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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Técnico em Radiologia 
 
 
 
 
 
Radiologia Veterinária 
 
 
 
 
 
 
2 
 
POSICIONAMENTO RADIOGRÁFICO E ANATOMIA RADIOGRÁFICA EM PEQUENOS ANIMAIS 
Nomenclatura para os posicionamentos 
Ao posicionarmos o paciente com o propósito de efetuar radiografias, deve-se dar nome a este 
posicionamento, levando em conta a face do corpo do animal onde incide e a face onde emerge a radiação 
Dar nome ao posicionamento é importante no estudo radiográfico dos diferentes órgãos quanto à: 
 posição 
 relação com outros órgãos 
 descrição da forma e arquitetura (interna e marginal) 
 tamanho 
 densidade radiográfica natural 
 número 
Nomenclatura - Posicionamentos 
 D-V : dorso ventral (feixe de raios incide no dorso e emerge no ventre do animal atingindo o filme) 
 V-D : ventro dorsal 
 L : lateral (incide de um lado e emerge no outro) 
 L-D ou L-E 
 Cr-Ca e Ca-Cr : Crânio-caudal e Caudo-cranial (usados para membros da porção proximal até o 
carpo ou tarso) 
 D-P e P-D : dorso-palmar/plantar e palmo/planto - dorsal (usados a partir do carpo/tarso inclusive) 
Radiografia Látero-lateral da Cavidade Abdominal 
1. Região crânio dorsal 
2. Região crânio ventral 
3. Região média 
4. Região caudo-dorsal 
5. V. Região caudo ventral 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
POSICIONAMENTO VENTRO DORSAL ABDOMINAL 
Radiografia da cavidade abdominal de cão em projeção laterolateral 
 
 
Radiografia da cavidade abdominal de gato em projeção laterolateral 
 
 
Projeção látero-lateral da cavidade Abdominal 
 
4 
 
 
 
Radiografia Ventro-dorsal da Cavidade Abdominal 
1. Região cranial direita 
2. Região cranial esquerda 
3. Região medial 
4. IV. Região caudal 
Projeção ventridorsal do abdome de um cão em decúbito dorsal 
 
 
5 
 
 
Posicionamento para a projeção lateral da cavidade torácica 
 
 
Radiografia de tórax em projeção laterolateral 
 
 
 
Posicionamento para a projeção ventridorsal da cavidade torácica 
 
Radiografia de tórax em projeção ventridorsal 
 
6 
 
 
Posicionamento para a projeção dorsoventral da cavidade torácica 
 
Posicionamento da articulação do ombro e do braço para projeção mediolateral 
 
 
 
 
7 
 
Radiografia do ombro e braço em projeção médiolateral 
 
Posicionamento da articulação do ombro para projeção caudocranial 
 
 
 
Radiografia do ombro e do braço em projeção caudocranial 
 
 
8 
 
Posicionamento da articulação do cotovelo para projeção mediolateral 
 
Radiografia do cotovelo em projeção mediolateral 
 
 
Radiografia do antebraço em projeção mediolateral 
 
 
9 
 
Posicionamento da articulação do cotovelo e antebraço para projeção craniocaudal 
 
Radiografia do cotovelo e antebraço em projeção craniocaudal 
 
Posicionamento da articulação carpal para projeção mediolateral 
 
 
 
 
10 
 
Radiografia de carpos em projeção mediolateral 
 
Posicionamento oblíquo da articulação carpal para projeção mediopalmar –dorsolateral 
 
Radiografia de articulação carpal em projeção oblíqua 
 
 
 
11 
 
Posicionamento da articulação carpal para projeção dorsopalmar 
 
Radiografia de carpos em projeção dorsopalmar 
 
Radiografia dos dígitos em projeção dorsopalmar 
 
 
 
12 
 
Posicionamento da pelve para projeção laterolateral 
 
Radiografia de pelve em projeção laterolateral 
 
Posicionamento da pelve para projeção ventrodorsal 
 
 
 
 
 
13 
 
Radiografia de pelve em projeção ventridorsal 
 
Posicionamento da coxa e articulação do joelho para projeção mediolateral 
 
Radiografia de membro pélvico em projeção mediolateral 
 
 
14 
 
Posicionamento da articulação do joelho em projeção craniocaudal 
 
Radiografia de membro pélvico em projeção craniocaudal 
 
 
Posicionamento da articulação do joelho em projeção tangencial (skyline) 
 
 
 
15 
 
Radiografia da articulação do joelho em projeção tangencial 
 
Posicionamento da articulação tarsal em projeção mediolateral 
 
 
Radiografia da articulação tarsal em projeção mediolateral 
 
 
 
16 
 
Posicionamento da articulação tarsal em projeção dorsoplantar 
 
Radiografia da articulação tarsal em projeção dorsoplantar 
 
Posicionamento oblíquo da articulação tarsal em projeção dorsolateral-medioplantar 
 
 
17 
 
Radiografia da articulação tarsal em projeção dorsolateral-medioplantar 
 
Posicionamento da pata traseira em projeção dorsoplantar 
 
Radiografia em projeção dorsoplantar 
 
 
18 
 
Posicionamento do crânio para projeção lateral 
 
Projeção lateral do crânio de cão 
 
 
Projeção lateral do crânio de gato 
 
 
19 
 
Posicionamento do crânio para projeção lateral com boca aberta 
 
 
 
Posicionamento do crânio para projeção ventrodorsal 
 
 
20 
 
 
Posicionamento do crânio para projeção ventrodorsal 
 
 
Posicionamento do crânio para projeção dorsoventral 
 
Posicionamento do crânio para projeção oblíqua mediolateral da maxila com boca aberta 
 
Posicionamento do crânio com boca aberta para projeção oblíqua médiolateral para a mandíbula 
 
21 
 
 
Projeção oblíqua médio-lateral para maxila e para a mandíbula 
 
Posicionamento frontal para avaliação do forame magno 
 
 
22 
 
Posicionamento do paciente para radiografia de coluna cervical em projeção lateral 
 
Radiografia de coluna cervical de cão em projeção lateral 
 
Posicionamento da coluna cervical para projeção ventrodorsa 
 
 
 
 
23 
 
lRadiografia de coluna cervical de cão em projeção ventro-dorsal 
 
Posicionamento de coluna vertebral para projeção lateral 
 
 
 
Radiografia de coluna torácica de cão em projeção lateral 
 
 
 
 
 
24 
 
Radiografia de coluna lombo-sacral de cão em projeção lateral 
 
Posicionamento de coluna vertebral para projeção ventrodorsal 
 
Radiografia de coluna lombar de cão em projeção ventro-dorsal 
 
 
25 
 
COLUNA VERTEBRAL 
 
Regiões : cervical, torácica, lombar, sacra e coccígea 
Técnica : posição LL, VD e outras com LL em flexão; para promover contraste mantemos a mAs alta e 
diminuímos a Kv ; devemos buscar o paralelismo perfeito entre a coluna vertebral e a chapa radiográfica; o 
posicionamento é feito com o auxílio de calços de espuma (radio transparentes); algumas vezes há 
necessidade de anestesia 
 
Posicionamento do paciente para radiografia de coluna cervical em projeção lateral 
 
 
Radiografia de coluna cervical de cão em projeção lateral 
 
Posicionamento da coluna cervical para projeção ventrodorsal 
 
 
26 
 
 
Radiografia de coluna cervical de cão em projeção ventro-dorsal 
 
Posicionamento de coluna vertebral para projeção lateral 
 
 
Radiografia de coluna torácica de cão em projeção lateral 
 
 
27 
 
 
Radiografia de coluna lombo-sacral de cão em projeção lateral 
 
Posicionamento de coluna vertebral para projeção ventrodorsal 
 
Radiografia de coluna lombar de cão em projeção ventro-dorsal 
 
 
28 
 
Considerações Gerais 
Alterações de densidade : distúrbios metabólicos em toda coluna; 
Alterações estruturais : osteólise ou esclerose de maneira isolada ou mista; 
Alterações de contorno das vértebras : em processos de espondilite; 
 
Alterações de forma das vértebras; 
Alterações da inter linha radiográfica; quanto a tamanho ou densidade. 
Alterações das epífises das faces articulares : processos de lise e esclerose; 
Alterações de tecidos moles; 
Alterações de eixos ósseos; 
Alteração da curvatura (cifose, lordose ou escoliose). 
Alterações do Desenvolvimento 
Excesso ou falta de vértebras (parcial ou total) 
Agenesia ou disgenesia sacra : ausência parcial ou total do sacro, das coccígeas, e cauda eqüina (gatos 
da raça Manx) 
Vértebra transicional : vértebra de uma região com característica de outra (ex.: sacralização de L7 e S1 
fusionados) 
Hemivértebra : relacionado à alteração no fechamento dos núcleos de ossificação; ocorre crescimentoparcial da vértebra; forma de cunha ou borboleta; pode ocorrer em uma ou mais vértebras; agenesia de 
costela pode ou não acompanhar; pode-se observar o comprometi/o da curvatura normal da coluna; mais 
freqüente em região torácica; achado em animais de até 1 ano 
Vértebra em bloco : fusão parcial ou total de duas ou mais vértebras durante sua formação embriológica 
Espinha bífida : falha no fechamento dorsal do arco neural (posição VD); pode ter dois processos 
espinhosos; pode haver protrusão das meninges (meningocele) 
Sinus dermóide-fístula cutâneo espinhal : presença de canal interligando a pele a estruturas vertebrais e 
ou espaço sub-aracnóide; pode fluir líquor do mesmo 
Angulação dorsal do processo odontóide : angulação excessiva (45 graus) da extremidade do processo 
odontóide levando a compressão medular 
Exostoses cartilaginosas múltiplas : massas cartilaginosas e exostoses em múltiplas vértebras, a partir 
das metáfises dos corpos e processos espinhosos, em região torácica e lombar, em costelas e em ossos 
longos 
Mal formação cervical do Bassethound : em C2-C3 
 
29 
 
EXAMES CONTRASTADOS 
 
RADIOLOGIA DO ESÔFAGO 
 
Esofagograma : administração de substância com densidade diferente do órgão. São elas sulfato de bário 
(rotina) e soluções iodadas (casos de suspeita de ruptura) na dose de 2 a 6 ml / Kg de peso . A radiografia 
simples deve preceder sempre a contrastada. 
Posicionamento : região cervical o esôfago é dorsal à traquéia, na entrada do tórax encontra-se 
lateralmente à traquéia e na altura da base do coração encontra-se dorsal à traquéia 
trajeto : diâmetro do lúmen, preenchimento do lúmen pelo contraste, superfície mucosa e progressão da 
coluna de bário 
tempo : 5 a 15 minutos (início do trato digestório) 
 
