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Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Centro de Tecnologia e Geociências (CTG) Departamento de Engenharia Química (DEQ) Química Industrial - Análise Orgânica Discentes: Maria Eduarda e Samyra TÉCNICAS DE CRISTALIZAÇÃO Resumo: O experimento descrito a seguir teve como objetivo, através de procedimentos de cristalização, purificar, determinar a massa e o ponto de fusão de uma substância desconhecida que também apresentava a presença de impurezas. Para isso, foi necessário fazer a solubilização e escolher um reagente adequado para prosseguir todas as etapas dos procedimentos de forma a se obter um resultado satisfatório visando o objetivo do experimento. Palavras chave: cristalização, solubilidade Introdução A grande parte dos materiais existentes na natureza são, em sua maioria, formados por misturas de substâncias e, na química, a purificação dessas substâncias é de extrema importância. Para isso, existem várias técnicas de purificação de misturas, como é o caso da cristalização e da recristalização. A cristalização é um técnica de purificação de compostos sólidos a uma temperatura ambiente e consiste em provocar a perda da solubilidade, obtendo-se um precipitado e, com a filtração, é possível fazer a remoção do precipitado pela formação de um composto sólido que é tipicamente cristalino. Já a recristalização é uma técnica para purificar os cristais que já foram obtidos pela cristalização, uma vez que a cristalização, embora separe os compostos de forma quase pura, mantém algumas impurezas que podem atrapalhar na obtenção dos resultados. Com o método da recristalização, essas impurezas são removidas em uma maior extensão. Esse método consiste em dissolver os cristais em um pouco de solvente a quente, os solventes mais utilizados são: éter de petróleo, hexano, diclorometano, acetona, etanol e água. Ainda é necessário que esse solvente tenha algumas características: não reaja com o soluto, solubilize muito pouco a frio, solubilize por completo à quente, tendo em vista que, é importante que seja à quente, pois há a necessidade de se formar uma solução supersaturada, para, posteriormente, precipitar-se e, consequentemente, sair em formato de cristais após a filtragem, e seja capaz de solubilizar as impurezas contidas no soluto à frio. Essas impurezas, que podem ser removidas por cristalização, podem ser classificadas por: impurezas insolúveis, que posteriormente, podem ser retiradas pelo método de filtração em uma solução quente ou fria, impurezas bastante solúveis, nesse caso, não há problema de permanecer na solução, e impurezas coloridas, as quais são formadas a partir da oxidação e polimerização do oxigênio do ar, que podem ser retiradas por absorção de carvão ativo. Logo depois, filtra-se essa solução, que, em seguida, será resfriada, assim, realizando uma nova filtração para se obter novamente os cristais. Tal processo citado pode ser feito de várias maneiras e diversas vezes para aumentar a pureza do cristal desejado. Na prática em questão, a recristalização será usada para a purificação de uma substância, na qual, ao final, será calculada a fórmula molecular, determinada a sua fórmula estrutural e o nome da substância em estudo. Materiais Almofariz de porcelana Amostras desconhecidas contaminadas Balança analítica Bastão de vidro Béquer Dessecador Erlenmeyer Espátula Estante para tubos de ensaio Funil de Büchner Funil de vidro Fusiometro Kitassato Papel de filtro Pinça de madeira Pipeta graduada Pisseta com água destilada Placa cromatográfica Placa de Petri Tubo capilar Tubos de ensaio Vidro de relógio Solventes: Água Álcool etílico Álcool metílico Diclorometano Éter de petróleo Hexano Procedimento Experimental Para começar, são fornecidas duas amostras desconhecidas que são contaminadas propositalmente e caracterizadas como uma mistura de cristais brancos e amarelos. A primeira amostra, sem massa definida, tem por finalidade realizar o teste de solubilidade da impureza na presença dos seguintes