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Laboratório em Reumatologia

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LABORATÓRIO EM REUMATOLOGIA: 
1) Reagentes em fase aguda: 
Resposta ao dano tecidual 
Infecção, neoplasia e trauma podem causar respostas ao 
dano tecidual → não são exclusivos de doença 
reumatológica. 
VHS: velocidade de hemossedimentação 
• Velocidade em que o eritrócito precipita: medido 
em mm/h 
• No ambiente inflamatório, existe o aumento de 
citocinas inflamatórias, que estimulam o fígado e 
aumentam as proteínas de fase aguda, que vão se 
ligar ao eritrócito e deixam ele mais “pesado”, 
fazendo eles “cair” mais rápido. 
• Acelera: fibrinogênio, gamaglobulina e outras 
proteínas muito altos. 
• Condições fisiológicas: gravidez, anemia, sexo 
feminino, idade e obesidade. São alterações de 
viscosidade no sangue plasmático. Quando se tem 
hemodiluição ou mais células adiposas. 
• Problemas: método indireto e muito influenciável. 
• VHS muito alto: infecção, vasculite e malignidade. 
• VHS muito baixo: afibrinogenemia, 
agamaglobulina, Policitemia vera, aumento da 
viscosidade do plasma. 
PCR: Proteína C Reativa 
• Método direto: a própria proteína de fase aguda. 
• Citocinas inflamatórias → estimula hepático 
• Sobe e cai rapidamente. 
• Atividade: AR, EpA e vasculites 
• Infecção: LES, ES, miopatias inflamatórias. 
• Vantagens do PCR em relação ao VHS: direto, 
específico, sensível, e não é influenciado pela 
gamaglobulina. 
EFPSE: eletroforese de proteínas séricas 
• Muito sensível em detectar inflamação 
• Método: amostra de soro em gel de agarose e 
corrente elétrica 
• Divisão em bandas: albumina (a maior no traçado, 
proteína mais abundante), alfa1-globulina, alfa2-
globulina, betaglobulina e gamaglobulina. 
o Alfa1: alfa1 antitripsina, alfa1 glicoproteína 
ácida e alfafetoproteína 
o Alfa2: haptoglobulina, macroglobulina e PCR 
o Gama: imunoglobulinas e IgG (mais 
prevalente) 
o Beta: LDL, transferina, C3 (complemento), 
Beta2-microglobulina 
• Alterações nos traçados: 
o Inflamação aguda: diminuição de albumina 
(consumo) e aumento de alfa2 (PCR) 
o Inflamação crônica: aumento de gama 
(policlonar) e continua a diminuição da 
albumina. 
• Mais sensível para inflamação 
• Outras alterações: pico monoclonal (gamopatia e 
mieloma múltiplo), hipogamaglobulinas 
(imunodeficiência) 
COMPLEMENTO: 
• Mais de 30 proteínas séricas e superficiais de 
ativação sequencial, que fazer parte da imunidade 
humoral e inata. 
• Diferentes vias de ativação. 
• Diminuído: doença hepática, deficiência congênita, 
consumo pela presença de imunocomplexos. 
• Funções do complemento: opsonização para 
fagocitose, anafilotoxinas (aumentam o processo 
inflamação), lise de microorganismos 
• MAC: complexo de ataque a membrana 
(independente da via), lise de microorganismo. 
• Clivagem da C3: 
o C3a: inflamação 
o C3b: opsonização e fagocitose 
o C5a: inflamação 
• Via clássica: anticorpo ligado ao antígeno. 
o Anticorpo se liga a C1q, recruta C4 que é 
clivado em C4a (anafilaxia) e C4b 
(opsonização). C4b recruta C2, clivando em 
C2a (junta com o C4b virando uma 
convertase), virando o C3 convertase, levando 
a via comum (C4b2a). 
 
• Via alternativa: espontâneo, em baixas taxas, 
inativo até o microorganismo. 
o C3b se liga ao microorganismo, o antígeno. 
o O fator b é juntado ao C3b e se cliva em C3ab 
(anafilaxia) e C3bB gera a C3 convertase (C3B 
+ Bb) 
 
• Via lectina: lectina manose se liga ao 
microorganismo. 
o Muito parecida com a via clássica, mas em vez 
do complexo se Q, é a proteína ligadora de 
manose e as MASPs, sem anticorpo. 
o Fora isso, a sequência é igual. 
 
Resumindo: 
 
• Via comum: 
o C3 cliva em a e b, forma a C5 convertase, que 
cliva novamente em a e b, se liga a C6, C7, C8 e 
C9, formando o MAC. 
 
