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1 Prof.ª Grace Barros Doutoranda em Fisiopatologia Clínica e Experimental - UERJ Mestre Ciências Cardiovasculares – UFF Especialista em Fisiologia Humana e do Exercício - FAMATH Especialista em Gestão do EAD - UFF Graduada em Educação Física – UERJ Disciplina: BEM-ESTAR E CONDICIONAMENTO FÍSICO Aula: Treinamento Funcional • “Treino funcional envolve movimentos que são específicos – em termos de mecânica, coordenação e/ou energética – para as atividades do dia-a-dia.” NSCA (2005) • “O treino funcional envolve mais que o treino em superfícies instáveis, bolas de estabilidade e elásticos. O treino funcional engloba um conjunto de métodos e aplicações que ajudam na transferência do treino para a competição (…) a função deve ser vista como uma abordagem integrada (ao contrário de isolada) que envolve o movimento de partes múltiplas do corpo em múltiplos planos.” Vern Gambetta, Athletic Development, The Art and Science of Functional Sports Conditioning (2007) • “O treino funcional incorpora o objetivo de aumentar a força ao longo da cadeia de ligação do corpo. Isto garante que a força é gerada rapidamente, através de movimentos e posturas complexas, num ambiente que preserva o equilíbrio e a estabilidade das articulações enquanto evita riscos de lesão.” Stuart McGill, Ultimate Back Fitness and Performance (2009) TREINAMENTO FUNCIONAL - conceito • Musculação x Treinamento Funcional Músculos x Qualidade de Movimento / Treinamento Global Ganhou popularidade no Brasil na década de 1990 com lutadores. Mas é muito antigo / método naturais / correr, agachar, saltar, se deslocar, empurrar e puxar. • Treinamento Funcional x Crossfit O Cross utiliza movimentos funcionais variados e de alta intensidade / competição / desempenho O Crossfit foi criado na década de 1990, na Califórnia (Estados Unidos), pelo ex-ginasta Greg Glassman. Sua ideia foi desenvolver um método desafiador baseado em exercícios funcionais de alta intensidade. A criação do Crossfit tem a ver com sua história, já que ele foi vítima de poliomielite e usou a ginástica para superar seus limites, com o ganho de força. Diferença entre modalidades • Mas não será a nossa vida diária um constante desafio à melhoria das nossas capacidades físicas e performance? • TREINAMENTO FUNCIONAL • ATIVIDADE DIÁRIA X COMPETIÇÃO Combinações intencionais de segmentos estáveis e móveis TREINAMENTO FUNCIONAL - conceito Obs: Ensine primeiro o movimento somente com o peso corporal para depois executar com implementos • Um princípio do treinamento funcional é a propriocepção, ou seja, a sensibilidade para receber estímulos oriundos do próprio corpo. • É a noção de consciência corporal, que traz benefícios para a capacidade funcional do corpo com um todo. • Qualidade de movimento como prioridade TREINAMENTO FUNCIONAL - conceito Coordenação intramuscular e intermuscular 1. Proteger lesão 2. Regulam movimento 3. Consciência corporal Quando Alonga demais Faz contrair Quando contrai demais Faz relaxar Flexibilidade (amplitude articular) x Mobilidade (no movimento) 1 2 3 4 5 6 2 Aspectos importantes na elaboração de programas de treinamento 1. Qualidade de movimento (técnica) 2. Sobrecarga adequada 3. Treinamento dos estabilizadores 4. Transferência para a tarefa motora específica Profª. Christina Rigo 7Boyle (2014), ACSM (2017) TREINAMENTO CONCORRENTE (mais de uma valência) Treinamento MISTO provoca efeitos mistos Efeito concorrente ou interferência Seg – F Ter – RA + F + M Qua – RA Qui – F + A SESSÃO DE TREINAMENTO • Frequência • Objetivos / Valências / Movimentos • Densidade (complexidade) • Volume • Intensidade • Modo de execução do exercício • Quantidade de exercícios • Ordem dos exercícios / intensidade • Séries • Repetições / tempo • Intervalos de recuperação • O modo de recuperação (ativa ou passiva) Coerente com a Periodização do Treinamento - Choque (intensa) - Ordinário (moderado) - Taper / deload (recuperativo) O O C R