compostos orgânicos como solventes: éter de petróleo, hexano, diclorometano, álcool etílico, álcool metílico e água. A segunda amostra tem sua massa definida totalizando 1,006 g (Grupo 2) e sua finalidade é ser utilizada após os testes de solubilidade, descritos a seguir, para a realizar o processo de recristalização. Também é medida a massa da tampa da placa de petri juntamente ao papel de filtro a ser utilizado na recristalização. Cromatografia em camada fina (inicial): É necessário utilizar as fases da primeira amostra de forma separada em 3 recipientes de cerâmica e solubilizá-las a partir do solvente mais adequado, definido na fase teste, para realizar a cromatografia em camada fina. A partir da separação, adiciona-se o solvente nos 3 recipientes e, após a completa solubilização, são utilizados os capilares e uma placa de vidro cromatográfica, contendo sílica gel (SiO2), para comparar o tamanho da coluna nas três diferentes amostras. Processo de recristalização: Na primeira parte do experimento, adiciona-se, aproximadamente, a mesma massa em 6 tubos de ensaio e, em cada um deles, adiciona-se aproximadamente 3 mL dos solventes: éter de petróleo, hexano, diclorometano, álcool etílico, álcool metílico e água. Primeiramente, é realizada a solubilização à frio com os solventes supracitados e, caso não solubilize, realiza-se a solubilização à quente colocando em banho maria, imergindo o tubo de ensaio com a amostra e o agente dentro de um béquer com água, que estava sendo aquecida a 80 °C e aguardar a possível solubilização da amostra, acompanhando as mudanças aparentes. Obs1: A solubilização deve ser realizada com o auxílio de um bastão de vidro sempre que necessário. Obs2: A adição dos solventes, exceto a água, deve ser realizada na capela. Ao final das etapas de solubilização em todas as amostras, identifica-se o solvente mais adequado para o processo de recristalização posterior. Após a determinação do melhor solvente, coloca-se a segunda amostra dentro de um erlenmeyer juntamente com a água destilada utilizada como solvente, para prosseguir com o processo de recristalização. Depois do processo finalizado e da impureza totalmente solubilizada, filtra-se a amostra, tendo como objetivo não deixar nenhuma parte da solução no erlenmeyer ao fim da filtração. Dessa forma, obteve-se a substância separada e dissolvida completamente da impureza, ou seja, o cristal amarelo. Com o auxílio de um recipiente com gelo, acelerou-se o resfriamento e, consequentemente, o processo de cristalização da substância dissolvida. Ao fim do resfriamento, foi realizada a filtração a vácuo, e, posteriormente, foi utilizado o dessecador com o objetivo de separar a substância da água em que ela estava, para que obtivéssemos a massa da mesma. Ao fim dessa etapa, adicionou-se e macerou-se, com o auxílio do bastão de vidro, um pouco da amostra pura no vidro de relógio e um pouco da amostra recristalizada em outro vidro de relógio, com finalidade de facilitar a solubilização das mesmas na presença de uma pequena quantidade do reagente. Após a solubilização, as amostras dissolvidas são utilizadas na cromatografia a fim de verificar a pureza da substância recristalizada. Com a parte restante da amostra recristalizada, utilizou-se o capilar adequado para adquirir uma pequena parte da amostra, compactar uma quantidade suficiente para ser visualizada no fusiometro e determinar a temperatura em que a substância muda da fase sólida para a líquida. Resultados e Discussão Tendo sido realizado todo o procedimento experimental conforme solicitado e seguindo a prática de maneira correta, foi possível observar os resultados que estão descritos a seguir. Com duas amostras desconhecidas, sendo uma com uma massa definida do material que passa pelo processo de recristalização, e, por sua vez, só é utilizada depois que o solvente idealé definido, já a outra amostra deve ser utilizada para testes iniciais. Nas amostras haviam cristais brancos e amarelos (contaminantes). A prática começou pelos testes de solubilidade