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O DESIGN COMO AGENTE DE INCLUSÃO SOCIAL: AS TRANSFORMAÇÕES NA ÁREA E O DESIGN SOCIAL Autor: Beatriz Fazolo Nogueira Miguel - beatrizfazolo@gmail.com RESUMO Diante das transformações ocorridas na sociedade, percebe-se que o designer tem adotado uma nova postura em relação aos problemas sociais. Esse artigo tem por objetivo apresentar algumas contribuições que esse profissional conseguiu diante essas mudanças na sociedade contemporânea e como o designer começa a assumir um papel de agente de transformação social através dessas necessidades surgidas na vida cotidiana. Palavras-chave: Design Social, Inovação Social, Sociedade. INTRODUÇÃO O design surgiu em meio à necessidade de classificação a atividade em que visa à melhoria de aspectos funcionais, ergonômicos e visuais transformando essas necessidades em satisfação. Segundo a definição do International Council of Societies of Industrial Design (ICSID) o Design é uma atividade cujo objetivo é estabelecer qualidades multi-facetadas de objetos, serviços e seus sistemas em ciclos de vida completos. Portanto, design é o fator central da humanização inovadora das tecnologias e um fator crucial de intercâmbio cultural e econômico. Para as empresas, o design funciona como ferramenta em busca de um produto melhor. Podemos considerar esse produto desde simples cartão de visitas a experiências intangíveis, ganhando proporções cada vez maiores. O design tem a capacidade de envolver as pessoas, relacioná-las com a marca e/ou produto, gerar desejos, agir em suas emoções e proporcionar experiências. É perceptível a importância do designer não só no final da “cadeia de produção” dos projetos e sim, se inserindo em todo o processo (projetos integrados, planejamento, métricas, análises, briefings, produção e essencialmente o "depois") aplicando metodologias de design em instituições/empresas, obtendo resultados satisfatórios e gerando valor. O design é então o alinhamento dos conceitos e estratégias, união de criatividade e métodos e, por fim, multi e interdisciplinaridade de áreas distintas. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DESIGN Devido a Revolução Industrial ocorrida no século XIX o modo de vida em sociedade e a relação das pessoas foi diretamente atingida. Conforme citação a seguir: “...o design nasceu da necessidade que a sociedade industrial sentiu, mais precisamente na Europa, em meados do século XIX, de criar mecanismos que pudessem dar nexo ao novo modo de produção de objetos e informações. É quando surge o projeto industrial, ou seja, o meio através do qual um novo especialista, o designer, passa o controlar o processo que vai da concepção do produto a seu uso” (ESCOREL, 2000, p.35). Para o Design, a Revolução Industrial ocorrida entre os séculos XVIII e XIX foi de extrema importância, pois devido à série de transformações decorrentes desse período (inclusive tecnológicas), a produção em grande escala com menor tempo permitia a separação entre projeto e execução. Daí surge os designers que passam a ser os responsáveis pelo projeto enquanto os demais apenas executavam as tarefas operacionais relacionadas à máquinas. Liderado por William Morris e John Ruskin movimento inglês Arts and Crafs surgido no final do século XIX mostrava uma preocupação com questões sociais e com as consequências que as novas relações de trabalho geraram. O ideal do movimento baseado na recuperação de valores produtivos e que buscavam integração entre projeto e execução de forma democrática entre os participantes do processo de produção, além da busca pela conservação da qualidade de materiais e acabamento caíram por terra a partir do momento em que as empresas da época começavam a se preocupar em agradar o consumidor, deixando o meio ambiente e os trabalhadores como coadjuvantes de todo o processo industrial. Na década de 30, o designer deixa de ser visto como o que projeta para estar associado a um mero criador comprometido com a venda. Nessa mesma década, a ideologia da venda passou a fazer parte do universo do designer que, com a função basicamente de vender, passou a ser associado com o marketing. A visão racionalista e funcionalista de muitas escolas de design desvinculou a profissão do seu passado e sua herança artesanal, mantendo esse caráter racional até a década de 60. Junto à industrialização veio o aumento da população nas cidades, os habitantes passaram a ser assalariados e possuir o poder de compra, além disso, aumentou o número de veículos e fábricas que afetavam diretamente o meio