Posicionamento do paciente para radiografia de região cervical em projeção lateral 
 
 
Radiografia de região cervical de cão em projeção lateral 
 
 
 
30 
 
Posicionamento da região cervical para projeção ventrodorsal 
 
Radiografia de região cervical de cão em projeção ventro-dorsal 
 
Posicionamento para a projeção lateral da cavidade torácica 
 
 
 
31 
 
Radiografia de tórax em projeção laterolateral 
 
Esôfograma normal em cão 
 
 
Rotineiramente o diâmetro esofágico é uniforme em toda sua extensão, podendo ocorrer ondulações 
(peristaltismo) 
Estrias longitudinais - normalmente aparecem na espécie canina no esôfago até a base do coração 
Em felinos estas estrias são transversais na porção caudal 
Considerações Gerais 
Densidades anormais em radiografia simples superpondo-se ao trajeto esofágico : radiopacos - corpo 
estranho, partículas alimentares, neoplasias radiotransparentes - coleções gasosas (aerofagia) em animais 
anestesiados 
Alteração de topografia ou densidade de estruturas adjacentes como a traquéia são indícios de alteração 
esofágica 
 
32 
 
Trajeto em radiografia contrastada 
diâmetro diminuição (estenose), aumento ou dilatação pode ser segmentar, circunscrita (divertículo) ou total 
(megaesôfago) 
Preenchimento do lúmen 
Superfície mucosa 
Progressão da coluna de contraste 
Ruptura - extravasamento de contraste para a cavidade 
Processos obstrutivos 
Corpos estranhos : no caso de c.e. radiopaco, a radiografia contrastada é utilizada somente para 
diagnosticar ruptura; o c.e. radiotransparente (ex.: cartilagem) necessita de contraste 
Pocais de eleição para parada de corpo estranho : entrada do tórax, base do coração e cárdia 
Posicionamento : lateral e ventro dorsal 
Corpo Estranho Radiopaco 
 
Corpo Estranho Radiolucente 
 
 
33 
 
Estenoses cicatriciais : 
Decorrem de traumas causados pela ingestão de corpos estranhos cortantes ou irritantes; o ponto de 
estenose geralmente está associado a dilatação esofágica 
Estenose por compressão ou aderência de estruturas anatômicas adjacentes : 
Linfoadenopatias envolvendo linfonodos da região mediastinal 
Alterações Anelares Vasculares - 
persistência de arco aórtico direito : ocorre geralmente em cães pastores na idade de 3 a 6 meses e o 
principal sintoma é regurgitação Sinais radiográficos : dilatação segmentar situada cranialmente à base do 
coração (localização do arco comprimindo o esôfago nesta região), com deslocamento ventral da traquéia 
devido a dilatação esofágica 
Persistência de Arco Aórtico Direito 
 
Megaesôfago Idiopático : 
alteração de plexos nervosos da parede esofágica ocasionando dilatação progressiva desde a orofaringe até 
o cárdia - dilatação total 
Megaesôfago Congênito ou Adquirido : 
 
34 
 
a dilatação congênita aparece na mesma idade de animais com persistência de arco aórtico, a diferença é a 
dilatação total. É obrigatório o esofagograma. 
Sinais radiográficos : 
hipertransparência em região esofágica e dilatação em toda a sua extensão na radiografia simples 
A dilatação total pode ocorrer também em animais anestesiados e em determinadas viroses (como a 
cinomose) além de outras afecções como a miastenia gravis e o hipotireoidismo 
Radiografia simples – dilatação esofágica 
 
Esofagograma demonstrando dilatação esofágica em sua porção cervical 
 
 
 
 
35 
 
Esofagograma demonstrando dilatação total do esôfago (megaesôfago) 
 
 
Intussuscepção gastro-esofágica : 
invagina mento do estômago em esôfago; ocorre principalmente em casos de megaesôfago, devido ao 
esforço contínuo do vômito. Pode ocorrer em fase terminal de quadros mórbidos. Sinais radiográficos : a 
imagem do estômago inexiste na posição normal 
Divertículos : 
podem ser congênitos ou adquiridos, detectado em cães Boxer de 3 a 4 meses de idade. Caracterizam-se 
por saculação da parede e pode ser falso ou verdadeiro. Verdadeiro : dilatação circunscrita e presença de 
anel com retenção do contraste. Falso : anel inexistente, apenas expansão da mucosa e não retém 
contraste. A radiografia deve ser feita imediatamente após a ingestão do contraste 
Espirocercose : 
região caudal do esôfago desenvolve granulomas na parede ou no lúmen (intra-mural ou intra-luminal), a 
radiografia diferencia a localização. Sinais radiográficos : irregularidade da mucosa no início e dilatação, 
com evolução do processo observa-se formação de radiopacidade água superpondo-se ao trajeto esofágico 
; pode haver aneurisma de aorta e espondilite em vértebras torácicas 
Ruptura esofágica : 
utiliza-se solução iodada para exame contrastado; há extravasamento de contraste para a cavidade e 
alteração na progressão da coluna de contraste 
 
 
 
 
 
36 
 
 
Ruptura Esofágica 
 
Radiologia do Estômago 
Radiografia de abdome normal em cão Projeção lateral 
 
Técnica contrastada : solução de sulfato de bário na dose de 12 a 16 ml/Kg p.v. sequência de radiografia 
em tempos de 5, 30 e 60 minutos após a administração. 
Aspectos normais : observar a posição do estômago (bolha gasosa), e o preenchimento pelo contraste 
deve ser homogêneo. A superfície mucosa apresenta ondulações devido às pregas exuberantes nos 
carnívoros. 
Esvaziamento gástrico : o contraste vai do fundo ao antro, do antro ao piloro em 5 min atinge o início do 
intestino delgado. 
A forma e posicionamento do estômago variam com a espécie. 
Em cães : o fundo encontra-se em região cranial esquerda, o corpo na região média e antro na região 
cranial direita. As ondas peristálticas promovem estreitamento e alargamento das faixas de contraste 
Considerações gerais das patologias : 
 
37 
 
R-X simples - densidades anormais e aumento de volume da cavidade R-X contrastado - alteração de 
posição, alteração de volume da cavidade gástrica (diminuição ou aumento), alteração no preenchimento 
pelo contraste, alteração na superfície mucosa, alteração no trânsito gastro-duodenal. 
Corpo Estranho : 
radiopacos ou radiolucentes apresentam sintomatologia igual. O diagnóstico radiográfico é importante para o 
cirurgião. Em exames contrastados são vistos como falhas de preenchimento do contraste. Utiliza-se 
posições laterale ventro-dorsal 
 
Alterações do trânsito gastro-duodenal - 
clinicamente caracterizado por vômitos pós prandiais em jatos, causado por : corpo estranho no antro 
pilórico, espasmos de piloro ou hipertrofia de piloro. O diagnóstico R-X contrastado aos 5 min já é suficiente, 
mas não deve ser muito confiável devido ao stress do animal que pode comprometer o trânsito. Necessário 
repetir o exame após maior tempo. 
Linfoma (estômago e duodeno) 
 
 
 
38 
 
Úlcera Gástrica (duplo contraste) 
 
O espasmo de piloro ocorre em cães de pequeno porte e extremamente agitados e em gastos siameses. É 
uma condição neurogênica e o tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico. 
A hipertrofia de piloro é uma afecção mais crônica, onde observam-se alterações relativas ao trânsito e 
volume da cavidade) estômago mais distendido quanto maior a cronicidade 
Hipertrofia de Piloro 
 
 
 
 
39 
 
RADIOLOGIA DO INTESTINO DELGADO 
Técnica : mesma do estômago. 
Aos 5 min -início do estômago, 
aos 30 min - início do intestino delgado, 
aos 60 min já percorreu todo intestino delgado. 
A posição que fornece mais informações é a latero lateral. 
Aspectos Normais 
Conteúdo gasoso, líquido ou sólido (nas porções finais) 
alças intestinais na porção média da cavidade abdominal 
diâmetro é uniforme em toda extensão 
contraste permite estudo da topografia do lúmen (preenchimento), superfície mucosa (lisa) e progressão da 
coluna de bário 
em felinos há septações intensas da coluna de bário devido ao peristaltismo 
Trânsito gastrointestinal normal 
 
Considerações Gerais R-X simples 
densidades anormais 
alterações no diâmetro da alça intestinal (diminuído ou aumentado) 
alteração de distribuição topográfica 
 
40 
 
Radiografia da cavidade abdominal de gato em projeção laterolateral 
 
Considerações Gerais R-X contrastado (trânsito intestinal e enema de bário) 
Alteração na posição (hérnias) 
alteração no diâmetro:diminuição (estenose) ou aumento (dilatação pode ser segmentar, circunscrita ou 
generalizada) 
alteração no preenchimento do lúmen 
alteração na superfície mucosa 
alteração na progressão da coluna de bário 
Processos Obstrutivos Intestinais 
Corpos estranhos radiopacos e radiolucentes 
intussuscepção 
estenoses cicatriciais ou aderências (após cirurgias ou devido a presença de neoplasia) 
disfunção ou espasticidade da junção íleo cólica 
Sinais radiográficos : dilatação do segmento anterior por gases e líquidos, pode haver espessamento da 
mucosa. 
c.e. linear provoca franjeamento da alça intestinal 
 
 
41 
 
Processo obstrutivo Intussuscepção 
 
Processo Obstrutivo Corpo Estranho Linear 
 
Corpo Estranho Radiolucente (esponja) 
 
 
42 
 
Síndrome de mal absorção: aspecto de floculação do contraste 
Diagnóstico diferencial: gastroenterite eosinofílica; linfoma; linfangectasia 
 
 
 
 Neoplasia (intestino grosso) Enema de Bário 
 
 
43 
 
 
CRÂNIO 
Constitui a área de maior dificuldade radiográfica : devido a grande variação de raças e sp ; dificuldade 
de imobilização; superposição de estruturas importantes 
Formatos de cabeça : dolicocefálica (cabeça longa - Collie); mesaticefálica (tipo médio - Pastor); 
braquicefálica (tipo curto - Boxer e Pequinês) 
Conformação e características externas do crânio nos cães 
 
 
 
Incidência Lateral : raios centrados entre a orelha e o olho, dorsal ao arco zigomático 
Ventro dorsal : decúbito dorsal 
Dorso ventral : decúbito esternal 
Lateral oblíqua : decúbito lateral, com o feixe de raios direcionados em ângulo reto com o chassis 
Frontal : decúbito dorsal,pescoço flexionado até que o pálato duro fique perpendicular 
 
