Resumo de nutriçao

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RESUMO DE NUTRIÇAO
LIPIDIOS
· Compostos por C, H e O, 2.25x mais energético que os carboidratos, insolúveis em água e solúveis em compostos orgânicos. 
· Funções de reserva de energia no tecido adiposo, estrutural, transporte de vitaminas lipossolúveis ADEK, fonte de ácidos graxos essenciais, precursores de hormônios e sais biliares, reserva de plantas oleaginosas (óleos), isolantes térmicos. 
· Protegidos pela vitamina E que tem função antioxidante. 
· No estresse calórico os veterinários realizam o protocolo nutricional que consiste em aumentar a gordura da dieta (óleo de soja), devido a ingestão de poucos nutrientes com o intuito de manter a nutrição adequada do animal, os lipídios são utilizados pois não geram calor de combustão como a proteína. 
· No armazenamento de raçoes adicionam o BHT, um antioxidante sintético que impede que a gordura se rancifique.
· O triglicerídeo é formado por um glicerol e 3 ácidos graxos.
· Lipídeos simples - óleos e gorduras, compostos - lipoproteínas, glicolipídios e fosfolipídios e não baseados em glicerol - colesterol etc. 
· Chamados de gorduras trans quando seus H são distribuídos alternadamente (mais instáveis) e em cis quando estão todos do mesmo lado.
· Os ácidos graxos são classificados de acordo com o número e posição das duplas ligações (ex. Ômega 6, delta 9, 12 – ácido linoleico). Os essenciais são os ômegas 3 e 6 – ac. Linoleico e linolênico e araquidônico, este último pode ser sintetizado a partir do linoleico.
· Gordura animal é saturada (densa) e a vegetal insaturada (óleos). Na alimentação dos ruminantes não é possível colocar mais do que 6% de gordura vegetal na matéria seca, pois, os óleos de origem vegetal são tóxicos para as bactérias. Portanto os altos níveis de ácidos graxos insaturados na dieta impedem a digestão da fibra e as bactérias não os utilizam para nada
· A digestão de lipídeos começa na boca pela lipase em baixa concentração (algumas espécies), no estomago pela lipase gástrica, mas a maior digestão ocorrerá no intestino pela lipase e fosfolipase pancreática, com exceção dos ruminantes que fazem isso no rúmen e no intestino já é absorvido. Para isso é necessário que a bile emulsifique a gordura, tornando-a solúvel em água. O resultado da ação da lipase pancreática é a liberação de dois ácidos graxos do triglicerídeo e o monoacilglicerol que formaram junto com outras substancias lipídicas a micela, rodeada de fosfolipídios, para ocorrer a absorção a fosfolipase agirá liberando essa gordura pra dentro do enterócito do jejuno, que voltam à forma de triacilglicerol (reesterificaçao) recebem outras moléculas, formando os quilomícrons e pela linfa irão para os locais de atuação. Os sais biliares que permaneceram no lúmen são reabsorvidos no íleo e encaminhados para o fígado. 
PROTEINAS
· Leite, ovos, carne, farinha de carne, farinha de sangue, farinha de ossos são proteínas de fonte animal. Soja, feijão e lentilha são de origem vegetal, estes são mais utilizados na indústria.
· Transcrição: digerida, absorvida e depois se reagrupa para formar musculo, enzimas digestivas, hormônios, anticorpos etc. 
· Função de reserva- albumina e caseína, atua no transporte de hemoglobina e faz parte da síntese de vários outros componentes.
· Contem além de C, H, O o N e S em alguns aminoácidos, sendo os dois últimos importantes para formação de músculos, cabelo e unha. 
· Toda proteína tem nitrogênio, mas nem tudo que tem nitrogênio é proteína, como a ureia (NNP), que é fonte de nitrogênio para as bactérias do rumem formarem as suas próprias proteínas celulares. 
· Não é boa como fonte energética sendo a última a ser utilizada. 
· Taurina é essencial para os gatos, glicina para excretar ac. úrico nas aves, arginina para animais exceto humanos, entra no ciclo da ureia, fazendo com que funcione mais rápido.
· O que evidencia a qualidade da proteína é a presença de aminoácidos essenciais, limitantes, disponibilidade e quantidade total na dieta. LISINA é extremamente essencial, faz síntese de proteína corporal e tem suplementação mais barata. Os limitantes são lisina, metionina, treonina, todos eles precisam estar na quantidade exata, se algum estiver abaixo a síntese proteica sofrerá consequências. Nos monogástricos, todos os aminoácidos essenciais são limitantes – lisina, metionina, treonina e triptofano; nos ruminantes é necessário o PNDR (by-pass) não degradadas no rúmen pois tem uma proteção e serão digeridas no intestino, e PDR, degradas no rúmen, utilizadas para mantença da própria bactéria, e quando esta morrer será absorvida no intestino também. 
· Uma dieta equilibrada regula a produção de nitrogênio (amônia) decorrente do metabolismo de proteínas, por isso os aas limitantes são vendidos sinteticamente no mercado, esse ajuste na dieta chama-se proteína ideal.
· No rúmen as proteínas sofrerão a ação das enzimas microbianas, reduzidas a peptídeos, estes são quebrados em aminoácidos pelas peptidases microbianas e sofrem desaminaçao, parte do nitrogênio é utilizado pela microflora ruminal e a amônia vai para fígado, entrar no ciclo da ureia e ser excretada pelo rim ou reutilizada. 
· No estomago, a presença das proteínas que passaram direto pelo rúmen ou no caso dos monogástricos que ainda não sofreram nenhuma digestão, liberará gastrina que estimula secreção de HCL e pepsinogênio, ativado em pepsina, então essa enzima fará a digestão. A presença dos peptídeos no intestino inicia a fase pancreática, liberando CCK (diminui os movimentos para que o alimento fique mais tempo) e secretina que estimula a liberação do bicarbonato para tamponar a acidez do bolo alimentar que chega no intestino, a enteroquinase ativa o tripsinogênio em tripsina, que também faz quebra de proteínas que serão absorvidas por difusão. No excesso de proteínas elas não serão armazenadas e sim utilizadas para síntese de ácidos graxos, outros compostos e síntese de glicose no fígado (gliconeogênese).
· Os gatos utilizam a proteína como fonte de energia, necessitam de arginina e taurina. 
MINERAIS E VITAMINAS
· São componentes da dieta com inúmeras funções dentre elas imunidade, desempenho reprodutivo, metabolismo energético, crescimento e produtividade, tendo impacto sobre a saúde animal. Além da fonte proteica e energética na ração, é necessário colocar concentrados vitamínicos e minerais.
· Os minerais são classificados em macro e microminerais de acordo com a necessidade. MACROMINERAIS: Ca, P, Na, K, Cl, Mg e S g/kg e MICROMINERAIS: Mn, Cu, Zn, Fe, I, Se e Co.
· A proporção na dieta é de cálcio 2:1 fosforo, cães jovens não podem receber tanto cálcio pois podem ter deformação do osso radio, proporção de cálcio 1,2 a 1,8: 1 fosforo e aves adultas 9:1. 
· A bomba de sódio e potássio é quem regula a osmose. Os minerais tem função estrutural, fisiológica, catalítica e reguladora.
CALCIO: formação óssea, fonte de cálcio na dieta vem do calcario calcitico, deficiencia causa raquitismo (jovens) e osteoporose (adultos).
FOSFORO: formaçao ossea e dentaria, membrana fosfolipidica, ATP, fonte vem do fosfato bicalcico.
POTASSIO: bomba, mais elevado no meio intra, osmolaridade
SODIO: bomba, mais elevado no meio extracelular, osmolaridade, fonte sal comum.
CLORO: HCL, bomba, mais elevado no meio extracelular, fonte sal comum.
MAGNESIO: ossos e dentes, cofator enzimático no ciclo de Krebs, quebra da glicose.
ENXOFRE: aminoacidos enxofrados (metionina, cistina e cisteina), hormonios e proteinas microbianas.
FERRO: transporte e armazenamento de O2. Anemia.
ZINCO: participa de mais de 300 enzimas. Paraqueratose (parece sarna) e atrofia testicular.
COBRE: componente de enzima, sintese de elastina e colageno. Anemia e sintomas cardiacos.
IODO: hormonios tireoidianos. Bocio.
MANGANES: condrogenese, metabolismo osseo. Nasciemento de animais deformados. 
COBALTO: sintese de vitamina B12. Marasmo enzootico.
SELENIO: antioxidante que ajuda a vitamina E pelo lado intracelular. Doenca dos musculos brancos.· As vitaminas não fornecem energia.
· São classificados em lipossolúveis ADEK, excretadas nas fezes e armazenadas no organismo e hidrossolúveis do complexo B e C, excretadas na urina,
· A bacterias do rumen sintetizam vit B12 e K. 
· Não são armazenadas com excessao da B12 e atuam como cofatores enzimaticos, catalizando processos metabolicos.
VITAMINA A – RETINOL: encontrado nas plantas em forma de betacaroteno; os gatos tem dificuldade em transformar no organismo. Cegueira noturna.
VITAMINA D – COLECALCIFEROL: ajuda na absorçao do calcio no duodeno, muitos animais são capazes de sintetizar atraves da radiaçao ultravioleta, 1,25-dihidroxicolecalciferol ativa, animais confinados recebem D3 na raçao. Raquitismo.
VITAMINA E – TOCOFEROL: antioxidante, contra radicais livres, doença dos musculos brancos (distrofia muscular)
VITAMINA K – QUINONAS: coagulação sanguínea, sintetizada pelas bac. do rumen. Hemorragias.
 
