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Dissecção aórtica e Aneurismas aórticos

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Flávia Mapa – Turma X 
INTRODUÇÃO 
• Dissecção aórtica: Laceração da íntima, que 
resulta em uma dissecção na parede aórtica, 
formando uma falsa luz (lúmen falso) entre a 
camada íntima e a média, pela qual percorre o 
sangue; 
• Taxa de mortalidade elevada; 
• Dissecção aórtica: 
o Aorta ascendente: Mais comum entre 50-60 
anos; 
o Aorta descendente: Mais comum entre 60-70 
anos. 
• Hipóteses para dissecção aórtica: 
o Laceração primária da íntima; 
o Ruptura primária dos vasa vasorum (leva 
hemorragia da parede aórtica e subsequente 
ruptura da íntima); 
o Extensão da dissecção: Se dá pela pressão 
de sangue pulsátil dentro da aorta. 
• A dissecção pode ser localizada ou em toda a 
extensão da aorta; 
o Pressão arterial; 
o Forças de cisalhamento. 
• A distensão do falso lúmen faz a falsa luz da íntima 
comprimir o lúmen verdadeiro e diminuir seu 
calibre, podendo levar a síndromes de má 
perfusão. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
QUANTO A LOCALIZAÇÃO DA DISSECÇÃO 
• Classificação de DeBakey: 
o Dissecção tipo I: Originam-se na aorta 
ascendente e se estendem pelo menos até o 
arco aórtico e, muitas vezes, até a aorta 
descendente; 
o Dissecção tipo II: Envolvem apenas a aorta 
ascendente; 
o Dissecção tipo III: Começam na aorta 
descendente; 
▪ IIIa: Se interrompe acima do diafragma; 
▪ IIIb: Se interrompe abaixo do diafragma. 
• Classificação de Stanford: 
o Dissecção tipo A: Envolve a aorta 
ascendente (com ou sem extensão para a 
descendente); 
o Dissecção tipo B: Não envolvem a aorta 
ascendente. 
▪ Ex: Dissecção que envolve somente o 
arco aórtico, é classificada em tipo B. 
 
A aorta ascendente é próxima ao arco da aorta, 
enquanto a aorta descendente é próxima da artéria 
subclávia esquerda. 
• Observações: 
o 65% das dissecções ocorrem na aorta 
ascendente. 
QUANTO À DURAÇÃO DA DISSECÇÃO 
• Aguda: Menos de duas semanas; 
o Morbidade e mortalidade mais alta nas duas 
primeiras semanas, especialmente nas 
primeiras 24-48h. 
• Crônica: Mais de duas semanas. 
ETIOLOGIA 
Flávia Mapa – Turma X 
• Hipertensão: 75% de todos os pacientes com 
dissecção aórtica; 
o Alterações na estrutura da parede arterial, 
como espessamento da íntima, calcificação e 
fibrose da adventícia, podendo afetar a 
elasticidade e aumentar a rigidez, predispondo 
aneurisma ou dissecção. 
• Síndromes aórticas geneticamente deflagradas: 
Principalmente em pacientes jovens. 
o Síndrome de Marfan (SMF); 
▪ 5% de todas as dissecções aórticas, 
especialmente em jovens. 
o Síndrome de Loeys-Dietz (SLD); 
o Síndromes familiares de aneurisma aórtico 
torácico (AATF); 
o Síndrome de Ehlers-Danlos vascular; 
o Valva aórtica bicúspide (VAB); 
▪ 5-7% em pacientes com dissecções 
aórticas ascendentes, especialmente em 
jovens. 
• Doenças cardíacas congênitas: 
o Coarctação de aorta; 
o Síndrome de Turner. 
• Aterosclerose; 
• Doenças vasculares inflamatórias: 
o Arterite de Takayasu; 
o Doença de Behçet. 
• Uso de cocaína; 
• Iatrogênicas: 
o 5% das dissecções aórticas; 
o Exs: Cateterismo, stent, balão intra-aórtico, 
cirurgia cardíaca. 
• Traumas: 
o Raramente causam dissecção aórtica 
clássica. Geralmente levam a lacerações 
localizadas ou transsecção. 
• Gravidez: 
o Geralmente no fim da gestação ou início do 
período pós-parto; 
o Alterações hormonais na composição da 
parede aórtica e fatores hemodinâmicos. 
• Levantamento de peso: 
o Peso intenso, geralmente no contexto de 
aortopatia subjacente. 
• Estenose aórtica supravalvar; 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - SINTOMAS 
• Dor: Principal sintoma, presente em 96% dos 
casos; 
o Quando iniciou? 
Flávia Mapa – Turma X 
▪ Início súbito; 
o Qual a localização? 
▪ Peito e/ou costas; 
▪ Pescoço, garganta, mandíbula, cabeça – 
aorta ascendente; 
▪ Costas, abdome, extremidades inferiores 
– aorta descendente. 
o Como é a dor? 