Princípio da Individualidade Biológica Princípio da Adaptação – SAG /aguda e crônica/overtraining Princípio da Relação Ótima Carga-Repouso / Princípio da Carga Progressiva (Sobrecarga) Princípio da Continuidade (Reversibilidade) Princípio da Especificidade (físicas, metabólicas, anatômicas, neurais, biomecânicas) Princípio da Variabilidade do Treinamento (diminuir a monotonia) Princípio da Interdependência Volume–Intensidade Princípio da Treinabilidade Princípios Gerais do Treinamento • Faça análise funcional do movimento • Não faça testes de movimento junto com testes de desempenho. Você não verá o elo mais fraco (gera movimentos compensatórios inadequados). TREINAMENTO FUNCIONAL - dicas Progressões do movimento ou progressões do exercício • Mobilidade antes da estabilidade no movimento. • Mobilidade: liberdade de movimento em segmentos móveis. O termo amplamente inclui e engloba tanto amplitude articular de movimento quanto flexibilidade tecidual e muscular. • Estabilidade: habilidade de controlar o movimento em um segmento particular na presença de força, tensão, carga e movimento. (estática e depois dinâmica) “não adicione força à disfunção” 7 8 9 10 11 12 3 Métodos A. Método Direto – complexidade baixa B. Método por Partes – complexidade média/alta Métodos Métodos INTENSIDADE Acelerar Diminuir Métodos Métodos Métodos 1º bloco 2º bloco 3º bloco 13 14 15 16 17 18 4 Progressão Pedagógica VARIAÇÕES: Para estímulo Efeito / Adaptação Psicológica / motivação Progressão Pedagógica • Propriocepção (FNM e OTG) • Equilíbrio • Estabilizadora Progressão Pedagógica Progressão Pedagógica Progressão Pedagógica Progressão Pedagógica Isometria • Redução da Intensidade / isometria em substituição do exercício completo • Aumento da Intensidade / pré-exaustão / pós-exercício • Cautela grupos especiais / respostas cardiovasculares (pressão arterial, FC) • O ganho de Força muito particular cada arco / grau de movimento 19 20 21 22 23 24 5 Posição Corporal Modalidades dos Exercícios no Crosstraining Correr Pedalar Remar Pular Corda Circuitos aeróbicos 4 pilares de movimento no Funcional PARTE SUPERIOR DO CORPO TRONCO / COLUNA PARTE INFERIOR DO CORPO Posição Bípede e Locomoção (musculatura antigravítica) Pontes / pranchas Estabilização Habilidades bimotoras Walking Variação de Alavancas no centro de massa do corpo (mudanças de nível) Flexão/Extensão da coluna Lunges Agachamentos Steps ups Leg Puxar / Empurrar (horizontal e vertical) Presses e pulls Reaches Rotação, produção de força rotacional e mudanças de direção Rotações Drills com mudanças de direção “Se treinarmos músculos, esqueceremos Movimentos, mas se treinarmos Movimentos nunca esqueceremos os músculos.” (Winkelman, 2011). Transverso Empurrar / Push Puxar / Pull • “Caixa com os músculos abdominais na frente, os paravertebrais e glúteos na parte de trás, o diafragma como o telhado, e o solo pélvico e a musculatura da anca como o solo.” Schoenfeld et al. (2011) Core Treinamento de Músculo Respiratório 25 26 27 28 29 30 6 • Exercícios Região Anterior do Core - função de anti-extensão • Prancha Frontal; • Curl Up (abdominais); • Deadbug; • Roll Out. Core • Exercícios Região Posterior do Core - função de antiflexão • Ponte de Glúteos (com 2 pernas e/ou 1 perna); • Birdog (Pointer); • Peso Morto e variações. Core • Exercícios Região Lateral do Core - função de antiflexão lateral • Prancha Lateral; • Waiter’s Walks; • Farmer Carries/Walks (1 braço, 2 braços). • Swing com kettlebell Core • Exercícios Região Rotacional do Core - função de antirrotação • Pallof Presses; • Isometric Holds. Core 31 32 33 34 35 36 7 Exercícios Integrados Exercícios integrados • Chops; • Lifts; • Agachamentos; • Walking Lunges; • Exercícios integrados • Exercícios com Bolas Medicinais; https://www.shape.com/fitness/workouts/8-total-body-stability-ball- exercises-go-beyond-basic-cruncheshttps://www.youtube.com/watch?v=4Qp4kP MKjXo&t=16s Exercícios Integrados • Exercícios integrados • Turkish