lesões se rompem, no local afetado 
gradualmente forma-se uma crosta. O impetigo causado pela bactéria estafilococos é 
conhecido como impetigo bolhoso. Manifesta-se por meio de bolhas maiores, repletas de um 
liquido transparente que com o tempo torna-se turvo. O não bolhoso é mais frequente que a 
forma bolhosa, representando cerca de 70% dos impetigos. 
ENTENDER A FISIOPATOLOGIA DO IMOETIGO (GLOMERULONEFRITE) 
A pele, quando íntegra, é geralmente resistente à colonização ou infecção pelas estirpes de 
Staphylococcus e Streptococcus. Estas bactérias podem colonizar transitoriamente a 
superfície cutânea através da existência de um receptor epitelial, a fibronectina, que só é 
activada quando há perda de integridade da barreira cutânea por diversas razões (feridas, 
escoriações, picadas de insecto, dermatoses prévias, etc.), associada a outros factores do 
Apg Impetigo Apg Impetigo 
https://www.infoescola.com/reino-monera/streptococcus/
https://www.infoescola.com/reino-monera/staphylococcus/
@KATIELLEMASC I MEDICINA 
hospedeiro e do ambiente. À colonização, segue-se a adesão, invasão e infecção 
bacteriana, sendo o impétigo não bolhoso uma resposta do hospedeiro à infecção. 
No impétigo bolhoso, causado pela toxina do Staphylococcus, não é necessária essa 
resposta. Resulta sobretudo das toxinas que exercem acções deletérias locais ou à distância. 
Em relação à pele tem particular interesse a toxina denominada esfoliativa, que actua sobre 
as estruturas de ligação interepidérmica (desmogleina 1) provocando acantólise, o que se 
traduz, clinicamente, no aparecimento de bolhas e esfoliação superficiais (impétigo bolhoso e 
dermite esfoliativa do recém-nascido). 
Conhecer a síndrome nefrítica causada pelo impetigo 
GlomeruloNefrite Pós-Estreptocócica (GNPE) é uma complicação renal autoimune que aparece 
semanas após uma infecção por estreptococos, geralmente do grupo A como streptococcus 
pyogenes, que infectam pele (impetigo) ou garganta (faringite estreptocócica), e a 
glomerulonefrite pós-infecciosa mais comum. Acomete mais frequentemente crianças, mas pode 
ocorrer em qualquer faixa etária e é mais comum no sexo masculino. O número de casos diminuiu 
muito com o avanço das terapias com antibióticos. Afeta cerca de 1 em cada 10.000 
habitantes. O número de mortes anuais caiu de 24.000 em 1990 para 19.000 mortes em 2013. 
Após uma infecção estreptocócica (escarlatina, faringite, impetigo ou piodermite) os anticorpos 
formados para combater a infecção estreptocócica depositam-se nos glomérulos causando a 
lesão renal. A lesão glomerular é homogeneamente difusa, com infiltrado inflamatório e depósitos 
de imunocomplexos nas estruturas glomerulares e ativando C4B do sistema complemento. Os 
sinais de glomerulonefrite só aparecem entre 2 e 4 semanas depois da infecção inicial. 
LISTAR MANIFESTAÇÕES CLINICAS, COMPLICAÇÕES DO IMPETIGO 
Impetigo não bolhoso inicia-se com vesículas flácidas sobre base eritematosa, que se rompem 
com facilidade (rapidamente dissecam), sendo raramente visualizadas. O conteúdo da 
vesícula sofre dessecamento, levando à crosta melicérica, amarelada, característica da 
doença. Ocorre extensão periférica das crostas, sem clareamento central, levando à 
formação de múltiplas lesões coalescentes. Os locais mais acometidos são face, ao redor da 
boca, do nariz e dos membros, podendo ocorrer em qualquer localização. 
O acometimento mucoso é raro. Nos casos graves, há adenomegalia regional e sintomas 
constitucionais como febre e mal-estar, porém, em geral, o doente apresenta estado geral 
preservado. Após o desprendimento das crostas, observa-se eritema sem formação de 
cicatriz, por vezes com discromia residual (hipo ou hiperpigmentação), com re-solução em 2 a 
3 semanas. No impetigo bolhoso, as vesículas e bolhas são mais facilmente detectadas, 
podendo ocorrer lesões de 1 a 2 cm de diâmetro. O conteúdo, de início seroso, torna-se 
turvo. As crostas são amarelo-acastanhadas, com clareamento central e extensão periférica, 
formando lesões circinadas. Ocorrem em qualquer localização, sendo frequentes na face. A 
mucosa bucal pode estar acometida, com pequeno número de lesões e adenomegalia é 
rara. 
O impetigo com crosta pode ocorrer na pele normal ou a impetiginização pode aparecer 
sobre uma dermatose anterior, como dermatite atópica, dermatite de contato, picadas de 
insetos, pediculose e escabiose. A desnutrição e a falta de higiene são fatores 
predisponentes. A lesão inicial é uma vesícula, localizada em base eritematosa, que se rompe 
@KATIELLEMASC I MEDICINA 
facilmente. A ulceração superficial resultante é coberta por secreção purulenta que seca 
como uma crosta aderente e amarelada (cor de mel). Cada lesão mede 1 a 2 cm de 
diâmetro e cresce centrifugamente. A descoberta de lesões satélites, causadas por 
autoinoculação, é frequente. Há predomínio de lesões nas áreas expostas, principalmente nos 
membros e faces. A linfoadenopatia regional é comum e pode ocorrer febre em casos graves. 
O impetigo não bolhoso pode resolver espontaneamente, sem qualquer tratamento, em 2 a 3 
semanas. 
Ectima 
Trata-se de uma forma mais rara de impétigo, provocada pelo Streptococcus pyogenes. 
