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DOENÇAS EXANTE - MÁTICAS As lesões eritematosas relacionadas à vasodilata- ção desaparecem com a digito pressão. Exemplo: estrófulo. As lesões relacionadas ao extravasamen- to de sangue (lesões purpúricas), não desapare- cem à digito pressão. Exemplos: petéquias (meno- res) e equimoses (maiores). • Aspecto do exantema: pode ter um aspecto mobiliforme (áreas de pele sã com áreas de confluência do exantema) e aspecto escarlatini- forme (acometimento difuso). • Enantema: Lesões mucosas, conjuntivais, orais ou urogenitais, que podem estar associadas com erupções de pele. SARAMPO • ETIOLOGIA: Paramyxovírus • TRANSMISSÃO: Pessoa a pessoa (secreção respiratória ou saliva). Mais raramente pode haver transmissão por obje- tos contaminados. • INCUBAÇÃO: 10 a 12 dias. A maior parte dos vírus que levam ao aparecimento de doenças exantemáticas pos- sui tempo de incubação similar. Não é preciso de- corar todos os tempos de incubação, porém é preciso saber que quando a origem é viral, o tem- po é um pouco maior do que quando a origem é bacteriana. • CONTÁGIO: Começa 2 dias antes dos pródromos até 4 após o aparecimento do exantema, sendo a doença extremamente contagioso. Isso representa um grande problema – a pessoa pode estar infecta- da, porém ainda sem sintomas. • CLÍNICA: PRÓDROMO: 3 a 4 dias de febre alta (39º -40º) com tosse seca – geralmente quando o vírus do sarampo vai para o pulmão ocorre uma pneumo- nia atípica, parecida com a coqueluche, com tosse seca, intensa e metálica. Também há coriza, lacrimejamento, fotofobia, cefaleia, mal estar, prostração intensa, anorexia, às vezes sintomas gastrointestinais - diarreia e vômitos. Pode haver laringite e estomatite. Geralmente há linfonodo- megalia. Muitas vezes já há um quadro sistêmico importante, porém ainda sem a presença do exantema. A primeira manifestação que aparece (e que é a mais característica), é o enanetema. O enantema mais característico: manchas de Koplik (pontos brancos com halo hiperemiado presente na re- gião oposta aos molares). As manchas de Koplik costumam aparecer alguns dias antes do exan- tema. O período exantemático é caracterizado como: • Manchas maculopapulares eritematosas (ao toque, é perceptível um “relevo”). • Morbiliforme: possui áreas de confluência e áreas de pele sã • Evolução craniocaudal (a rubéola também costuma evoluir assim). O início geralmente é retroauricular. • Dura 3 a 4 dias, descamando após esse perío- do (exceto em pés e mãos). • Na fase do exantema, o paciente aparenta estar toxemiado. O sarampo é uma doença grave – independente do paciente ser imunos- suprimido ou não. O período catarral dura cerca de 5 dias e cor- responde ao período onde ocorrem os sintomas respiratórios: febre alta, tosse produtiva e outras manifestações respiratórias. A febre e o exantema muitas vezes regridem, mas a tosse pode persistir por longos períodos (tos- se residual). Isso é uma característica de todos os quadros virais ou de bactérias atípicas. Os principais grupos de risco são os pacientes <1 ano, desnutridos e adolescentes/ adultos (mas a maioria nesta faixa etária já está imune). • COMPLICAÇÕES: O grande problema do sarampo são suas com- plicações – sejam elas do próprio vírus ou, às ve- zes, uma infecção bacteriana secundária: - Virais • Laringite (às vezes com obstrução respiratória importante – insuficiência respiratória). • Pneumonia intersticial (causa óbito). • Traqueobronquite. • Encefalite pós-sarampo (rara). • Miocardite. • Lesões oculares (podem levar à cegueira). - Bacterianas (como infecção secundária) • Otite média (principal complicação) – pode le- var à surdez. • Sinusite. Outras: complicações hematológicas (púr-pura trombocitopênica), distúrbios neurológicos. • DIAGNÓSTICO: O diagnóstico do sarampo é basicamente clíni- co. Como é um quadro grave, também é usada a sorologia (dosagem de IgM a partir do 6º dia de exantema; dosagem de IgG inicial e 2-3 semanas após: o aumento observado deve ser 4x o título). O isolamento viral é usado algumas vezes (quan- do há acometimento gastrointestinal) – porém não é rotina. Exames anato-patológicos podem ser usados em pacientes com determinadas com- plicações. A rotina é: clínica + sorologia. • TRATAMENTO: O tratamento consiste em: Amanda Viol - Medicação sintomática: hidratar o paciente, an- titérmicos, higiene dos olhos e higiene nasal. - Quando há infecção bacteriana secundária usar ATB apropriado. - Quadros respiratórios graves: suporte intensivo. • PREVENÇÃO: A prevenção é feita através da vacina triviral (sa- rampo, caxumba e rubéola) realizada aos 12 me- ses. Aos 15 meses: tetraviral (triviral + varicela). Atualmente está tendo campanha para sarampo (1 a 5 anos). Sempre que reativa o sarampo reali- za-se a dose zero a partir de 6 meses da reativa- ção. Além disso, é relevante o cuidado com os con- tactantes (aplicar vacina até 3 dias após o con- tágio e até 6 dias aplicar imunoglobulina humana normal – indicada para imunodeficientes, grávidas e < 1 ano). Nota: realizar a vacina em até 72 horas faz com que a resposta da vacina seja mais rápida que a da infecção. Também deve ser feito isolamento respiratório desse paciente (uso de máscara) até 5 dias após o início do exantema – período de maior transmissão. RUBÉOLA • ETIOLOGIA: Togavírus • TRANSMISSÃO: Pessoa a pessoa por via aérea (perdigotos); via congênita (o grande problema da rubéola); rara- mente urina e fezes de infectados. • INCUBAÇÃO: 14 a 21 dias • CONTÁGIO: Poucos dias antes até 5 – 7 dias após a erupção. No caso de infecção congênita, são considerados infectantes até 1 ano de idade ou até que a pes- quisa de vírus na nasofaringe e na urina se negati- vem. • CLÍNICA: Na criança, a rubéola geralmente é benigna ou assintomática e, em sua forma congênita, é ex- tremamente grave. Quando pensamos na vaci- nação da rubéola, a intenção é evitar a sua for- ma congênita. Em crianças muitas vezes não há pródromos. A fase prodrômica é mais presente em adolescen- tes/ adultos, onde pode aparecer sintomas sistê- micos (febre, mal estar, anorexia) que antecedem o exantema em 1 a 2 dias. O exantema na rubéola é muito mais discreto. É caracterizado como maculopapular (ou seja, manchas + relevo) róseo, com evolução cranio- caudal. O tronco é o local mais acometido, ge- ralmente. O exantema possui curta duração (cer- ca de 3 dias). A adenomegalia é uma das principais caracterís- ticas da rubéola. Ela é generalizada, mas está principalmente nas regiões retroauricular e cervi- cal. Pode haver esplenomegalia e hepatomegalia (mais raro). Pode haver período catarral (3 – 5 dias), com fe- bre, odinofagia, conjuntivite, coriza e rash cutâ- neo, porém, na rubéola ele é muito mais brando do que no sarampo. Obs: exantema mais róseo e mais rápido do que o do sarampo. • COMPLICAÇÕES: Entre elas estão: púrpura trombocitopênica, en- cefalite, artrite em mulheres (mais comum – não se sabe o porquê da maior incidência no sexo femi- nino). O grande problema está relacionado às grávidas – muitas vezes há morte fetal e, quando o bebê nasce, há grande chance dele apresentar a síndrome da rubéola congênita (microcefalia, al- terações oculares e auditivas, retardo do cresci- mento, alterações cardíacas). A vacinação em crianças visa fundamentalmente a proteção das mulheres susceptíveis do seu convívio. • DIAGNÓSTICO: O diagnóstico é clínico. Existe a possibilidade de isolar o vírus, o que é muito realizado em mulheres com dores articulares (punção do líquido sinovial). O que é mais realiza- do, no entanto, é a sorologia. • PREVENÇÃO: A prevenção da rubéola é a mesma do saram- po: vacina triviral aos 12 meses e reforço (tetravi- ral) aos 15 meses. É indicado um reforço pré-pube- ral (um pouco antes da idade fértil). A vacina é contraindicada para gestantes e é recomendado um intervalo de 30 dias antes de engravidar. Cuidado com oscontactantes (observação); isolar doente de gestantes susceptíveis. ESCARLATINA • ETIOLOGIA: Causada pelas toxinas do Streptococcus pyoge- nes (B-hemolítico do grupo A). Afeta geralmente crianças de 5 – 12 anos. • INCUBAÇÃO: 2 – 5 dias nos quadros de faringite; 7 – 10 dias em quadros de piodermite. • CLÍNICA: Os pródromos podem durar até 2 dias e apresen- tam febre alta, odinofagia, faringite, adenomega- lia cervical, podem ocorrer vômitos e cefaleia. O exantema da escarlatina é muito característi- co: difuso e vermelho intenso com a pele áspera Amanda Viol (sensação de “lixa” ao toque). Inicia-se no tórax e se dissemina para o tronco, pescoço e membros – poupando as palmas das mãos e plantas dos pés. Ocorre descamação (muito característico) após 5 – 7 dias. Sinais característicos da escarlatina: • Sinal de Filatov: palidez perioral constrastan- do com bochechas e testa hiperemiadas (“boca de palhaço”). • Língua saburrosa: no 1º e 2º dia a língua apresenta-se recoberta por uma camada branca. • Língua em framboesa: a partir do 3º - 4º dia, há hipertrofia e hiperemia das papilas lin- guais. • Sinal de Pastia: petéquias nas dobras articu- lares ou em outras áreas das extremidades formando linhas transversais com pigmenta- ção residual quando o eritema petequial desaparece. • COMPLICAÇÕES: Glomerulonefrite pós-estreptocócica, abscesso amigdaliano, mastoidite e otite. • DIAGNÓSTICO: DIFERENCIAL: Rubéola (lembrar que de acordo com a epidemiologia, atualmente é muito mais provável que seja escarlatina do que rubéola); Eritema por exposição solar; Reação adversa a drogas; Doença de Kawasaki; Sd da pele escal- dada estafilocócica, Mononucleose, Dengue. O diagnóstico é clínico. Também é comum pedir hemograma (haverá leucocitose), dosagem de ASLO (>200, porém só aumenta na 2ª semana). Obs: atenção para pacientes que fazem amigda- lite de repetição: costumam manter nível de ASLO elevado por muito tempo – não é necessariamen- te correspondente ao quadro atual. Há possibilidade de tentar isolar o estreptococos (cultura) e testes rápidos. • TRATAMENTO: O tratamento é feito com penicilina benzatina – dose única IM OU amoxicilina por 10 dias. • PREVENÇÃO: Precauções respiratórias até 24 – 48 horas após o início de ATB eficaz. Após 48 horas o paciente já pode ir para a escola. O uso de ATB para pessoas que têm contato íntimo com o paciente (ex: mo- radores da mesma casa) é questionável. VARICELA • ETIOLOGIA: Varicela-zoster • TRANSMISSÃO: Aerossol, contato direto (exsudato de lesões ati- vas) ou ainda transmissão vertical. Depois que forma crostas, não há mas transmis- são. • INCUBAÇÃO: 10 – 21 dias. • CLÍNICA: Período prodrômico de 24 horas com sintomas inespecíficos (febre, mal estar, artralgia). O exan- tema (pábulo vesicular pruriginoso) começa com máculas eritematosas – pápulas – vesículas – úlce- ras – crostas. O mais característico é o polimorfis- mo: há lesões em diferentes estágios. Também há tendência centrípeta: maioria das lesões no tron- co. As lesões acometem pele e mucosas e o pru- rido é constante. Há linfoadenomegalia generali- zada. • COMPLICAÇÕES: Úlceras de córnea, cicatrizes na pele (principal- mente