realizados com seis solventes diferentes. Os tubos de ensaio foram devidamente identificados, como pode ser observado na imagem 1. Foi determinado pelo grupo que o ideal seria utilizar uma pequena quantidade de soluto e solvente e que o mesmo padrão seria replicado nos 6 tubos de ensaio, o que aumenta a confiabilidade dos resultados e auxilia na comparação dos comportamentos reativos. Imagem 1: tubos de ensaio identificados para a fase teste. O objetivo dessa etapa consiste em encontrar dois perfis de solvente: um que solubilize à frio toda a amostra para a realização da cromatografia em camada fina (CCF) e outro que solubilize à quente apenas os cristais brancos. A primeira solubilização realizada foi à frio, assim, foram descartados os solventes que solubilizam em condições de temperatura ambiente, pois o solvente ideal para uma recristalização só deve solubilizar à quente. Dessa forma, observou-se que o éter solubilizou parcialmente os cristais amarelos; o hexano solubilizou completamente os cristais amarelos; o diclorometano solubilizou os cristais brancos e amarelos; o álcool etílico não solubilizou nenhum dos cristais; o álcool metílico solubilizou os cristais amarelos e brancos e a água destilada não solubilizou nenhum dos cristais. Após isso, os que não solubilizaram à frio foram submetidos a um sistema de aquecimento em banho maria, no qual observou-se que o éter evaporou rapidamente assim que foi submetido ao aquecimento; o hexano não mudou o comportamento comparado com a solubilização à frio (permaneceu sem solubilizar os cristais brancos); o álcool etílico solubilizou os cristais amarelos e brancos e a água destilada solubilizou apenas os cristais brancos. Dessa forma, chega-se ao final do procedimento do teste de solubilização, e mediante ao comportamento das amostras, como pode ser observado nas imagem 2, pode-se concluir que a água seria o solvente ideal para a recristalização, haja vista que faz a seletividade dos cristais ao não solubilizar as impurezas (cristais amarelos). Também foi possível concluir que o álcool metílico (metanol) seria o solvente ideal para a cromatografia em camada fina, uma vez que foi o único solvente que solubilizou os cristais amarelos e brancos à frio. Assim, a fase teste foi finalizada. Imagem 2: Resultado dos testes de solubilidade nos 6 solventes. Na recristalização, foi utilizada a amostra fornecida, em que a mesma foi solubilizada em um erlenmeyer com água destilada, como pode ser observado na imagem 3, enquanto estava sendo submetido ao aquecimento, homogeneizando com a ajuda de um bastão de vidro, depois foi transferido para o sistema de filtragem atmosférica, sempre lavando o recipiente onde se encontrava a amostra para que houvesse o mínimo de perdas de massa possível. Conclui-se que, nessa etapa, houve perda na transferência por uso inadequado do bastão de vidro como instrumento auxiliar e, ao tentar solubilizar o soluto que ainda estava no erlenmeyer, o processo de recristalização já estava se iniciando. O soluto composto por cristais amarelos (material que ficou sobre o filtro de papel), como pode ser observado na imagem 4, foi descartado, visto que o mesmo não era mais objeto de estudo da prática em questão. Imagem 3: Solubilização da amostra em água destilada. Imagem 4: Soluto amarelo (contaminante). Em seguida, deu-se seguimento ao processo de recristalização à frio por meio de um banho maria invertido ou banho de gelo onde houve a formação satisfatória dos cristais depois de, aproximadamente, 10 minutos. Um importante fator de perda nesse processo é a recristalização incompleta no banho de gelo. Depois, uma placa de petri juntamente com um filtro de papel foram pesados, por meio de uma balança analítica, para cálculos posteriores, na qual obtivemos a massa de 44,023g. Posteriormente, a amostra já recristalizada após o banho de gelo foi despejada cuidadosamente sobre um sistema de filtragem à vácuo, utilizando o mesmo papel filtro pesado anteriormente, sempre lavando com água e passando pelo processo de