▪ Aguda, intensa, lancinante, lacerante, 
cortante; 
▪ Sensação de morte, de ser apunhalado 
no peito com uma faca, atingido nas 
costas com bastão de beisebol; 
▪ Algumas podem ser caracterizadas como 
queimação no peito, pressão, dor 
pleurítica. 
o Qual a intensidade? 
▪ Intensa; 
▪ A intensidade máxima se dá no início do 
quadro. 
o A dor irradia? 
▪ 17% dos casos ela segue o trajeto da 
dissecção ao longo da aorta, se 
irradiando do peito para as costas ou 
vice-versa. 
o Quais os sintomas associados? 
▪ Sintomas relacionados a complicação da 
dissecção (síncope, insuficiência 
cardíaca, acidente vascular cerebral). 
• Observações: 
o Insuficiência cardíaca congestiva: Ocorre na 
dissecção ascendente e é causada pela 
regurgitação aórtica aguda grave; 
o Síncope: Mais comum em dissecção aórtica 
ascendente. Geralmente associada a 
hemopericárdio, ruptura ou acidente vascular 
cerebral; 
o Dissecção aórtica indolor: Ocorre em 
pacientes com diabetes, aneurisma aórtico 
prévio e cirurgia cardíaca anterior. 
ACHADOS FÍSICOS 
• Muito variáveis, podendo passar quase 
despercebidos até parada cardíaca; 
• Sempre que houver suspeita de dissecção aórtica, 
mesmo na ausência de alguns achados, deve-se 
investigar; 
• Hipertensão está presente em 70% dos pacientes 
com dissecção aórtica aguda; 
o Principalmente em pacientes tipo B (não 
envolve a aorta ascendente); 
o Pacientes tipo A (muitos são normotensos ou 
hipotensos). 
• 50% dos pacientes estão hemodinamicamente 
instáveis; 
• 25% têm déficit neurológico 
• 20% têm tamponamento; 
• 6% necessitam de ressuscitação cardiopulmonar. 
PRINCIPAIS ACHADOS 
• Principais achados: Déficit de pulso, regurgitação 
aórtica, manifestações neurológicas - Mais 
característicos da dissecção da aorta ascendente. 
Vascular periférico 
• Déficits de pulso/isquemia de órgãos-alvo: 
o Causas: 
▪ Obstrução estática: Extensão da 
dissecção, com o falso lúmen, para um 
ramo arterial pode comprimir o verdadeiro 
lúmen e limitar o fluxo sanguíneo; 
▪ Obstrução dinâmica: Obstrução do fluxo 
da artéria por um prolapso da falsa luz da 
íntima; 
▪ Compressão de artéria pelo falso lúmen 
expandido; 
▪ Trombose arterial pós-obstrutiva e 
embolia arterial; 
▪ Estado de baixo débito cardíaco. 
• Isquemia aguda do membro e síndromes de má 
perfusão: 
o Extensão da dissecção; 
o Alta taxa de mortalidade. 
Cardiovascular 
• Regurgitação aórtica: 
o Causas: 
▪ Coaptação incompleta das cúspides 
aórticas; 
▪ Prolapso da cúspide; 
▪ Regurgitação preexistente, relacionada 
com aneurisma da raiz aórtica ou com 
valva aórtica bicúspide subjacente. 
• Hipotensão: Pode resultar do: 
o Tamponamento cardíaco; 
o Ruptura aórtica aguda; 
o Insuficiência cardíaca (regurgitação aórtica 
aguda grave). 
• Infarto agudo do miocárdio: 
o 1-2% dos pacientes; 
o Dissecção se estende para a artéria coronária 
(geralmente a direita – infarto agudo do 
miocárdio inferior). 
• Pericardite aguda: 
o Pode ocorrer derrame pericárdio ligeiro. 
• Tamponamento cardíaco agudo: Complicação 
grave. 
o Resultado da ruptura da aorta ascendente 
com hemopericárdio; 
o Desfechos desfavoráveis. 
Neurológico 
• Manifestações neurológicas: 
o Síncope: Muito comum (9-13% dos 
pacientes). Está relacionada com: 
▪ Hipotensão aguda; 
▪ Obstrução de vaso cerebral; 
▪ Ativação dos barorreceptores cerebrais. 
o Acidente vascular cerebral – má perfusão 
cerebral; 
Flávia Mapa – Turma X 
▪ Geralmente ocorre do lado direito, pois as 
artérias do lado esquerdo são mais 
suscetíveis a dissecção. 
o Isquemia medular – má perfusão medular; 
▪ Paraparesia ou paraplegia. 
o Neuropatia isquêmica – má perfusão dos 
nervos periféricos; 
o Encefalopatia hipóxica – má perfusão 
cerebral; 
o Outras: 
▪ Convulsões; 
▪ Amnésia global transitória; 
▪ Distúrbios de consciência e coma. 
Renal 
• Envolvimento da artéria renal: 
o Dissecção se estende para dentro da aorta 
abdominal; 
o 5-10% dos pacientes; 
o Isquemia renal, infarto, insuficiência renal ou 
hipertensão refratária.Gastrointestinal 
• Isquemia ou infarto mesentérico: 
o Extensão da dissecção; 
o Elevada morbidade e mortalidade; 
o 5% dos pacientes. 