quando há contaminação das lesões, re- moção precoce das crostas ou exposição ao sol), infecções bacterianas secundárias e síndrome de Reye. Também pode ocorrer pneumonia interstici- al, encefalite e manifestações hemorrágicas – es- sas são mais comuns em imunossuprimidos. Forma congênita: os braços podem nascer mais curtos, coriorretinite, lesões na pele, meningoence- falite, aborto. • DIAGNÓSTICO: A clínica geralmente é suficiente. Pode ser usada sorologia para pesquisa de IgM e IgG. Também há possibilidade de usar o raspado das vesículas para pesquisa do vírus (apenas à nível de pesquisa). • TRATAMENTO: Tratamento de suporte: Antitérmicos (evitar uso de salicilatos pelo risco de síndrome de Reye), anti-histamínicos (preferência para os sedativos – polaramine, por exemplo), higiene corporal (ba- nho com permanganato de potássio 1:40000), ATB apenas em casos de infecção secundária (devem cobrir S. pyogenes e S. Aureus). • PREVENÇÃO: Vacinação: com 15 meses (tetraviral) + reforço aos 4 anos. Em casos de contato com pessoas infectadas, é possível fazer vacinação de bloqueio até 5 dias após o contato. Mesmo que a pessoa pegue vari- cela, o quadro será mais brando. Alguns grupos têm direito à imunoglobulina – pa- cientes até 4 dias após o contato, mas que não podem receber a vacina. São eles: • Gestantes e imunossuprimidos • RN cujas mães contraíram a doença 5 dias antes - 2 dias após o parto • RN prematuro > 28 semanas cuja mãe não teve história de varicela • RN prematuro < 28 semanas independente da história materna • Menores de 9 meses hopitalizados O aciclovir pode ser usado como profilaxia em imunodeprimidos até 24 horas após o início da Amanda Viol erupção quando não se dispõe de imunoglobuli- nas para varicela (uso discutível). ERITEMA INFECCIOSO • ETIOLOGIA: Parvovírus humano B19 • TRANSMISSÃO: Via aérea por meio de perdigotos. 5 – 15 (pico 7 anos) • CLÍNICA: Geralmente não há pródromos. O exantema é o primeiro sintoma e muito carac- terístico: “face esbofeteada” – bochechas verme- lhas com restante do rosto poupado. De 1 – 4 dias há evolução para os membros (primeiro a face extensora e depois a flexora). Depois adquire o aspecto rendilhado e pode durar mais de 10 dias. Pode sofrer exacerbação com exercício físico, ca- lor ou sol (isso serve para qualquer tipo de exan- tema). • COMPLICAÇÕES: Em pacientes hemofílicos, pode ocorrer crise aplásica. • DIAGNÓSTICO: Diagnóstico clínico (existe sorologia, mas na grande maioria das vezes não é necessária). • TRATAMENTO: O tratamento é feito apenas com medicações sintomáticas. • PREVENÇÃO: A prevenção deve ser feita apenas em portado- res de hemoglobinopatias e gestantes (gamaglo- bulina para evitar a transmissão para o feto). EXANTEMA SÚBITO • ETIOLOGIA: Herpes vírus 6 e 7. • TRANSMISSÃO: Por perdigotos Geralmente acomete crianças de 6 meses – 6 anos (principalmente < 2 anos). Isolamento desnecessário. • CLÍNICA: Febre alta ( 39º - 40º graus) por cerca de 3 – 4 dias. Apesar da febre alta, o paciente não está toxemiado. Pode haver linfadenomegalia cervical. De repente a febre cede e aparece o exantema. O exantema é discreto e pode passar desaperce- bido. • COMPLICAÇÕES: Convulsão febril. • DIAGNÓSTICO: Clínico. • TRATAMENTO: Sintomático (antitérmico e muitas vezes o prurido não requer uso de anti-histamínico). MONONUCLEOSE INFECCIOSA • ETIOLOGIA: Vírus Epstein-Barr. • TRANSMISSÃO: Saliva. O período de transmissão é prolongado – mesmo sem a doença a pessoa pode transmitir a doença. • INCUBAÇÃO: Variável (10 – 50 dias). • CLÍNICA: Os pródromos ocorrem de 2 – 3 dias com uma doença febril + faringite exsudativa em 50% dos casos. Pode haver petéquias em palato e