Na clínica: 
• C3 e C4: dosagem por nefelometria 
• Ch50 (triagem): teste funcional, liga o soro do 
paciente com as hemácias de ovelhas ligadas a Ig de 
coelho, ou seja, amostra pronta para ser ativada pelo 
complemento. Se tiver complemento ocorrerá a lise 
das hemácias de ovelha. 
• Situações que levam ao aumento de risco de 
autoimunidade: deficiência de C1q e C4 → risco 
de LES 
• Deficiência de C5 a C9 → infecção por 
encapsulados 
 
Paciente com sintomas sistêmicas e diminuição do 
complemento: 
• LES 
• Crioglobulina tipo II e III 
• Vasculite urticariforme 
• Endocardite 
• Glomerulonefrite pós estreptocócica 
• Glomerulonefrite membranoproliferativa 
• Viremia 
CRIOGLOBULINAS: 
• Ig insolúveis ao frio e solúveis quando reaquecidos 
• Podem ser encontradas em neoplasia, infecção e 
auto-imunidade 
• Metodologia: coletado de um tubo pré-aquecido 
(37 graus), 2-7 dias: restriar a amostra, vai gerar um 
precipitado que iremos checar a presença 
• Detecção do tipo de crioglobulinas de acordo com 
o tipo por imunofixação, classificado com o fator 
reumatóide e clonalidade. 
 
• Tipo 1: sem ação de fator reumatoide, clínica de 
pacientes com síndromes de hiperviscosidades, com 
tonturas, síncopes → hipoperfusão periférica, 
neoplasias hematológicas. 
• Tipo II: mistas, com fator reumatoide. 
• Tipo III: mista, com fator reumatoide. 
Crioglobulinas se dosa com sintomas sistêmicos. 
FAN – Fator Antinuclear 
• Pesquisa de autoanticorpos contra antígenos 
nucleares 
• Natureza: DNA, proteínas, nucleares e 
citoplasmáticas, RNPs e fosfolipídios 
• Método de IFI em células Hep-2 
• Laudo do FAN: 
o Positivo/negativo: presença de 
autoanticorpo 
o Título: concentração (de 1:80 – 160 é baixo 
título) 
o Padrão de IFI: quem 
• Teste de triagem 
• Se positivo: solicitar auto-anticorpo 
• Podem ter: infecções, neoplasias e indivíduos 
saudáveis 
• Se negativo: não descartar a doença reumatológico 
 
 
Pontos importantes: não é patognomônico, título e 
padrão, auxilia no diagnostico, não é prognostico, pode 
negativar ou mudar. 
Quais os FANs mais associados a autoimunidade? 
Nuclear homogêneo e pontilhado grosso. 
Qual FAN presente em indivíduos saudáveis? 
Pontilhado fino denso. 
2) AUTOANTICORPOS: 
Direcionados para qualquer estrutura celular 
Diagnóstico e acompanhamento 
Métodos: 
• Elisa 
• Imunofluorescência indireta 
• Aglutinação e Nefelometria 
• Immunoblotting 
• Imunodifusão e contraimunoeletroforese 
FATOR REUMATOIDE: 
• IgM contra a porção Fc de uma IgG 
• Inespecífica 
• Método: 
o Nefelometria – padrão ouro 
o Aglutinação de látex – revestido de IgG, 
aglutinação 
 
Pontos importantes: não é patognomônico, auxilia no 
DX, é prognóstico: presença e títulos (AR), 
manifestação extra articular (AR). 
ANCA: anticorpo anti-citoplasmasma de neutrófilos 
• Métodos: IFI em neutrófilos fixados no etanol 
• DX e acompanhamento de vasculites ANCA 
• 2 padrões: C-ANCA e P-ANCA 
 
 
ANTI CCP 
• Anticorpo para peptídeos citrulinados cíclicos 
• Citrulinização: arginina → citrulina 
• ELISA 
• Altamente específicos, precoce → AR 
• DX e prognóstico na AR 
ANTI DS-DNA: 
• ELISA e/ou IFI pelo Crithida luciliae 
• DNA dupla-hélice 
• DX e acompanhamento no LES 
• Nefrite lúpica 
• Períodos de atividade de doença 
 
ANTI-ENA: 
• Antígenos nucleares extraíveis 
• Anti-Sm (LES, mais específico) e Anti-RNP 
(doença mista do tecido conjuntivo – DMTC, e 
LES) 
• Anti-Ro (SS-A) → Síndrome de Sjogren primária 
(mais associada), no LES tem que ser cutâneo 
suagudo, cutâneo neonatal, bloqueio cardíaco 
congênito, Sjogren secundária 
• Anti-La (SS-B) → associada quase sempre com Ro 
• SLC-70 
• Jo-1 
• Lesões fotossensíveis e FAN negativo → pesquisar 
Anti-Ro. 
ANTI-HISTONA: 
• Proteínas que compõem o nucleossomo 
• LES (70%) e Lúpus induzido por fármaco (>95%) 
• Não diferencia 
• Aplicabilidade clínica e prática restrita 
ANTI-CENTRÔMERO: 
• Proteínas centromericas 
• IFI 
• FAN centromérico 
• Esclerose sistêmica limitada (CREST) – 70% 
o Maior risco de hipertensão pulmonar 
ANTI-TOPOISOMERASE (SLC-70): 
• Antígeno nucleolar 
• Esclerose sistêmica difusa(40-60%) 
• Maior risco de pneumopatia intersticial

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