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Nos hemocentros, as amostras de sangue dos doadores passam por uma triagem laboratorial para aumentar a segurança do receptor de sangue e hemoderivados. Essa conduta busca atenuar as possibilidades de transmissão de patógenos infecciosos nos hemocomponentes a serem transfundidos. Portanto, os testes objetivam a detecção de vírus, bactérias e parasitas que podem ser transmitidos pelo sangue. Caso o resultado da análise seja positivo para algum desses agentes etiológicos, a bolsa de sangue será descartada. Observando os valores de sensibilidade e especificidade dos três testes laboratoriais: a) Qual deles você escolheria para utilização no banco de sangue? Justifique sua resposta. b) Em quais situações o teste 3 (maior especificidade) seria preferível ao teste 2? RESPOSTAS a) O profissional de laboratório deverá optar pela utilização do teste 2, que apresenta a maior sensibilidade. Nos bancos de sangue, é essencial que o teste detecte como positivo o indivíduo doador que tem a patologia para a qual o teste é aplicado. Portanto, o ideal é a utilização de um teste que tenha a maior sensibilidade, ou seja, que apresente o menor número de resultados falso-negativos. Dentre as três opções, o teste 1 apresenta os menores valores de sensibilidade e especificidade, portanto, é a primeira opção a ser excluída. Entre o teste 2 e o teste 3, o teste 2 possui a maior sensibilidade, portanto é o ideal para ser utilizado nas triagens das amostras no banco de sangue. b) Geralmente, utilizam-se testes com maior especificidade para confirmar um diagnóstico que é sugerido por testes menos específicos ou quando um resultado falso positivo tem importantes implicações físicas, emocionais ou financeiras para o doente. Por exemplo, no diagnóstico do HIV, primeiro é utilizado um teste altamente sensível (como o teste de ELISA). Caso o resultado seja positivo, a confirmação é realizada com um teste muito específico (como o Western Blot).