• Hemorragia digestiva, hemoperitônio, choque 
hemorrágico fatal: Complicação grave. 
o Ruptura no nível da aorta abdominal. 
Pulmonar 
• Derrame pleural: 
o 20% casos – lado esquerdo. 
• Hemotórax agudo: Complicação grave. 
o Resultado de ruptura, ruptura contida ou 
vazamento associado à dissecção aórtica 
descendente torácica. 
ACHADOS LABORATORIAIS 
• Dímero D: Pacientes com dissecção aórtica 
aguda, tem níveis elevados de dímero D – útil para 
identificação. 
TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO 
• Métodos para diagnóstico: Tomografia 
computadorizada com contraste, ressonância 
magnética, ecocardiografia transtorácica e 
transesofágica, aortografia. 
• Radiografia e eletrocardiograma são inespecíficos. 
RADIOGRAFIA TORÁCICA 
• Pode dar o primeiro indício de diagnóstico, mas são 
achados inespecíficos; 
• Dilatações da aorta, deslocamento, alargamento; 
o Alargamento do mediastino (aorta 
ascendente); 
o Alargamento do botão aórtico; 
o Alargamento da aorta descendente. 
• Mais comum: Contorno aórtico anormal ou 
alargamento da silhueta aórtica (80-90% casos); 
Flávia Mapa – Turma X 
• Calcificação do botão aórtico – pode detectar uma 
separação maior que 1cm entre a calcificação da 
íntima e o tecido mole aórtico externo – “sinal do 
cálcio”; 
• Derrames pleurais – 20% dissecções. 
ELETROCARDIOGRAMA 
• Inespecífico; 
• Pode indicar complicações como a isquemia ou 
infarto do miocárdio – afastar a avaliação da 
dissecção – cuidado! 
• Complexos QRS de baixa voltagem 
(hemopericárdio ou pericardite). 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC) 
• Modalidade usada com mais frequência; 
• TC helicoidal mais sensível; 
• Pode usar Doppler; 
• Conseguimos visualizar: 
o Dois lúmens distintos com a falsa luz da íntima 
visível; 
o Dois lúmens pelas diferentes velocidades de 
opacificação com o contraste; 
o Trombose no falso lúmen; 
o Envolvimento de ramos arteriais; 
o Hemopericárdio; 
o Hematoma periaórtico; 
o Ruptura aórtica. 
• Limitações: 
o Incapacidade para avaliar coronárias e valva 
aórtica de forma confiável; 
o Uso de contraste (nefropatia); 
o Artefato do movimento cardíaco. 
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 
• Acurácia semelhante ou superior a TC; 
• Conseguimos visualizar: 
o Fluxo sanguíneo – diferenciar fluxo lento e 
coágulo, detectar regurgitação aórtica; 
o Morfologia dos vasos (associa 
angiorressonância com contraste gadolínio); 
▪ Detecta e quantifica regurgitação aórtica. 
o Derrame pericárdico; 
o Ruptura aórtica; 
o Pontos de entrada e saída. 
• Limitações: 
o Demora – limitada no contexto de emergência; 
o Contraindicada a certos dispositivos 
implantáveis (marca-passo, desfibrilador) e 
outros implantes metálicos. 
• Acompanhamento a longo prazo: 
o Detalhamento da imagem e ausência de 
radiação ionizante. 
ECOCARDIOGRAFIA 
Ecocardiografia Transtorácica 
• Alta sensibilidade e especificidade para dissecção 
aórtica proximal, menos sensível para dissecção 
aórtica distal; 
• Suspeita: 
o Aorta dilatada; 
o Regurgitação aórtica; 
o Derrame pericárdico; 
o Falso lúmen da íntima; 
o Parede aórtica espessada; 
o Tamponamento cardíaco. 
Ecocardiografia Transesofágica 
• Sensibilidade e especificidade ainda maiores que a 
transtorácica; 
• Dependente do operador; 
• Pode não visualizar completamente a aorta 
ascendente distal e o arco aórtico proximal, mas 
avalia bem os restantes segmentos da aorta 
torácica; 
• Achados negativos não excluem; 
• Visualiza: 
o Laceração da íntima (75%-100% casos); 
o Diferencia lumens verdadeiro e falso; 
▪ Verdadeiro: Lúmen menor, expansão 
sistólica, fluxo sistólico anterógrado, 
comunicação do lúmen verdadeiro para o 
falso durante a sístole, fluxo 
ecocardiográfico intensificado com 
contraste precoce e rápido. 
o Regurgitação aórtica (100% sensível); 
o Movimento da parede; 
o Função ventricular esquerda; 
o Derrame pericárdico; 
o Artérias coronárias proximais (identifica se 
estão envolvidas na dissecção). 
 
A – Dissecção aguda tipo A, o lúmen falso está 
presente na raiz aórtica dilatada. B – Lúmen falso 
imediatamente distal à valva aórtica, numa dissecção 
tipo A. 
