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Técnica aberta, fechada e semi-fechada em equinos. Iniciar com o exame físico geral do animal, avaliando-se estado físico geral, mucosas, tpc, temperatura e etc, depois realizar o exame específico do sistema reprodutor avaliando-se pênis, testículo (anatomia, posição, temperatura, conformação). Após isso iniciar o procedimento. Colocar o animal em um ambiente mais tranquilo e limpo possível, fazer a contenção do mesmo, podendo fazer o uso de cordas. Realizar o bloqueio local dos testículos com Lidocaína 2% sem vasoconstritor. Fazer o bloqueio do cordão espermático, com a utilização de um cateter inserindo-o em ângulo de 90° até sentir a ponta do cateter no dedo, instigar 10 mL de lidocaína no cordão. Após isso, fazer a assepsia do testículo com água e clorexidine. Técnica aberta: Utilizar um bisturi para fazer a incisão de pele paralela à rafe testicular, caudalmente. Fazer a incisão das túnicas vaginais. Exteriorizar os testículos e identificar as estruturas. Transfixar o testículo o mais próximo possível do abdômen, com objetivo de se afastar ao máximo da cauda do epidídimo, essa transfixação pode ser realizada com o uso de emasculador que deve permanecer por no mínimo 20 minutos. Realizar a remoção dos testículos e cordão espermático. Algumas particularidades importantes desta técnica é que secciona-se túnica vaginal, separa-se o músculo cremaster da túnica dartus e secciona-se o mesórquio. A vantagem desta técnica é permitir realizar a ligadura de forma mais fácil e tem menor chance de formação de edema. A desvantagem é que expõe a cavidade peritoneal, causando risco de herniação. Técnica fechada: Essa técnica é semelhante a técnica aberta, porém, neste caso, não há remoção da túnica dartus e nem exposição do parênquima testicular. É utilizada principalmente em animais com hérnias escrotais ou suspeitas. Técnica semi-fechada: É semelhante à técnica aberta, porém, após a retirada dos testículos e do cordão espermático, é feita a síntese da túnica vaginal com fio inabsorvível 0. Além disso, é realizada somente no centro cirúrgico, com o animal em posição ventro dorsal, sob anestesia geral de Detomidina 40-60 mg/kg. A terapêutica e cuidados pós cirúrgicos incluem utilização de Flunixin 1,1 mg/kg, SID, durante 5 dias, soro antitetânico 5.000 UI/Kg, associação de penicilinas 18.000 UI/Kg. Os cuidados incluem limpeza da ferida com água e clorexidine diariamente, fazendo ducha por aproximadamente 5 minutos de cada lado, uso de pomadas cicatrizantes à base de Vaselina e spray repelente. Importante que esse animal faça uma caminhada durante 10 minutos nos 3 primeiros dias e de 20 minutos nos 5 dias posteriores, podendo também utilizar piquetes. O retorno da atividade é em torno de 15-20 dias. A principal complicação da orquiectomia é a presença de hemorragia no pós cirúrgico. Uma hemorragia no pós-cirúrgico é considerada tolerável até 3g/segundo nas primeiras 24 horas, se a hemorragia persistir existem duas possibilidades que podem tentar reverter esta situação A primeira delas é utilizar uma bucha de gaze na bolsa escrotal e fazer a sutura com fio inabsorvível, número 0, fazer uso de anti-hemorrágicos, como ácido trasmexâmico, realizar o hemograma deste animal para avaliar a situação e se necessário, realizar transfusão sanguínea. A segunda possibilidade é realizar uma celiotomia, buscando o coto, além do uso de anti-hemorrágicos, avaliar o hemograma e se necessário realizar a transfusão. 1. Orquiectomia em ruminantes A orquiectomia em ruminantes pode ser realizada com o animal em posição quadrupedal ou em decúbito lateral direito. Neste tipo de técnica é menos comum o uso de emasculação, sendo mais comum o uso de braçadeira inguinal. A técnica consiste em fazer uma incisão de pele circundando o escroto, resseccionar pele e túnica dartus, fazer a exposição do testículo com uma leve tração, realizar a incisão das túnicas vaginais, expor os testículos, identificar e isolar as estruturas, fazer a incisão do mesórquio e liberação do músculo cremaster, fazer a transfixação e ligadura do cordão espermático podendo-se utilizar fio nylon inabsórvivel 1-2, realizar a incisão do cordão espermático e ressecção do testículo. A terapêutica utilizada no pós operatório inclui uso de Flunixin 1,1 mg/Kg, IM, durante 5 dias, soro antitetânico 30.000 UI/Kg. Os cuidados incluem lavagem diária com ducha e uso de spray repelente. 2. Orquiectomia em suínos A técnica de orquiectomia em suínos pode ser realizada com até 7 dias do nascimento do animal, sendo ideal no primeiro dia de nascimento. A ideia de antes era que não era necessário realizar sedação, pois a inervação do canal inguinal não está totalmente desenvolvida com o animal no primeiro dia de vida. Porém, com os avanços do bem estar animal, a sedação deve ser realizada pois mesmo não havendo inervação do canal inguinal,há presença de inervação na pele, o que pode causar dor no animal se o mesmo procedimento não for utilizado sedação. Deste forma, para leitões pode-se utilizar um botão de 2 mL de Lidocaína com Flunixim. Técnica em leitões É realizado duas incisões verticais em torno de 2-3 cm e após a incisão cutânea, os testículos são pressionados. Realizar a ligadura bilateral dos cordões espermáticos, podendo-se usar abraçadeira de nylon e por fim realizar a remoção dos testículos. Técnica em suínos adultos O bloqueio neste caso é intracordonal, com ângulo de 90 °em direção abdômen com lidocaína 2%. Utilização de xilazina 0,2 mg/kg ou acepromazina 5 mg/kg. Nesta técnica também são utilizados 2 incisões verticais na bolsa, mais ventralmente possível, pressionar os testículos, fazer a incisão da túnica e músculo cremaster, realizar a ligadura com abraçadeira de nylon e fazer a remoção dos testículos e estruturas. A terapêutica pós inclui uso de Flunixin 1,1 mg/kg, soro antitetânico 5.000 UI/Kg e curativo local com lavagem antes com água e clorexidine e uso de spray repelente.
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