ambiente. Todas essas mudanças propiciaram diretas e relevantes alterações no modo de vida da sociedade e o designer, envolvido inicialmente com todo esse processo de consumo, começa a pensar nas conseqüências vindas juntamente com a industrialização. De acordo com Escorel (2000), no começo da profissão o designer possuía um caráter mais humanista e pretendia, através de seu trabalho, criar ambientes de pleno desenvolvimento para o homem, buscando estabelecer uma ordem social com valores de igualdade e fraternidade. Desde então o designer tem se desvinculado do compromisso com a venda e retoma a valorização de questões referentes ao seu dia-a-dia, coisas que estão a sua volta, detendo maior atenção a questões relacionadas com a sociedade em que se insere. O designer passa a desenvolver seus projetos por caminhos que vão de encontro com o bem-estar social. O LADO SOCIAL DO DESIGN O mundo do design sempre esteve oscilando no embate do idealismo e o realismo, buscando eternamente a forma integrada a função. Em 2009, uma nova atividade começava a ser falada, ainda em pouca freqüência no Brasil, essa atividade unia os dois perfis comportamentais trazendo contribuições para a sociedade naquele momento e no futuro: o Social Design ou Design Social. Apesar de antigo, o termo design social, hoje, é responsável por atribuir um pensamento mais holístico as soluções que os designers trazem ao mundo, abraçando causas que vão além dos produtos e serviços que lançam para o mercado. O foco é criar iniciativas que orientem o comportamento dos cidadãos para o bem-estar coletivo através de métodos que influenciam diretamente as relações sociais. Design Social é uma abordagem de projeto que enfatiza as motivações e consequências sociais do processo de Design. Conforme previsto no Código de Ética Profissional do Designer Gráfico, Artigo 5° do Capítulo 2 referentes ao desempenho de suas funções o designer deve: 1) Interessar-se pelo bem do público e com tal finalidade contribuir com seus conhecimentos, capacidade e experiência para melhor servir à sociedade; 2) Contribuir para a emancipação econômica e tecnológica de nosso país, procurando utilizar técnicas e processos adequados a nosso meio ambiente a aos valores culturais e sociais de nosso país; (ADG, 1998) Social é uma característica intrínseca do Design. Fazemos design para a sociedade, influenciando e transformando. É importante frisar que o design social não foca em atuar numa comunidade carente, mas transformar pessoas, inclusive não designers, em agentes sociais. Ele sempre existiu, mas não fazia parte da vida dos designers. O grande problema da nossa sociedade não está na resolução dos problemas e sim em como solucionar esses problemas de forma sustentável. O designer, acima de tudo, tem a capacidade de observar os potenciais da área em que se atua com suas particularidades, e assim, desenvolver soluções criativas e estimulantes para o bem-estar social. Segundo o designer gráfico, Eduardo Barroso1, "O design é uma ferramenta de inovação e de comunicação, capaz de transformar necessidades e desejos humanos em produtos e sistemas de modo criativos e eficazes, adequados não somente a ponto de vista econômico, mas também social, cultural e ecologicamente responsável”.1 Citação retirada do site do Centro Pernambucano de Design. MOMENTO ATUAL: E NA PRÁTICA? A seguir serão apresentadas algumas propostas de movimentos que se organizaram de modo independente e hoje atuam de maneira formal utilizando e aplicando metodologias constituídas do aprendizado no design a favor do comprometimento social, retomando assim parte do caráter humanista antes objetivado pelo designer. Algumas delas têm uma relação direta com o terceiro setor, organizações não governamentais sem fins lucrativos que atuam na falência de alguns setores do primeiro setor (o governo)2. Design Possível O Design Possível surgiu em 2004 como projeto de extensão da Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP) através do curso de Desenho Industrial da Faculdade de Comunicação e Artes, em cooperação com a Università degli Studi di Firenze3. O foco era a experimentação e aplicação de conceitos e pesquisas universitárias junto ao terceiro setor, com a proposta inicial de desenvolvimento colaborativo online de produtos, buscando sempre produtos que reutilizassem resíduos. O design seria utilizado como ferramenta de transformação social, tanto para a geração de renda para comunidades carentes, quanto para a sensibilização dos estudantes para com as questões sociais. Esta ação gerou inicialmente os seguintes resultados: • 60 produtos desenvolvidos • 20 produtos confeccionados • 4 comunidades / ONGs envolvidas4 Sua missão, visão e valores são: “Promover, estimular, discutir, estudar e aplicar o design contribuindo para estruturar novas formas de produção e de relacionamento com o mercado, auxiliando no processo de transformação da sociedade”. Baseado nisso o Design Possível ganha proporções maiores e atinge resultados cada vez mais satisfatórios. 