Flávia Mapa – Turma X 
AORTOGRAFIA 
• Raramente usada para diagnóstico inicial; 
• Verifica-se: 
o Imagens de dois lumens; 
o Deformação ondulante do lúmen aórtico; 
o Espessamento da parede aórtica; 
o Envolvimento de ramos arteriais; 
o Regurgitação aórtica. 
SELEÇÃO DE UMA MODALIDADE DE IMAGEM 
• Geralmente, por estar disponível no contexto de 
emergência, a TC com contraste é a primeira 
escolha; 
o Deve-se balancear o risco de uso de contraste 
e nefropatia com o risco de não se usar, na 
ausência de ecocardiograma transesofágico 
ou RM, e as consequências potencialmente 
fatais da falha de diagnosticar a dissecção 
aórtica. 
ALGORITMOS DE AVALIAÇÃO 
• A beira leito detectaremos três características de 
alto risco, sendo que a presença de duas ou mais 
sugere fortemente dissecção aórtica. 
o Condição de alto risco: 
▪ Síndrome de Marfan ou doença do tecido 
conjuntivo relacionada; 
▪ História familiar de doença aórtica; 
▪ Doença da valva aórtica conhecida (valva 
bicúspide); 
▪ Manipulação aórtica recente; 
▪ Aneurisma aórtico torácico conhecido. 
o Características da dor de alto risco: 
▪ Dor torácica, nas costas ou abdominal, 
com início abrupto, alta intensidade, e 
qualidade 
cortante/lacerante/aguda/lancinante. 
o Características de alto risco no exame: 
▪ Déficit de perfusão (de pulso, diferencial 
de pressão arterial, neurológico), sopro 
de regurgitação aórtica, hipotensão.
Flávia Mapa – Turma X 
TRATAMENTO 
TRATAMENTO CLÍNICO INICIAL 
• Conduta: Deve ser feita ao mesmo tempo que o 
paciente é submetido à avaliação diagnóstica. UTI. 
o Estabilização do paciente; 
o Controle da dor; 
o Diminuição da pressão arterial (diminuir risco 
de ruptura); 
▪ Pressão arterial sistólica: Deve ser 
reduzida para níveis de 100-120mmHg. 
o Diminuição do inotropismo (força de 
contração) – betabloqueadores. 
Redução da Pressão Arterial 
• Betabloqueadores: Via intravenosa (IV). Únicos 
usados com a PA normal – para reduzir ainda mais. 
o Esmolol: Bolus inicial 500 mg/kg e depois 
infusão contínua 50-200mg/kg/min; 
▪ Monoterapia. 
o Labetalol: 20mg IV por 2 minutos e depois 40-
80mg IV a cada 15m e depois infusão contínua 
na velocidade de 2-10mg/min; 
▪ Monoterapia. 
o Propanolol; 
▪ Associado a nitroprussiato de sódio. 
o Metropolol. 
▪ Associado a nitroprussiato de sódio. 
• Bloqueadores dos canais de cálcio: Usados 
quando têm contraindicação para 
betabloqueadores. IV. 
o Verapamil: Inotrópico e cronotrópico 
negativos; 
▪ Monoterapia. 
o Diltiazem: Inótropico e cronotrópico 
negativos. 0,25mg/kg durante 2m e depois 
infusão contínua a velocidade de 5-15mg/h. 
▪ Monoterapia. 
• IECA: Quando necessário mais agentes para 
reduzir a pressão. IV. 
o Enalapril; 
o Nitroglicerina. 
• Nitroprussiato de Sódio: Leva rápida redução da 
pressão arterial, mas pode aumentar a força de 
contração, devendo ser usado com um 
betabloqueador (propranolol ou metropolol). 
20mg/min com titulação de 0,5 a 5mg/kg/min se 
necessário; 
• No caso de hipotensão: Fazer expansão de 
volume, pela possível presença de tamponamento 
cardíaco ou ruptura aórtica com hemorragia 
(mediastino, espaço pleural, abdome). 
• Contraindicação absoluta: 
o Vasodilatadores diretos: Aumentam a 
contratilidade cardíaca (reflexamente). 
▪ Hidralazina, Minoxidil, diazóxido; 
o Nifedipina de ação curta. 
TRATAMETO DO TAMPONAMENTO CARDÍACO 
• Mecanismos mais comuns de morte em pacientes 
com dissecção; 
• Pacientes estáveis com dissecção tipo A e 
tamponamento: 
o Riscos da pericardiocentese ultrapassam os 
benefícios. 
• Pacientes que não sobreviverão até a cirurgia: 
o Pericardiocentesecom aspiração do fluido 
apenas o suficiente para estabilizar o paciente 
antes da cirurgia. 
TERAPIA DEFINITIVA 
• Dissecção aórtica tipo A: Envolve a aorta 
ascendente. 
o Cirurgia aberta: Tratamento de escolha; 
▪ Corrige a laceração; 
▪ Previne a ruptura pericárdica; 
▪ Previne ou trata dissecção do óstio 
coronariano; 
▪ Corrige regurgitação da valva aórtica; 
▪ Restaura fluxo para dentro do lúmen 
verdadeiro; 
▪ Corrige má perfusão; 
Flávia Mapa – Turma X 
▪ Oblitera o falso lúmen distalmente. 