adenomega- lias dolorosas. Pode haver esplenomegalia, hepa- tomegalia, exantema variável, porém há piora com uso de amoxicilina. • COMPLICAÇÕES: Hemorragia ou ruptura do baço; Trombocitope- nia; Anemia hemolítica; Complicações neurológi- cas. • DIAGNÓSTICO: Clínico. Os exames laboratoriais são inespecíficos: 1) Hemograma: linfocitose com linfócitos atípicos (células de Downey), leucopenia na primeira se- mana e depois leucocitose; 2) Transaminases e bilirrubinas podem estar levemente aumentadas. Diagnóstico específico: monotest (qualitativo) e Paul Bunnel (quantitativo). A sorologia é mais usa- da (porém leva cerca de 5 a 6 dias para começar a aparecer IgM). Obs: sempre que houver uma sorologia “estra- nha”, que contiver vários anticorpos reagentes – pensar em Epstein-Barr: ele pode fazer isso. • TRATAMENTO: Hidratação, analgésicos, antitérmicos e repouso. Em casos com sintomatologia grave com obstru- ção respiratória importante,esplenomegalia vo- lumosa entre outras complicações: uso de corti- coide + avaliar necessidade de suporte ventilató- rio (menos comum). Aciclovir para imunocom- prometidos. • PREVENÇÃO: Uso de luvas e máscaras ao manipular doentes com mononucleose Amanda Viol ENTEROVIROSES • ETIOLOGIA: RNA vírus — Coxsackie A (23) e B (6) • TRANSMISSÃO: Fecal-oral. Tempo de contágio variável. • INCUBAÇÃO: 3 – 6 dias. • CLÍNICA: O exantema pode ser maculo-papular, vesicular, petequial e urticariforme. DOENÇA MAO-PE-BOCA (coxsackie): febre bai- xe, anorexia, vesículas e úlceras dolorosas na boca, pápulas e vesículas em dedos, dorso, pal- mas, plantas e períneo. Não há nada a se fazer. Exantema de Boston (Echo 16): úlceras nas amígdalas e platô mole, semelhante à herpangina (forma do coxsackie que só afeta a garganta). • DIAGNÓSTICO: Clínico. Existe a possibilidade de isolar o vírus nas fezes mas geralmente não é feito – doença be- nigna. SÍNDROME DE KAWASAKI Vasculite febril aguda • ETIOLOGIA: Desconhecida. • TRANSMISSÃO: Pico de incidência: 6 – 18 meses. • CLÍNICA: Critérios diagnósticos: Febre por mais de 5 dias + 4 critérios abaixo: • Hiperemia conjuntiva bilateral; • Alterações de mucosa (eritema e/ou fissura la- bial); • Alterações de extremidades (edema endurado de mãos e pés e/ou eritema palmoplantar e/ou descamação dos dedos); • Exantema polimorfo (sem vesículas ou crostas); • Adenomegalia cervical com diâmetro superior a 1,5cm, habitualmente unilateral. Outras manifestações: artralgia, artrite, miosite, meningite asséptica, diarreia, dor abdominal, icte- rícia obstrutiva, vesícula hidrópica, descamação perineal, miocardite, pericardite, insuficiência mi- tral, uretrite, uveíte anterior e enduração do local da aplicação da vacina do BCG. • COMPLICAÇÕES: Casos não tratados: 15-25%: aneurismas, estendes e irregularidades de artérias coronarianas ; doença cardíaca isquemia, IAM e morte súbita precoce ou tardia. Casos tratados: 5%: dilatação coronariana transitória. 1%: aneurismas gigantes (>8mm de diametro) • DIAGNÓSTICO: Pelos critérios diagnósticos. Laboratorial: anemia/ leucocitose (>15000); pla- quetose (400000 a 3000000/ mm3) / aumento PCR e VHS • TRATAMENTO: Precoce (até 10 dias de doença): 1) Gamaglobulina endovenosa: 2g/kg em infu- são contínua de 10 horas. Repetir 1 a 2 vezes se febre recorrente. 2) AAS: 80-100mg/kg/dia de 6/6 horas até ficar afebril. Então reduzir para 3-5mg/kg/dia até 6-8 semanas de seguimento. Se alterações coro- narianas, manter indefinidamente. Outros: anticorpo monoclonal anti-TNF alfa, me- totrexate, ciclofosfamida. Casos refratários: pulsoterapia-> metilprednisolo- na 30mg/kg/dia EV em 2 horas por 3 dias. Amanda Viol
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