2 Vale reforçar que: no primeiro setor está o Governo que cuida de assuntos coletivos e no segundo setor se encontram as empresas privadas que cuidam de interesses individuais. 3 Vinte estudantes selecionados – dez brasileiros e dez italianos – em cooperação com ONGs de regiões periféricas da cidade de São Paulo, sob a orientação de dois professores: um brasileiro e um italiano colocaram em prática o projeto. 4 A continuação das informações sobre os resultados podem ser vistas no link http://www.designpossivel.org/sitedp/sobre-2/nossa-historia/ Rede Asta A Asta é um negócio social que tem a missão de ajudar a diminuir a desigualdade social brasileira, impulsionando pequenos negócios produtivos comunitários através do acesso ao mercado, conhecimento e criação de redes. A Rede Asta, é primeira rede de venda direta de produtos sustentáveis do país, apoia quase 50 pequenos negócios do estado do Rio de Janeiro, beneficiando mais de 700 artesãos. A Asta trabalha para transformar a vida das produtoras do bem. Produtoras do bem são todas aquelas pessoas envolvidas na cadeia de valor: as produtoras e artesãs, as conselheiras, os consumidores e as empresas. O seu objetivo é transformar o consumo em uma ferramenta de inclusão social e econômica, através das seguintes propostas: 1) Promovendo a inclusão da mulher no setor produtivo; 2) Transformando os grupos produtivos comunitários em negócios sustentáveis; 3) Criando pontes criativas entre os produtos e o mercado; 4) Promovendo a justa e direta distribuição de riquezas; 5) Mobilizando a sociedade do consumo. A Asta ainda oferece produtos através da Asta Corp, especializada em brindes corporativos feitos com o reaproveitamento de resíduos empresariais e pela Asta Web que é o canal de e- commerce. Na Rede Asta os produtos são vendidos pelas Conselheiras (revendedoras) diretamente aos consumidores finais, em um processo parecido com o das grandes redes de cosméticos. As Conselheiras da Rede Asta vendem não só os produtos, mas também o que trazem como valor agregado: a possibilidade de gerar sustentabilidade através de uma justa distribuição de renda e um consumo consciente. Centro Pernambucano de Design (CPD) O Centro Pernambucano de Design vem desenvolvendo ações e projetos de Design Social, através de capacitações de grupos com vocação para o artesanato, pequenos empreendedores de outros segmentos de negócio que precisam estar em rede para ter acesso ao mercado com a ferramenta design. É também nesta mesma linha que tem sido adotada nas ações de design de responsabilidade sócio-ambiental e econômica, para a geração de novos produtos, na prestação de serviços e na ampliação da visibilidade da imagem dos seus pequenos empreendimentos - visando maior competitividade e crescimento no mercado para a geração ampliação de receitas que contribuam para dignidade do cidadão (ã). Ilha Design O Ilha Design é um projeto voluntário dos alunos do curso de Graduação em Comunicação Visual Design e Desenho Industrial da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ. A iniciativa utiliza o levar Design e Artes como fatores de inclusão social e cultural para estudantes em Ilha Grande, Angra dos Reis, Rio de Janeiro.5 Utilizando os princípios do Design Universal, ou Design Total, que inclui, o “design para todos”, o Ilha Design é um enfoque no design de produtos, serviços (design gráfico) e ambientes, a fim de que seus projetos possam ser usados pelo maior número de pessoas possível independente de idade, habilidade ou situação. Está diretamente relacionado ao conceito de sociedade inclusiva OS AGENTES DE TRANSFORMAÇÃO: QUEM CONTRIBUI PARA O DESIGN SOCIAL? O texto a seguir foi escrito por Lourenço Bustani, da Mandalah 6 disponibilizado no site As Boas Novas. “Dois exemplos na Inglaterra ajudam a ilustrar o conceito. Os ingleses podem ter reações bastante explosivas em determinadas situações. Inclusive, o problema de confusões em ambientes públicos se tornou tão rotineiro que a Prefeitura de Londres contratou a empresa de 5 Estudantes da Escola Municipal Brigadeiro Nóbrega, na Vila do Abraão (Angra dos Reis / RJ). 