filtragem para evitar perdas por aderência do soluto na vidraria. Uma pequena parte do material cristalizado ficou depositada nas paredes do funil de buchner, provocando perdas do material filtrado, além de alguns cristais aderidos a parede do erlenmeyer. Após o processo de filtragem à vácuo, com o objetivo de separar os cristais da água-mãe, o papel filtro juntamente com o soluto recristalizado foi colocado na mesma placa de petri pesada anteriormente, como pode ser observado na imagem 5, que, por sua vez, foi colocado em um dessecador, como pode ser observado na imagem 6, cujo objetivo é absorver toda umidade do material. Após 6 dias, o material foi retirado do dessecador para medição da massa final e obtivemos 44,311g. Também foi possível observar com clareza alguns cristais em formato de agulha e outros como pequenas partículas brancas com um aspecto cristalino. Sobre tal formação, vale salientar que, quando uma recristalização ocorre de forma espontânea, é esperada a formação de cristais no formato de agulha, como, no experimento, o processo de resfriamento (recristalização) foi forçado, alguns cristais assumem o formato de partículas muito pequenas. Imagem 5: Amostra filtrada. Imagem 6: Amostra no dessecador. Paralelamente, uma parte da amostra de teste foi solubilizada com o solvente álcool metílico, escolhido como ideal através do teste de solubilidade realizado anteriormente, e o mesmo foi feito com uma amostra contendo apenas os cristais amarelos e outra contendo apenas os cristais brancos dispostas sobre uma placa de vidro, na qual a mesma foi submetida ao eluente e, posteriormente, observou-se que a cromatografia não ocorreu de forma satisfatória, gerando resultados inconclusivos, pois o material não se moveu na coluna, como pode ser observado na imagem 7. Uma possível causa para esse erro é uma quantidade muito grande de soluto ou a solubilização incompleta, levando partículas do material não solubilizado para a coluna, que, por sua vez, não conseguiu arrastá-la; Outra possível causa é a retirada precoce do material no eluente. Vale salientar, também, que o resultado esperado é que a coluna da amostra (3) esteja em um altura intermediária entre a altura da coluna que representa a amostra dos cristais amarelos (1) e a coluna que representa a amostra dos cristais brancos (2). Obs3: Não foi possível realizar o cálculo de fator de retenção neste experimento, já que a cromatográfica não ocorreu da forma esperada e não houve a formação de colunas. Imagem 7: Resultado da CCF comparando a amostra do grupo (contaminada), uma amostra contendo apenas os cristais amarelos como soluto e uma amostra contendo apenas cristais brancos como soluto. Com o material recristalizado já sem umidade vindo do dessecador, foi realizada uma nova cromatografia em camada fina, com o objetivo de verificar a eficiência da recristalização, comparando uma amostra pura e a recristalizada pelo grupo. As amostras passaram pelo mesmo processo de solubilização com álcool metílico, utilizando pouco soluto e certificando-se quanto a solubilidade completa para assim poder coletar o material e submetê-lo ao eluente na placa de vidro, transferindo o material com o auxílio de um capilar e posteriormente finalizar a CCF, apresentando um resultado como pode ser observado na imagem 8. Dessa forma, obtivemos um resultado satisfatório. Nessa cromatografia, a amostra foi macerada para facilitar a solubilização e evitar erros. Imagem 8: Resultado da CCF comparando a amostra pura com a recristalizada pelo grupo. Na segunda cromatografia, que podemos observar na imagem 8, realizou-se o cálculode fator de retenção abaixo: 𝑅𝑓 = 𝐷𝑠𝐷𝑚 Distância percorrida pela substância pura: 4,3 cm Distância percorrida pela substância em estudo: 3,7 cm Distância percorrida pela fase móvel: 6,6 cm da substância pura:𝑅𝑓 4,36,6 = 0, 65 da substância em estudo:𝑅𝑓 3,76,6 = 0, 56 Com o mesmo material recristalizado e sem umidade vindo do dessecador, também foi realizada a determinação do ponto de fusão da amostra através de um