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Prisão Preventiva e Fiança no Processo Penal

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1.
		"A prisão preventiva, instituto do processo penal, pode ser conceituada como uma medida cautelar, típica (com previsão expressa), pessoal (incidesobre a pessoa), privativa de liberdade (acarreta o cerceamento da liberdade de locomoção), e excepcional, pois somente deve ser utilizada quando imprescindível à finalidade que se destina. É medida facultativa que pode (não deve) ser decretada por decisão judicial fundamentada, de acordo com a presença dos requisitos legais. Ainda, referimos, trata-se de medida agressiva (limita o direito fundamental individual à liberdade), e subsidiária, pois somente deve ser utilizada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar não restritiva da liberdade" (GARCEZ, W. A prisão preventiva à luz da doutrina e da jurisprudência.
Disponível em: https://delegadowilliamgarcez.jusbrasil.com.br/artigos/314775827/a-prisao-preventiva-a-luz-da-doutrina-e-da-jurisprudencia#:~:text=A%20pris%C3%A3o%20preventiva%2C%20instituto%20do,ser%20utilizada%20quando%20imprescind%C3%ADvel%20%C3%A0. Acesso em 02/04/2022.
Considerando as informações de William Garcez, indique a alternativa correta em relação aos requisitos das prisões processuais em especial da prisão preventiva.
 
	
	
	
	
	A reincidência em delito doloso ou culposo é hipótese de cabimento da prisão preventiva.
	
	
	A prisão preventiva poderá ser convertida em prisão temporária caso seja imprescindível para as investigações policiais.
	
	
	Quando necessária para a instrução do inquérito e/ou da ação penal, o Juiz intervirá de ofício decretando a prisão preventiva de uma pessoa desde que presentes o fumus comissi delitci e o periculum in libertatis.
	
	
	É hipótese de cabimento a decretação da prisão preventiva para assegurar o cumprimento de medidas protetivas decretadas anteriormente desde que o acusado esteja ciente de tais medidas decretadas contra si.
	
	
	Para todos os crimes caberá a possibilidade de decretação da prisão preventiva desde que se trate de infração penal dolosa.
	
	
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		2.
		O estudo das prisões antes do trânsito em julgado consiste em um dos maiores desafios do Processo Penal moderno, que busca um equilíbrio entre a necessidade de garantir os direitos individuais e o objetivo de se atingir maior efetividade à persecução penal.
Sobre o tema "Prisão e outras medidas cautelares", considere as assertivas a seguir:
I)    O juiz somente poderá decretar prisão preventiva ex officio se já estiver em curso ação penal, pois é incabível essa atuação de ofício no curso de investigação criminal.
II)    A decisão que decretar a prisão preventiva dispensa necessidade de fundamentação dos fatos que autorizaram a aplicação da medida adotada.
III)    Dentre outras hipóteses de cabimento, será admitida a decretação da prisão preventiva nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos.
IV)    Uma vez decretada a prisão preventiva, há a necessidade de reavaliar, de ofício, a medida coercitiva, pelo órgão emissor da decisão, a cada 90 dias, mediante decisão judicial.
	
	
	
	
	Somente estão corretas as alternativas I e III.
	
	
	Somente estão incorretas as alternativas II e III.
 
	
	
	As alternativas I, II, III e IV estão corretas.
	
	
	Somente estão corretas as alternativas I, III e IV.
	
	
	Somente estão corretas as alternativas III e IV.
	
	
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		3.
		Mévio entrou no estacionamento de um Shopping com a intenção de subtrair um automóvel. Ao conseguir abrir o veiculo, procedeu a partida do mesmo, mas foi contido pela segurança ao tentar evadir-se. Conduzido à delegacia de polícia civil da circunscrição, a autoridade policial o indiciou no crime de furto qualificado tentado, cuja pena privativa de liberdade em abstrato é de 2 a 8 anos de reclusão e o concedeu fiança para que o mesmo fosse liberado do flagrante.
Considerando-se o instituto da fiança, assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
	O delegado pode conceder fiança para qualquer crime, inclusive aos crimes considerados hediondos. Porém para os crimes hediondos o mesmo necessita de autorização do tribunal de justiça do respectivo estado.
	
	
	Agiu corretamente o delegado pois o crime de furto comporta a concessão de fiança sem nenhum critério para destinguir qual a autoridade que deve impor a fiança.
	
	
	Agiu corretamente o delegado pois não há qualquer diferença de critérios para diferenciar os casos em que a fiança seja concedida pelo delegado ou arbitrada pelo juiz.
	
	
	No caso em tela agiu equivocadamente o delegado, uma vez que a pena máxima em abstrato que permite ao delegado conceder fiança não pode ser superior a 4 anos.
	
	
	Agiu equivocadamente o delegado em conceder fiança, uma vez que o delegado para conceder fiança em qualquer caso depende de autorização expressa do juiz.
	
	
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		4.
		Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVII - Primeira Fase - ADAPTADO
Após ser instaurado inquérito policial para apurar a prática de um crime de lesão corporal culposa praticada na direção de veículo automotor (Art. 303 da Lei nº 9.503/97 - pena: detenção de seis meses a dois anos), foi identificado que o autor dos fatos seria Carlos, que, em sua Folha de Antecedentes Criminais, possuía três anotações referentes a condenações, com trânsito em julgado, pela prática da mesma infração penal, todas aptas a configurar reincidência quando da prática do delito ora investigado.
Encaminhados os autos ao Ministério Público, foi oferecida denúncia em face de Carlos pelo crime antes investigado; diante da reincidência específica do denunciado civilmente identificado, foi requerida a decretação da prisão preventiva. Recebidos os autos, o juiz competente decretou a prisão preventiva, reiterando a reincidência de Carlos e destacando que essa circunstância faria com que todos os requisitos legais estivessem preenchidos.
Assinale a alternativa que apresenta corretamento o que o(a) advogado(a) de Carlos deverá requerer ao ser intimado da decisão.
	