 
 
 
 
 
44 
 
Posicionamento do crânio para projeção lateral 
 
 
 
Projeção lateral do crânio de um Cão 
 
 
 
 
45 
 
Projeção lateral do crânio de gato 
 
Posicionamento do crânio para projeção lateral com boca aberta 
 
 
 
 
 
46 
 
Posicionamento do crânio para projeção ventrodorsal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
Posicionamento do crânio para projeção ventrodorsal 
 
 
 
 
 
Posicionamento do crânio para projeção dorsoventral 
 
 
 
48 
 
Posicionamento do crânio para projeção oblíqua mediolateral da maxila com boca aberta 
 
Posicionamento do crânio para projeção oblíqua mediolateral da maxila com boca aberta 
 
Posicionamento do crânio com boca aberta para projeção oblíqua médiolateral para a mandíbula 
 
 
 
49 
 
Projeção oblíqua médio-lateral para maxila e para a mandíbula 
 
 
Posicionamento frontal para avaliação do forame magno 
 
Fraturas : mais comum fratura de mandíbula a sobreposição dos ossos fraturados dificulta visualização; as 
linhas de sutura óssea não devem ser confundidas com fratura 
 
50 
 
Luxação (deslocamento da art. têmporo- mandibular) : incidência VD quando o côndilo mandibular é 
visto deslocado anterior/e ao processo retro-glenóide; a incidência oblíqua também mostrará o 
deslocamento 
Corpos Estranhos : os radiopacos são facilmente visualizados (ex.: projétil balístico, agulha, espinhos, etc.) 
Osteomielite : reação periostal e área de esclerose demarcam este tipo de lesão; as lesões mais comuns 
ocorrem na mandíbula superior e inferior devido a dentes inflamados (IV PM superior ou I molar) 
Neoplasia : não é comum; osteossarcomas, osteomas, epulis (partes moles - gengiva), fibrossarcomas e 
condrossarcomas 
Displasia Occipital : mal formação congênita do forame magno (mal formação de Arnold-Chiari), em cães 
pequenos; é melhor visibilizado em incidência frontal. 
Radiografia : forame magno de contornos anormais; primeira vértebra cervical pode estar encurtada, ser 
hipoplásica e não ter fusão no processo odontóide; pode haver hidrocefalia 
Alterações metabólicas 
a) osteodistrofia renal (hiperparatireoidismo renal secundário) 
b) osteodistrofia nutricional 
c) osteoartropatia têmporo-maxilar ou osteopatia crâneo-mandibular : intensa proliferação óssea em ATM 
ascendendo à região craniana na ampola timpânica ou ramo e ângulo mandibular, pode haver esclerose 
 Cistos ósseos : não são freqüentes, podem conter um dente cuja erupção foi interrompida; reconhece-se 
uma área translúcida bem definida contendo uma estrutura dentária em seu interior 
Cavidade Nasal 
Anatomia : é dividida em direita e esquerda pelo septo nasal (osso Vômer anterior/e e processos septais 
dos ossos frontal e nasal posterior/e) e ossos turbinados nasal; possui densidade ar normal/e. 
Neoplasias : podem causar destruição dos ossos turbinados, do septo e das paredes 
Sinais radiográficos : densidade aumentada é vista dentro da cavidade afetada; ossos turbinados 
destruídos e padrão normal perdido; septo deslocado; reação periosteal em casos avançados; pode ser 
confundido com processo infeccioso. 
Seios Paranasais 
Anatomia : estão localizados nos ossos maxilar, frontal e etmoidal 
Radiografia : são mais facil/e vistos na projeção lateral; a projeção frontal mostra bem os seios frontais, na 
lateral são vistos acima da órbita 
Alterações : infecção, neoplasia, corpo estranho e fraturas 
 
51 
 
Dentes 
A radiografia é de valor na contribuição do estudo da doença periodontal e periapical, demonstração de 
fraturas, neoplasias, corpo estranho, mal oclusão e outras 
CAVIDADE TORÁCICA 
Radiografia torácica fornece oportunidade de examinar uma cavidade inacessível a outros métodos de 
diagnóstico. 
Posicionamento exato e fator de exposição são imprescindíveis para evitar distorções e artefatos de técnica. 
Tempo de exposição deve ser menor que 1/20 s (respiração perda de detalhes). 
Avaliação do tórax em duas incidências 
Posicionamento para a projeção lateral da cavidade torácica 
 
Radiografia de tórax em projeção laterolateral 
 
 
52 
 
Posicionamento para a projeção ventro-dorsal da cavidade torácica 
 
Radiografia de tórax em projeção ventro-dorsal 
 
Posicionamento para a projeção dorsoventral da cavidade torácicaRadiografias devem ser realizadas durante o pico da pausa inspiratória, para se acentuar o contraste entre 
as estruturas. 
A posição e aparência da víscera normal dependem das relações posturais, fase do ciclo respiratório, 
estado fisiológico, conformação física e geometria do raio-X. 
 
53 
 
Variações na silhueta cardíaca, no diafragma e parênquima pulmonar. 
Radiografia torácica realizada em pico de pausa inspiratória 
 
 
Radiografia torácica realizada em fase expiratória 
 
 
 
 
54 
 
Interpretação Radiográfica 
Avaliar a qualidade radiográfica, posição e exposição, Determinar em que fase do ciclo respiratório a 
radiografia foi feita, observar os pulmões e coração. 
Analisar as estruturas extra-circulatórias : 
parede dorsal : vértebras torácicas, ligamentos e músculos; 
parede ventral : esterno, cartilagem costelas 
paredes laterais : costelas, músc.intercostais 
parede caudal : diafragma 
parede cranial : traquéia, esôfago, vasos, nervos, nódulos linfáticos 
avaliar a posição e o diâmetro da traquéia e sua bifurcação 
avaliar o mediastino cranial 
avaliar a aorta e o arco aórtico 
avaliar a posição e bordos cardíacos 
avaliar tamanho e forma da artéria pulmonar e ramos periféricos 
avaliar pulmão 
Métodos de mensuração cardíaca 
 
 
 
55 
 
Método empírico de mensuração cardíaca 
O coração na projeção latero-lateral deve ocupar 3 espaços intercostais 
 
Radiografia de tórax normal de cão da raça Labrador 
 
ariação da Normalidade 
 
 
56 
 
 
Variação da normalidade (animal obeso) 
 
Variação Normal do Tamanho e Forma do Coração 
Nas raças de tórax afunilado (setter, collie, afghan e galgos) na incidência LL o coração aparece mais 
vertical e estreito ocupando 2,5 EIC 
Na incidência DV é mais redondo e menor 
Desenho esquemático do aspecto radiográfico do coração em cães de tórax afunilado 
 
 
57 
 
 
Tórax de Collie com calcificação heterotrófica em pulmões 
 
Nas raças de tórax mais triangular (dachshund, bulldog), na incidência LL, o coração aparece mais redondo, 
em contato com o esterno e ocupando de 3 a 3,5 EIC 
Na incidência DV o coração é mais largo e redondo 
Desenho esquemático do aspecto radiográfico do coração em cães de tórax triangular 
 
 
58 
 
 
Tórax de um cão pequinês 
 
 
 
Analogia do coração com o relógio, projeção lateral 
 
 
 
59 
 
 
Projeção ventro dorsal 
 
 
60 
 
 
Aumento das Câmaras Cardíacas 
 
 
Aumento ventricular direito 
 
 
Aumento ventricular direito 
 
 
 
 
61 
 
DV = borda cardíaca direita arredondada, “D” invertido, desvio do ápice cardíaco para esquerda 
 
Aumento atrial esquerdo 
 
 
62 
 
 
Aumento ventricular esquerdo 
 
 
Aumento global da silhueta cardíaca 
 
 
63 
 
 
Efusão pericárdica 
 
Estruturas Avaliadas no Exame Radiográfico do Sistema Respiratório 
Laringe 
Composta de cartilagens (epiglote, hióide, cricóide e aritnóide); suspende a língua e a laringe. 
aparência normal : é identificada nas posições LL do pescoço ; VD há sobreposição de vértebras cervicais. 
alterações : trajeto (deslocamento), lúmen (compressão) e densidade (calcificações). 
Laringe normal 
 
 
64 
 
 
Corpo estranho metálico em laringe 
 
Traquéia 
Inicia-se a nível do axis e estende-se até aproximadamente a quinta vértebra torácica região da carina; 
composta por cartilagens. 
Aparência normal : melhor visualizada LL, onde o conteúdo de ar atua como meio de contraste; na VD 
sobrepõe-se as vértebras e esterno; bifurca-se na base do coração e relaciona-se dorsalmente com 
esôfago. 
Diâmetro luminal aumentado : obstrução respiratória superior; edema de laringe; corpos estranhos; 
neoplasia 
Estenoses : hipoplasia, estenose e colapso 
Trajetos - desvio ventral ou lateral: corpo estranho esofágico, megaesôfago e tumores cervicais 
Desvio dorsal do trajeto : massas no mediastino cranial, cardiomegalia;expiração incidência oblíqua 
(cabeça e pescoço flex.) 
Radiografia de tórax normal 
 
 
65 
 
Hipoplasia traqueal 
 
Traqueíte 
 
Estenose 
 
 
66 
 
Campos Pulmonares 
Anatomia 
pulmão esquerdo (lobo cranial e lobo caudal). 
pulmão direito (lobo cranial, lobo médio ou cardíaco, lobo caudal ou diafragmático e lobo acessório ou 
ázigos). 
Os lobos são separados por fissuras interlobulares. 
O hilo é região de entrada de brônquios, vasos e nervos. 
Incidências utilizadas : LL, VD e DV. 
VD é mais recomendada para o pulmão porém, há aumento da área cardíaca 
DV revela menor exposição dos campos pulmonares, mas a área cardíaca não é afetada, principalmente na 
inspiração. 
O ar no alvéolo e na árvore brônquica fornece contraste com a vascularização. 
a expiração mostra um aumento de densidade de campos pulmonares alterações Radiográficas. 
Alterações Radiográficas 
Aumento da radiolucente: Localizada ou focal (circunscritas, solitárias ou múltiplas) ex.: bolhas, vesículas, 
cistos,brônquios. 
DV = borda cardíaca direita arredondada, “D” invertido, desvio do ápice cardíaco para esquerda 
Hiperventilação pulmonar 
 
 
 
67 
 
 
 
 Aumento da radiopacidade :localizada ou focais- tumores pulmonares primários tumores 
benignos raros, metástase,abscessos,granulomas, corpos estranhos, hematomas ,lesões focais 
mútiplas generalizadas, enfizema pulmonar disseminado. 
 