 
 
 
ADITIVOS NA ALIMENTAÇAO ANIMAL
São substancias adicionadas para melhorar desempenho. Precisam ser biodegradáveis, os únicos ainda utilizados são os antibióticos pois não tem quem os substitua.
Aditivos tecnológicos: finalidade na produção, estocagem e tempo de prateleira. Acidificantes ( visão diminuir o ph para melhorar a digestão), adsorventes (absorvem mico toxinas e transportam até serem excretadas sem que sejam absorvidas pelo organismo – bentonita), aglomerantes (substancias naturais e artificiais que aumentam a capacidade de peletizaçao - bentonita), antiaglomerantes (impede as partículas individuais de se aderirem), antioxidantes (proteção de substâncias mais propensas a oxidação - Vitamina E natural, selênio, ac ascórbico e sintético BHT) conservantes e antifúngicos (inibem, controlam ou eliminam presença de bactérias e fungos), espessantes e gelatinizantes, emulsificadores, estabilizantes.
Sensoriais: substancias adicionada para melhorar ou modificar propriedades organolépticas, aumentam consumo, sabor e visão.
Nutricionais: para manter ou melhorar propriedades nutricionais do produto (taurina nos gatos, que não sintetizam).
Zootécnicos: melhora desempenho animal (antimicrobianos, enzimas, probióticos). Promotores de crescimento e/ou eficiência alimentar – antibióticos e cocidiostaticos:
Inoforos: monensina, salinomicina etc.
Não-ionoforos: amprolium/nicarbazina, flavomicina etc.