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INSTITUTO MASTER DE ENSINO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS ANA CLARISSA ALVES MARTINS MAGALHÃES ÉRIKA LEMES PEREIRA “Uberização, trabalho digital e indústria 4.0” BACHARELADO EM DIREITO ARAGUARI 2021 ANA CLARISSA ALVES MARTINS MAGALHÃES ÉRIKA LEMES PEREIRA “Uberização, trabalho digital e indústria 4.0” Trabalho Discente Efetivo apresentado a Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos como requisito parcial para obtenção de nota sob a orientação da Prof.ª Dra. Camilla Fernandes Moreira e Prof. Rodrigo Guilherme Tomaz. ARAGUARI 2021 No debate em vídeo: Prosa sociológica com lançamento do livro “Uberização, trabalho digital e indústria 4.0”, discute como o ser humano enquanto empregado é visto como sendo um mero objeto, que quando adoece, acidenta-se e fica incapacitado de trabalhar como ocorre em várias partes do globo vira automaticamente descartável e coloca-se outro individuo em seu lugar como nas fabricas de grandes marcas no Sudeste Asiático ou na América Latina, sem que seja dada qualquer espécie de suporte para aquele indivíduo. Ademais, vale ainda citar que a maioria destes possuem salários baixíssimos, como ocorre em fabricas da Nike na Asia, em que o trabalhador possui o salário de US$ 1.00 por dia e ao chegarem aos seus mercados consumidores são vendidos a preços arrasadores, o que por sua vez, acaba criando uma competição e controle desses trabalhadores que para deslocarem da péssima condição de vida, aceitam tal tratamento e acabam por permanecer na pobreza ou ainda ficar abaixo da linha da pobreza, sem qualquer tipo de assistência da empresa e dos governos locais, que compactuam com tais atitudes. Valem lembrar que, segundo Ricardo Antunes, “Não há celulares, computadores, satélites, algoritmos, big data, internet das coisas, indústria 4.0, 5G”, ou seja, nada do chamado mundo virtual e digital que não dependa do labor que começa nos subterrâneos, nas “sucursais do inferno”, fazendo assim jus ao início do texto, já que sem o trabalho humano as maquinas não existiriam e nem funcionariam, pois esses dependem do trabalho humano na maioria das vezes, escravo para chegar aos consumidores. Ademais, nota-se também que esse debate nos faz compreender qual o custo exigido de trabalhadores, principalmente dos países emergentes e subdesenvolvidos, para que o planeta viva a era global celebrada pelos grandes barões das grandes empresas e multinacionais, e na velocidade e comodidade em que estamos acostumados a viver desde a invenção da internet, na década de 1980 e com a neo globalização, a partir da década de 90 com a extinção da União Soviética. Também vale ressaltar que, no decorrer da conferencia percebe-se que o mundo de trabalho moderno traz a seguinte afirmação ‘‘menos direita, mais empregos’’, o que caracteriza por si só um abandono da proteção legal trabalhista que esses indivíduos possuíam de acordo com a era do Estado do bem estar social, segmento jurídico esse estabelecido nos pós Segunda Guerra Mundial nas nações europeias e adotados em outros países mundo afora. Por fim, percebe-se também que na utopia de um mundo de trabalho mais virtual, ascético, limpo e paradisíaco, acaba-se por dizer que esse modelo é totalmente inexistente e falho, uma vez que em várias partes do globo ainda reina-se o capitalismo primitivo da Primeira Revolução Industrial, em que há exploração e pobreza extrema dos pobres e acumulação e riqueza para os ricos.
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