Neoplasia pulmonar primária 
 
Enfermidade Pulmonar Parenquimatosa Disseminada 
Os pulmões são compostos de quatro componentes básicos que respondem à processos patológicos em 
formas limitadas que são : alveolar, intersticial, bronquial e vascular. 
Padrão Alveolar 
Ocorre quando muitos alvéolos contém líquidos, material celular ou estão colapsados e sem ar. 
Afecções : edema pulmonar; pneumonia (exsudatos, broncopneumonia, pneumonia por aspiração); 
hemorragia (trauma, CID, coagulopatia); atelectasia; doença alveolar crônica; lesões granulomatosas e 
carcinoma alveolar. 
 
68 
 
Sinais radiográficos padrão alveolar 
Densificações pouco definidas que desaparecem gradualmente no tecido normal adjacente, contorno 
irregular; Áreas de densidade aumentada se sobrepõe; Afeta um lobo ou porção de um lobo; Alveologramas 
aéreos : brônquios cheios de ar se tornam visíveis contra o infiltrado pulmonar mais denso; Pode ser mais 
denso em região hilar. 
Pneumonia 
 
Padrão Intersticial 
O interstício pulmonar é a estrutura de suporte que inclui as paredes dos alvéolos, sacos e ductos 
alveolares, parede de brônquios, septo interlobular e o tecido que sustenta os vasos, os linfáticos e 
brônquios 
Ocorre devido o preenchimento do espaço intersticial com fluido, exsudato ou fibrose. O infiltrado pode ser 
nodular ou linear, regional ou generalizado 
Sinais radiográficos padrão intersticial 
Densificações nodulares, que variam em contorno e tamanho; São observadas linhas no campo pulmonar, 
não vasculares Pode haver aumento total da densidade com perda do contraste entre os vasos e pulmões 
Densidade menor que o padrão alveolar pode mascarar o componente intersticial. 
Afecções : pneumonia intersticial (infecções virais); edema intersticial (cardiogênico, alérgico, traumático, 
tóxico) ; hemorragia intersticial (trauma, CID); neoplasias (linfossarcoma, metástases); enfermidades 
granulomatosas (fungos); fibrose intersticial (cães velhos) 
 
69 
 
Edema cardiogênico 
 
Metástases 
 
Padrão brônquico 
A visualização ou não dos brônquios depende das suas densidades relativas quando contrastadas com o 
tecido pulmonar cheio de ar, exceto pelo brônquio principal próximo ao hilo, a árvore bronquial não é 
observada normalmente. O padrão bronquial surge das paredes bronquiais calcificadas ou das paredes 
engrossadas. As paredes bem definidas são sinais de envelhecimento. 
Afecções : bronquite crônica; asma; bronquiectasia; colapso bronquial; obstrução bronquial 
Sinais radiográficos : calcificação de cartilagem bronquial; infiltrado peribronquial circundando o brônquio; 
espessamento da paredebrônquica que acompanha o contorno da árvore brônquica 
 
70 
 
Bronquite eosinofílica 
 
Padrão vascular 
Anormalidade que afeta os vasos pulmonares (a artéria deve ser aproximadamente a mesma ou 
ligeiramente menor que a quarta costela) 
Afecções : cardiopatia (shunts de D /E); enfisema; choque hipovolêmico; trombose pulmonar (dirofilariose); 
desidratação severa ou hiperinflação. 
Sinais radiográficos do padrão vascular 
Hipovascularização : escassez de vasos, eles desaparecem mais rapidamente que o usual; periferia 
pulmonar excessivamente radioluscente . 
Hipervascularização : aumento do número e do tamanho de vasos observados, que se estendem mais 
para a periferia que o usual; 
 
Dilatação e tortuosidade dos vasos (artéria pulmonar) 
 
71 
 
Hipovascularização 
 
 
Afecções Pulmonares 
Pneumonias bacterianas agudas : quadro alveolar com infiltrados irregulares e bordas indistintas 
Pneumonia intersticial : caracteriza-se por perda da nitidez dos vasos com aumento da densidade do 
interstício. 
 
72 
 
Pneumonia fúngica : padrão intersticial com densificações nodulares múltiplas 
Pneumonia por aspiração : quadro misto, afetando lobo cranial em sua porção caudal ou lobo médio. 
Broncopneumonia : complicação comum das pneumonias (ex.: cinomose); geralmente afetando porções 
mais ventrais dos lobos cranial e médio. Infiltrado pulmonar misto, primariamente alveolar, pode envolver um 
ou mais lobos; presença de broncogramas aéreos. 
Pneumonia 
 
Edema Pulmonar 
Cardiogênico : quadro alveolar e intersticial; cardiomegalia; elevação da traquéia; aumento do interstício 
pulmonar com perda de contraste entre pulmão e vasos; dilatação dos vasos; infiltrado peri-hilar e simétrico. 
 
Não cardiogênico : não é simétrico; silhueta cardíaca provável/ normal; vários graus de quadro alveolar e 
intersticial. 
 
73 
 
 
Atelectasia 
Indica a expansão incompleta ou colapso de um ou mais lobos pulmonares; obstrução de uma via aérea. 
Causas : compressão por pneumotórax 
Sinais radiográficos : o lobo afetado apresenta densidade aumentada; observa-se fissuras interlobulares 
deslocadas; melhor observado na DV ou VD; se todo o lobo estiver afetado, as bordas se separam da 
parede torácica. 
 
Neoplasia Pulmonar 
Primárias são relativa/ raras no cão e no gato; 
Sinais radiográficos : densidades nodulares múltiplas e pouco definidas (mais comuns); de 
Tamanhos diferentes e amplamente distribuídos; não confundir com padrão alveolar. 
 
 
 
74 
 
 
Pleura 
Anatomia : membrana que recobre os pulmões e a cavidade torácica; formam dois sacos no tórax cobrindo 
os pulmões; estes formam a cavidade pleural ou espaço pleural. A pleura visceral está aderida aos pulmões 
e cobre as fissuras interlobulares. A pleura parietal cobre a parede torácica. 
Em circunstâncias normais não se observa. 
Efusão Pleural 
Transudatos (hipoproteinemia- hidrotórax), hemorragia (hemotórax); linfa (quilotórax), exsudato (infeccioso - 
piotórax). 
Sinais radiográficos : LL - densificação homogênea no tórax ventral, bordas pulmonares separadas da 
parede torácica; obliteração completa ou parcial da imagem cardíaca; fissuras interlobares; VD ou DV - 
fluido entre a parede e bordas pulmonares. 
 
 
75 
 
Pneumotórax 
Presença de ar na cavidade pleural como resultado da perda do vácuo, normalmente é secundário a trauma, 
ruptura de esôfago ou traquéia 
 
RADIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO 
Aspectos Radiográficos Normais de Rins e Ureteres 
Visualização variável da imagem renal quanto ao número, forma, contorno, tamanho, posição e densidade 
(intermediária entre água e gordura) 
não visualização de ureteres em radiografia simples 
 
Radiografia da cavidade abdominal de gato em projeção laterolateral 
 
 
 
76 
 
Técnica Contrastada : Urografia Excretora 
Preparo prévio : 
jejum sólido e limpeza de TGI 
Contraste : 
composto hidrossolúvel triiodado dose de 2 ml/Kg pv (cães e gatos) A injeção do contraste aumenta a 
densidade de outros órgãos também (fígado e baço) 
Seqüência de radiografias : 
5, 15 e 30 min. 
5 min. - analisa aporte da substância, após filtração glomerular observa-se as vias excretoras intra-renais, o 
parênquima apresenta aumento da opacidade (divertículos, recesso da pelve e pelve renal) 
15 min. - observa-se a condensação do iodo na bexiga; permite maior número de informações 
30 min.- diminui a opacidade renal e aumenta a vesical 
Em função da diferença de opacidade podemos avaliar a função renal 
A melhor posição radiográfica é a latero-lateral 
Obtém-se informações quanto a forma, contornos, tamanho, posição, região cortical e medular, eliminação 
do contraste, função renal e geometria das vias excretoras intra-renais 
Urografia Excretora 
 
Considerações Gerais sobre Alterações Renais 
 
77 
 
Radiografias simples : 
alterações de número, forma, tamanho e posição densidades anormais : localizada ou difusa 
Radiografias contrastadas : 
alteração do número (ausência da imagem renal), de forma, de contornos,tamanho, posição, densidade, 
capacidade de eliminação do contraste e coleção de contraste extra renal 
Patologias Radiográficas dos Rins 
Agenesia, hipoplasia ou atrofia : 
retardo na eliminação do contraste (rim direito = 2,5 x L2) 
hidronefrose : 
retenção da urina nas vias excretoras intra-renais, em fase aguda há distenção total do parênquima e em 
fase terminal somente a cápsula resiste 
Cálculos renais : 
superposição de radiopacidade ao rim 
Ruptura renal : 
progressão do contraste para o espaço retroperitoneal 
Parasitose renal : 
Dioctophyme renale em rim direito 
Urografia Excretora- 
 ausência da imagem renal direita (hidronefrose)- 
imagem vesical normal - aumento das dimensões do rim esquerdo. 
 