6 A Mandalah é uma empresa que nasceu com a intenção de qualificar a inovação gerada no Brasil e no mundo, sugerindo que uma boa ideia só é inovadora se ela melhora a vida das pessoas. Com a proposta de “inovação consciente”, eles propõem de um jeito criativo e contemporâneo soluções que conciliam o lucro com o propósito, trazendo um resultado positivo para o planeta. design e inovação IDEO para estudar a questão e propor soluções para combater este inimigo público. A equipe da IDEO foi para Londres e, para sensibilizar-se com a dimensão e natureza do desafio, um dos integrantes se cadastrou em um curso de certificação para ser segurança e poder trabalhar em uma boate, onde as confusões são freqüentes. Um outro integrante da equipe iniciou um diálogo com um técnico de boxe enquanto um terceiro consultou um terapeuta especializado em gestão da raiva. Na imersão que se seguiu, a equipe observou que os problemas ocorriam principalmente em lugares onde filas grandes se formam como acontece nos correios, na porta das boates, ou em bilheterias. Com base nessa constatação, desenharam um programa de fidelidade para o acúmulo de pontos atrelados aos minutos de espera em diferentes estabelecimentos. O programa foi conveniado com vários locais de convívio público e um portal foi criado para documentar o balanço de pontos. Os pontos por sua vez, poderiam ser convertidos em dinheiro, que só poderia ser destinado a causas filantrópicas por intermédio do site Global Giving (www.globalgiving.org), que reúne ONGs do mundo inteiro para a livre escolha de cada doador. De repente, esperar na fila pode ser convertido em algo bom, positivo e construtivo. Quanto mais tempo o cidadão londrino esperava na fila, maior o bem que poderia fazer para o mundo. Com isso, modelos mentais antigos foramdesafiados e as relações sociais ganharam uma nova dinâmica, mais apaziguadora e sustentável. Quem poderia prever que a empresa que desenhou o primeiro mouse seria a mesma que tornaria a noite de Londres mais tranqüila? Um outro exemplo inspirador vem de uma designer brasileira, Paula Dib, que em 2008, no Sul de Londres, estudou a realidade local de uma escola de jovens. Ao se deparar com o caráter multicultural da escola, e a vontade que cada "tribo" tinha de querer deixar sua marca de uma forma ou de outra, a equipe liderada pela Paula conduziu uma intervenção arquitetônica, co-criada pela comunidade de professores, alunos e funcionários, para estimular uma cultura de paz coletiva. Após coletar referências de paz de todos os integrantes deste ecossistema acadêmico, uma mandala de 12 metros de diâmetro foi estampada no concreto de uma área comum da escola. Nela, os jovens reconheceram suas "marcas" unidas a tantas outras vindas das mais diferentes culturas e crenças e formando um único e belo desenho, que podia ser visto de diversos ângulos, por toda a escola. Eis o design indo além do consumo e sendo aplicado ao universo das relações sociais, mudando, mais uma vez, a forma com que as pessoas se relacionam com o espaço físico e entre si.” ACADEMICAMENTE FALANDO O Encontro Nacional de Estudantes de Design, NDesign, é um evento itinerante e anual realizado desde 1991, de cunho científico, político, acadêmico e cultural. Seus objetivos são o aprofundamento do debate crítico, o avanço científico, social e cultural do Design e a congregação dos estudantes da área de Design e afins. N Design Pernambuco 2009 7 O evento realizado no Estado de Pernambuco no ano de 2009, tinha como objetivo geral: “Incentivar a integração e a promoção dos conhecimentos acadêmicos e sociais dos estudantes de todo Brasil, e também por esse caminho levar a produção do Design para a sociedade e a consciência social aos participantes do evento, a fim de deixar resultados que se empreguem mesmo após o evento.” Outros pontos propostos eram: • Apresentar necessidades do nosso país, focando na sustentabilidade como peça-chave; • Ampliar profissionais da área, ONG’s, comunidades, instituições públicas e privadas e o público do evento, buscando o elemento troca; • Projetar o Design como uma importante ferramenta de inclusão social; • Estimular, durante o evento, a criação de projetos inovadores por parte dos encontristas, cujos resultados se estenderão após o final do evento, com vistas a um desenvolvimento sustentável e autônomo (para ambos os lados: participantes do evento e comunidades); • Apresentar as potencialidades das regiões brasileiras com suas características específicas; • Fomentar uma nova forma de pensar e fazer Design, visando à