• Dissecção aórtica tipo B: Não envolve a aorta 
ascendente. 
o Pacientes estáveis, com dissecção não 
complicada: Tratamento não cirúrgico (altas 
taxas de mortalidade na cirurgia); 
o Pacientes com dissecção complicada, 
secundária a ruptura aórtica, dor intratável, 
isquemia de órgãos-alvo: Tratamento 
endovascular (mais seguro do que a cirurgia); 
▪ Enxertos endovasculares: Menor 
morbidade e mortalidade comparado a 
cirurgia aberta de emergência 
(redirecionamento do fluxo para o lúmen 
verdadeiro e trombose do falso lúmen). 
TERAPIA E ACOMPANHAMENTO EM LONGO 
PRAZO 
• Dissecção aórtica tipo A: 
o Taxas de sobrevida variam entre 52% a 94% 
em um ano e 45% a 88% em cinco anos; 
o EM 10 anos varia de 30-60% e 20 anos 30%; 
o Sem a cirurgia a sobrevida é desanimadora – 
por isso a maioria defende o tratamento 
cirúrgico para o tipo A. 
• Dissecção aórtica tipo B: 
o Taxas de sobrevida variam de 56% a 92% em 
um ano e 48% a 82% em cinco anos sem 
tratamento endovascular; 
o Em longo prazo, a dissecção tipo B é pior do 
que a A. 
• Objetivos do tratamento em longo prazo: 
o Alvo de pressão arterial < 120/80mmHg; 
o Recomendado betabloqueadores mesmo na 
ausência de hipertensão (diminui a força de 
contração e estresse aórtico); 
o Bloqueadores da angiotensina podem 
proteger contra complicações aórticas tardias; 
o Interrupção do tabagismo e modificações dos 
fatores de risco para doença aterosclerótica; 
o Atividades isométricas (levantamento de peso) 
devem ser evitadas, pois elevam a pressão 
arterial e a tensão na parede aórtica; 
o Obtenção regular de imagens da aorta e de 
seus ramos para avaliar complicações, 
especialmente o alargamento aneurismático; 
▪ Principalmente no arco distal e aorta 
descendente proximal (áreas de maior 
risco para aneurisma pós dissecção 
aórtica tipo A). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Flávia Mapa – Turma X 
INTRODUÇÃO 
• Aneurisma aórtico: Segmento patológico de 
dilatação aórtica, que é propenso a expansão e 
ruptura; 
o Considerado aneurisma quando ocorre 
aumento do diâmetro de pelo menos 50% 
acima do esperado para um indivíduo não 
afetado da mesma idade e sexo. 
• Tipos de aneurismas: 
o Fusiformes: Acometem toda a circunferência 
aórtica – dilatação simétrica; 
o Saculares: Acometem uma porção da 
circunferência – como se fosse uma 
evaginação. 
• Pseudoaneurismas: Lesões que sangraram 
através da parede aórtica, resultando em um 
hematoma periaórtico contido em continuidade 
com o lúmen; 
o Resultam de trauma, ruptura contida de 
aneurisma aórtico, dissecção, úlcera 
penetrante. 
 
ANEURISMAS DA AORTA ABDOMINAL 
• Os aneurismas da aorta abdominal são o tipo mais 
comum de aneurismas aórticos; 
• São definidos como uma dilatação > 3cm de 
diâmetro; 
• Fatores de risco: 
o Sexo masculino (5x mais prevalente em 
homens do que mulheres); 
o Idade (maioria em indivíduos com mais de 60 
anos); 
o Tabagismo; 
o Dislipidemia; 
o Enfisema; 
o Hipertensão; 
o Histórico familiar (20% dos pacientes com 
aneurisma da aorta abdominal têm histórico 
familiar). 
• Localização: 
o > 80% surge na aorta infrarrenal; 
o Aorta pararrenal; 
o Aorta visceral. 
 
Abaixo das artérias renais. 
PATOGENIA 
• A formação dos aneurismas da aorta abdominal 
está ligada a um processo de inflamação crônica; 
• O estresse hemodinâmico, a isquemia, processos 
autoimunes e a extensão da aterosclerose da 
íntima são fatores que fazem com que as células 
musculares lisas, contidas na camada média, 
mandem sinais recrutando células inflamatórias 
e causando sua entrada na camada média; 
• As células inflamatórias liberam enzimas 
degradadoras de matriz, causando degeneração 
de proteínas estruturais do tecido conjuntivo; 
• Além disso ocorre apoptose das células 
musculares lisas, responsáveis pela produção de 
elastina e colágeno – reparação do tecido 
conjuntivo dentro dos aneurismas; 
• Assim, ocorre uma falência mecânica da elastina 
da média e do colágeno da adventícia, causando 
dilatação e ruptura aneurismática. 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
• Geralmente os aneurismas se desenvolvem por 
anos de forma insidiosa e assintomática, sendo 
descobertos por acaso em exames de imagem ou 
estudos de triagem; 
• O exame físico é insensível para a detecção de 
aneurismas aórticos abdominais, visto que a 
maioria deles são pequenos. Em pacientes 
magros, com aneurismas grandes (>5cm) a 
palpação abdominal pode revelar uma massa 
pulsátil epigástrica ou periumbilical; 
o 30-40% dos aneurismas aórticos abdominais 
são detectados no exame físico. 