78 
 
 
Pielonefrite crônica 
Discreta dilatação pielocalicial 
Discreta dilatação de ureteres 
 
 
Urografia Excretora (cisto renal simples) 
 
 
79 
 
 Ureter ectópico 
 
Uretrocistografia 
Preparo prévio : 
jejum, fleetenema 
Contraste : 
composto hidrossolúvel triiodado em dose variável (média 20ml) 
Sequência de radiografias : 
durante e após a administração 
Indicações : 
alterações uretrais e vesicais 
Aspectos Radiográficos Normais da Bexiga e Uretra Contrastadas 
Bexiga : 
forma (piriforme), tamanho, posição, preenchimento do lúmen pelo contraste, superfície mucosa lisa, 
aspectos da parede vesical (espessura), capacidade de eliminação do contraste (pós-miccional) 
uretra : 
machos (prostática e peniana) 
Considerações Gerais sobre Alterações Radiográficas Vesicais em Radiografia Simples 
Ausência da imagem (ruptura ou vazia) 
alteração da forma, tamanho e posição (hérnias) 
opacidades anormais : radiopacos (cálculos) ou radiotransparentes (cistite enfizematosa) 
 
80 
 
Radiografias Contrastadas 
Alteração de forma (causas extra vesicais) 
posição : estruturas vizinhas 
preenchimento do lúmen pelo contraste : falhas determinadas por tumores, coágulos 
superfície mucosa : cistite (pólo cranial) 
parede vesical (espessamento) 
capacidade de eliminação do contraste (divertículos) 
Afecções Vesicais 
Cálculos : tipos de cistina, oxalato, fosfato, urato e sílica 
cistites : irregularidade da superfície 
divertículos : irregularidade da superfície, saculação da bexiga, retenção do contraste 
rupturas : associado a traumas 
neoplasias : falha de preenchimento 
Grande distensão vesical (uretrite crônica) 
 
Uretrocistografia Cistite 
 
81 
 
 
Cistite crônica 
 
Ruptura de bexiga 
 
 
82 
 
 
ULTRA-SONOGRAFIA VETERINÁRIA 
Fígado 
 anatomia topográfica 
 contornos 
 dimensões 
 lobulação 
 relação com outros órgãos 
 vascularização 
 ecotextura 
Alterações Hepáticas 
Focal (sensíveis e não específicas) 
Difusa (pouca sensibilidade) 
Alterações Focais 
Anecogênicas : cistos, abscessos, hematomas e neoplasias 
Hipoecogênicas : abscessos, hematomas, neoplasias, hiperplasias 
Hiperecogênicas : hiperplasia, fibrose, abscesso, linfossarcoma, calcificação 
Mistas : abscessos, hematomas e neoplasias 
Alterações Difusas 
Hipoecogênicas : hepatites, congestão passiva, leucemia e linfoma 
Hiperecogênicas : lipidose ou esteatose, fibrose, diabetes, cirrose e linfoma 
Alterações Vasculares 
Aumento do calibre dos vasos hepáticos 
Shunts 
ICCD 
Doença pericárdica, pulmonar, dirofilariose, neoplasia cardíaca 
Insuficiência renal 
Super hidratação 
hérnia ou ruptura diafragmática 
Vesícula Biliar 
parede varia de 1 a 6 mm de espessura 
 
83 
 
transdutor de alta resolução 
formato variável 
tamanho \ repleção 
Lama ou barro biliar : animais idosos, sedentários, obesos, em jejum prolongado ou endocrinopatas 
Animais idosos podem apresentar pólipos (irregularidade e espessamento) em parede 
Anomalias congênitas : 
Duplicação do ducto ou da vesícula biliar em felinos 
Septação total ou parcial em felinos 
Ducto biliar possui parede ecogênica aspecto tortuoso em felinos 
Colangiohepatite 
Colecistite 
Neoplasias 
Espessamento aparente da parede 
ascite 
hipoproteinemia 
congestão hepática 
insuficiência cardíaca congestiva 
contração vesicular pós prandial 
bile espessa 
Obstrução Biliar 
ducto biliar comum > 0,4 cm 
vesícula biliar dilatada ( pode ou não estar presente) 
visibilização de ductos biliares intra-hepáticos 
etiologia : observar pâncreas e duodeno 
 
Pâncreas 
líquido livre facilita a visualização 
sobreposição de gás 
limites pouco definidos (zona ou área pancreática) 
 
84 
 
mede 8 a 25 mm de espessura 
ecogenicidade semelhante a gordura mesentérica 
doppler : art. pancreática x conduto 
Anatomia 
lóbulo direito : ventrolateralmente ao duodeno e próximo ao rim direito v.pancreático duodenal com 2 - 3 
mm 
corpo : v.porta a nível de hilo hepático 
lóbulo esquerdo : cranial ao rim E e medial ao baço, caudal ao estômago 
Pancreatite : varia a imagem e a ausência de alterações não descarta a patologia; pode haver presença de 
cistos e massas 
Pancreatite Aguda : tamanho normal ou aumentado; aspecto hipoecogênico rodeado de mesentério reativo 
Pancreatite mais severa : massas de ecogenicidade variável; mesentério reativo; líquido livre; 
engrossamento de duodeno; linfoadenopatia 
Neoplasia Pancreática : não difere do aspecto da pancreatite; massa de ecotextura variável e difusa; 
mesentério reativo ; líquido livre; linfoadenopatia; espessamento de parede duodenal; sintomas de síndrome 
de mal absorção e lesões focais no fígado. 
Baço 
Anatomia 
contornos 
dimensões 
parênquima 
vascularização 
Alterações Focais 
Anecogênicas : cistos 
Hipoecogênicas : infarto, trauma, neoplasia, abscesso,hiperplasia nodular benigna 
Hiperecogênicas : fibrose (peri vascular) , calcificações 
Alterações Difusas 
Hipoecogênicas (diminuição de ecotextura) torção, esplenite, neoplasia, alterações hematopoiéticas, 
anemia auto-imune, alterações tóxicas e septicêmicas, congestão por trombo em v.p. ou v.e. 
BEXIGA 
localização superficial 
 
85 
 
propriedade acústica ideal 
janela para órgãos adjacentes 
ANATOMIA 
Canina : oval, localizada em abdome caudal cranial ao púbis e pode estar parcialmente em canal pélvico 
Felina : elipsóide, reg. de colo + alongada cranial ao púbis 
Estruturas Adjacentes 
Aorta 
VCC 
linfonodos ilíacos mediais 
cólon 
ureteres 
uretra 
próstata / útero 
Anatomia 
3 camadas : serosa - hiperecogênica muscular - hipoecogênica mucosa - hiperecogênica 
2 a 5 mm de espessura 
Conteúdo anecogênico (difere com a sp) 
Técnica 
animal em decúbito dorsal 
tricotomia 
gel 
planos de corte longitudinal e transversal 
Cistite 
Quadro leve : ligeira irregularidade mucosa, presença de sedimento e paredes finas 
Evolução do quadro : aumento da espessura da parede, irregularidade mucosa, perda da estrutura 
trilaminar e aumento da celularidade do conteúdo 
Cistite Hemorrágica 
Eritrócitos livres (pontos hiperecogênicos em suspensão) 
 
86 
 
coágulos (diferenciar de neoplasias) 
Hemorragias e Coágulos 
traumas 
processo infeccioso 
processo inflamatório 
toxinas 
diferenciação com neoplasias e pólipos 
Cistite Enfizematosa : confirmar com radiografia; associado a quadros de diabetes diferenciar de animal 
submetido a sondagem vesical 
Urolitíase 
acurácea de 99 a 100% 
independe do tamanho 
superfície lisa ou irregular 
produtores de sombra acústica 
móveis em geral 
diferenciar de artefatos de técnica produzidos pelasalças intestinais 
Distopia Vesical 
Hérnias : inguinais ou perineais ; facilmente reconhecido pelo conteúdo. 
Ruptura Vesical 
raramente observa-se o ponto de ruptura 
bexiga vazia ou moderadamente distendida 
líquido livre em cavidade abdominal que aumenta a quantidade com o tempo 
uretrocistografia 
ULTRA-SONOGRAFIA DA CAVIDADE TORÁCICA 
(SEM A AVALIAÇÃO DO CORAÇÃO) 
Introdução 
Limitações anatômicas 
 
87 
 
Limitações físico acústicas 
Indicações para U.S. torácica 
áreas de silêncio á auscultação 
opacificações em radiografia torácica indicativas de lesão 
lesões pulmonares superficiais 
lesões esofageanas 
lesões diafragmáticas e hérnias 
Hidrotórax, Hemotórax, Quilotórax e Piotórax 
aspecto da efusão (anecogênica ou ligeiramente ecogênica) 
toracocentese guiada pelo ultra-som 
boa definição de órgãos (inclusive de tecido pulmonar com atelectasia) 
identificação de estruturas pleurais flutuantes 
Neoplasias 
Presença de fluido pleural 
presença de nódulos bem definidos com ecotextura heterogênea e mista (tumores sólidos) 
presença de estruturas bem delimitadas hipoecóicas ou anecóicas (abscessos ou cistos) 
Esôfago 
dificuldades anatômicas (tecido pulmonar) 
megaesôfago (parede aparece como linha ecogênica e o alimento no interior) 
água funciona como janela acústica 
permite a avaliação da motilidade esofágica 
Diafragma 
aspectos anatômicos e acústicos normais 
presença de líquido facilita imagem 
presença de ingesta e contraste a base de bário em cavidade gás trica dificulta imagem 
presença de órgãos abdominais em cavidade torácica (hérnias e anomalias congênitas) 
 
88 
 
Glândulas Mamárias 
Técnica 
transdutores de alta frequência (7,5 a 10 MHz) 
transdutores lineares ou setoriais com ou sem stand-off pad 
tricotomia da região 
gel 
Anatomia ultra-sonográfica 
tecido glandular é homogêneo com textura fina de ecogenicidade média a baixa 
o teto é moderadamente ecogênico e pode apresentar sombra 
não se diferenciam os vasos intra parenquimatosos, os ductos excretores e as cisternas do teto 
tecido glandular na glândula lactente tem ecogenicidade maior 
tecido fibroso suspensor da mama lactente é visto como uma linha fina e ecogênica 
ramos venosos e as artérias e veias epigástricas podem ser vistas 
Indicações da ultra-sonografia de mama 
acompanhamento de distúrbios hormonais 
mastite 
abscessos ou cistos 
neoplasias 
pseudociese : aumento das mamas com áreas de ecogenicidade maior e menor, semelhante a mama 
lactente mas mais hipoecóica. 
cistos : são anecogênicos, bem demarcados e eventualmente apresentam septações. 
mastite : glândula aparece heterogênea e hipoecogênica para hiperecogênica, semelhante a mama lactente 
neoplasias : podem ter qualquer padrão ecogênico, contendo ou não secreções ou tecido necrótico; podem 
ou não ser diferenciados do tecido mamário normal 
ULTRA-SONOGRAFIA DE PEQUENAS PARTES 
LÍNGUA 
Anatomia 
preenche a cavidade oral entre os ramos mandibulares 
porção livre dorsal e lateral - frênulo lingual 
 
89 
 
porção retrolingual - osso hióide 
fibras musculares, veias e mucosa 
formato trapezóide rostral e quadrado (cães) ou oval (gatos) em região caudal 
ecotextura varia de hiperecogênica (ventral) a hipoecogênica (dorsal) homogênea de aspecto granuloso fino 
margem interna anecogênica e externa hiperecogênica (interface acústica) 
vasos são estruturas anecogênicas 
retrações linguais - tempo real - deglutiçãoAlterações sonográficas 
corpos estranhos : (não metálico) 
neoplasias : aspecto heterogêneo e misto 
processo inflamatório : ecogenicidade mista e heterogênea. 
GLÂNDULAS SALIVARES 
Técnica de exame 
transdutores de alta resolução, setoriais ou micro convexos e frequência 7,5 a 10 MHz 
entre ramos mandibulares e pescoço 
imagem transbulbar da glândula salivar zigomática (ocular) 
Anatomia 
Parótida : é pequena, fina e triangular, situa-se sob a pele e um fino músculo parotídeo auricular; o ducto 
parotídeo atravessa o masseter e abre-se acima dos dentes caninos 
parênquima apresenta ecogenicidade baixa a moderada com ecos uniformes 
Glândula salivar mandibular : é grande, arredondada e ventral a parótida; caudal ao ramo da mandíbula e 
caudo ventral a bifurcação das veias maxilares e linguofacial 
parênquima moderadamente ecogênico e homogêneo, cápsula hiperecóica 
tecido intersticial fibroso e veias 
Glândula salivar sublingual : é de difícil visualização, localiza-se rostralmente á mandibular 
tamanho menor e parênquima mais hipoecogênico 
 