fusiômetro, como pode ser observado na imagem 9, realizando o processo de colocar a amostra no capilar, compactar e observar atentamente o aumento gradual da temperatura até que se constate o ponto onde o soluto recristalizado e macerado começa a passagem do estado físico sólido para o líquido. Dessa forma, observou-se que o ponto de fusão é de aproximadamente 116°C. Imagem 9: Fusiômetro. Cálculo do Rendimento: Placa de petri + papel de filtro = 44,023g Placa de petri + papel de filtro + material recristalizado = 44,311g 44,311 - 44,023 = 0,288g (peso total da substância recristalizada) 1,006g —---- Massa inicial (impura) 0,288g —--- Massa recuperada O resultado esperado fornecido pela professora seria 0,854g. Pode-se associar a perda a vários momentos citados anteriormente. Dentre as principais fontes de perda, podemos destacar principalmente erros na transferência da solução e o processo de recristalização forçada em si, uma vez que o ambiente não é 100% controlado, espaços e materiais são limitados como quando a cristalização iniciou-se antes do processo de filtragem. Substância: Ácido benzóico Fórmula Molecular: C6H5COOH Fórmula Estrutural: Conclusão Portanto, ao fim da prática, foi possível utilizar diversas técnicas, como a utilização do sistema de filtração a vácuo, métodos para identificar o melhor solvente, recristalização e purificação de uma substância, também foi possível analisar a pureza da amostra e seu rendimento. A partir dos resultados que foram obtidos tanto durante a prática, foi possível determinar, após o processo de recristalização e obtenção da massa, algumas características físicas e químicas da substância desconhecida que tínhamos no início da prática, como o ponto de fusão, o nome da substância, e com a ajuda das informações que tínhamos no início da prática, calcular a sua fórmula molecular, determinar sua fórmula estrutural e por fim, identificar e determinar nome da substância. Para começar o processo de identificação da substância, com base no organograma, obtivemos como resposta os compostos da classe S2 de solubilidade. Partindo para as características físicas, foi possível verificar semelhanças quanto a aparência física, sua solubilidade em água e também no éter, visto que é uma das condições para sua possível classificação de solubilidade final. Obtivemos uma pequena diferença quanto ao ponto de fusão, pois ainda pode ser considerada a presença de impurezas na substância. Foi analisada, também, outra diferença após o cálculo de rendimento em relação à massa que era esperada, fornecida pela professora, devido a algumas fontes de erros que ocorreram durante o experimento. Ao fim de todo o processo, chegamos no composto aromático ácido benzóico, que tem sua fórmula molecular C6H5COOH, e características similares a substância desconhecida. Questões 1. Por que se usa papel de filtro pregueado na filtração a quente? Para aumentar a superfície de contato de filtração, o que aumenta a velocidade da filtração. 2. Qual a importância do resfriamento espontâneo da solução após seu aquecimento para dissolver o sólido a cristalizar? A solução deve ser permitida resfriar lentamente à temperatura ambiente. O resfriamento gradual é propício para a formação de cristais grandes e bem definidos. 3. Quando se usa funil de Büchner? E em que situação o funil de Hirsch é recomendado? O funil de Hirsch apresenta a mesma finalidade que o funil de Büchner no processo de filtração à vácuo. A principal diferença de ambos é referente ao volume da amostra usada. O funil de Hirsch é usado na separação de volumes menores, tipicamente de 1 a 10 mL (mas há funis de Hirsch para volumes maiores). Outra diferença é que no funil de Hirsch pode haver placa filtrante de vidro sinterizado (um vidro poroso, obtido a partir do aquecimento de partículas de vidro) no lugar da base com furos presente no Büchner. 