• O primeiro sintoma pode ser o tromboembolismo, 
que se forma devido a um trombo mural associado 
aos aneurismas; 
Flávia Mapa – Turma X 
• Importante ressaltar que pacientes com outras 
doenças vasculares (ex: aneurisma de artéria 
femoral, aneurisma de artéria poplítea) tem 
grandes chances de terem aneurismas aórticos 
abdominais. 
IMAGENS DIAGNÓSTICAS 
Ultrassom 
• Alta especificidade e sensibilidade; 
• Preferível na triagem por ser barato, não invasivo, 
evita a radiação e agentes de contraste; 
• Consegue-se: 
o Detectar; 
o Medir o aneurisma; 
o Acompanhar; 
▪ Em aneurismas grandes, é melhor 
acompanhar por métodos mais 
específicos para medição como a 
tomografia computadorizada ou a 
ressonância magnética. 
Tomografia Abdominal 
• Extremamente acurada, tanto para a detecção, 
quanto para a medição do diâmetro; 
• Preferida para avaliar as variantes do aneurisma 
(inflamatórios ou micóticos); 
• É a modalidade preferida na maioria das 
instituições. 
Angiotomografia Computadorizada 
• Mais acurada que o ultrassom quando combinada 
a intensificação por contraste radiográfico; 
• Útil: 
o Demonstrar extensão da doença 
aneurismática; 
o Relação do aneurisma com artérias renais, 
viscerais, ilíacas; 
o Padrões de trombo mural; 
o Calcificação ou aterosclerose oclusiva, que 
pode influenciar no reparo do aneurisma. 
• Evita a exposição a radiação e ao material a base 
de iodo – comparada a TC. 
Aortografia 
• Passo inicial no procedimento operatório; 
• Intervenções após o reparo do aneurisma com 
stent, como embolização dos ramos da artéria 
lombar ou ilíaca. 
HISTÓRIA NATURAL 
• Geralmente ocorre uma expansão gradual, durante 
anos e possível ruptura; 
• A taxa de expansão média de aneurismas entre 3 
e 5,5cm varia de 0,2 a 0,3cm/ano. Entretanto, nem 
todos seguem essa taxa linear e constante, 
podendo ter um crescimento súbito; 
• O tamanho do aneurisma é importante para 
predizer risco de ruptura, mas outros fatores 
também podem contribuir: 
o Espessura da parede; 
o Espessura do trombo intraluminal; 
o Pico de tensão da parede. 
RUPTURA DO ANEURISMA DA AORTA ABDOMINAL 
• Sintomas se devem a ruptura ou a rápida expansão 
e ruptura iminente: 
o Dentro da cavidade peritoneal: 
▪ Hemorragia aguda; 
▪ Dor abdominal intensa; 
▪ Hipotensão. 
o Dentro do retroperitônio: 
▪ Hematoma periaórtico contido; 
▪ Dor abdominal ou lombar intensa que 
pode irradiar para o flanco ou virilha; 
▪ Massa pulsátil palpável na região 
abdominal ou no flanco; 
▪ Hipotensão; 
▪ Síncope. 
• Após ruptura, a mortalidade é alta (tanto antes da 
hospitalização, quanto após, quanto durante o 
reparo cirúrgico). 
TRATAMENTO 
• Vigilância por imagem: 
o 2,6-2,9cm:A cada 5 anos; 
o 3-3,4cm: A cada 3 anos; 
o 3,5-4,4: A cada 12 meses; 
o 4,5-5,4: A cada 6 meses. 
▪ TC é preferível ao ultrassom (visualizar 
melhor o diâmetro); 
▪ No caso de pacientes jovens e saudáveis, 
especialmente mulheres, podem obter 
benefícios com o reparo precoce. 
• Uso de estatinas (doença aterosclerótica 
coexistente); 
• IECA: Benefício em pacientes com doença 
vascular; 
• Interrupção do tabagismo; 
• Prática regular de exercícios: Pacientes com 
pequenos aneurismas – limita a taxa de 
crescimento do aneurisma; 
• Aneurismas assintomáticos com 5-5,5cm: 
Reparo. 
Cirurgia 
• Fatores que influenciam a morbidade e mortalidade 
operatória: 
o Doença arterial coronariana – principal causa 
de mortalidade precoce e tardia após reparo 
do aneurisma aórtico abdominal; 
▪ Atenção a ela antes do reparo do 
aneurisma para evitar eventos tardios. 
o Doença renal crônica; 
o Doença pulmonar obstrutiva crônica; 
o Diabetes melito. 