Glândula salivar zigomática : localiza-se ventral ao tecido fibroso orbital e rostro medial ao arco zigomático 
 
90 
 
observa-se através da sonografia ocular dorso medialmente ao globo 
aspecto oval em plano longitudinal e arredondada em plano transversal 
hipoecóica e com várias veias, circundada por margem hiperecogênica 
Alterações sonográficas 
cistos 
abscessos 
hematomas 
sialite 
obstrução de ductos 
neoplasias (massas ventrais ao ouvido, caudais aos ramos mandibulares, abaixo da língua e em casos de 
exoftalmia) 
PESCOÇO 
Introdução 
As estruturas vistas ao ultra-som incluem o esôfago, traquéia, tireóide, músculos, linfonodos cervicais e 
artérias e veias. 
a paratireóide e os linfonodos profundos não são diferenciados em condições normais 
o tecido fibroso e gorduroso da região é semelhante ao plexo braquial e nervos cervicais 
músculo esternocefálico localiza-se ventral e lateralmente no pescoço; vem do esterno em direção aos 
ossos temporal e occiptal, formando a margem ventral superficial da jugular. 
os músculos cleidocefálico e omotransverso estão localizados dorsalemente. 
os músc esternohioideo e esternotireoideo estão dispostos ao longo da região ventral cervical. 
Anatomia Sonográfica : Músculos, tecido fibroso e gordura em região cervical 
Os músculos cervicais aparecem mais ou menos hipoecogênicos a hiperecogênicos, dependendo do ângulo 
de varredura, quantidade e distribuição do tecido fibroso dentro ou ao redor dos mesmos. 
tecido fibroso fáscia e gordura, nervos e linfonodos profundos aparecem como estruturas hiperecogênicas e 
de difícil identificação 
Alterações sonográficas 
hematomas 
processos inflamatórios : abscessos, edema, flegmão 
corpos estranhos 
 
91 
 
neoplasias 
LARINGE TRAQUÉIA E ESÔFAGO CERVICAL 
Anatomia Sonográfica 
Estruturas repletas de ar que podem ser avaliadas somente quanto a suas superfícies 
Esôfago cervical localizado dorsal a traquéia e dirige-se caudalmente a esquerda da mesma; pode ser visto 
em plano longitudinal ao lado da jugular esquerda; tem um centro hiperecóico associado ao conteúdo de 
muco e ar, com mucosa e sub-mucosa de difícil diferenciação 
Alterações Sonográficas 
A avaliação anátomo-sonográfica de algumas estruturas servem para descartar algumas patologias, porém 
nem sempre traz bons resultados 
A ultra-sonografia funcional do esôfago pode determinar o local e causa de diminuição do peristaltismo ou 
alterações na passagem de fluidos ou alimentos 
GLÂNDULA TIREÓIDE E PARATIREÓIDE 
Anatomia Sonográfica 
A glândula tireóide consiste de dois lobos arredondados no plano transversal e achatados no longitudinal; 
situados lateral a esquerda e direita da traquéia em sua porção ventral, caudal a laringe e medial a artéria 
carótida comum; do tamanho de uma ervilha ou amendoim; ocasionalmente ligados a um istmo glandular. 
O parênquima glandular é ecogênico e homogêneo, delimitado por uma fina linha mais ecogênica 
pode apresentar áreas anecóicas que correspondem a vasos em cães maiores 
As paratireóides localizam-se medial e caudalmente a cada lobo da tireóide, como estruturas arredondadas 
hipo / anecogênicas 
Alterações sonográficas 
indicado nos casos de presença de massas palpáveis (nódulos e neoplasias) 
Aumento de tamanho do órgão (processo inflamatório) 
cistos ou abscessos 
Hipo ou hipertireoidismo 
LINFONODOS 
Anatomia sonográfica 
Os linfonodos são em condições normais hipoecogênicos e homogêneos com uma demarcação 
hiperecogênica ao redor 
Formato ovalado em plano longitudinal e arredondado em transversal. 
 
92 
 
Alterações sonográficas 
Aumento de tamanho (em casos de linfoma ou em processos inflamatórios/ infecciosos ) 
Aspecto sonográfico não distingue processos benignos de malignos 
Abscessos 
GRANDES VASOS 
Grandes Vasos em Região Cervical 
Artéria carótida comum, interna e externa 
Veia jugular interna e externa 
Grandes Vasos em Região Abdominal 
Aorta Abdominal 
Veia Cava Caudal 
Anatomia Sonográfica 
A carótida comum e a jugular interna localizam-se a direita e a esquerda da traquéia e faringe 
A carótida comum bifurca-se na transição da cabeça com o pescoço em uma artéria maior que é a carótida 
externa e uma menor que é a interna 
A bifurcação cranial das carótidas é de difícil visualização 
A jugular interna corre paralela a carótida comum e não é visualizada quando se exerce compressão 
regional com transdutor 
A jugular externa é mais suscetível ao colapso do que a interna 
A aorta possui parede mais espessa, pulso mais evidente e não sofre alteração do seu lúmen quando 
submetida a pressão. 
A veia cava caudal segue paralela a aorta, apresenta parede menos espessa (em cães pequenos não é 
visualizada), não apresenta pulso, seu lúmen diminui quando submetida compressão. 
Alterações sonográficas 
Lesões de parede como estenoses ou tromboses (intra murais ou intra luminais) 
Massas neoplásicas invasivas com p.ex. os feocromocitomas em vcc. 
RINS 
Anatomia Renal 
Formato 
Localização 
 
93 
 
Relação com outros órgãos 
Anatomia sonográfica 
Cápsula - interface hiperecogênica 
Demarcação distinta entre a córtex e medula 
Divertículos hiperecóicos em relação a medula e dividem-na em segmentos 
Sinus renal produz ecos muito brilhantes e sombra acústica 
Ecotextura da cortical é hipoecogênica em relação ao baço e ao fígado 
Insuficiência renal aguda 
Necrose tubular aguda 
Necrose cortical 
Nefrite intersticial aguda 
Doenças glomerulares 
Insuficiência renal crônica 
Glomerulonefrite 
Rins policísticos 
Pielonefrite crônica 
Diabetes melitus 
Doenças auto-imunes 
Exposição à nefrotoxinas 
Intoxicação por etilenoglicol 
Cristais depositados no córtex e medula 
córtex hiperecóico ao fígado e isoecogênico ao baço 
presença de halo fino e hipoecóico na região de junção córtico-medular 
Pielonefrite 
Aumento do tamanho renal 
Aumento da ecogenicidade do córtex e da medula 
Perda da delimitação córtico-medular 
 
94 
 
Fibrose renal 
Irregularidade nos contornos 
Abscesso renal 
São raros em cães e gatos 
Paredes irregulares 
De aspecto hipoecóico 
Cisto renal 
Estruturas arredondadas 
Ecotextura anecogênica 
Localizados em região cortical 
podem deformar o contorno do rim 
Doença renal policística 
Adquiridos ou hereditários 
Mais comum em felinos 
Pode estar associado a presença de cistos hepáticos 
Arquitetura renal alterada e ecogenicidade do sinus mantida 
Hidronefrose 
uni ou bilateral 
alteração da relação e da arquitetura entre cortical e medular 
dilatação do ureter 
plano transversal melhor para visualização da dilatação pielocalicial 
Cálculo Renal 
presença de sombra acústica 
diferenciar dos ecos produzidos pelo sinus 
US x RX 
Nefrocalcinose 
Secundário a hipercalcemia 
halo fino hiperecóico na região externa da medula paralelo a junção córtico-medular 
 
95 
 
não há produção de sombra acústicaInfarto renal 
área de necrose de coagulação causando isquemia 
formato de cunha 
ecotextura hiperecogênica 
Peritonite infecciosa felina 
Hiperecogenicidade focal na córtex e medula 
pode ser observado u halo medular 
Neoplasia renal 
raro em cães e gatos 
a ecogenicidade depende do tipo de célula presente 
aumento do volume renal 
alteração da arquitetura renal 
linfossarcoma é a neoplasia renal mais comum no gato 
adenocarcima é a mais comum no cão 
Ureteres 
localização 
anatomia 
Alterações sonográficas 
APARELHO REPRODUTIVO MASCULINO 
Próstata 
topografia 
dimensões 
ecotextura 
Alterações sonográficas 
hiperplasia / hipertrofia 
 
96 
 
hiperplasia cística benigna 
cistos 
prostatite aguda 
prostatite crônica 
abscessos 
neoplasias 
Testículos 
anatomia testículos e epidídimo 
dimensões 
ecotextura 
Alterações sonográficas 
orquite 
neoplasias 
hidrocele 
testículo ectópico 
epididimite 
varicoceles 
APARELHO REPRODUTIVO FEMININO 
Ovários 
topografia 
dimensões 
ecotextura varia com o período do ciclo estral(presença de folículos e corpo lúteo) 
Alterações sonográficas 
neoplasias 
cistos 
granulomas e reação a fio de sutura 
Cornos uterinos 
topografia 
 
97 
 
dimensões 
ecotextura - varia com o período do ciclo estral 
Alterações sonográficas 
hiperplasia endometrial 
hiperplasia endometrial cística - piometra 
mucometra / hemometra 
neoplasias 
endometrite 
morte e retenção fetal ou placentária 
involução uterina pós parto ou aborto 
ULTRASONOGRAFIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO 
Protocolo atual na avaliação das patologias do sistema digestório 
exame clínico e físico 
exames laboratoriais 
ultra-sonografia abdominal 
radiografia simples 
radiografias contrastadas 
endoscopia 
laparotomia e histologia 
Preparo prévio do animal 
jejum (8 - 12 a 24 horas) 
enemas (estudo de intestino grosso) - uso controverso devido ao gás 
sonda gástrica (avaliação de segmentos anteriores) 
Vantagens da ultra-sonografia de trato gastro-intestinal 
permite medir a parede e avaliá-la 
permite avaliar a motilidade 
 