inclusão social; • Estimular a discussão sobre processos criativos em Design; O N Pernambuco se baseou em dois pilares LER DESIGN e PRODUZIR DESIGN onde Ler Design, consistiria através da fomentação de atividades que visam à conscientização da nossa comunidade acadêmica acerca das necessidades do nosso país como estratégia para inclusão social. Questionar-se sob como um Designer pode contribuir para o bem estar social é o 7 Texto retirado da proposta apresentada pela Comissão Organizadora do Encontro Nacional de Estudantes de Design do ano de 2009 para o 19º evento realizado na cidade de Olinda/PE. assunto do encontro. Os participantes terão acesso às comunidades sociais que possuem e que não possuem intervenção de Design e com o pensar de forma sustentável para o nosso planeta e Produzir Design através do estímulo à criação de projetos sociais e da promoção de discussões no âmbito nacional sob como o Designer pode intervir na inclusão social são algumas das produções possíveis dentro do tema abordado. CONSIDERAÇÕES FINAIS Muitas organizações têm percebido a importância de um bom design e têm utilizado como uma ferramenta poderosa de introdução a diferenciação em produtos obtendo destaque proporcionado a sociedade de consumo uma demanda de produtos e serviços que cada vez mais necessitam de profissionais que possam atendê-las. É interessante perceber que hoje em dia muitos designers estão envolvidos em projetos sociais e anseiam por algum tipo de transformação na sociedade através dos seus potenciais criativos e acima de tudo perceptivos sobre a necessidade social. A busca é cada vez maior por profissionais capacitados a atenderem demandas além do lucro e mais sociais. Se antes o que os designers eram procurados por suas habilidades técnicas, aspectos tangíveis e descritivos, hoje em dia suas capacidades intuitivas, analíticas e criativas ganham um espaço maior. Não só empresas e organizações têm obtido essa percepção como instituições de ensino começam a refletir sobre sua realidade de cursos e, sendo assim, elaboram currículos com mais consistência a fim de atenderem a “nova ordem social” onde há predominância da preocupação com o meio ambiente e em tornar o mundo de certa forma mais agradável, estimulando e levando uma nova possibilidade de pensamento que reveja o espaço coletivo de maneira igualitária. REFERÊNCIAS Livros ESCOREL, Ana Luisa. O efeito multiplicador do design. 2. Ed. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2000. NIEMEYER, Lucy. Design no Brasil: origens e instalações. 3. Ed. Rio de Janeiro: 2AB, 2000. ASSOCIAÇÃO DOS DESIGNERS GRÁFICOS. Kit prática profissional do designer gráfico. São Paulo: ADG, 1998. MANZINI, Ezio. Design para inovação social e sustentabilidade: comunidades criativas, organizações colaborativas e novas redes projetuais. 1. Ed. Rio de Janeiro: Editora E-Papers, Rio de Janeiro, 2007. Sites O QUE É DESIGN? http://www.design.ufpr.br/Curso/O_que_e_o_Design_/o_que_e_o_design_.html Acesso em 2 set. 2012. DESIGN SOCIAL: UMA NECESSIDADE NO BRASIL http://www.slideshare.net/usabilidoido/design-social-uma-necessidade-no-brasil-presentation Acesso em 10 set. 2012. O DESIGN SOCIAL http://asboasnovas.com/blogs/o-design-social. Acesso em 15 set. 2012. DESIGN POSSÍVEL. http://www.designpossivel.org/sitedp/sobre-2/ Acesso em 15 set. 2012 REDE ASTA. http://www.redeasta.com.br/. Acesso em 15 set. 2012 TERCEIRO SETOR E O DESIGNER. http://needesign.com/terceiro-setor-e-o-designer/ Acesso em 19 set. de 2012. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO DESIGNER GRÁFICO http://www.adg.org.br/. Acesso em 27 set. 2012 ILHA DESIGN http://ilhadesign.com.br/pt/ Acesso em 27 set. 2012. MANDALAH INOVAÇÃO CONSCIENTE http://mandalah.com/files/Mandalah_Carta-de-Apresentacao-2012.pdf Acesso em 28 set 2012. Trabalho de Conclusão de Curso BARROS, Roberta Coelho. Design Social: uma possibilidade. TCC. UCPel. Pelotas, 2004 VARGAS, Mariana Tourinho. O Design como agente de transformação da sociedade: uma contribuição à produção artesanal de Piratini. 2010. TCC. UFPEL, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2010. LAZZARIN, Mabel. A dimensão socializadora do Design. 2009. TCC. UDESC, Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 2009. OUTRAS REFERÊNCIAS PROJETO EXECUTIVO NPE 2009. Comissão Organizadora do Encontro Nacional de Estudantes de Design (CONDE PE), 2009. RODA DE DISCUSSÃO DESIGN SOCIAL: CONTRIBUIÇÕES MÚTUAS ENTRE DESIGN E SOCIEDADE. Disponibilizado por Felipe Caroé, presidente CONDE PE.
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