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Resumo de Artigo Técnicas e sítios de coleta de medula óssea em cães e gatos

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O artigo “Técnicas e sítios de coleta de medula óssea em cães e gatos” teve como maior objetivo revisar as
melhores vias de acesso à medula óssea e enfatizar a importância dessas amostras tanto no diagnóstico, quanto no
tratamento de doenças. As principais indicações de coleta da medula óssea, são para a realização de exames como o
Mielograma para o diagnóstico e a classificação das leucemias mielóides e linfóides agudas; a Biópsia de Medula
Óssea, para o diagnóstico de enfermidades como mielofibrose, mieloesclerose e focos de infecção, e a quantidade
de gordura no interior da medula; Transplante de células da medula óssea e cultivo celular para aquisição de células
mononucleares, células-tronco hematopoiéticas ou células-tronco mesenquimais.
A escolha das agulhas de coleta é de suma importância para evitar intercorrências e realizar o procedimento com
exatidão. Dentro das agulhas utilizadas, a primeira foi a agulha de Silverman (1929); tendo continuidade com a
agulha Jamshidi de 1971 que sofreu alterações pelo Inwood, e são indicadas para infusões intraósseas. Nos casos de
pacientes oncohematológicos e transplantes de células-tronco, indica-se o uso das agulhas de Steiss, a agulha de
Rosenthal ou a agulha Jamshidi para realizar uma coleta de volume grande, e para que seja possível o cultivo
dessas células, é preciso obter aproximadamente 1 milhão de células. A agulha não deve preencher mais do que
70% do canal medular ósseo, evitando danos vasculares, através de uma radiografia, é possível selecionar a agulha
a partir do diâmetro.
As principais vias de acesso dependem do tamanho e espécie do animal, é possível colher a medula óssea na
epífise dos ossos longos e crista ilíaca ou borda acetabular. Cães de pequeno porte e gatos, a indicação é que a
coleta seja realizada na região transilíaca para evitar lesões por deslizamento da agulha na crista ilíaca. Para a
coleta de uma quantidade generosa de medula óssea, recomenda-se a porção proximal do fêmur e a porção da
tuberosidade maior do úmero, principalmente em cães obesos ou musculosos.
Dentre as técnicas de coleta recomendadas pelos autores, é necessário realizar anestesia geral, incluindo
pré-operatório, jejum alimentar e restrição hídrica. Os autores recomendam que, após o animal ter sido anestesiado,
o decúbito lateral é o mais indicado por ser possível acessar todas as estruturas anatômicas da coleta, podendo ser
na região ilíaca, região femoral ou tibial. A amostra pode ser colhida através do decúbito ventral quando feita na
região ilíaca, porém não é a recomendação dos autores.
Os autores garantem que movimentos de introdução da agulha no canal da medula precisam ser precisos, e que
podem determinar quanto tempo e a exatidão do procedimento. Indicam que deve-se apoiar a empunhadura da
agulha bem firmemente na palma da mão, isso ajudará na aplicação da força. Na porção final da agulha, deve-se
colocar o dedo indicador, dando direção à perfuração e introdução da agulha. Assim como, limita a introdução da
agulha, passo importante para evitar deslizamentos e perfurações indesejadas. Enquanto isso, a outra mão deve ser
utilizada para segurar o local da aplicação, realizando movimentos rotativos lentos e de grande amplitude antes do
procedimento. O orifício de entrada da agulha deve ser o menor possível e para isso, o cotovelo e o braço devem
ficar imóveis.
Após a introdução e estabilização da agulha, o mandril deve ser substituído por uma seringa de 10mL com adição
de anticoagulante. Faz-se uma retração do êmbolo, para obter o vácuo e colher a amostra, esta que deve ser levada
ao laboratório em temperatura ambiente, ou utilizada na confecção de lâminas com a amostra fresca.
As complicações podem acontecer e dentre elas, temos as fraturas através do movimento de alavanca realizado
com a agulha, pode ser evitada ao deixar os braços e cotovelos imóveis, deixando apenas a mão, punho e antebraço
realizarem a rotação. Além de que, fraturas também podem acontecer através de perfurações sequenciais.
Perfuração de vísceras pélvicas pode ocorrer se não houver cuidado na delimitação da agulha com o dedo
indicador, podendo causar um deslizamento da agulha e permitindo que ela entre na pelve, podendo perfurar
alguma víscera ou um grande vaso. Considera-se um caso de emergência; danos às estruturas de tecidos moles.
Ausência da medula na aspiração, pode acontecer nos casos em que a agulha está localizada na região cortical do
osso, não existe a possibilidade de colheita.É necessário reintroduzir o mandril e recuar a agulha lentamente até que
o sangue medular flua. E também a contaminação no canal medular com evolução para osteomielite, mesmo sendo
um orifício pequeno, pode ser uma porta de entrada para patógenos.

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