Get Up; • KB Swings; Exercícios Integrados • Exercícios integrados • Rope Training; https://dailyburn.com/life/fitness/battle- ropes-workout-video/ Exercícios Integrados • Exercícios integrados • Burpees Exercícios Integrados https://www.livestrong.com/slideshow/1011335-15-burpee- variations-kick-butt/ Siga a lógica: • Oblíquos externos fracos permitem inclinação anterior; • Inclinação anterior possibilita o encurtamento do psoas; • Psoas encurtado inibe o glúteo; • Glúteos fracos e psoas tenso impedem a extensão do quadril; Dores Lombares 37 38 39 40 41 42 8 43 Sobrecarga (peso) % de 1RM Intervalos Complexidade Posição Corporal Sequência dos Exercícios Frequência Cardíaca PSE Duração do treino Nº de Exercícios Nº de repetições Nº de séries Quantas vezes por semana ou por dia Como quantificar o treinamento Individualização de Carga de Treinamento POR REPETIÇÃO POR TEMPO Quando o tempo é o mesmo, cada um faz na sua velocidade VARIÁVEIS FISIOLÓGICAS % FC MÁX % FC DE RESERVA PSE – BORG % DE 1 RM 10RM OU 15 RM % DE REP MÁX DE EXERCÍCIO SEM CARGA EXTERNA Organização das Variáveis do Treinamento Frequência Semanal? Iniciantes - precisam de menor Nº (2ª 3x – na adaptação 1x é suficiente) Treinados – 3x ou mais Programas Únicos ou Variados? Iniciantes – Programa único com 8 a 10 exercícios Treinados – Programas Variados conforme frequência semanal Ordem dos Exercícios? Fazer primeiros os prioritários (atentar para exercícios com grupamentos menores não atrapalharem o desempenho de outros multiarticulares) Número de Séries para cada Exercício? Iniciantes - precisam de menor Nº ( 1 a 2x) Treinados possuem melhor efeito com 3 a 4 x Circuito aeróbico x anaeróbico Critérios Intensivo / anaeróbico Extensivo / aeróbico N. de estações 4 a 8 / 6 a 10 8 a 20 N. de passagens 2 a 3 2 a 3 Repetições 2 a 12 15 a 30 Intervalo entre estações 30’’ a 90’’ 15 a 30’’ Intervalo entre passagens 2 a 4 minutos 1 a 2 minutos Forma de execução Rápida Moderada Duração do estímulo 10 a 20 seg por estação Total de 10 a 30 min 20 a 60 seg por estação Total de 15 a 50 min Efeito do treinamento Força rápida, explosiva, máxima Força resistente, RML Sistema energético Anaeróbico Aeróbico Weineck (2003)Weineck (2003) ; Dantas e Geraldes, 1998) Ativa Passiva? Estrutura básica dos programas Profª. Christina Rigo 47 Etapa Exercícios Prescrição Automassagem Rolo, bolinha, stick 5’ Mobilidade/ estabilidade Mobilidade: tornozelo, quadril, torácica Estabilidade: lombar, escápula 5 a 10’ 1 a 2 séries 20 a 30” p/ exercAtivações Glúteo, CORE Aquecimento Deslocamentos, alongamentos dinâmicos, integração 5’ 2 a 5 exercícios Habilidades Potência (MMII e MMSS) Agilidade Deslocamentos (linear e lateral) 10 a 15’ 3 a 5 séries 3 a 6 reps Força – 1º bloco Dominância joelho (bilateral e unilateral) Dominância de quadril (bilateral e unilateral) Empurrar horizontal e vertical Puxar horizontal e vertical CORE – Antiflexão anterior, lateral e rotacional Complexos 20 a 30’ 2 a 3 exercícios p/ bloco 3 a 5 séries 6 a 10 reps Séries combinadas Força – 2º bloco 48 Etapa Programa único - Iniciante Semanas 1 e 2 Semanas 3 e 4 Automassagem Rolo MMII e tronco, bolinha escápula 5’ 5’ Mobilidade Mobilidade de tornozelo na parede Mob. quadril sagital e lateral Extensão torácica no banco 1x 20 a 30” 1x 20 a 30” Ativação/ estabilidade Elevação de quadril unilateral Bulldog shoulder tap 2x 6 a 8 2x 6 a 8 Aquecimento Warm Lateral crawl SLDL reach 2x 6 a 8 2x 6 a 8 Habilidades (séries combinadas) Box jump 3x 5 4x 5 Escada de agilidade (in-in/out-out) 3x 2 4x 3 Prancha frontal no solo (descanso ativo) 3x 20” 4x 30” Força: 1º bloco (séries combinadas) Agachamento frontal com kettlebell 3x 10 4x 8 Flexão de braços no solo 3x 10 4x 8 Along. dinâmico adutores (descanso ativo) 2x 30” 3x 30” Força: 2º bloco (séries combinadas) Remada no TRX 3x 10 4x 8 Flexão de joelhos no slide 3x 6 4x 8 Chop semiajoelhado 3x 6 4x 6 43 44 45 46 47 48
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