98 
 
permite a realização de biópsias e citologia 
Desvantagens 
não permite avaliar e acompanhar todos os segmentos 
o gás limita a passagem do feixe sonoro 
artefatos de técnica 
Padrões de conteúdo luminal 
mucoso 
líquido 
gasoso 
Anatomia sonográfica 
topografia e relação com outros órgãos 
parede mede 3 a 5 mm (considerado patológico acima de 7 mm) 
movimentos peristálticos : 4 a 5 por minuto 
Alterações sonográficas 
processo inflamatório (gastrite / toxemia - uremia) 
neoplasia 
corpo estranho 
disfunção de junção gastro-duodenal ou esôfago-gástrica 
Anatomia sonográfica 
distribuição topográfica 
parede intestino medindo 2 a 3 mm de espessura 
duodeno em cães : 3,6 a 5 mm 
duodeno em gatos : 2 ,8 mm 
considerado patológico acima de 5 mm 
movimentos peristálticos : duodeno com 4 a 5 / min e restante com 1 a 3 / min 
 
99 
 
Patologias 
íleo mecânico (processo obstrutivo) 
íleo funcional 
intussuscepção 
processo inflamatório 
corpo estranho 
neoplasia 
Íleo Mecânico 
dilatação do segmento proximal à obstrução 
aumento do número de contrações peristáticas 
mantém o padrão em camadas 
conteúdo não evolutivo 
conteúdo de padrão líquido hipoecóico ou anecogênico 
Intussuscepção 
imagem em camadas concêntricas no plano transversal e multilaminar no plano longitudinal hipo e 
hiperecogênicas sobrepondo-se íleo mecânico. 
Íleo Funcional (paralítico) 
dilatação generalizada 
número de contrações peristáticas diminui 
conteúdo hipo ou anecogênico 
 
Íleo Funcional (paralítico) 
dilatação generalizada 
número de contrações peristáticas diminui 
conteúdo hipo ou anecogênico 
mantém padrão em camadas, exceto em processos necróticos severos 
 
100 
 
Processos Inflamatórios 
pode não haver alterações significantes 
inflamação difusa da parede com diminuição da ecotextura e aumento da espessura da mucosa 
inflamação focal (granulomas) 
enrugamento de parede (enterite linfoplasmocitária) 
íleo funcional 
Neoplasia 
espessamento focal ao redor do lúmen 
perda da diferenciação em camadas 
exceção : linfossarcomas difusos 
Corpo Estranho 
imagem varia segundo as propriedades acústicas do material 
maioria bloqueia o feixe sonoro 
pode produzir sombra acústica “limpa” 
corpo estranho linear : padrão de enrugamento de segmento de alça intestinal 
ADRENAIS 
Limitações do exame 
dificuldade na visualização devido ao tamanho 
situam-se profundamente 
ecogenicidade semelhante a gordura peri-renal 
sobreposição de gás 
aparelhos de melhor resolução de imagem 
experiência do ecografista 
utilização de guias anatômicos 
Técnica 
transdutores de alta resolução : alta frequência e realizar grande pressão sobre a parede abdominal 
(estruturas profundas) 
acessos e posicionamento : decúbito dorsal ou decúbito lateral (intercostal para direita) guias 
anatômicos : situação crânio medial aos rins ; área pequena para pesquisar 
Condições Ideais 
peso inferior a 20 Kg (ideal até 10Kg) 
 
101 
 
cooperação do paciente 
cães médios e gatos transdutor de 7,5 MHz 
cães de raça grande transdutor de 5 MHz 
superfície de contato pequena para realizar pressão e acesso intercostal 
Adrenal Esquerda 
partindo do hilo renal esquerdo 
seguir artéria renal até sua união com a aorta 
deslizar o transdutor cranial e lateralmente 
situação ventro lateral a aorta e cranial a artéria renal 
formato bilobulada ou aplainada (gatos é ovalada) 
Adrenal direita 
hilo renal direito 
seguir a veia renal até a veia cava caudal 
encontra-se apoiada a veia cava 
terço cranial é maior, em forma de vírgula 
Limitações 
tamanho do animal 
conformação 
obesidade 
ás em trato gastro-intestinal 
cooperação do paciente (pressão intermitente) 
adrenal direita é mais difícil de visualizar 
Anatomia Sonográfica 
isoecogênica ou hiperecogênica à gordura mesentérica 
alguns gatos possuem focos de mineralização que não têm significância clínica 
nos animais maiores observa-se a veia frênico abdominal 
 
102 
 
longitudinal : dimensão máxima craneo caudal proporcional ao tamanho do animal 
altura : dimensão máxima ventro dorsal, medida mais confiável, mais afetada por patologias ou pela idade 
largura : dimensão máxima mediolateral em plano transversal (BARTHEZ, 1994) 
quanto maior a idade do animal maior a altura da adrenal (altura máxima 0,75 cm) 
adultos jovens adrenal esquerda com 3 a 5 mm e direita com 2 a 5 mm 
Em gatos : 
longitudinal = 1,07 cm 
largura = 0,40 cm A 
Altura = 0,43 cm 
Pode haver hiper funcionalidade adrenal sem hiperplasia da mesma 
pode haver hiperplasia adrenal sem hiper funcionalidade da mesma 
pode haver hiperplasia adrenal nodular (globoso) sem atrofia contra lateral 
Indicações 
Síndrome de Cushing 
pode ser de origem hipofisária, adrenal ou iatrogênica 
hipofisário há um aumento bilateral e simétrico (relaciona-se a altura x long) 
neoplásico : massa unilateral, ecotextura heterogênea e atrofia contra lateral 
pode haver presença de massas adrenais não funcionantes e ausência de atrofia contra-lateral ; 
pode haver massa adrenal bilateral 
pode haver pouca atrofia contra-lateral 
pode haver presença de trombos 
metastáticos em veia cava caudal 
Iatrogênico : ocorre atrofia de ambas as glândulas; podem apresentar tamanho normal ou não serem 
visualizadas 
a dosagem sérica da fosfatase alcalina é um bom indicativo (estará aumentada com ou sem sintomas) 
neoplasias (feocromocitomas) 
metástases 
 
103 
 
ULTRA-SONOGRAFIA VETERINÁRIA] 
Introdução 
Método recente 
não invasivo 
não ionizante e seguro 
rápido 
dinâmico (movimentação dos órgãos) 
líquido livre 
gases refletem o feixe sonoro 
diagnóstico gestacional precoce 
guiar biópsias 
Impedimentos Naturais a passagem do feixe sonoro 
Ar 
Osso 
Gordura 
Princípios Físicos 
Som : onda longitudinal mecânica 
propagação : compressão e rarefaçãovibração das partículas do meio 
som audível : 20 a 20000 Hz 
ultra-som diagnóstico : 2 a 10 MHz 
Janela Acústica : meio de driblar os impedimentos naturais à passagem do som, através da mudança de 
decúbito do paciente, alteração da angulação do transdutor ou utilização de um órgão com propriedades 
acústicas ideais (bom condutor do som) 
Transdutores 
possuem efeito piezoelétrico 
Tipos de transdutores : 
setorial 
linear 
 
104 
 
convexo 
Resolução Espacial 
Resolução lateral 
Resolução axial 
Interação do Som com os Tecidos 
Atenuação 
absorção 
reflexão 
espalhamento 
Refração 
Efeitos Biológicos do Ultra-Som 
Efeitos Mecânicos 
ocasionado pelas vibrações mecânicas nos tecidos durante as ondas de compressão e rarefação 
forma-se pequenas cavidades na fase de rarefação que desaparecem na fase de compressão (cavitação) 
A quantidade de cavitação depende da frequência e intensidade da onda (energia sonora por área) 
altas frequências com altas intensidades produzem grandes efeitos mecânicos 
o ultra-som terapêutico utiliza-se de ondas de maior intensidade e usa estas forças mecânicas para produzir 
calor ou em aplicações mais sofisticadas destruir cálculos (litotripsia) 
 
Efeitos Térmicos 
decorrentes da energia absorvida e sua transformação em calor 
também depende da intensidade e da frequência utilizada 
a hipertermia é usada na ultra-sonografia terapêutica 
Efeitos Químicos 
resultantes da Oxidação, Redução e Despolimerização 
altas frequências e intensidades despolimerizam macromoléculas como os polissacarídeos, proteínas e 
também o DNA 
pode levar a necrose e lesões teciduais de caráter teratogênico, mudanças decorrentes de danos 
cromossômicos e mutações 
 
105 
 
para evitar danos biológicos deve ser usado intensidades de até 100 mW/cm2 por um espaço de tempo 
limitado (segundos ou minutos) 
aparelhos de ultra-som estão ao redor de 10 mW/cm2 
ultra-sonografia dúplex (doppler fluxometria colorida) e bidimensional pode alcançar 60 a 90 mW/cm2 
Ecotexturas 
Hiperecogênico / hiperecóico / hiperecóide 
Ecogênico / ecóico / ecóide 
Hipoecogênico / hipoecóico / hipoecóide 
anecogênico / anecóico / anecóide 
Tipos de Equipamentos 
Modo A 
Modo B (Estático ou Dinâmico) 
Modo M 
Planos de Imagem 
Longitudinal 
Transversal 
Coronal 
Principais Artefatos de Técnica 
reforço acústico posterior 
sombra acústica 
reverberação 
imagem em espelho 
cauda de cometa 
Posicionamento 
decúbito dorsal ou laterais complementares 
outros : estação, etc. 
Preparo do Paciente 
jejum 
repleção vesical adequada 
 
106 
 
antiflatulentos 
tricotomia 
gel 
Semiologia Ultra-sonográfica 
Nomenclatura Descritiva 
Topografia 
1) habitual 
2) ectópica ex.: inserido posteriormente ao leito renal 
Contornos 
1) definidos 
2) pouco definidos 
3) não definidos ex.: de caráter permeável ou infiltrativo 
Superfície / margens 
1) regulares 
2) rombas ou arredondadas 
3) irregulares ex.: serrilhadas; micronodular 
Forma 
1) habitual ou preservada 
2) em garra 
3) riniforme 
4) em alvo, ferradura, olho de boi 
5) deformidade (intrínseca ou extrínseca) ex.: ecos amorfos ; massa ecogênica amorfa 
Dimensões 
medidas 
longitudinal 
transversal 
oblíquo 
 