Flávia Mapa – Turma X 
• Perioperatório: Uso de betabloqueadores, 
estatinas, ácido acetilsalicílico (AAS) de acordo 
com os fatores de risco individuais, para reduzir o 
risco cardíaco; 
• Abordagens cirúrgicas: Reparo cirúrgico aberto 
(RCA) ou reparo endovascular de aneurisma 
aórtico abdominal (EVAR); 
o RCA; 
▪ Acompanhamento anual com tomografia 
computadorizada e depois de 5 em 5 
anos. 
o EVAR: Maioria faz esse. 
▪ Menos invasivo (enxertos); 
▪ Taxa de mortalidade inicial mais baixa 
que a RCA e a longo prazo é a mesma; 
▪ Número maior de repetidas intervenções 
posteriormente; 
▪ Angiotomografia para acompanhar (um 
mês, seis meses e anualmente após 
implante do dispositivo); 
▪ Ultrassonografia Doppler com cores 
(detecta vazamentos e alargamentos em 
pacientes com achados estáveis obtidos 
por imagem). 
ANEURISMAS AÓRTICOS TORÁCICOS 
• Os mais comuns são os da raiz da aorta e da aorta 
ascendente, seguidos pela aorta descendente e 
arco aórtico; 
• Aneurisma aórtico toracoabdominal: 
Aneurismas torácicos descendentes que se 
estendem envolvendo a aorta abdominal; 
CAUSAS E FATORES DE RISCO 
• Vários distúrbios genéticos associados: 
o Síndrome de Marfan; 
o Síndrome de Loyes-Dietz; 
o Síndrome de Ehlers-Danlos vascular; 
o Aneurisma aórtico torácico familiar; 
o Síndrome da dissecção; 
o Doença da valva aórtica bicúspide; 
o Síndrome de Turner; 
o Aortopatia. 
• Causas degenerativas/Aterosclerose; 
o Acomete menos a aorta ascendente; 
o Pode acometer o arco aórtico de forma isolada 
e são as principais causas de aneurisma na 
aorta descendente; 
▪ Tendem a se originar distais a origem da 
artéria subclávia esquerda, podendo se 
estender para a aorta abdominal. 
• Mecânicas; 
• Inflamatórias; 
• Doenças infecciosas; 
o Sífilis: A sífilis cardiovascular ocorre no 
estágio terciário e envolve tipicamente a aorta 
ascendente e o arco aórtico; 
▪ Latência de 10-25 anos; 
▪ Causa resposta inflamatória que gera 
alterações destrutivas nos tecidos 
muscular e elástico, além de 
degeneração fibrosa e calcificação 
aórtica – aneurisma. 
• Fatores de risco: 
o Tabagismo; 
o Hipertensão; 
o Idade; 
o DPOC; 
o Doença coronariana; 
o Histórico familiar. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
• A maioria dos pacientes são assintomáticos e o 
aneurisma é descoberto por acaso (exames de 
imagem) ou em achados do exame físico (ex: 
regurgitação aórtica devido ao aneurisma na raíz 
da aorta ex); 
• Sintomas ocorrem pela: 
o Efeito da massa local; 
▪ Comprimir a veia cava superior - aorta 
ascendente / arco aórtico; 
▪ Comprimir a traqueia, brônquio, esôfago 
– sintomas; 
▪ Dor torácica ou dorsal persistente 
(compressão de estruturas torácicas e 
estruturas adjacentes). 
o Regurgitação aórtica progressiva; 
o Insuficiência cardíaca; 
o Embolização sistêmica (trombo mural); 
o A expansão aórtica aguda, a ruptura contida e 
pseudoaneurismas podem causar dor intensa. 
• Complicações graves: 
o Ruptura: Dor intensa e súbita (torácica ou 
dorsal). 
▪ Dentro da cavidade pleural ou dentro do 
mediastino - hipotensão; 
▪ Dentro do esôfago: hematêmese; 
▪ Dentro do brônquio ou traqueia -
hemoptise 
o Dissecção aórtica torácica: Mais comum 
que a ruptura. 
DIAGNÓSTICO 
Radiografia de tórax 
 
Aneurisma na aorta torácica descendente. 
Flávia Mapa – Turma X 
• Achados: 
o Mediastino alargado; 
o Botão aórtico proeminente; 
o Deslocamento da traqueia. 
• Aneurismas menores, principalmente saculares 
podem não ser visíveis; 
• Seios de valsalva, raiz aórtica: Ocultos atrás do 
esterno; 
• A radiografia não consegue excluir diagnóstico de 
aneurisma aórtico torácico. 
Ecocardiografia transtorácica (ETT) 
• Excelente para visualizar a raiz da aorta, seios de 
Valsalva, aorta ascendente proximal, arco e aorta 
descendente proximal. 
Ecocardiografia transesofágica (ETE) 
• Obtém imagens de quase toda a aorta torácica. 
Tomografia computadorizada com contraste e 
ressonância magnética 
• Preferíveis a aortografia para definir anatomia do 
vaso aórtico e seus ramos. 
 
TC de aneurisma aórtico toracoabdominal. 