	
	
	
	O relaxamento da prisão dele, pois ela é ilegal.
	
	
	O relaxamento da prisão dele, tendo em vista que a prisão, em que pese ser legal, é desnecessária.
	
	
	A revogação da prisão dele, tendo em vista que, em que pese ser legal, é desnecessária.
	
	
	A prisão, no caso acima proposto, não é ilegal, de maneira que a defesa de Carlos não possui argumento jurídico para contesta-lá.
	
	
	A liberdade provisória dele, ainda que com aplicação das medidas cautelares alternativas.
	
	
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		5.
		A fiança está no rol de medidas cautelares diversas da prisão. Na infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos, a fiança será arbitrada:
	
	
	
	
	pelo delegado, que decidirá em 48 horas.
	
	
	pelo delegado, no ato da lavratura do auto de prisão em flagrante.
	
	
	pelo juiz, que decidirá em 24 horas.
	
	
	pelo delegado, que em 24 horas.
	
	
	pelo juiz, que decidirá em 48 horas.
	
	
		1,25 pts.
	
		6.
		A fiança é a caução destinada a garantir o cumprimento das obrigações processuais do réu. No entanto, o Código de Processo Penal prevê casos em que a fiança não será concedida. Analise os itens a seguir e, em seguida, assinale a alternativa em que se encontra vedada a concessão de fiança. 
I - Nos crimes de racismo.
II -  Nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos.
III - Nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.
IV - Na quebra da fiança anterior concedida em outro processo ou o réu ausentar-se por mais de 10 (dez) dias de sua residência, sem comunicar àquela autoridade o lugar onde será encontrado.
V - Se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência.Nas hipóteses I, III e IV.
	
	
	Nas hipóteses I, II, IV e V. 
	
	
	Nas hipóteses I, IV e V.
	
	
	Nas hipóteses I, II e III.
	
	
	Nas hipóteses I, II, III e V.
	
	
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		7.
		A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal concedeu nesta terça-feira (25/4) Habeas Corpus a João Claudio Genu, ex-tesoureiro do PP. Por maioria, a turma entendeu que as prisões preventivas não podem ser prolongadas por tempo indeterminado. Genu, investigado na operação "lava jato", estava preso há mais de um ano, desde antes do oferecimento de denúncia contra ele.
Os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski entenderam que o réu deve responder ao processo em liberdade. Só fica preso se estiverem presentes os requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal: risco concreto de fuga, de cometimento de novos crimes ou de destruição de provas.
Ficaram vencidos os ministros Celso de Mello e Luiz Edson Fachin, relator da operação no STF. Para eles, os fundamentos usados por Moro para decretar a preventiva, de que Genu é profissional na prática de crimes e os comete com "habitualidade", são suficientes para mantê-lo na prisão. (FONTE: https://www.conjur.com.br/2017-abr-25/supremo-libera-joao-carlos-genu-responder-processo-liberdade)
As medidas cautelares diversas da prisão estão previstas na lei processual penal brasileira com o intuito de afastar o encarceramento desenfreado, e com relação ao texto acima e a decisão proferida marque a alternativa que melhor se aplica ao caso:
	
	
	
	
	As medidas cautelares previstas no ordenamento jurídico poderiam ter sido utilizadas com a finalidade de afastar a prisão e poderiam ser aplicadas isoladamente ou cumulativamente.
	
	
	A decisão da Suprema Corte em revogar a prisão preventiva foi equivocada, já que invade a competência exclusiva do juízo da execução penal que é o único competente para decidir acerca da matéria de prisão preventiva.
	
	
	A decisão que determinou a prisão preventiva e que manteve o indivíduo em prisão preventiva foi uma decisão considerada legal, e não nenhum remédio constitucional que poderia ser utilizado para tentar combater a mesma.
	
	
	A decisão da Suprema Corte em revogar a prisão preventiva foi equivocada, já que invade a competência exclusiva do juízo da instância inferior que é o único competente para decidir acerca da matéria de prisão preventiva.
	
	
	As medidas cautelares previstas no ordenamento jurídico deveriam ser aplicadas somente pelos tribunais superiores, haja vista que os juízos de primeira instância não possuem competência para decidir sobre tal matéria.
	
	
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		8.
		Suspeito de matar ex-mulher dentro de igreja é preso
O homem suspeito de matar a ex-mulher a tiros dentro de uma igreja em Londrina (PR), na última 3ª feira (5.abr) foi preso. O criminoso capotou o carro em uma rodovia enquanto tentava fugir durante uma perseguição da polícia rodoviária de São Paulo, na SP-135.  
Disponível em: https://www.sbtnews.com.br/noticia/primeiro-impacto/204065-suspeito-de-matar-ex-mulher-dentro-de-igreja-e-preso. Acesso em 09 de abril de 2022. 
Com base na notícia acima, podemos afirmar que o caso traz a hipótese de flagrante: 
	
	
	
	
	Próprio.
	
	
	Presumido.
	
	
	Impróprio. 
	
	
	Forjado. 
	
	
	Preparado.