Inicialmente manifesta-se como um impétigo típico, é uma lesão ulcerativa do impetigo, se 
estende da epiderme até a derme, consistem em ulceras perfuradas cobertas por uma crosta 
amarela rodeada por margens violáceas elevadas. As pernas são o local mais 
frequentemente envolvido e as lesões estão cobertas por crostas muito espessas e aderentes. 
Afeta sobretudo crianças mais jovens, doentes imunocomprometidos e surge, regra geral, no 
contexto de más condições de higiene. 
Os sintomas costumam remitir 2 a 3 semanas após o início do quadro clínico, porém é comum 
a persistência de hematúria microscópica por vários meses, sem que isso tenha algumsignificado prognóstico. Em crianças complicações são raras, mas em pacientes idosos 
complicações como síndrome nefrótica afetam 20% dos pacientes, insuficiência cardíaca 
congestiva afetam 43% e azotemia afetam 83%. 
Fatores de risco: 
 Crianças: Embora qualquer um possa desenvolver impetigo, a doença ocorre mais 
comumente em crianças dos dois aos seis anos de idade 
 Locais fechados: Impetigo se espalha facilmente em escolas, ambientes infantis e outros 
locais fechados e lotados 
 Clima quente e úmido: a doença é mais comum em estações quentes do ano, facilita a 
transmissão da bactéria 
 Lesões na pele: causadas por mordidas, picadas de inseto e outros tipos de feridas 
também podem facilitar a ocorrência da infecção 
 População de risco: Idosos e as pessoas com diabetes ou um sistema imunológico 
comprometido são mais propensos a desenvolver impetigo e algumas de suas 
complicações. 
Complicações infecciosas são raras no impetigo. Glomerulonefrite aguda é uma das 
complicações do impetigo estreptocócico, ocorrendo de 18 a 21 dias após a infecção 
cutânea. Escarlatina, urticária e eritema polimorfo podem ocorrer após a infecção cutânea 
estreptocócica. Raramente observa-se sepse, artrite, osteomielite, endocardite, pneumonia, 
celulite, linfangite, síndrome do choque tóxico ou síndrome da pele escaldada estafilocócica 
como complicações do impetigo. 
@KATIELLEMASC I MEDICINA 
COMPREENDER COMO SE DÁ O DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO IMPETIGO 
DIAGNÓSTICO 
O diagnóstico é eminentemente clínico, baseado nos relatos do paciente ou de seus 
acompanhantes, uma vez que os pacientes costumam ser crianças, e na observação direta 
das lesões. Normalmente, testes de laboratório não são necessários, mas nos casos atípicos 
pode-se fazer uma cultura em laboratório para que seja identificado o microrganismo 
causador das lesões e determinado o antibiótico apropriado. Em geral, não é necessário 
realizar cultura a fim de determinar o agente causador do impetigo e para confirmar 
o diagnóstico, exceto na ectima (forma grave de impetigo) 
Os exames histopatológicos dos impetigos bolhoso e não bolhoso mostram clivagem logo 
abaixo do estrato granuloso formando vesicopápulas neutrofílicas no primeiro e poucas 
células inflamatórias no interior da bolha no segundo. Há edema na epiderme, com 
permeação de neutrófilos, podendo haver cocos no interior da bolha. Células acantolíticas 
podem ocorrer pela ação de neutrófilos, e a derme superior apresenta infiltrado inflamatório 
neutrofílico e linfocitário. 
TRATAMENTO 
Nos quadros leves e moderados, limpeza local com remoção das crostas e aplicação tópica 
de antibióticos, como mupirocina ou ácido fusídico, são igualmente eficazes, sendo os mais 
indicados parece ser mais eficaz que a neomicina tópica. A gentamicina tópica, mais eficaz 
para infecção estafilocócica que estreptocócica. A bacitracina é eficaz para os dois tipos 
de infecção. 
Quando a infecção é mais extensa, acompanhada de sintomas sistêmicos, adenomegalia 
regional ou na presença de infecção com potencial nefritogênico, indica-se tratamento 
sistêmico com antibióticos como cefalexina, amoxicilina/clavulanato, eritromicina ou 
claritromicina. Nas comunidades com alta prevalência de S. aureus meticilino-resistente 
(MRSA), antibióticos como clindamicina, sulfametoxazola-trimetoprim, tetraciclina e 
fluoroquinolonas são indicados. Estes antibióticos podem, no entanto, apresentar efeitos 
colaterais importantes. 
Renal 
Corticosteroides e outros medicamentos anti-inflamatórios geralmente não são eficazes. Assim o 
tratamento é focado em aliviar os sintomas. Antibióticos, como penicilina, são usados para 
destruir qualquer bactéria estreptocócica que permanecem no corpo. Medicamentos para 
pressão arterial alta como inibidores da ECA podem ser necessários para controlar o inchaço 
e hipertensão. Uma dieta com potássio e evitando sal e líquidos ajuda a controlar o inchaço 
e pressão arterial. 
APONTAR COMO SE DA A PREVENÇAO DO IMPETIGO 
Prevenção 
Dentre outras formas de prevenção, estão: 
@KATIELLEMASC I MEDICINA 
 Lavar as áreas afetadas com sabão neutro delicadamente e, após o enxágue, cobrir 
com gaze; 
 Lavar as roupas, lençóis e toalhas do doente todos os dias e não compartilhar com 
outros membros da família; 
 Usar luvas ao aplicar a pomada antibióticos e lavar bem as mãos após; 
 Cortar as unhas da criança infectada para que ela evite de se arranhar e, assim, se 
infectar novamente; 
 Lavar as mãos com frequência; 
 Manter a pessoa infectada em casa até o médico apontar que ela já não é mais 
contagiosa para os demais.

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