107 
 
Ecotextura 
1) homogênea 
2) heterogênea 
ex.: predominantemente homogêneo destacando-se estrutura nodular... 
ex.: heterogêneo de padrão fibrilar (semelhante a musculatura)... ex.: heterogêneo com aspecto 
permeável... 
ex.: heterogêneo com material particulado 
Arquitetura : 
aspecto anatômico normal do órgão como um todo , 
ex.: arquitetura vascular mantida 
 ex.: arquitetura renal anárquica ou perda de todas as relações anatômicas intrínsecas no órgão 
Padrões Ecográficos Básicos 
Cístico : 
simples complexo (trabeculações ou material particulado no seu interior) 
Sólido : 
tecido fibras / fibrilar Cálcico : com sombra acústica posterior sem sombra acústica posterior 
Tubular : 
multilaminar simples 
Líquido : 
anecogênico homogêneo espesso debris finos ou grosseiros septações 
Gasoso 
Misto : 
quando há parte sólida e parte liquefeita (tecidos necróticos e neoplásicos) de padrão misto; pode ser ou 
não de aspecto permeável ou infiltrativo 
Complexo : 
quando há parte sólida e parte líquida porém com planos de clivagem evidentes 
Imagem em Espelho : 
 
108 
 
a impedância acústica do fígado e da porção muscular do diafragma são semelhantes, assim ecos 
provenientes do espalhamento ocasionado pelo parênquima hepático demoram mais a chegar no transdutor 
do que os ecos retornados pelo diafragma, fazendo com que o aparelho interprete imagens após aquelas 
recebidas pelo diafragma 
Reverberação : 
observa-se a formação de linhas paralelas; substâncias altamente refletoras como a superfície da bexiga ou 
tecido ósseo; ecos provenientes da superfície do órgão reflete no transdutor e volta novamente ao órgão 
que, por sua vez, reflete a onda retornando ao transdutor e assim por diante 
Sombra acústica : 
elementos como o ar, o osso e o cálcio possuem impedância acústica bem diferentes dos tecidos moles, 
atenuando o feixe sonoro, além de ocasionar intensa reflexão, fazendo com que praticamente nenhum eco 
seja produzido abaixo destas estruturas 
Reforço Acústico Posterior : 
estruturas cavitárias cujo conteúdo seja líquido, praticamente não atenuam o feixe sonoro, assim o tecido 
que se situa abaixo destas será submetido a um feixe sonoro de maior amplitude, produzindo ecos mais 
intensos e portanto mais brilhantes que os tecidos adjacentes, embora não tenha realmente maior 
densidade 
TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS CONTRASTADAS EM PEQUENOS ANIMAIS 
INTRODUÇÃO 
Objetivos da aula: conhecer, saber indicar e utilizar as principais técnicas radiográficas contrastadas 
utilizadas em pequenos animais 
Definição: procedimentos radiográficos especiais que podem ser usados para suplementar ou confirmar 
informações geradas em radiografias simples 
 
MEIOS DE CONTRASTE 
Contrastes negativos 
Contrastes positivos 
Duplo contraste 
Classificação dos Meios de Contraste 
Agentes empregados para demonstração do trato digestório 
Agentes hidrossolúveis 
Agentes excretados pelo sistema biliar (colecistopacos) 
gentes viscosos e oleosos 
 
109 
 
Agentes gasosos 
Reações Anafiláticas 
São reações inflamatórias (sensibilidade alérgica) desencadeadas em resposta a utilização do contraste; 
São raras em pequenos animais; 
Variam na dependência do tipo de contraste, de suas propriedades físicas, dos métodos e locais de injeção 
e da sensibilidade individuais de cada animal 
Técnicas Radiográficas do Sistema Digestório 
Esofagograma: 
estudo morfológico e funcional do esôfago pela administração oral de sulfato de bário 
Indicações:avaliar anatomia da faringe e esôfago 
avaliar posição topográfica do esôfago 
detectar ou confirmar suspeitas de doenças esofagianas 
Contra indicações: ruptura ou perfuração esofágica (contraste iodado na dose de 10 a 20 ml) Animais com 
inabilidade para engolir 
Preparo do animal: jejum de 12 horas 
Remoção de coleiras em torno do pescoço 
Radiografias simples para avaliação geral (projeção LL e VD) 
Meio de contraste: Sulfato de bário 
Dose 2 a 6 ml/Kg (10 a 20 ml em média) 
Técnica: administração do contraste 
Radiografar imediatamente após a administração do contraste nas projeções LL e VD 
ACHADOS NORMAIS 
O esôfago aparece como uma série de linhas paralelas e regulares de largura quase uniforme, as quais 
correspondem as criptas longitudinais entre as pregas da mucosa esofageana 
No gato, as pregas da mucosa são longitudinais no esôfago torácico cranial e oblíquas na porção caudal 
(aspecto de espinha de peixe) 
ANATOMIA ESOFÁGICA 
O esôfago se estende desde a faringe até o cárdia e sua porção intratorácica está localizada dentro do 
mediastino 
 
110 
 
 
INTERPRETAÇÃO RADIOGRÁFICA 
O esôfago normal está colapsado exceto durante a deglutição e nãoé observado em radiografia simples 
Possui densidade similar as estruturas adjacentes 
 
Trânsito Gastrointestinal: 
estudo morfológico e funcional do estômago e intestino delgado pela administração oral de sulfato de bário 
Indicações: doenças gástricas e do intestino delgado para complementar ou não os achados radiográficos 
simples 
Contra indicações: presença de alimento ou fluido no estômago 
Suspeita de ruptura ou perfuração 
Preparo do animal: jejum prévio de 24 horas 
administração de laxantes e antifiséticos 
enema com solução salina morna 
radiografia simples para avaliação geral 
Meio de contraste: solução oral de sulfato de bário 
Dose (cães e gatos) 8 a 10 ml / Kg 
Técnica: - radiografias em projeções VD e LL seqüenciais 
 
111 
 
 
 
 
ACHADOS NORMAIS 
Estômago uniforme e regularmente distendido 
A luz não deve apresentar falhas de preenchimento e a espessura da parede deve estar uniforme 
pregas paralelas 
Intestino delgado uniformemente distribuído 
luz sem falhas de preenchimento e com largura uniforme 
 
112 
 
 
 
Enema Baritado: 
administração via retal de sulfato de bário para visibilização do posicionamento e de doenças do cólon e 
ceco 
Indicações- mal formação, obstrução, estenose, ectopia, neoplasia, intussuscepção 
Contra indicações- suspeita de ruptura, perfuração e após biópsia recente 
Preparo prévio do animal 
jejum por 24 horas 
administração de laxantes 
enema com água morna 
Radiografia simples LL e VD 
 
Técnica: sulfato de bário via retal na dose de 20 a 30 ml 
radiografar imediatamente após a administração do contraste nas projeções LL e VD 
deixar o animal eliminar o contraste e repetir a radiografia nas mesmas projeções 
Técnica de Duplo Contraste: após esvaziamento do intestino grosso, preenchê-lo com volume de ar igual 
à quantidade de contraste administrada e repetir as radiografias (radiografia de relevo – pós evacuação) 
ACHADOS NORMAIS 
Cólon uniformemente distendido e contorno liso 
 
113 
 
Na projeção VD tem forma de “?” e na projeção LL localiza-se entre a coluna e a parede ventral do corpo 
Técnicas Contrastadas do Sistema Urinário 
Urografia Excretora: 
Consiste na administração intravenosa de composto iodado orgânico hidrossolúvel que será rapidamente 
excretado pelos rins. Avalia qualitativamente a função renal. Permite a avaliação do tamanho, forma e 
localização dos rins, ureteres e bexiga 
Indicações: suspeitas de cálculos radiolucentes, ruptura de ureter, hidronefrose, ectopia ureteral, parasitose 
renal, neoplasias e cistite 
Contra indicações: animais severamente debilitados, 
presença de desidratação (contraste é hipertônico) 
Meio de contraste: diatrizoato de meglumine (Hypaque 300 mg/ml) 
Preparo do animal: jejum sólido de 24 hs e hídrico de 12 hs 
laxante e antifisético 24 hs antes 
esvaziar a bexiga antes da administração do contraste 
Técnica: realizar radiografia simples (LL e VD) 
Administrar o contraste intravenoso na dose de 750 mg/Kg 
Realizar radiografias seqüenciais 
 
Uretrocistografia: 
consiste na administração de composto iodado orgânico através da uretra para visualização da bexiga 
Indicações: suspeita de obstrução da uretra em seus vários segmentos (causas intra ou extra uretrais) 
cistite, cálculo radiolucente, neoplasia, ruptura, hematúria e ectopia 
Contra indicações: atonia vesical 
hipersensibilidade ao contraste 
 
114 
 
Preparo do animal: esvaziar a bexiga 
Técnica: 
radiografia simples (LL e VD) antes da administração do contraste 
introdução do cateter na porção distal da uretra 
Administração do contraste: 
6 a 12 ml/Kg de iodo orgânico 
6 a 12 ml/Kg de ar (contraste negativo) 
2 a 5 ml de iodo orgânico e ar (duplo contraste) 
5 a 10 ml de iodo orgânico para visualização da uretra 
radiografar nas projeções VD e LL 
Pneumocistografia: 
utiliza-se o ar como contraste 
Mesma técnica da uretrocistografia, usando-se ar como contraste Indicada para avaliação de cálculos 
radiopacos. 
Técnica Radiográfica para a Medula Espinhal 
Definição: administração de contraste iodado (iopamidol) dentro do espaço subaracnóide 
Indicações: qualquer processo compressivo da medula (não observado em radiografia simples) 
subluxação e luxação com compressão medular 
protrusão de disco intervertebral 
neoplasias 
Contra indicações: nos casos de mielite 
MIELOGRAFIA 
Técnica: jejum de 24 horas para anestesia do paciente 
tricotomia e anti-sepsia do local 
Punção com agulha 100 x 10 com mandril entre L4 e L4 ou L5 e L6 se a lesão for baixa; ou na cisterna 
magna se a lesão for alta 
Injetar contraste (lentamente e com pressão uniforme) na dose de 0,3 a 0,5 ml/Kg, tomando-se o cuidado de 
se retirar igual quantidade de líquor e mandar para análise laboratorial 
Radiografias seqüenciais (VD e LL) 
O contorno mielográfico deve ser o mesmo do espaço subaracnóide normal. 
 
115 
 
 
A largura da coluna radiopaca deve ter magnitude uniforme sobre quase toda a sua extensão 
 
 
MIELOGRAFIA NORMAL REGIÃO CERVICAL 
 
116 
 
 
MIELOGRAFIA NORMALREGIÃO TORÁCICA 
 
MIELOGRAFIA NORMAL REGIÃO LOMBAR 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
117 
 
 
Livro de RADIOLOGIA TORÁCICA PARA O CLÍNICO DE PEQUENOS ANIMAIS 
Pesquisadora da Apostila: Antonia Ariadne V. de Souza

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