HISTÓRIA NATURAL 
• Aneurismas geneticamente deflagrados se 
comportam diferente de aneurismas 
ateroscleróticos; 
• Aneurismas da aorta descendente crescem mais 
rápido do que a ascendente; 
• Aneurismas aórticos torácicos dissecados crescem 
mais rápido do que os sem dissecção; 
• Aneurismas de pacientes com síndrome de Marfan 
crescem mais rápido do que os sem a síndrome; 
• Fatores de risco para aumento do crescimento 
e ruptura de aneurismas aórticos torácicos: 
o Idade avançada; 
o Sexo feminino; 
o DPOC; 
o Hipertensão; 
o Tabagismo; 
o Rápido crescimento do aneurisma; 
▪ O diâmetro aórtico é o fator de risco mais 
importante para ruptura, dissecção e 
morte. 
o Dor; 
o Dissecção aórtica; 
o História familiar positiva. 
• Principais complicações dos aneurismas 
aórticos torácicos: 
o Ruptura; 
▪ Menos da metade chegam com vida ao 
hospital e a mortalidade em 24h atinge 
75%. 
o Dissecção aguda. 
TRATAMENTO 
Tratamento cirúrgico 
• Recomendação: 
o Diâmetro aórtico ascendente = 5,5cm; 
o Aneurisma da valva bicúspide, síndrome de 
Marfan, síndromes familiares de aneurisma 
aórtico torácico: 
▪ Diâmetro aórtico ascendente = 5cm; 
o Síndrome de Loyes-Dietz: 
▪ Raiz da aorta com 4,2cm no eco 
transesofágico; 
▪ Raiz da aorta com 4,4 - 4,6cm por 
tomografia ou ressonância. 
o Síndrome de Turner: 
▪ Aorta ascendente = 3,5cm ou mais ou 
2,5cm/m² ou mais. 
• Aneurismas aórticos torácicos ascendentes: 
o Ressecção do aneurisma e colocação de 
enxerto, com ou sem troca valvar aórtica 
concomitante; 
▪ Enxerto: Protético ou autoenxerto (não 
pode ser usado em pacientes com 
doenças da raiz aórtica geneticamente 
deflagradas, pois aumenta riscos de 
formação tardia de aneurisma do 
autoenxerto). 
• Aneurismas do arco aórtico: 
o Ressecção extensa do arco aórtico, colocação 
de enxerto e, se necessário, um stent anexado 
ao enxerto (enxerto de stent); 
o Mais difíceis de tratar, pois a reconstrução dos 
vasos do arco requer interrupção do fluxo 
sanguíneo para esses vasos; 
Flávia Mapa – Turma X 
o Taxas de morbidade e mortalidade mais altas, 
risco de acidente vascular cerebral. 
• Aneurismas torácicos descendentes: 
o Ressecção e colocação de enxerto; 
o Taxa maior de mortalidade e paraplegia. 
• Aneurismas toracoabdominais: 
o Ressecção e enxerto; 
o Maior taxa de paraplegia. 
• Reparo endovascular de aneurismas torácicos: 
Alternativa menos invasiva do que a cirurgia aberta 
(RCA); 
o Colocar endoprótese torácica (=enxerto 
endovascular); 
o Taxas de morbidade e mortalidade inferiores; 
o Risco de lesão da medula menor que na 
cirurgia aberta. 
 
Enxerto = Endoprótese torácica. 
Tratamento médico 
• Controle dos fatores de risco: 
o Hipertensão; 
▪ Monitorização no domicílio para controle 
adequado; 
▪ Se precisar de anti-hipertensivos: Preferir 
os bloqueadoresdos receptores de 
angiotensina ou inibidores da ECA. 
o Interrupção do tabagismo; 
o Redução do colesterol; 
▪ Em pacientes com aneurismas torácicos 
ateroscleróticos; 
▪ Estatinas: Podem prevenir aneurismas, 
sendo benefício para pacientes com 
aneurisma aórtico torácico. 
• Betabloqueadores para pacientes com síndrome 
de Marfan e após o reparo do aneurisma; 
• Evitar atividade física extenuante (exercício 
isométrico e levantamento de peso); 
• Gravidez está associada ao aumento de risco de 
dissecção aórtica nos pacientes com síndrome de 
Marfan e distúrbios relacionado; 
• Vigilância em longo prazo com imagens da 
aorta: 
o Aneurismas aórticos degenerativos / 
ateroscleróticos: 
▪ 3,5-4,4cm: Anuais; 
▪ 4,5-5,4cm: Bianuais. 
o Aneurismas pequenos e estáveis: 
▪ A cada 2 a 3 anos. 
o Pacientes com síndrome de Marfan, valva 
bicúspide com aneurisma torácico, aneurisma 
aórtico torácico familiar: 
▪ 3,5-4,4cm: Anual; 
▪ 4,5-5cm: Bianuais. 
o Síndrome de Loyes-Dietz: 
▪ <4cm: Anual; 
▪ >4cm: Bianuais; 
▪ Imagens da cabeça a pelve por potenciais 
aneurismas disseminados. 
 
 
 
 
Flávia Mapa – Turma X 
• BRAUNWALD - TRATADO DE DOENCAS CARDIOVASCULARES, 10ª EDIÇÃO, by Elsevier.

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