4. Em que situação se usa a pistola de secagem de Abderhalden e quais as condições adequadas? A pistola de secagem de abderhalden é usada em situações em que se precisa retirar impurezas (geralmente essa impureza é água) e esse instrumento é utilizado para compostos orgânicos já que para moléculas inorgânicas existem outros métodos como a calcinação que não se usa em compostos orgânicos e as condições para o uso devem ser leve, suaves e cuidadosamente controlada. 5. Quais as características físicas do carvão ativo que o tornam tão úteis na remoção de impurezas coloridas e resinosas? O carvão ativo é um adsorvente poderoso e a sua estrutura é basicamente constituída por camadas hexagonais paralelas formadas de carbono tetraédrico, que estão interligadas pelos vértices dos átomos de carbono. Essa região pode acomodar uma série de elementos como oxigênio, nitrogênio e hidrogênio que podem estar na forma simples ou como grupos funcionais, e a absorção pode se dar por meios físicos, pelo tamanho dos poros separando macromolecules de micromoléculas ou por meio químico que está relacionado com a interação entre a superfície do carvão e das moléculas. 6. Qual o maior inconveniente da técnica de inoculação para induzir a cristalização? O maior inconveniente dessa técnica é que precisa se certificar que o cristal utilizado na inoculação é puro, pois, se houver alguma impureza, o meio será contaminado. 7.Quais os principais agentes secantes? Cloreto de cálcio , sílica gel , ácido sulfúrico concentrado ou pentóxido de fósforo. 8. Por que se realizam os testes de solubilidade da amostra na ordem crescente de polaridade dos solventes (etapa 4 do procedimento)? O teste é realizado na ordem crescente de polaridade, pois é necessário determinar qual polaridade será mais adequada à solubilização do soluto e, nos solventes disponibilizados, observa-se que, quanto menor a polaridade, maior a volatilidade. Assim, já que o solvente precisa ser à quente, um solvente de ponto de ebulição muito baixo não é interessante, pois será evaporado muito rápido. Já um solvente menos volátil, não será evaporado com facilidade, possibilitando que, com o aquecimento, a supersaturação da solução ocorra. Referências [1] Cromatografia: um breve ensaio. PubliSBQ, 7 de maio de 1998. Disponível em: <http://qnint.sbq.org.br/novo/index.php?hash =conceito.33>. [2] Cromatografia. Universidade da Madeira. Disponível em: <http://www3.uma.pt/quimica_organica/cont eudos/cromatografia.html>. [3] Crystallization. BYJU’S. Disponível em: <https://byjus.com/chemistry/crystallization/ >. [4] Diferença entre cristalização e recristalização. EsDifferent.com. Disponível em: <https://pt.esdifferent.com/difference-betwee n-crystallization-and-recrystallization>. [5] Processo de Filtração - Sistema de Filtração à vácuo e papel filtro. SPLabor, 6 de out. de 2016. Disponível em: <https://www.splabor.com.br/blog/filtracao/a prendendo-mais-processo-de-filtracao-separa cao-de-misturas/#:~:text=O%20papel%20pre gueado%20aumenta%20a%20%C3%A1rea %20de%20superf%C3%ADcie,de%20vidro %20e%20a%20mistura%20%C3%A9%20tra nsferida%20>. [6] Recrystallization. Wired Chemist. Disponível em: <http://www.wiredchemist.com/chemistry/in structional/laboratory-tutorials/recrystallizati on>. [7] De onde vêm os nomes das vidrarias de laboratório?. SciELO, agosto de 2018. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/qn/a/KfBLxyDrjy4P DmYdtKfSgCn/?lang=pt#:~:text=O%20funil %20de%20Hirsch%20%C3%A9%20usado% 20na%20separa%C3%A7%C3%A3o,present e%20no%20B%C3%BCchner.%2023%20%2C%2026%20%2C%2032>. [8] Pistola desecadora de Abderhalden. Quimicafacil.net, 29 de out. de 2018. Disponível em: <https://quimicafacil.net/infografias/pistola- desecadora-de-abderhalden/>. [9] Carvão ativo. Universidade Federal de São João Del-rei, 1 de out. de http://www.wiredchemist.com/chemistry/instructional/laboratory-tutorials/recrystallization http://www.wiredchemist.com/chemistry/instructional/laboratory-tutorials/recrystallization http://www.wiredchemist.com/chemistry/instructional/laboratory-tutorials/recrystallization 2008. Disponível em: <https://ufsj.edu.br/dcnat/carvao_ativo.php>.
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